A demagogia de Bolsonaro
O golpista brasileiro que driblou o mundo
Perto da história de Douglas Augusto de Lima Santos, o cinematográfico golpe de Leonardo Di Capprio no filme Prenda-me se for capaz é fichinha.
O playboy de 21 anos que mantinha uma empresa de fachada nos EUA viajou o mundo como bem quis. E sem tirar um tostão do bolso: a diversão era mantida por meio do furto cibernético de cartões corporativos.
Ele lesou mais de 400 multinacionais e gastava sem dó.
Chegou a torrar R$ 8,3 milhões em Dubai.
Alugou um jatinho por US$ 40 mil para levá-lo de Londres a Nova York. E tinha até cartão com o símbolo da Casa Branca assinado pelo casal Obama.
A carreira do bon vivant se encerrou ontem em Brasília: ele foi preso em flagrante num hotel de luxo da cidade quando tentava aplicar mais um de seus golpes.
Decreto acaba com cartões para ministros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem (21) decreto que estipula o pagamento de diárias para viagens de ministros em território nacional e reajusta as diárias pagas aos servidores da administração pública federal.
A instituição das diárias foi uma das recomendações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Cartões Corporativos, encerrada há mais de um ano no Congresso Nacional.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o cartão vai acabar.
"O ministro não terá mais necessidade de fazer despesa de viagem com cartão, acabou", afirmou Bernardo.
Atualmente, os ministros pagavam as despesas com as viagens nacionais usando cartão corporativo ou suprimento de fundos, devido a uma decisão tomada na década de 1990 que revogou as diárias nacionais.
O sistema já era usado pelos ministros apenas para as viagens internacionais.
Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, as diárias para os ministros de Estado vão variar de R$ 458 a R$ 581.
Conforme levantamento do ministério, os custos mais altos são nas cidades do Rio de Janeiro e Manaus. O dinheiro poderá ser usado para o pagamento de refeições, diárias de hotel e táxi.