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Conselho paterno

Um jovem recém-casado estava conversando com seu pai durante a visita de domingo sobre a vida. Bebericava uma cervejinha enquanto falavam sobre o casamento, as responsabilidades de casado, enfim, falava sobre a vida. 

 pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.

- Nunca se esqueça de seus amigos! Serão mais importantes à medida que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos. Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles...


Que estranho conselho! (Pensou o jovem). Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza, minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo de que necessito para dar sentido à minha vida! Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. À medida que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. À medida que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e seus mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.

Passados 50 anos, eis o que aprendi:

Lú, a gente tá cada vez mais assim


As vezes me pego costurando alguns sonhos, remendando algumas esperanças, alinhavando alguns sentimentos, arrematando afetos , por que é assim que me visto quando quero ir ao meu imaginário e me sentir. 

Me ajusto e sigo , aceitando com ternura minhas imperfeições, correndo riscos, des(fazendo) laços, me des(encontrando). 

Tenho em mim que estou em um processo delicado onde meus momentos tem sido especiais, e por isto não quero de maneira alguma deixar que se rasgue por um desvio qualquer, apenas deixo tudo acontecer ao som de uma canção cujo a letra é composta pela máquina da vida, escrita em seda fina, que desliza pela alma de quem amo...

E quando estamos juntos, vou me despindo, para vesti-lo em meus repentes. 

A gente ta cada vez mais assim.

Cecília Sfalsin

O março civil da internet está centrado em três pontos

A liberdade de expressão; a privacidade do usuário; e o ponto mais polêmico, a neutralidade da rede.
A ideia de neutralidade da rede consiste em impedir que empresas que explorem a infraestrutura de transmissão e difusão da internet possam privilegiar cliente e controlar conteúdos. Ou seja, a neutralidade veda qualquer tipo de controle – inclusive monetário – do dono do cabo sobre aquilo que transita pelo cabo.
Empresas telefônicas – donas das redes -  combatem ferozmente o conceito de neutralidade da rede – que foi defendido pela presidente Dilma na Assembleia Geral da ONU.
Sobre o assunto, Paulo Henrique Amorim entrevistou, por telefone, nesta segunda feira, o relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ).
Acompanhe a integra da entrevista:

Abaixo a discriminação contra o macaco

As pessoas chamam outras da cachorro, cadela, jumento, jumenta, burro, burra, pato, pata e nenhuma delas ou movimentos ligados aos direitos humanos e/ou igualdade racial protestam, processam os "agressores", aceitam naturalmente o tratamento, sem revolta, sem indignação, sem nenhum processo por calúnia, injúria, difamação.

Agora quer ver alarido?...

Chama alguem de macaco para vocês verem chover protestos e processos no lombo.

Por que isso?...

Artigo semanal de Delúbio Soares

Com sua habitual clarividência o presidente Lula decifrou uma esfinge que teimava habitar o debate político e a vida institucional do país, carregada de preconceito e mentira: “Quando o governo financia programas sociais para os pobres, é gasto, mas quando gasta com as empresas dos ricos, é investimento”. Na oportunidade, comemorava-se uma década do Bolsa Família, aquele que a presidenta Dilma qualificou, munida de números e com imenso conhecimento técnico, como “o maior programa social do mundo”.

Em 2003, ao assumir a presidência da República, Lula, o PT e os partidos da base aliada, encontraram um país economicamente despedaçado por três quebras sucessivas, desmoralizado perante as demais nações, com sua classe média passando pelo mais nefasto processo de empobrecimento já visto e, pior de tudo, os pobres sendo levados à situação dramática de miséria e fome.

Cercado por brasileiros descomprometidos com o seu país, como o demitido presidente do Banco Central, Gustavo Franco, que queimou mais de US$ 50 bilhões de nossas reservas para manter uma política cambial danosa e falida, Fernando Henrique Cardoso governou para a minoria da minoria, privilegiando o sistema financeiro e seus banqueiros, submetendo-se servilmente às políticas emanadas do Departamento de Estado norte-americano – como, sequer, o fizeram os militares durante a ditadura implantada em 64! – e deixando as camadas menos favorecidas imersas no caos social e na miserabilização crescente.

