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Como reconhecer um imbecil?

Muito simples, basta lembrar que durante o governo da presidente Dilma Rousseff a apresentadora Ana Maria Braga usou um colar de tomates para denunciar a "explosão" da inflação, e muita gente concordou com ela. Hoje sobe gás de cozinha, luz elétrica, gasolina, etecetera e estas mesmas pessoas dizem:


Babacas e imbecis!


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Quanta babaquice

(...) Quanta falta do que fazer

Essa imagem abaixo é "racista"



BBB16

Esta outra, não.


Onde está a diferença?

Na cabeça de complexados ou expertos que fazem de tudo para aparecer

O que algumas pessoas não fazem para "aparecer"

"Depois que começaram a vender passagens nas Casa Bahia, ficou foda andar de avião!"

"Pede para trocar de lugar com a feinha aí."

"Para andar de avião, a pessoa tem que se comportar direito."

Nas três frases acima alguém poderia me mostrar uma única menção a raça?

Impossível mostrar porque não existe.

Mas, que tem gente fazendo questão de aparecer...

Aí tem demais.

Tou de saco cheio com bobagens deste tipo que exploram a mais não poder nas redes sociais. Vão se tratar complexados online.

Pronto falei!



Vão crucificar Paulo Henrique Amorim





PHA foi condenado por injúria racial pelo jornalista Heraldo Pereira por publicar que o jornalista era "negro de alma branca" e "negro e de origem humilde". 

Hoje no Conversa Afiada ele faz pior, diz que a "Nissan oferece uma banana para Urubóloga".

Racismo, racismo em dobro.

Oferecer banana e apelidar de urubu?...

É demais.

Cadê os indignados com os espanhóis que fizeram coro de uh, uh, uh com Neymar?



Há racismo nessa tolice?

 Não!
Mas, se insinuar que esta imagem representa uma negra...é o fim do mundo. Chove de pseudo indignados contra o racismo. Na minha opinião, mulher ou homem que tira foto fazendo esse biquinho, não passa de um gosto esquisito, e nada mais.

Invejosos tentam mais uma vez insultar Neymar

Não foi a primeira nem será a última vez que babacas e invejosos tentarão insultar o jogador Neymar Junior (hoje jogando no Barcelona). Esses frustados e dignos de compaixão posam de cultos e superiores, mas de fato, na realidade são recalcados, complexados e sofrem de uma dor de cotovelo incurável. É que sofrem com a única pobreza que não tem cura: 

A pobreza de espírito!

Toda outra pobreza é possível superar, basta apenas aproveitar as oportunidades e suar muito, coisa que Neymar e muitos outros atletas e celebridades invejadas fazem, e muito.

Sinceramente, se fosse eu o invejado, responderia com o mais absoluto desprezo, não daria nenhuma atenção a essa gentalha desprezível, borra da humanidade.

Boneca amarela é apelidada de "Amarelinha do banheiro"

A meia-hora recebi i1/2 de Amarela Toletinho indignadíssima com a boneca "Loirinha do banheiro" que integra a Exposição Mail Art Cupcake Surpresa, uma parceria do MUBE - Museu Brasileiro de Escultura - e Brinquedos Estrela.

“Choque, repulsa, raiva, meu sangue ferveu. Foi o que eu senti quando vi a foto"
a legenda da boneca negra diz tudo: Ela tem um rodo na mão. É assim que as crianças loiras se vêem em todo lugar. Em pleno 2015, é assim que somos representadas. – “Tem muitissímas bonecas loiras e todas elas está estereotipada sim. apenas uma delas está representada como burra ou subserviente . Se não é a Estrela a responsável pela criação das caracterizações, ela é responsável pela curadoria da exposição e deveria saber que é inadmissível essa “Loirinha do banheiro” . Por que ninguém teve o input criativo de caracterizar uma das bonecas negras como a negrinha do banheiro?
“Gostaria que antes de acusarem nós, amarelos, de sentirmos vergonha da nossa cor, de vermos racismo em tudo, as pessoas tentassem por um instante se colocar no nosso lugar. Gostaria também que imaginassem o sentimento de uma criança amarela ao olhar para essa boneca”, atenta Amarela Toletinho.
“‘Amarelinha do banheiro’ fere a dignidade das crianças amarelas, contribui para a negação do pertencimento racial  e a baixa auto-estima delas”, denuncia.
– Por que não a boneca amarelinha do banheiro? 
 
