O amor não está no corpo,
Onde muitos procuram,
E sim na alma,
Onde poucos encontram.
Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...
Mensagem da Vovó Briguilina
Carlos Odas - cretinos agarram-se à derrota como vira-latas defendem seus ossos
O que vale analisar é a premissa mais visível em todas as teses lançadas pelo cretinismo: para derrotar Dilma e pôr Aécio Neves no Planalto é preciso fazer o brasileiro sentir-se mal consigo mesmo
Como esperado, desde aquele fatídico 4 de julho nossos insuperáveis cretinos lambem a derrota da Seleção brasileira contra a Alemanha, saboreiam-na aos bocados, olham-na com olhos lânguidos por medo de que perca o sabor que, para eles, é o de uma iguaria; esperavam, já um tanto ansiosos, uma tragédia com a qual pudessem marcar sua narrativa desta Copa do Mundo, quiçá deste "período histórico". Nesse afã, não pouparam sequer a dor de famílias no caso da queda do viaduto em Belo Horizonte; sordidamente, tentaram ligar à Copa – apenas para culpar o Governo Federal – uma responsabilidade que, afinal, era da Prefeitura daquela cidade, ocupada por um aliado dos cretinos, como executora da obra. Agarram-se à derrota como um vira-latas a defender seu único osso; o fazem para disfarçar o sabor do próprio e cotidiano fracasso diante do fato que a derrota em campo não nos define, mas a competência fora dele, sim, e muito mais.
Segundo dez entre dez cretinos fundamentais da mídia familiar – "familiar" não só pela propriedade dos veículos (e dos cretinos que as servem), mas porque posta a serviço dos interesses políticos e financeiros das famílias suas proprietárias –, dançávamos diante do abismo de nossa incompetência quando, dois anos antes, toda a infraestrutura que daria suporte à realização da Copa do Mundo não estava pronta – onde já se viu? Sabemos onde se viu; na Alemanha e na África do Sul, antes das suas respectivas edições da Copa, na Inglaterra antes das Olimpíadas de 2012. Mas a indignação seletiva dos nossos insuperáveis cretinos não teria o impacto projetado se não viesse carregada de tons dramáticos: estávamos prestes a dar, diante do mundo, um vexame histórico jamais protagonizado por outra nação do planeta. Era mentira. Era torcida. Era a eterna tentativa de definir o povo brasileiro como uma gente derrotada e sem virtudes reais, a não ser o tão propalado quanto falso "jeitinho brasileiro".
Eis que provamos o contrário do que queriam demonstrar os cretinos: não somos os vira-latas do mundo. Apostaram no fracasso da Copa e no sucesso da Seleção; ao verem as primeiras expectativas frustradas, recearam que um hexacampeonato mundial em terras brasileiras, e num ambiente de festa nacional, sufocasse de vez uma oposição partidária que já não vive sem os préstimos da cretinice engajada que exercem. Produziram daí as peças mais infames de que foram capazes; um escreveu à matilha de trolls que alimenta diariamente com suas doses de ódio coisas como "a oposição nunca disse que a Copa seria um caos" e "todos sabíamos que o evento seria um sucesso" ou, ainda, "o sucesso da realização da Copa não tem nada a ver com a organização do evento". Mentira, mentira e mentira. Bem paga, o que não lhe aproxima nem um pouco da verdade. Outro, empedernido, alertava para que a oposição não permitisse que Dilma e o PT se "apropriassem do sucesso da Copa do Mundo durante a campanha eleitoral".
Ao verem, mais adiante, a inversão completa de suas expectativas (sucesso fora de campo e desastre dentro das quatro linhas), os magos – sim, a maioria dos cretinos supõem-se magos – passaram a outra tese: o sucesso da Copa não pode ser apropriado por Dilma, mas o fracasso da Seleção brasileira deve ser associado a ela. E aí o cinismo regiamente pago excedeu-se. Por um lado, o que há de novo é o claro abandono das tentativas de escamotear suas relações; sabem que já não podem mais esconder que trabalham, primeiro, contra uma candidatura e, depois, em favor de outra. Resta a tentativa de ocultar a agenda que defendem enquanto podem. Afinal, seu trabalho não seria tão difícil se pudessem dizer abertamente o que desejam para o país. Não podem, pois significa, no médio prazo, o retrocesso na condição de vida de milhões de brasileiros.
