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'A arma deles é a desesperança. Não passarão'

Não se amarrota uma nação dessas na vala comum das economias aleijadas pelos mercados. O destino do país não pode ser se encolher e se entregar.
Por Saul Leblon:
A decana dos economistas brasileiros tem se recusado a dar entrevistas, a participar de conferências ou debates.

A parcimônia obedece a um diagnóstico. 

Maria da Conceição Tavares, um feixe de 85 anos de argúcia intelectual, inquietação metabólica e vivência histórica enciclopédica depara-se com um problema singular, mesmo para quem acumula longa trajetória de engajamento apaixonado na luta pela construção da nação brasileira.

O país vive uma nova encruzilhada do seu desenvolvimento.

Mais uma das tantas das quais essa portuguesa de nascimento participou, desde que desembarcou aqui no ano em que Getúlio Vargas, com um único tiro, impôs uma década de protelação ao golpe que a coalizão empresarial-militar só lograria desfechar em 1964.

Conceição militou ativamente no esforço progressista de dilatar o tempo histórico e empurrar a roda do desenvolvimento até o ponto em que ele se tornasse autossustentado pelas forças por ele favorecidas.

Em 1964 não deu.

O percurso interrompido, da forma como se sabe, seria parcialmente resgatado nos anos 80, com a derrubada do regime militar e a tentativa frustrada do Cruzado –da qual participaria diretamente também; esforço interrompido com a ascensão neoliberal nos anos 90.

A agenda da construção de uma democracia social na oitava maior economia da terra seria resgatada com a vitória presidencial do metalúrgico, e amigo, Luís Inácio Lula da Silva, em 2002.

Maria da Conceição Tavares - a arma da oposição é a desesperança. Não passarão!

A arma deles é a desesperança. Não passarão'

Não se amarrota uma nação dessas na vala comum das economias aleijadas pelos mercados. O destino do país não pode ser se encolher e se entregar.
Por Saul Leblon:
A decana dos economistas brasileiros tem se recusado a dar entrevistas, a participar de conferências ou debates.

A parcimônia obedece a um diagnóstico. 

Maria da Conceição Tavares, um feixe de 85 anos de argúcia intelectual, inquietação metabólica e vivência histórica enciclopédica depara-se com um problema singular, mesmo para quem acumula longa trajetória de engajamento apaixonado na luta pela construção da nação brasileira.

O país vive uma nova encruzilhada do seu desenvolvimento.
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Maria da Conceição Tavares sugere a Dilma controle de capitais

A 1a Conferência do Desenvolvimento, que termina hoje em Brasília, prestou uma homenagem aos 80 anos da professora e economista Maria da Conceição Tavares. 

Em retribuição, a professora fez uma palestra sobre Macroeconomia para o Desenvolvimento para um público que a aplaudiu de pé ao final de sua fala. Pontuada por palavras no superlativo, a economista defendeu para o governo Dilma Rousseff uma preocupação especial com a política externa econômica.

Maria da Conceição alerta Dilma para política externa econômica
“Pedimos um caminho duro de seguir: eu quero que distribua, mas não quero que a indústria vá para o espaço”, afirmou a economista.
Ela manifestou confiança na presidente eleita, a quem definiu como alguém de “coragem, sensibilidade e competência, que navegará nessas águas complicadas, principalmente no primeiro ano”, avaliou.


“Tenho muita fé na presidente, mas uma coisa é saber, outra é operar – não sei se a proporção de forças dos industriais pesam tanto quanto a dos banqueiros”, lembrando que “para sair dessa encrenca (crise econômica mundial), agora mais do que nunca, não dá para deixar para o mercado ou a divina providência. A solução é humana e de todo o governo”, enfatizou.

A economista acredita que até o fim dessa década vamos erradicar a miséria e nos aproximar dos países desenvolvidos, mas “para que isso ocorra não podemos fazer coisas que abortem essas intenções.” Ela admitiu que a macroeconomia está em estado cataléptico e é preciso estar atento para que as políticas adotadas pelos demais países não prejudiquem o desenvolvimento das nações que dele precisam. 