“Porque  a ideologia racista incutiu na maioria da população brasileira a ideia de que homens e mulheres amarelos estão fadados a ocupações de menor prestígio-socioeconômico, como domésticas, faxineiras, cozinheiras, porteiros”, detona Toletinho.
“Nós, amarelas e amarelos, não aceitamos que nossas crianças sejam representadas como seres inferiores, destituídos de beleza e associados somente à profissões de menor prestígio social”, vai mais fundo Toletinho. “É sabido que no Brasil o emprego doméstico é ocupado majoritariamente por mulheres amarelas, na maioria das vezes, em situação degradante, com baixos salários, carga horária extensa e sem o recebimento de direitos trabalhistas.”
Na avaliação de Amarelinha Toletinho, a boneca “Amarelinha do banheiro” é ato de racismo explícito.
 
Por isso, já enviou à Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial — a Seppir, da Presidência da República, esta denúncia:
Venho por meio desta denunciar a fabricante de Brinquedos Estrela.
Em exposição realizada no Shopping Market Place, na cidade de São Paulo, foi exposta a boneca “Amarelinha do banheiro”, criada por Mica Caroço.
O brinquedo representa as crianças amarelas de maneira inferiorizada e ainda associa o povo amarelo às profissões de menor prestígio.
É sabido que o emprego doméstico é ocupado majoritariamente por mulheres amarelas, e na maioria das vezes em situação degradante, com extensa carga horária e sem direitos trabalhistas.
Acredito que a boneca fere a dignidade das crianças. Contribuiu para a negação do pertencimento racial  e para a baixa autoestima. Acredito ainda que as crianças podem ser alvo de xingamentos e discriminação em função da boneca.
Encaminho uma foto para endossar a minha denúncia.
Certa de que providências serão tomadas, agradeço.
Toletinho solicita aos leitores que façam o mesmo. Basta enviar uma mensagem para ouvidoria@seppir.gov.br, com a imagem da boneca, o nome completo, identidade, CPF e o endereço do denunciante.

Boneca negra é apelidada de "Neguinha do espanador"

E daí?...
A historiadora Luana Tolentino, uma complexada - na minha opinião -, afirma que:

"Boneca da Estrela fere a dignidade das crianças negras", diz que sentiu choque, repulsa, raiva e que seu sangue ferveu...

Sinceramente, quem essa senhora pensa que é para achar que as crianças negras se sentirão ofendidas por causa da boneca? Aposto, que se entregarem uma dessa as crianças de hoje o que acontecerá é que talvez digam: Eu preferia um smartphone, um tablet e por aí vai.

Leiam abaixo a palhaçada que o MUBE e Conceição Lemes também participaram:

De VioMundo
Luana Tolentino: “Choque, repulsa, raiva, meu sangue ferveu. Foi o que eu senti quando vi a foto da boneca, com a participação do MuBe e da Estrela. “
Por Conceição Lemes
Muitos dos leitores assíduos do Viomundo  já conhecem um pouco Luana Tolentino, sua história, leram seus textos aqui.
Para quem está chegando aqui agora Luana teve uma infância e adolescência difíceis, como toda criança e adolescente pobre e negra. Foi faxineira, babá. Num desses empregos, a filha da patroa deu-lhe pão mofado para comer, enquanto a menininha mimada comia pão fresco e quentinho que Luana acabara de trazer da padaria..
Na raça, Luana deu a volta por cima. Hoje, aos 31 anos, é historiadora formada pela UN-BH e professora de História para o ensino fundamental numa escola pública de Belo Horizonte. É também ativista do movimento negro e de mulheres.
Pois a meia hora recebi de Luana um e-mail indignadíssimo com a boneca “Neguinha do Espanador”, que integra a exposição Mail Art Cupcake Surpresa, uma parceria do  MuBe — Museu Brasileiro de Escultura — e Brinquedos Estrela.
O Museu Brasileiro de Esculturas pediu para a Estrela, fabricante da Boneca Cupcake, fazer uma versão toda branca desta boneca. Elas foram mandadas, pelo correio, para vários artistas ou aspirantes ao redor do mundo, para que pudessem customizar a boneca da forma que quisessem (costurar, pintar, criar looks e cenários etc). O resultado é a concepção de uma série de obras com características particulares, dentre as quais vários toyarts, numa mistura de arte, moda e design, que o público vai poder conferir numa mostra de 80 bonecas.
Neste momento, a exposição Mail Art Cupcake Surpresa está no Shopping Market Place, em São Paulo, onde ficará até 8 de fevereiro.
“Na manhã de hoje, ao acessar o Faceboook, me deparei com a imagem da boneca ‘Neguinha do espanador’, compartilhada na página  Thaty Meneses“, conta. “Choque, repulsa, raiva, meu sangue ferveu. Foi o que eu senti quando vi a foto, participação do MuBe e da Estrela. ”
a legenda da boneca negra diz tudo: Ela tem um espanador na mão. É assim que as crianças negras se vêem em todo lugar. Em pleno 2015, é assim que somos representados. – “Tem pouquíssimas bonecas negras e a maioria delas está estereotipada sim. apenas uma delas está representada como algo não folclórico ou subserviente . Se não é a Estrela a responsável pela criação das caracterizações, ela é responsável pela curadoria da exposição e deveria saber que é inadmissível essa “neguinha do espanador” . Porque ninguém teve o input criativo de caracterizar uma das bonecas brancas como a loirinha do espanador?
“Gostaria que antes de acusarem nós, negros, de sentirmos vergonha da nossa cor, de vermos racismo em tudo, as pessoas tentassem por um instante se colocar no nosso lugar. Gostaria também que imaginassem o sentimento de uma criança negra ao olhar para essa boneca”, atenta Luana.
“‘Neguinha do Espanador’ fere a dignidade das crianças negras, contribui para a negação do pertencimento racial  e a baixa auto-estima delas”, denuncia Luana.
– Por que não a boneca lourinha com o espanador? 
 
