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Breve poemografia de Lula

 Poema escrito por Miguel Wanderley de Andrade, baseado na frase "Lula sabia", criada em 2006 pela corja golpista com o objetivo de incrimina-lo.


Breve biografia de Lula

Lula sabia, pobre retirante,
mesmo de partida, ninguém o saudara,
fugindo do agreste para o chão bandeirante,
sobre um pau de arara.
Viagem impertinente, sem magia!
Lula sabia, como bom torneiro,
que não se torneiam sonhos,
mas é a dor do operário,
que faz brotar, no homem, impulsos verdadeiros.
E como não brotaria?
Lula sabia

Poema do dia


***
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Deus Negro
Eu, detestando pretos, Eu, sem coração! Eu, perdido num coreto, Gritando: "Segregação."

Eu, você, nós... nós todos, cheios de preconceitos, fugindo como se eles carregassem lodo, lodo na cor...

E, com petulância, arrogância, afastando a pele irmã.

Mas, estou pensando agora, e quando chegar minha hora?
Meu Deus, se eu morresse amanhã, de manhã?
Numa viagem esquisita, entre nuvens feias e bonitas, se eu chegasse lá e um porteiro manco, como os aleijados que eu gozei, viesse abrir a porta, e eu reparasse em sua vista torta, igual àquela que eu critiquei?
Se a sua mão tateasse pelo trinco, como as mãos do cego que não ajudei?
Se a porta rangesse, chorando os choros que provoquei?
Se uma criança me tomasse pela mão, criança como aquela que não embalei, e me levasse por um corredor florido, colorido, como as flores que eu jamais dei?
Se eu sentisse o chão frio, como o dos presídios que não visitei?
Se eu visse as paredes caindo, como as das creches e asilos que não ajudei?
E se a criança tirasse corpos do caminho, corpos que eu não levantei dando desculpas de que eram bêbados, mas eram epiléticos, que era vagabundagem, mas era fome?

Meu Deus!
Agora me assusta pronunciar seu nome.
E se mais para a frente a criança cobrisse o corpo nu, da prostituta que eu usei, ou do moribundo que não olhei, ou da velha que não respeitei, ou da mãe que não amei ?
Corpo de alguém exposto, jogado por minha causa, porque não estendi a mão, porque no amor fiz pausa e dei, sei lá, só dei desgosto?

E, no fim do corredor, o início da decepção.
Que raiva, que desespero, se visse o mecânico, o operário, aquele vizinho, o maldito funcionário, e até, até o padeiro, todos sorrindo não sei de quê?
Ah! Sei sim, riem da minha decepção.

Deus não está vestido de ouro. Mas como?
Está num simples trono.
Simples como não fui, humilde como não sou.

Deus decepção.
Deus na cor que eu não queria, Deus cara a cara, face a face, sem aquela imponente classe.

Deus simples! Deus negro! Deus negro?

E Eu...Racista, egoísta. E agora?
Na terra só persegui os pretos, não aluguei casa, não apertei a mão.

Meu Deus você é negro, que desilusão!

Será que vai me dar uma morada?
Será que vai apertar minha mão? Que nada.

Meu Deus você é negro, que decepção!

Não dei emprego, virei o rosto. E agora?
Será que vai me dar um canto, vai me cobrir com seu manto?
Ou vai me virar o rosto no embalo da bofetada que dei?

Deus, eu não podia adivinhar.
Por que você se fez assim?
Por que se fez preto, preto como o engraxate, aquele que expulsei da frente de casa?

Deus pregaram você na cruz e você me pregou uma peça.
Eu me esforcei à beça em tantas coisas, e cheguei até a pensar em amor, mas nunca, jamais pensei qual seria sua cor.

(Neimar de Barros)

Aprendi

Aprendi com os erros, que não errar é melhor 

Com os amigos, que nem todos são sinceros
Com o trabalho, que fazer o que gosta é o que te faz feliz
Comigo mesma, achar a saída pra não se perder. 

Aprendi a não se magoar, menos ainda guardar mágoas.

Aprendi a lutar e me defender muito bem, do mal !

Não aprendi a derrubar ninguém para alcançar vitórias.

Luto, venço sem precisar que meu adversário esteja no 
chão.

Vencer é encarar o vencido de pé, olho no olho !

Leônia Teixeira

Homem de cor?

Eu nasci negro
Eu cresci negro
Eu sou negro.

Sob o sol ou a neve, sou negro
E, quando eu morrer, continuarei negro!

E tu, cara-pálida?...

Nasce cor de rosa
Cresce fica branco
Sob o sol, fica vermelho, sob o frio, fica roxo.

Quando assustado, fica amarelo
Quando está adoentado, fica verde.

E me chama de homem de cor?

Escrito por um poeta angolano

Danço

Ao sentir a suavidade e a leveza do teu toque, danço
Como bailarina preparo-me para rodopiar ao som de letras repetidas 
E gravadas na minha mente tocadas pela tua voz que me embriaga 
E me carrega a um mundo mágico 
Onde a sedução exala por todos os poros e sentidos.

Poema da poetisa 
Leônia Teixeira


Poesia da noite

Se estes fossem meus últimos versos
Com certeza falaria de desejos
E da beleza do pôr-do-sol.

Se estes fossem meus últimos versos
Com certeza falaria de beijos
E da beleza da lua nova.

Se estes fossem meus últimos versos
Falaria dos meus medos e fraquezas que nunca revelei.

Se estes fossem meus últimos versos eu não assinaria: Pablo Neruda


Mudei muito

pra mim agora o que importa é o presente
a vida me ensinou.
Joel Neto

Poesia

"... apenas tua voz pode quebrar meu silêncio.
Só teus olhos podem prender os meus.
Só tua boca pode saborear a minha.
Só teu corpo pode se apossar do meu.
É somente você"...