Os anos de governo neoliberal foram a quadra histórica de maior descaso e mais olvido para com as necessidades da população carente. Nada se fez pelos pobres. Nada se fez pelas crianças. Nada se fez pelos idosos. Nada se fez pelas mulheres. Nada se fez pelas minorias.

Enquanto isso, a elite dirigente, a classe dominante e o parasitário setor financeiro receberam total atenção, apoio integral e uma evidente cumplicidade, indisfarçada pelos aportes de bilhões de dólares, como foi o caso do Proer, salvando bancos falidos, entregando ativos recebíveis aos banqueiros e assumindo a chamada “parte podre” como prejuízo das arcas do tesouro público. Nos infrutíferos anos FHC, o que faltou para os pobres, sobrou para os ricos.

Foi dura a luta do governo Lula, mas os frutos não se demoraram: 40 milhões de brasileiros deixaram a situação de pobreza e indigência e ingressaram na classe média. O mais amplo e histórico dos programas sociais que possibilitaram essa revolução silenciosa, que alterou profundamente as bases da sociedade brasileira, foi, todavia, o programa que mais atraiu o ódio das elites reacionárias: o Bolsa Família.

Dezenas de milhões de brasileiros passaram a comer, a dispor do mínimo indispensável para o seu sustento, para uma sobrevivência digna para suas famílias. O alimento ausente de antes, tornou-se a panela cheia do dia-a-dia. O Brasil grande e poderoso que deixava filhos seus passarem fome se materializou nas mesas e nos pratos de milhões de filhos do povo, de famílias esquecidas nos anos infames do tucanato.

A justiça social, a fraternidade e o respeito a nossos irmãos de todos os rincões do Brasil se tornaram realidades na vida sofrida das periferias das grandes cidades ou nas vilas perdidas na geografia do nosso nordeste. O Bolsa Família foi a mão estendida, a barriga cheia e o encontro do Brasil rico e opulento com o Brasil profundo e faminto.