O que vale analisar, no entanto, é a premissa mais visível em todas as teses lançadas pelo cretinismo: para derrotar Dilma e pôr Aécio Neves no Planalto é preciso fazer o brasileiro sentir-se mal consigo mesmo; é preciso difundir e cultivar a "malaise", como gosta de referir-se FHC. Ou seja, é preciso minar esperanças, é preciso baixar a autoestima do brasileiro e fazê-lo voltar, o quanto antes, a sentir-se um vira-latas. Assim, a derrota serve-lhes como o manto perfeito. Aliás, tanto melhor, nesse caso, que não tenha sido uma derrota simples, mas algo que se possa chamar de "histórico".
A Copa do Mundo do Brasil está sendo, sim, a Copa das Copas, mas não é por isso que eu, por exemplo, votarei em Dilma; é pela agenda que ela representa de ampliação de direitos e de participação popular, de redistribuição de renda e, sobretudo, de desenvolvimento soberano do país. Ao contrário de Aécio. Se a Bovespa cai quando Dilma sobe, é um sinal de que quem ganha mais com a concentração de renda que com a redistribuição dela prefere Aécio. Simples. A outra cantilena que já cansou aos ouvidos é a de que o Estado brasileiro é um mastodonte comedor do "nosso dinheiro". Mentira também. Nosso estado é oneroso, sim, porque as iniquidades legadas historicamente a sucessivas gerações de brasileiros são imensas. É contra isso que temos de lutar, contra as iniquidades; o tamanho do estado deve corresponder ao enfrentamento desse desafio, já que também é mentira – como já demonstrado – que o mercado esteja aí para substituir o estado no enfrentamento das desigualdades distribuindo capital em troca de força de trabalho. Não tem nada a ver com o surrado espantalho da comunização; os cretinos, aliás, nunca foram contra a intervenção estatal, na economia inclusive, mas disputam o vetor, o sentido, dessa intervenção – se for para sustentar os de cima, tudo bem para eles.
Então essa historinha de que "o SUS não presta", "bancos públicos devem ser privatizados" e "estatais são cabides de emprego" deve ser combatida no dia-a-dia da campanha eleitoral e em todos os outros dias em que seja necessário fazê-lo. Uma profunda reforma do Estado é bem vinda, desejável e necessária. Para ajustes e para a construção de uma sociedade mais justa, e não para redução de seu papel no combate às iniquidades. A síntese que me agrada, no caso brasileiro, é: mais estado, sim, onde ele é essencial, mas com cada vez menos poder estatal e mais poder popular. Os cretinos chamam isso de "sovietização", o que é uma burrice. Expressam apenas os velhos medos da Casa Grande.
Para que voltem ao poder, portanto, precisam que as esperanças do povo brasileiro sejam derrotadas; precisam de uma juventude apática à política. Não lhes incomoda a criminalização da política, aliás, pois preferem-na como exercício de poucos, de "profissionais" e "raposas". Nesse sentido, o simpático tome da Alemanha lhes deu fôlego e um discurso. A derrota, no entanto, não define o povo brasileiro nem o que foi essa Copa do Mundo
A realidade, afinal, tem sido há tempos a implacável Alemanha carrasca para os cretinos.
Judiciário - o mais corrupto dos poderes
O que mais surpreende na notícia de que Joaquim Barbosa quer garantir o emprego de 46 pessoas de seu gabinete não é o fato em si.
Todo mundo, quando se aposenta, se esforça para que seus subordinados sobrevivam.
O que realmente chama a atenção é o número de funcionários de JB: 46. É um pequeno exército.
O que tanta gente faz?
Conhecida a baixa produtividade da Justiça brasileira, eis um mistério.
Quantos funcionários terá cada juiz do Supremo? Se não a quase meia centena do presidente, quantos?