Cabana dos sonhos


É poesia

Um poema singular
***
Passarinhos,
Labirintos,
Campinhos
Dias de chuva,
Brincadeiras, amigos
Roupa suja

Rolimã,
Irmão, irmão
Irmã
Brinquedos, passeios?
Pai
Canções, orações
Mil perdões?
Mãe.

Tivesse te conhecido
Nesse tempo passado,
Afirmo e não duvido,
Já teria me apaixonado!

Te conhecendo homem feito,
O tempo parece estreito,
Não sei como, nem porque.
Será obra do destino?
Amo o homem e o menino
E ambos habitam você!





Não estou fugindo de você


...

Estou fugindo de mim mesma.
Fugindo dos meus medos, dos meus erros, da hipocrisia, da falsidade.
Fugindo da certeza que tudo está errado e da minha fraqueza de não conseguir lutar pelo que desejo, preciso e acredito para ser feliz.

Leônia Teixeira - Facebook

Poesia da hora

Serei tudo que disserem
Por temor ou negação
Demagogo
Mau
Mal
Profeta falso
Médico
Ladrão
Prostituta
Proxeneta
Espoleta de televisão.

Serei tudo que disserem
Poeta castrado?...
Não!

José Carlos Ary dos Santos







Poesia da madrugada


Madrugada, o vendo acaricia meu rosto
Sinto teu cheiro que me invade
Minha pele arrepia sem toque
Seu nome gravo na mente.
A música soa ao longe
Tua voz se faz presente.
Ouço teu sorriso distante
Teus olhos chegam mas perto
Sentimentos mexem com os meus sentidos
Uma lágrima escorre pela face
A saudade aperta no peito
O desejo queima meu corpo.
As lembranças vem no silêncio
Te sinto em cada parte 
Cada parte que parte
Por não ser parte de ti ! 

Leônia Teixeira

Poesia da 18 horas


Saudade do teu sorriso, vontade do teu olhar.
Desejo de ouvir tua voz, dizendo sei lá !
Só sei que tou com vontade, vontade de lembrar.
Saudade do que não passa, não passou.
Saudade de um amor distante que nem o tempo, nem o vento levou.
Saudade de um sorriso, de um olhar que não foi meu.
Mais ficou pra sempre em mim... tatuado, marcado na lembrança de quem nunca esqueceu.

Leônia Teixeira

Poema da hora


Discuto com o destino.
Se pintar...
Eu bordo!

Joel Neto

Poema de Ano Novo

Sem adeus

Se no último suspiro o ano velho se recusasse a morrer, onde entraria o novo ano?
O mundo acabaria?
Haveria um novo alvorecer?
A explosão de fogos, colorida e imensa seria chuvas de estrelas de verdade?
E do Big Bang se acenderia, a infinita claridade?

Poesia da noite

O poema novo é dos insurgentes. 
Surde, subterrâneo 
e somente eles o escutam. 
Não parece poema, parece 
que todos podem escrevê-lo 
mas não o escrevem 
nem o escreverão nunca.

Não tem cabeça e pé 
princípio ou fim definidos 
mas não são sem pé nem cabeça. 
Tem peito, plexo solar, e dois 
dedos de prosa quebrados. 
Só vai ser poesia, depois. 
Quando muitos o terão lido 
relido e estabelecido.


Armando Freitas Filho nasceu no Rio de Janeiro em 1940. Recebeu em 1986, com o livro 3X4, o prêmio Jabuti, e em 2000, com o livro Fio Terra, o prêmio Alphonsus de Guimarães. Publicou recentemente o livro 'Dever' com poemas escritos entre 2007 e 2013. 

Se você soubesse que morreria amanhã o que você faria?...

Acordei hoje com uma pergunta martelando minha cabeça:

Se você soubesse que morreria amanhã o que você faria?...

O que eu faria não sei.

Sei o que não faria.

Se eu soubesse que morreria amanhã...

Eu não pediria perdão
Nem tão pouco perdoaria.
Eu não faria analíse
Não me deitaria no divã.

Se você soubesse que morreria amanhã o que você faria?...

Continua a pergunta martelando na minha cabeça.

Tá bom, vou responder para essa perguntazinha chata me esquecer.

Se eu soubesse que morreria amanhã

Viveria meu ultimo dia de vida como vivi a vida inteira
Como se cada segundo fosse o último da minha vida
E diria a quem me disse que eu morreria amanhã, que ele pode estar enganado, poder ser que eu morra depois de amanhã.

As pessoas que eu amo - se as encontrasse casualmente -, repetiria que as amo.

As que não encontrasse, não diria nada - elas me conhecem e saberia que está acontecendo algo diferente, ficariam preocupadas -, para que pertuba-las?...

Amanhã elas saberiam que morri.

Se eu soubesse que morreria amanhã
Viveria hoje
Como sempre
Feliz.
Simples assim.
Joel Neto




Não somos estrangeiros

Trechos de um poema de Facundo Cabra

"E me chamas estrangeiro, porque cheguei aqui por um caminho que não conhecias, porque nasci em outra cidade, e conheci outros mares".


"Chamas-me estrangeiro porque não estás acostumado comigo, já que eu zarpei de um porto distante, e tu pensas que as despedidas existem apenas para que se agitem lenços e se encham de lágrimas os olhos, e acreditas que, quando se vai para longe, todos pensam apenas no dia do regresso, e nas orações que os entes queridos ficam repetindo, dia após dia, anos a fio".