O PT e os partidos da base que deram sustentação política ao presidente Lula e agora o fazem em relação ao governo da presidenta Dilma Rousseff, são criticados justamente pelo imenso acerto de ter priorizado o resgate de secular dívida social que alimentada a mais cruel situação de miséria e fome.
Milhões de famílias, cadastradas com critérios exclusivamente técnicos, sem interferência política ou partidária, após serem submetidas à avaliações por pessoal capaz e treinado, passaram a ter o mínimo fundamental para suas sobrevivências. O programa é tecnicamente chamado de “mecanismo condicional de transferência de recursos”. E o seu cerne é a ajuda financeira às famílias pobres (definidas como sendo as que possuemrendimentos per capita de R$ 70,00 até R$ 140,00) e extremamente pobres (com renda per capita menor que os R$ 70,00). Estabeleceu-se como contrapartida, em mecanismo engenhoso e louvável, que as famílias beneficiárias do PBF mantenham filhos e/ou dependentes em idade escolar com frequência nas escolas públicas e que sejam vacinados.
O programa tem, ainda, reduzido a pobreza à níveis muito baixos , no curto e médio prazos, através de transferências condicionadas de capital, o que, por sua vez, tem quebrado  o ciclo geracional da pobreza. Os valores dos benefícios pagos por cada família inscrita, tem servido para alterar drasticamente o quadro de pobreza endêmica nas regiões mais carentes do país, como o Nordeste e o Norte, tornando-as menos pobres e dotadas de mais instrumentos para buscar o desenvolvimento sustentável e a felicidade de sua gente. O PBF foi considerado o principal e mais exitoso programa de combate à pobreza do mundo, tendo sido tratado como sendo "um esquema anti-pobreza originado no Brasil e que está ganhando adeptos mundo afora" pela revista inglesa The Economist, sempre tão crítica em relação ao nosso país. A revista inglesa complementa sua elogiosa constatação afirmando que “governos de todo o mundo estão de olho no programa”. Já o respeitado diário francês Le Monde explicita mais ainda: "O programa Bolsa Família amplia, sobretudo, o acesso à educação, a qual representa a melhor arma, no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, contra a pobreza”.
Os adversários políticos de Lula e Dilma, de forma desrespeitosa para com a inteligência do povo e sem receio do ridículo, antes apedrejavam o programa, chamando-o de “bolsa esmola” e dizendo que estávamos fomentando o surgimento de uma geração de desocupados, de acomodados, de parasitas ao Erário.
Hoje, diante do inequívoco sucesso, dos milhões de crianças, adolescentes e jovens que – alimentados – chegam às salas de aula e escrevem uma nova história para suas vidas e para o próprio Brasil, mudaram cinicamente o discurso: agora tentam assumir a autoria do Bolsa Família ou partem para a mais deplorável demagogia prometendo o impossível em complementação ao que nos custou tanto esforço e está mudando, corajosa e generosamente, a face do país.
O Bolsa Família não é esmola, troco, salário ou “compra de voto”, como mentem e demonizam parte da imprensa sem compromissos com o Brasil e os brasileiros, ou os políticos que jamais o instituíram, nas décadas em em estiveram aboletados no poder e nada fizeram pela redistribuição de renda e pela justiça social. O Bolsa Família, é, apenas e tão somente, o reconhecimento de um direito – inalienável e tardiamente reconhecido – de milhões e milhões de cidadãs e cidadãos, crianças e idosos, do sul e do norte, que foram esquecidos e abandonados pela elite mesquinha e pelos poderes públicos.
Lula e Dilma puseram fim a um quadro dantesco, a uma ironia monstruosa, a uma situação inaceitável: em um dos países mais ricos do mundo milhões de pessoas acordavam e iam dormir sem ter se alimentado; a mortalidade infantil atingia níveis assustadores; a geografia econômica e social obedecia critérios de absoluta injustiça e total desigualdade. Por cima disso, uma elite terrivelmente mesquinha e governos acumpliciados na perversão de deixar que as massas famintas morressem à míngua.
 O Bolsa Família é a face generosa de um país que nasceu para ser grande e poderoso, com um povo rico e feliz. O Programa Bolsa Família mudou, para muito melhor, a vida de milhões de brasileiros, restituindo-lhes cidadania e saciando sua fome de alimentos e de justiça. E isso é o que importa. E isso é o que basta.

Veja, a revista que adula e depois apedreja

Que sirva de lição aos deslumbrados bajulados por essa revistinha

E, aí cara?