Qual o exemplo que o STF dá à sociedade de uso do dinheiro público? Quem fiscaliza?
Curiosa a mídia: entre tantos perfis endeusadores de Joaquim Barbosa, jamais trouxe à luz a informação do batalhão de funcionários sob suas ordens.
Suponhamos que ele tenha herdado todos. Num mundo menos imperfeito, ele teria realizado um ajuste exemplar, e feito disso um caso de ganho de eficiência num Judiciário tão carente de modernização.
Compare o STF com seu equivalente sueco. Você pode fazer isso caso leia um livro chamado "Um País sem Excelências e Mordomias", da jornalista brasileira Claudia Wallin, radicada na Suécia.
Recomendo fortemente.
Claudia entrevistou Goran Lambertz, presidente da Suprema Corte sueca. "Como todos os juízes e desembargadores da Suécia, Lambertz não tem direito a carro oficial com motorista nem secretária particular", escreve Claudia. "Sem auxílio moradia, todos pagam do próprio bolso por seus custos de moradia."
Para ver quanto é diferente a realidade brasileira, no final do ano passado foram comprados carros de 130 mil reais para que os juízes do Supremo façam seus deslocamentos por Brasília.
Lambertz mora numa cidadezinha a 70 quilômetros de Estocolmo. Vai todos os dias da semana para a capital da seguinte maneira: pega sua bicicleta e pedala até a estação de trem.
Ele tem um pequeno escritório, e não tem secretária e nem assistentes. "Luxo pago com dinheiro do contribuinte é imoral e antiético", disse ele a Claudia.
Uma equipe de 30 jovens profissionais da área de direito ajuda os 16 juízes da Suprema Corte. Fora isso, são mais 15 assistentes administrativos que ajudam todos os magistrados.
Isso quer dizer o seguinte: 45 pessoas trabalham para todos os integrantes da Suprema Corte da Suécia. Repito: todos. É menos do que os funcionários de Joaquim Barbosa sozinho.
Refeições, Lambertz mesmo paga. "Não almoço com o dinheiro do contribuinte." Algum juiz do STF poderia dizer o mesmo?
A transparência na Suécia é torrencial. "Qualquer cidadão pode vir aqui e checar as contas dos tribunais e os ganhos dos juízes", diz Lambertz.
"Autos judiciais e processos em andamento são abertos ao público. As despesas dos juízes também podem ser verificadas, embora neste aspecto não exista muita coisa para checar. Juizes usam bem pouco dinheiro público e não possuem benefícios como verba de representação. Os juízes suecos recebem seus salários e isso é o que eles custam ao Estado."
Os gastos dos juízes são fiscalizados fora do sistema judiciário. "Se você é um juiz, certamente tem o dever de ser honesto e promover a honestidade, além de estar preparado para ser fiscalizado todo o tempo", diz Lambertz.
Como um cidadão sueco reagiria à informação de que o presidente da mais alta corte do país gastou o equivalente a 90 mil reais para, como fez Barbosa, reformar banheiros do apartamento funcional?
É uma situação impensável — até porque juiz sueco paga sua própria casa, como qualquer pessoa.
Claudia perguntou a Lambertz como que o Brasil poderia avançar no mesmo rumo da Justiça sueca. Lambertz falou em "líderes que dêem bons exemplos, líderes que mostrem que não estão em busca de luxo para si".
Joaquim Barbosa foi proclamado pela Veja, num instante de euforia delirante, "o menino pobre que mudou o Brasil".
Mas ele cabe na descrição de líder transformador feita por Lambertz? Que um juiz sueco diria de uma equipe de 46 funcionários para um único homem?
Começa uma nova etapa no STF sem Barbosa.
Que comece ali uma reforma de mentalidades ao fim da qual tenhamos uma Justiça ao menos um pouco mais parecida do que a comandada por Garen Lambertz.