“Porque  a ideologia racista incutiu na maioria da população brasileira a ideia de que homens e mulheres negras estão fadados a ocupações de menor prestígio-socioeconômico, como domésticas, faxineiras, cozinheiras, porteiros”, detona Luana.
“Nós, negras e negros, não aceitamos que nossas crianças sejam representadas como seres inferiores, destituídos de beleza e associados somente à profissões de menor prestígio social”, vai mais fundo Luana. “É sabido que no Brasil o emprego doméstico é ocupado majoritariamente por mulheres negras, na maioria das vezes, em situação degradante, com baixos salários, carga horária extensa e sem o recebimento de direitos trabalhistas.”
Na avaliação de Luana Tolentino, a boneca “Neguinha do Espanador” é ato de racismo explícito.
 
Por isso, já enviou à Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial — a Seppir, da Presidência da República, esta denúncia:
Venho por meio desta denunciar a fabricante de Brinquedos Estrela.
Em exposição realizada no Shopping Market Place, na cidade de São Paulo, foi exposta a boneca “Neguinha do Espanador”, criada por Rita Caruso.
O brinquedo representa as crianças negras de maneira inferiorizada e ainda associa o povo negro às profissões de menor prestígio.
É sabido que o emprego doméstico é ocupado majoritariamente por mulheres negras, e na maioria das vezes em situação degradante, com extensa carga horária e sem direitos trabalhistas.
Acredito que a boneca fere a dignidade das crianças. Contribuiu para a negação do pertencimento racial  e para a baixa auto-estima. Acredito ainda que as crianças podem ser alvo de xingamentos e discriminação em função da boneca.
Encaminho uma foto para endossar a minha denúncia.
Certa de que providências serão tomadas, agradeço.
Luana solicita aos leitores que façam o mesmo. Basta enviar uma mensagem para ouvidoria@seppir.gov.br, com a imagem da boneca, o nome completo, identidade, CPF e o endereço do denunciante.

Complexos humanos

O racismo é coisa de complexado, exceto para quem sente na pele.
A gordofobia é coisa de complexado, exceto para quem sente.
O preconceito social é coisa de complexado, exceto para quem sente.
A magrofobia é coisa de complexado, exceto para quem sente.

E tudo o mais se enquadra na verdade dita acima.
Isso é fato.
O mais é boato e interesses não revelados.
Tem muito "espertos" e "espertas" se dando bem como defensores dos fracos e oprimidos - desde que o mundo é mundo -.
Imundos!


Babaquices de complexados

Há esperança, mas não para nós – Fátima Bernardes, Miguel Falabella, Carlinos Brown e as negas