Faz tempo que não te vejo, hein? É, não te ver com frequência não faz lá muita diferença na minha vida interessante e ocupada. Mas e aí, como tá, tudo bem? Perguntei, mas na real não quero mesmo saber. A verdade é que essa é a deixa perfeita pra eu começar a falar de mim. Isso, de mim. Agora você me pergunta como vão as coisas e eu começo a contar, com um ar disfarçadamente tranquilo e uma pitada de superioridade desinteressada. Tô bem, tô bem, depois que me separei e fui promovido e comprei um apartamento na zona sul e tô comendo a estagiária gostosa que acabei de contratar. Pois é, pois é, me separei, me separei, cara. Não te contei porque ando bem atribulado desde que virei diretor lá na empresa. Valeu, cara, obrigado, obrigado. Era o esperado, nada fora do esperado. Foi mês passado, logo depois do divórcio. Então, parece que, de algum jeito, ela tava bloqueando fluxos, empatando a minha vida, impedindo que coisas boas acontecessem pra mim, sabe? A gente tava junto há muito tempo, tempo demais, e ela era um pessoa difícil, pesada, egocêntrica, dessas que te emperra, engessa, te puxa pra trás, sabe? Oi? Não, não, cara, não é bem disso que tô falando, meu caso é bem diferente e não tem nada a ver com esse exemplo que você começou a dar. Ainda que eu não tenha ouvido nem a primeira frase que saiu da sua boca, eu sei bem o que você ia dizer, sei bem, e, realmente, não faz muito sentido no meu caso, que é bem específico e singular e nunca ninguém viveu nada parecido.
Essa minha história é única, ouve bem. Ah, é? Você também se separou há pouco tempo, cara? Não sabia, não. Pena, pena, pena. Não sei bem como te dizer isso mas não me importa muito o que te aconteceu, só quero voltar a vomitar desabafos detalhados da minha vida estupidamente interessante enquanto você ouve sem dizer nada, sem dizer nada. Isso, assim, atento. Pois então, voltando ao assunto, a decisão foi minha e fiz muito bem, fiz o que tinha de ser feito, entende? Como diz aquele ditado, a man’s gotta do what a man’s gotta do. Ela começou a reclamar demais, exigir demais, falar demais sobre as coisas dela, as neuras dela, obsessões só dela. Calma, ainda não acabei, cara. Me ouve. As nóias eram dela, eu não tinha nada a ver com isso, não adianta querer vir me jogar nenhum argumento que contrarie essa frase, não quero ouvir, não tô interessado. Ei, olha pra mim. Não terminei e o que tenho pra contar é muito relevante e precisa ser dito. É muito sério e vai te deixar perplexo. É muito engraçado e vai te fazer rir.
Só ouve. Você não tá prestando atenção, eu consigo ver que não, mas vou continuar falando mesmo assim. O caso é muito bom, muito bom. Depois que separamos ela não me ligou mais, estranho, todo mundo achou estranho, sei que ela ainda me ama, ainda tá envolvida, quer voltar, tentar de novo. Fiquei sabendo que ela viajou com as amigas pro litoral fim de semana passado, deve estar tentando tirar a cabeça de mim, da separação, desanuviar e tal. Então, aí um amigo em comum me disse que no caminho o pneu furou e ela começou a chorar. O que? Você não tá passando bem? Vem, vem, vamos sentar aqui que passa, vem. Então, diz que ela começou a chorar, acredita?...
Foi isso, tô ótimo, ótimo, cara. Bem demais. Adorei conversar contigo. Mesmo. Saudade de te encontrar e bater papo assim. Ainda que eu não faça a mínima ideia de como você tá de verdade, do que tem se passado na tua mente, na tua vida, teus sonhos, teus interesses, teus anseios. Na verdade nem sei se gosta de mim, se me quer bem. Nem sei, mas foda-se.
O que importa é que você sabe dos meus lances, agora.
Que eu extravasei, agora.

Estou mais aliviado, agora.
Me sentindo grande, gigante.

Conversa boa, muito boa. Bem boa. Vamos repetir outras vezes, vamos vamos vamos sim. Abração, falou, cara.
Anna Haddad

É advogada faz-tudo. Inventa, planeja, provoca e escreve. Entrou em crise com o mundo dos diplomas e fundou a plataforma de crowdlearning Cinese. Acredita em Deus, no Mário Quintana, no poder de articulação das pessoas e em uma educação livre e desestruturada. Tá por aí, mais nas ruas do que nas redes.

Outros artigos escritos por 

Esnobação 5 estrelas

O cara entra no restaurante de um hotel cinco estrelas, senta-se num lugar bem localizado, dá uma olhada ao redor e vê uma bela mulher numa mesa vizinha, sem companhia. Ele chama o garçon e lhe pede que ofereça em seu nome, um vinho de ótima qualidade à mulher. Imagina que com este gesto consiga conquista-la. 