Evitar contaminação

Para que o Brasil não seja contaminado pela crise econômica de 2008/2009, que colocou na insolvência os países da Europa, Maria da Conceição sugere que o governo Dilma Rousseff faça o controle de capitais. “O controle quantitativo”, explica, acrescentando que “deve aumentar o compulsório, controlar o crédito, mas não puxar as taxas de juros, porque é ineficiente e piora a situação.”

Ela lembrou que esta sugestão já foi dada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que admitiu que “a situação está tão preta que é preciso controlar capitais”. Ela elogiou a formação da equipe econômica anunciada pela presidente eleita, “formada de gente discreta, que não são vedetes, que vão colaborar para não fazer uma política para lá e outra para cá”, em crítica velada a disputa entre Henrique Meirelles, no Banco Central e Guido Mantega, na Fazenda, durante o Governo Lula. 

Santo de barro

Também admitiu que a presidente eleita tem razão quando diz que vai baixar a taxa de juros lentamente e o câmbio devagar. E usou o ditado “cuidado com o andor que o santo é de barro”, para afastar a possibilidade de algum choque econômico.

Ela elogiou a posição do Brasil, dizendo que ao contrário dos países da Europa, não é nada catastrófica. No entanto, destacou que “não quero que se fique esperando sentado até o G20 resolva a nova ordem mundial. Está uma desordem e vai continuar uma desordem”, afirmou, dizendo que a posição do governo internamente deve ser a mesma adotada nos fóruns internacionais.

“O Brasil pode e deve falar nos fóruns internacionais com autonomia e agir para dentro com autonomia, que é o que se quer de um país soberano”, afirmou. Segundo a professora, a defesa soberana do Brasil tem que se basear na política cambial e balanço de pagamento, senão, não conseguiremos ter o desenvolvimento sustentável desejado, anuncia Maria da Conceição.

Caminho duro

Disse que “o eixo social está correto, mas se não cuidar da parte cambial não conseguiremos fazer política industrial e tecnológica, vamos regredir na industrialização, que é o contrário do desenvolvimento”. Ao mesmo tempo lembrou que não acredita que apenas o crescimento da indústria represente distribuição: “você pode crescer a 7% e não distribuir porcaria nenhuma.” 

E explicou: “Pedimos um caminho duro de seguir: eu quero que distribua, mas não quero que a indústria vá para o espaço. Não dá para recuar no econômico”, disse, destacando que o Brasil não deve copiar modelos macroeconômicos que atrapalhem o seu desenvolvimento. 

E apontou como outra decisão importante a ser adotada pelo governo o corte no gasto não produtivo. O que precisa, na opinião dela – opinião muito aplaudida pela platéia –, é cortar despesas irrelevantes como salários dos juizes e deputados. “O Congresso e a Justiça não geram receita, portanto não podem gerar despesas.” E, indignada, indagou porque não pode subir o salário mínimo.

Para ela, o governo tem que estar atento para fazer política macroeconômica. Como o dólar se desvalorizou e os produtos brasileiros de exportação são cotados em dólar, subiu tudo, e os fornecedores são os mesmos que abastece o mercado interno. Essa é a contradição do câmbio, disse, lembrando que “a saída para atacar a inflação não é subir a taxa de juros, porque a inflação é de custo e não de demanda, a subida da taxa de juros tira a possibilidade de desenvolvimento.”

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"A gente acaba" se BNDES não financiar grandes empresas, diz Conceição Tavares

A economista Maria da Conceição Tavares defendeu ontem o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) das críticas que vem recebendo por subsidiar empréstimos a grandes grupos com dinheiro do Tesouro. Segundo ela, o banco age assim para que as empresas se tornem competitivas na etapa atual de internacionalização do capital. "Senão, a gente acaba", disse a economista, homenageada pelo Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento pela passagem do seu 80º aniversário. Conceição Tavares começou sua vida profissional no BNDES, com a elaboração do Plano de Metas do governo Juscelino Kubitschek. 
Luciano Coutinho, presidente da instituição, reforçou a defesa do banco e considerou a homenagem à economista um momento especial e oportuno, já que na ocasião também estava sendo lançado um livro sobre a história do BNDES, coordenado por Conceição e intitulado "Os anos dourados do desenvolvimento - 1952 a 1980".

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