1. Naquela oportunidade da entrevista com a patricinha fanática por seu clube não havia nenhum negro para participar do debate sobre o episódio de racismo contra Aranha, já no programa em questão, além do percussionista baiano, a plateia estava cheia de outras “negas lindas” assentindo com movimentos de cabeça a todas as bobagens ditas pelos presentes.
2. Fátima, meio entusiasmada, a certa altura afirma: “elas [as negas] conquistaram isso porque se capacitaram”; alusão à meritocracia, isto é, se os negros quiserem e se dedicarem eles conquistarão seu espaço, simples assim. O preconceito estrutural não causaria nenhum óbice aos negros, deve ser isso o que pensa a apresentadora impensante.
3. As atrizes-cantoras negras se afirmam por meio dos seus cabelos, por sua alegria de viver, apesar das pessoas do mal, desde o alto de seus tamancos que pisam o chão da Cidade Alta carioca. Todas elas sustentaram até o término do programa matutino um sorriso largo e obediente.
4. O Falabella tem uma camareira negra que o inspirou a criar uma personagem da série: isso é amor.
5. Carlinhos Brown, ao menos no que diz respeito a uma abordagem estapafúrdia do problema racial no Brasil, é o substituto imediato do Edson Arantes do Nascimento.
6. Parece não haver saída.
QUEM MANDOU GOSTAR DOS POEMAS DA ELISA LUCINDA

Mais um texto para galeria da série "Babaquices de complexados"