O garçon leva a garrafa de vinho à mesa da mulher e diz: 

- Este vinho é uma gentileza daquele cavalheiro da mesa tal.

- A mulher olha a garrafa com desdém, pede uma caneta e escreve: 

- "Para que eu aceite esse vinho o senhor deveria ter um Mercedes na garagem, Hum milhão de euros na sua conta bancária e 20 centímetros dentro da tua calça".

Ele recebe o bilhete, lê e responde: 

- Para realizar os teus desejos, poderia vender o meu Ferrari, o meu Porche e ficar apenas com o Mercedes na garagem. Poderia também doar 2 dos 3 milhões de euro que tenho numa das minhas contas bancária. Mas, nem por uma mulher belissíma como você eu cortaria cinco centímetros.

Para as interesseiras ou...

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Ricardo Noblat, verdadeiro símbolo do pig

Que país é este onde até outro dia o ex-senador Demóstenes Torres (DEM-GO) era o símbolo do respeito à ética na política; o bilionário Eike Batista, da rápida e espantosa ascensão empresarial; e a presidente Dilma Rousseff da gestora bem-sucedida?

O primeiro terminou cassado por envolvimento com um bicheiro e sua gangue; o segundo corre o risco de falir; e o terceiro de se reeleger no próximo ano.

Temos uma certa queda para acreditar em símbolos duvidosos. Demóstenes era capaz de, com a mesma naturalidade, falar com um ministro do Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade de uma nova lei em exame no Congresso para, na ligação seguinte, discutir com o bicheiro Carlinhos Cachoeira quanto lhe caberia num negócio irregular ainda em curso.

Há pouco mais de um ano Eike foi apresentado por Dilma como "o padrão" do empresário nacional, "a nossa expectativa" e, sobretudo, "o orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado".

Na época, empresas de Eike davam sinais de que iam mal. Nem por isso o BNDES e a Caixa Econômica rejeitaram pedidos do empresário por mais dinheiro. Agora, a falência está às portas.

Foi no final de 2005, em conversa com deputados nordestinos, que Lula falou pela primeira vez no nome de Dilma para sucedê-lo. Talvez até mesmo em 2006 se ele não conseguisse escapar do "mensalão". Conseguiu.

Mas tão logo se reelegeu, Lula passou a exaltar as qualidades de Dilma como gestora e a preparar o caminho de sua candidatura em 2010.

No governo da gestora exemplar obras importantes estão paralisadas, outras se arrastam, ideias não saem do papel, assim como dinheiro liberado para aplicação não sai do Tesouro Nacional.

Oito entre dez empresários de grande porte concordam: como gestora, Dilma é uma pessoa simpática. Como simpática ela não é... O coração dos empresários bate forte por Lula e, à falta dele, por Eduardo Campos.

Somente Lula enxergou em Dilma as qualidades que ela não tem. Os demais aliados dele sempre mantiveram um pé atrás quanto às chances de sucesso de quem tinha rala experiência como executiva.

Lula encantou-se pelo que julgou ser eficiência de Dilma em atender às suas encomendas. E admirou sua falta de cerimônia em tratar os subordinados com a mão pesada. Confundiu capatazia com gerência.

A administração medíocre feita por Dilma até aqui deve-se em boa parte a uma série de razões. Por exemplo, o loteamento do governo. Lula fez isso no seu segundo mandato, mas Lula é Lula. E o loteamento favoreceu à corrupção.

Dilma nomeou gente despreparada para ocupar cargos importantes. Por fraqueza política, e a condição de estranha no PT, cedeu mais do que desejava.

As indicações para as empresas estatais foram politizadas, assim como para as agências de desenvolvimento.

A Petrobras ficou impedida de reajustar o preço dos combustíveis para segurar a inflação que ameaçava sair de controle.

São discutíveis os benefícios produzidos pela política de desonerações. Calcula-se que o próximo governo, seja de quem for, se esgotará tentando corrigir o estrago causado pelo atual na economia.