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
WatsApp da campanha da presidente Dilma
O Facebook é uma corporação imoral
Israel e o ideal de superioridade racial
FHC é o novo técnico da seleção brasileira
Olhar digital
Aplicativo | Categoria | |
1 | Puzzle & Dragons | Puzzle |
2 | Social | |
3 | theChive | Entretenimento |
4 | iFunny J | Entretenimento |
5 | Hay Day | Familia |
6 | 9GAG | Entretenimento |
7 | Social | |
8 | Spotify Music | Musica |
9 | FarmVille 2: Country Escape | Entretenimento |
10 | 8 Ball Pool | Esporte |
*A tabela lista os aplicativos que tiveram o maior impacto no desempenho. O cálculo percentualfoi feito com base na em valores de medianas. A classificação é calculada pela fórmula: armazenamento * 3 + bateria * 2 + tráfego |
“Comedores” de Bateria | “Comedores” de espaço de armazenamento | Os que mais usam os dados e a rede | |
1 | Beaming Services for Beep’nGo | Asphalt 8: Airborne | Netflix |
2 | ChatON Voice & Video Chat | FIFA 14 by EA SPORTS™ | theCHIVE |
3 | AllShare Cast Dongle S/W Update | The Sims™ FreePlay | reddit is fun |
4 | Samsung SmartView 1.0 | Despicable Me | Spotify Music |
5 | magicApp: Free Calls | Puzzle & Dragons | AT&T Smart Wi-Fi |
6 | Samsung WatchON (Phones) | The Simpsons™: Tapped Out | 9GAG |
7 | Puzzle & Dragons | Plants vs. Zombies™ 2 | Daily Mail Online |
8 | Candy Crush Saga | Dragon City | Tumblr |
9 | Hay Day | Slotomania FREE Slots | Facebook |
10 | Samsung WatchON (Tablets) | Family Guy The Quest for Stuff |
Nacionalismo e patriotismo não fazem mais sentido?
Nem o general Octávio Costa, que escreveu alguns discursos de Emílio Médici, titular do pior período da ditadura militar, seria capaz de produzir as linhas que seguem abaixo.
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Centro da agitação eleitoral do PSDB, o Instituto Teotônio Vilela divulgou uma análise sobre a derrota de 7 a 1 com linhas inacreditáveis. Leia alguns trechos.
Num parágrafo, procura-se comparar traços culturais de alemães e brasileiros para dizer que...
" A histórica derrota sofrida pela seleção pode servir como lição para que o Brasil se torne um país melhor. A vitória alemã representa o triunfo da técnica, da disciplina, do método e do rigor sobre o improviso, o descompromisso e a fé em que, no fim, tudo vai dar certo, porque, afinal de contas, Deus é brasileiro e conosco ninguém pode."
Também se combate o otimismo de uma população, que jamais comungou do pessimismo de suas elites - o que era reconhecido por Tancredo Neves - para falar da " maior goleada da história do futebol mundial. Um vexame de proporções homéricas. Será que isso não nos diz algo sobre o que acontece quando abdicamos de fazer o que é certo apostando que, ainda assim, no fim nada vai dar errado?"
Numa exibição de quem pretende usar desgraças do futebol para ganhar pontos na política, mas não conhece uma coisa nem outra, afirma-se:
"O pior que pode acontecer agora é ignorar que o fiasco da seleção deve muito à forma com que os problemas são enfrentados no país. (...) Sem sacrifícios. É o cúmulo da cultura da esperteza, que só nos afunda, mas não está presente apenas no esporte. Pelo contrário."
É assim, sem sutileza, que se pretende transformar um jogo de futebol em metáfora da situação política. Tratando brasileiros como adeptos da " cultura da esperteza", que querem se dar bem "sem sacrifícios".
A ideia do brasileiro como formado na " cultura da esperteza" está no Zé Carioca, personagem colonial de Walt Disney, certo?
A ideia de que os brasileiros querem o sucesso "sem sacrifícios" é típica de quem acha que o salário mínimo está alto demais e precisamos de " medidas impopulares." É grotesco.