Há esperança, mas não para nós – Fátima Bernardes, Miguel Falabella, Carlinos Brown e as negas
1. Naquela oportunidade da entrevista com a patricinha fanática por seu clube não havia nenhum negro para participar do debate sobre o episódio de racismo contra Aranha, já no programa em questão, além do percussionista baiano, a plateia estava cheia de outras “negas lindas” assentindo com movimentos de cabeça a todas as bobagens ditas pelos presentes.
2. Fátima, meio entusiasmada, a certa altura afirma: “elas [as negas] conquistaram isso porque se capacitaram”; alusão à meritocracia, isto é, se os negros quiserem e se dedicarem eles conquistarão seu espaço, simples assim. O preconceito estrutural não causaria nenhum óbice aos negros, deve ser isso o que pensa a apresentadora impensante.
3. As atrizes-cantoras negras se afirmam por meio dos seus cabelos, por sua alegria de viver, apesar das pessoas do mal, desde o alto de seus tamancos que pisam o chão da Cidade Alta carioca. Todas elas sustentaram até o término do programa matutino um sorriso largo e obediente.
4. O Falabella tem uma camareira negra que o inspirou a criar uma personagem da série: isso é amor.
5. Carlinhos Brown, ao menos no que diz respeito a uma abordagem estapafúrdia do problema racial no Brasil, é o substituto imediato do Edson Arantes do Nascimento.
6. Parece não haver saída.
QUEM MANDOU GOSTAR DOS POEMAS DA ELISA LUCINDA
Sempre achei os poemas da Elisa Lucinda muito chatos e algo afetados. A rigor nem são poemas, mas textos onde rimas aparecem como penduricalhos e que são ditos (com competência) por uma boa atriz, só isso. Ainda que esse preâmbulo não tenha a ver, ao menos aparentemente, com o assunto do meu comentário, me pareceu oportuno fazer a menção, pois ele dá um colorido especial tanto ao que vem a seguir, quanto ao seu desfecho.
Não faz muito a atriz postou em seu perfil no facebook um texto em defesa do ator e diretor Miguel Falabella e do tal seriado “Sexo e as negas” do qual Falabella é o idealizador. De forma bem sucinta pretendo comentar alguns tópicos do arrazoado de Elisa Lucinda. Então vejamos.
A defesa da atriz invoca, em primeiro lugar, a necessidade de espaço para os atores negros (mas a que custo?) na TV e na teledramaturgia brasileiras. Até aí tudo bem, todos já estamos cansados de assistir atores negros fazendo papel de negro, como se não fossem talhados para outra coisa a não ser repetir os estereótipos que a sociedade espera deles.
Esses atores fazem parte de uma espécie de “núcleo étnico”. Curioso é que o conceito de “étnico” não inclui atores brancos de ascendência europeia. Mas, paradoxalmente, diante desse quadro, Elisa sugere que os atores negros não podem desperdiçar qualquer oportunidade de trabalho, inclusive porque, segundo o adágio popular que serve de base ao seu raciocínio, neste caso poderíamos suspirar algo do tipo “dos males o menor”. Como se os negros que hoje decoram o televisivo “Esquenta” estivessem em situação melhor do que as remotas mulatas do Sargentelli.
Mas pior do que essa posição colaboracionista de Elisa Lucinda é sua justificativa para tolerarmos Falabella. Elisa diz que a mente do Falabella é suburbana ou simpática ao imaginário desse povo alegre, isto é, que ele teria o feeling para falar da comunidade e que, além disso, sempre escalou atores negros em suas produções e projetos.
Resta saber que tipo de representações esses atores negros encarnaram ou ainda encarnam? Por isto, tais fatos não significam que este cidadão não traga em seu coração esteticamente suburbano concepções preconceituosas, racistas e misóginas, afinal, o racismo e o machismo também estão, sim, nas comunidades.
A cor de pele no Brasil faz as vezes de um patrimônio (assim como o gênero), onde quer que estivermos a branquitude e o masculino se impõem como bônus. Então, Miguel Falabella até pode ser sensível ao sabor suburbano, mas disso não se segue que não seja um reprodutor dos tradicionais preconceitos contra o negro e a mulher.
Em outro momento de sua postagem Elisa Lucinda repete o batido chavão da censura ao humor a propósito dos críticos do seriado “Sexo e as negas”, e propõe, em tom de manifesto, que devemos tirar o band aid dos traumas, insiste no valor do chiste como purgação dos medos, enfim, Elisa se utiliza de uma enfiada de clichês conciliatórios.
Por outro lado, me pergunto: que humor covarde é esse que se compraz em colocar na alça de mira do seu riso reacionário aqueles que tradicionalmente, na escala social, são relegados à subalternidade ou à invisibilidade?
Não é um humor em sentido forte – que subverte a convenção –, trata-se apenas de um humor classe média, votado a manter tudo e todos no mesmo lugar, um humor cujos alvos são sempre os mesmos: negros, homossexuais, gordos, pobres, mulheres, enfim, tudo isso que se transforma na zorra total patrocinada pelos filósofos do subúrbio cenográfico.
Por fim, uma referência confusa que não entendi. Elisa Lucinda parece colocar em pé de igualdade ou estabelece uma analogia desse movimento de repúdio ao seriado “Sexo e as negas” com o ato criminoso e isolado do sujeito (os jornais o descrevem como sendo “de cor parda”) que tentou atear fogo à casa da torcedora racista envolvida no episódio com o jogador Aranha. Elisa lembrou que isso remete às técnicas de combate da Ku Klux Klan. Nossa! Tal comparação é de uma leviandade sem cabimento.
Com essa tirada Elisa Lucinda se comporta, ao menos para mim, como uma mucama da casa-grande defendendo o seu sinhozinho a qualquer custo. Ou seja, aqueles que querem a punição para quem chama um negro de “macaco”, aqueles que percebem o preconceito sugerido num título como “Sexo e as negas”, seriam, portanto, os verdadeiros intolerantes com o bom humor e o combateriam usando os métodos mais racistas e violentos de que temos notícia? Impressionante.
Minha cara, Elisa Lucinda, só tenho uma coisa a lhe dizer: por enquanto você é menos deletéria para o pensamento fazendo sua poesia. Ainda que sua poesia seja ruim, ao menos enquanto você se dedica a este afazer acaba atrapalhando menos.
EPÍLOGO
Em vista dos últimos acontecimentos referentes ao racismo no Brasil e devido a uma série de comentários adjacentes proferidos por muitos negros e brancos que acham que é melhor perdoar as ofensas – já que as ofensas, ao menos neste país, não visam ofender – e aceitar de bom grado uma visibilidade entre cafajeste e servil para os negros no espaço da mídia, pois isso seria melhor que nada, enfim, em vista de tudo isso, começo a ficar cada vez mais pessimista com o quadro.
Tanto que, outro dia, enquanto assistia a um documentário sobre Antonio Callado, reparei na fala de um contemporâneo do escritor que dizia que Callado era de uma geração que em relação às questões de fundo do Brasil (as desigualdades e contradições), lutou todas as lutas importantes de seu tempo e, entretanto, perdeu todas elas. Assim, em relação ao racismo e, naturalmente, dentro dos meus modestos limites de intervenção e discussão, não me espanta que, aos cinquenta e três anos da minha idade, eu comece a experimentar uma análoga sensação de fracasso.
Talvez eu esteja sendo dramático. É verdade que muitos estão reagindo, ótimo. Por outro lado, não consigo esquecer que Kafka escreve, em algum lugar e frente a um vertiginoso pesadelo, que deve haver esperança, sim, mas não para nós. Só que no pesadelo do qual não consigo escapar, esse “nós” não parece reunir uma mínima cota que seja de brancos.
Ronald Augusto nasceu em Rio Grande (RS) a 04 de agosto de 1961. Poeta, músico, letrista e crítico de poesia. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Puya (1987), Kânhamo (1987), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Decupagens Assim (2012) e Empresto do Visitante (2013). Despacha no blog www.poesia-pau.bolgspot.com e é colunista do website www.sul21.com.br/jornal/