E, contudo...

Demóstenes parecia ter uma longa vida política pela frente. Virou ficha suja. Eike não deixará de ser rico, mas revelou-se um incauto charlatão.

Quanto a Dilma, suará muito para se reeleger. Não conseguiu construir uma marca para si. Lula é o pai dos pobres e mãe dos ricos. O que Dilma é além de "a mulher de Lula"?

Cumplicidade do MP com tucanos é imoral

A cada dia, vêm à tona novos detalhes de como o procurador Rodrigo de Grandis engavetou investigações sobre as denúncias de corrupção no Metrô, na CPTM e em outras áreas do governo tucanos em São Paulo.

Desta vez, a IstoÉ mostra que, desde 2010, ele engavetou oito ofícios do Ministério da Justiça alertando para o cumprimento dos pedidos de cooperação feitos por autoridades suíças sobre o caso Siemens-Alstom.

E mais: a revista conta que, ao longo de três anos, De Grandis também foi contatado por e-mail, teve longas conversas telefônicas com autoridades em Brasília e solicitou remessas de documentos.

Como o pedido suíço nunca foi atendido, o Ministério Público daquele país resolveu arquivar as investigações contra três acusados de distribuir propinas a políticos tucanos e funcionários públicos.

A IstoÉ acrescenta que, no mês passado, um integrante do Ministério Público Federal de São Paulo chegou a denunciar a seus superiores que a conduta de De Grandis "paralisou" por dois anos e meio a apuração contra os caciques tucanos.

Não é um caso isolado

De Grandis alegou "falha administrativa" para justificar o engavetamento do pedido. Mas foram oito ofícios encaminhados pelo Ministério da Justiça, foram os e-mails e conversas. O último dos ofícios, que chegou à mesa de Rodrigo De Grandis há apenas duas semanas, acusa o procurador de "nunca" ter dado retorno às comunicações.

O mais grave de tudo é que esse não é um caso isolado, mas a regra em São Paulo governada pelos tucanos. A cumplicidade do Ministério Público Federal e do Estadual com os governos tucanos não tem precedente na história do país e precisa ser investigada e denunciada. E os responsáveis, como o procurador De Grandis, devem ser afastados do MP.

Esse caso específico está sendo alvo da Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público, que abriu uma queixa disciplinar contra De Grandis.

Em tempo: aproveito e indico a leitura do artigo "Prevaricou De Grandis?", do advogado Pedro Maciel Neto

JOSÉ DIRCEU

PSDB quer fazer cortesia com chapéu alheio

 Em setembro de 2004, o título de um editorial no portal do PSDB (ainda está disponível) resumia o que os tucanos – e sua base eleitoral, os ricos e a classe média alta – pensam sobre o maior programa de transferência de renda do mundo: "Bolsa Esmola" é o título do documento oficial do Partido que governou o Brasil entre 1995 e 2002.

Na semana passada, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), virtual candidato do Partido à eleição presidencial de 2014, apresentou um projeto de lei que propõe a incorporação do Bolsa Família à Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), sob o argumento de que isso tornaria o programa uma "política de Estado".

Deputados petistas criticaram a iniciativa do senador mineiro – que reside, porém, no Rio de Janeiro – por enxergarem nela oportunismo e desconhecimento. "Querem fazer festa com o chapéu alheio", resumiu o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).

"Eles governaram o Brasil por oito anos e não tiveram capacidade nem vontade de combater a pobreza. Chamam o programa de Bolsa Esmola num comunicado oficial do partido, mas sabem que o Bolsa Família é eficiente e veio para ficar", atacou Guimarães.

Para o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), a proposta representa "a adesão tardia e envergonhada a um programa que já é uma política de Estado e tem a alma do PT".