Cumpre lembrar que unir futebol e política é um exercício sempre perigoso. A gloriosa seleção do Tri de 1970, a melhor de todos os tempos, foi formada quando o país vivia sob o pior regime de todos os tempos. Era o auge da tortura, das execuções, da perseguição política. Era uma economia que crescia - mas concentrava renda e ampliava a desigualdade entre os brasileiros. O jogo de Pelé, Tostão, Gerson & os outros era um retrato do futebol Brasil da época. Sua melhor geração na historia.
Mas atuava em outra esfera, ou estratosfera.
Não serve como elogio a tortura - como tentava fazer a propaganda Ame-o ou Deixe-o.
A Seleção do Brasil de 2014 é um retrato de nosso futebol. Era um time que jogava aos trancos e barrancos, que contava com a sorte, caneladas e gols estranhos para avançar e chegar até onde fosse possível. Nunca prometeu mais do que isso - embora fosse possível, como já aconteceu em outras copas, imaginar um resultado melhor.
Comparar o 7 a 1 do Mineirão com o Brasil real é um exercício primário de marketing e ignorância política.
Até porque é preciso ter perdido todo contato com a realidade social e econômica do país para imaginar que a partir de 2003 o Brasil sofreu, como nação, qualquer coisa que possa ser comparada a uma goleada. A renda está melhor distribuída. O desemprego é um dos mais baixos do mundo. O ensino superior nunca cresceu tanto - nem de forma tão rápida. E as escolas técnicas? E a política de habitação popular?
Vamos olhar para o que é importante. Futebol é símbolo, ensina a metáfora Pátria de Chuteiras, de Nelson Rodrigues. Aumenta nossa alegria, o afeto, a vontade de rir. Mas não pode encobrir a realidade cotidiana, nem para o bem, nem para o mal.
Mas o esforço para transferir o 7 a 1 para o cotidiano dos brasileiros está em outros lugares.
Lendo apenas as manchetes dos jornais de hoje, você encontra palavras humilhantes: "Vergonha, vexame, humilhação." Ou: " Um vexame para a eternidade." Ou: "a partir derrota da história." Ou ainda: "Humilhação em casa."
Vamos combinar. Há momentos em que é preciso separar a vida real da literatura - ou do futebol.
Foi Alberto O. Hirshman, intelectual social-democrata do pós-Guerra, muito citado nas obras da pré-história do PSDB, que criou o conceito de fracassomania.
Enfrentando a resistência a todos esforços políticos para criar leis e realizar reformas capazes de atender aos interesses da maioria, Hirshman explicava que o principal argumento conservador de nossa época não é discutir o que está certo, nem o que está errado – mas convencer a população de que as mudanças, mesmo bem intencionadas, estão pré-condenadas ao fracasso. Nunca darão certo, diz a teoria, porque cedo ou tarde os interesses maiores do sistema vigente serão capazes de retomar seus direitos e reverter aquilo que foi conseguido. O resultado, assim, é que toda tentativa de progresso está destinada a dar errado – e não passa de desperdício de tempo e energia. Pretende ajudar mas acaba atrapalhando quem pode resolver as coisas -- isto é, o mercado. O melhor fazer, conclui a fracassomania, é deixar tudo como sempre esteve ao longo dos anos e anos.
Essa é a ideia por trás das frases do dia. Querem nos convencer que o país estava ao passo da gloria – mas acabou derrotado porque ainda não se tornou suficientemente alemão, atitude que "representa o triunfo da técnica, da disciplina, do método e do rigor sobre o improviso, o descompromisso e a fé em que, no fim, tudo vai dar certo, porque, afinal de contas, Deus é brasileiro e conosco ninguém pode."
Sabendo de nosso complexo de vira-lata, não surpreende que tenha uma gente que é louca para deixar de ser brasileiro. Traumatizados, querem virar alemães sem sequer pedir licença para a turma de Angela Merkel.
Não querem ganhar uma eleição mas pretendem mudar uma cultura. No fundo, não gostam de futebol. Seu desprezo é tamanho que num texto partidário, de quem está querendo votos, falam mal da entrada de Bernard em campo. Pode?
É uma gente que não entendeu nada, certo?