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) lembrou que o senador mineiro não demonstrou a mesma disposição em relação às políticas sociais quando governou o seu estado. "Nós vivemos num estado onde praticamente todas as políticas sociais são praticadas com recursos e projetos federais. Aécio governou Minas Gerais por oito anos, mas jamais teve empenho ou interesse em criar algum programa semelhante ao Bolsa Família ou que contribuísse para a redução da desigualdade social", critica Margarida.

"O que ele pretende agora é neutralizar o impacto social que o programa tem, por conta da eleição de 2014. Querem fazer isso pegando carona. São caronistas", acrescentou a deputada mineira.

Tradição oportunista

O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) também criticou a proposta do tucano. "Aécio Neves não entende nada de seguridade social. Ele desconhece que a LOAS tem um caráter peculiar, especialmente voltada para auxiliar idosos, pessoas com deficiência e afins. O Bolsa Família é um programa de transferência de renda baseado num critério econômico e cumpre um papel distinto da LOAS, apoiando famílias que necessitam temporariamente de uma renda mínima complementar. Ele está confundindo alhos com bugalhos", argumentou Teixeira, que integra a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.

"O Bolsa Família rompeu a tradição paternalista e assistencialista das políticas sociais no Brasil, pois dá autonomia ao beneficiário, que tem um cartão para sacar o benefício e não depende da intermediação ou do favor de um vereador, de um deputado ou mesmo de um senador oportunista", explicou o deputado baiano.

"Os tucanos não se conformam com o fato de termos um programa que é referência e modelo no mundo inteiro, sendo replicado em dezenas de países e elogiado pelos órgãos mais importantes do sistema ONU", concluiu o parlamentar baiano.

Os petistas lembram que o PSDB tem tradição oportunista, ao lembrarem que em 2007, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou projeto de lei que pretendia impedir a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Poucos anos antes, em 2001, ainda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, os tucanos chegaram a fazer uma campanha de marketing para mudar o nome da Petrobras para Petrobrax, uma ação que fazia parte dos preparativos para a venda da estatal, o que acabou não se consumando.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara

Por que ler?

...Dou um passeio. Interpelo pessoas e faço uma pergunta simples: por que ler? Tem sol. Faz mais de 20 graus. É primavera. Uma leve brisa empurra as folhas de árvores frondosas. Porto Alegre está linda. Alguns me reconhecem. Outros me olham desconfiados. Uma senhora claudicante puxa a filha, uma moça loura sorridente, pelo braço e "sussurra" alto:

– Só pode ser golpe.

Afastam-se apressadas torcendo o pescoço para ver se não as estou seguindo ou se tem alguém caindo no meu conto. Sim, é um conto. O que estou contando? Uma pequena história da leitura. Quem conta um conto aumenta um ponto. Posso perder alguns. Mas eu estou contando a verdade. O que é a verdade? O que as pessoas contam.

– Por que ler?

– Para se instruir – responde um homem de gravata.

Será culpa da gravata? Temo os homens que nunca se separam das suas gravatas. São seres estrangulados. Podem, um dia, cortarem o nó. Será a gravata que faz o homem de quem estou falando, por volta dos 40 anos, tão sisudo, tão utilitarista, tão preocupado com o resultado? Ele não está errado nem conta mentira. Ler instrui.

– Para me instruir eu estudo – diz uma guria.

– Estudar é ler – persevera o homem.

– É e não é – insiste a guria.

– É ou não é? – empertiga-se o homem da gravata vermelha.

– Ler quer dizer mais do que estudar. A gente lê para sonhar, viajar, fantasiar, ter prazer – explica a moça.

Está de saia vermelha. Comparo a saia dela com a gravata do homem. A blusa dela é branca e com um generoso decote. Valeria escrever uma crônica sobre o abismo que se insinua em direção a territórios encobertos do seu corpo esguio. Não sou um escritor erótico. A minha preocupação é a leitura. Conto só o que se deve contar.

– Leio para viver – é o que me diz uma dama toda de branco cuja idade não pode ser inferior aos 90 anos.

Examino sua figura frágil e vergada. Ele me sorri um sorriso cheio de leituras dos tempos da Editora Globo. Pelos seus olhos passa a mulher de 30 anos de Balzac, passa também uma Odete de Marcel Proust e, se não me engano, se não forço o conto, passa Madame Bovary. Ela vê o que eu vejo nos seus olhos e me olha com "olhos de ressaca", não a ressaca da Capitu, mas a doce ressaca dos belos anos, que desconheço, mas imagino e já admiro.

– Leio para reviver – ela se corrige.

E se vai. Ainda me olha antes de dobrar a esquina. Penso que viveu, no que poderíamos ter vivido, no que leu. Passa uma gata. Anda na cadência da serpente que dança de Baudelaire, "belle d'abandon".
Penso em abordá-la. Hesito. Ela vai achar que sou um chato, um tarado, um golpista ou um cantador barato. Eu sou apenas um contador vira-lata latino-americano que lê por paixão. Arrisco:

– Por que ler?

– Para iluminar o mundo – ela me responde.

Paro de escrever. Tudo isso eu inventei para ler. Quem conta um conto cai no seu canto. Ler é encantar-se.

http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=5209

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4/11/2013 10:46:41 a.m.

Pig - mudando para pior

Na UTI no Brasil e na América Latina a direita e extremada direita não tem votos mais tem voz. Os grandes veiculos de comunicação amplifica, reverbera o rosnado dos cães de guarda. Isso porque os patrões são os donos da matilha. Leia abaixo mais um excelente texto do PML - Paulo Moreira Leite -

Mudando para pior
Para conquistar leitores pela técnica de quem veio para confundir e não para esclarecer, colunistas conservadores querem apagar a distinção entre "direita" e "esquerda"
Há algo estranho no jornalismo brasileiro. Enquanto a Igreja Católica nem esperou pela morte de Bento XVI para livrar-se dele, dando espaço ao Papa Francisco, nossos jornais e revistas realizam um movimento ao contrário. 
Esse processo levou a contratação de Reinaldo Azevedo e Demétrio Magnoli pela Folha de S. Paulo e ao lançamento, com pompas de livre-pensador, de Rodrigo Constantino pela VEJA. Preste atenção no que você ouve no rádio, em quem aparece na TV. Quem estava no centro foi para a direita. Quem estava à direita foi para a extrema-direita. 

Nós não temos uma direita expressiva na vida real. Há muito tempo ela não tem votos em eleições majoritárias e, mais recentemente, enfrenta dificuldades até para formar uma bancada expressiva na Câmara e Senado. Muita gente denuncia o PT porque aceita infiltrados direitistas em seu palanque. Concordo que algumas companhias são mesmo lamentáveis e expressam um eleitoralismo exagerado. 
Mas talvez se justifiquem por piedade. O DEM, último partido a merecer essa definição, é uma legenda em extinção. Não compete para presidente, tem dificuldade para disputar governos estaduais e até em rincões tradicionais mendiga aliança com antigos adversários para tentar eleger um ou dois parlamentares pelo regime de coligação. 
 
Mas a direita dá o troco nos jornais e revistas.
 
Imagine que há uma década ou um pouco mais a Época tinha o sociólogo Wanderley Guilherme dos Santos e a psicanalista Maria Rita Kehl entre seus colunistas fixos. Humberto Eco fazia comentários internacionais. Luiz Felipe de Alencastro era colunista fixo da VEJA. No mesmo período, Franklin Martins foi o principal comentarista político da TV Globo. 
 
O preocupante, nessa configuração à direita, é que ela representa um passo fora da História. 
 
O Brasil é um país com uma longa tradição de pensamento conservador. Foi apenas com a vitória de Lula em 2003 que se interrompeu uma sucessão histórica de governos à direita, raramente escolhidos em urna, com mais frequência impostos pelas baionetas. Apenas Getúlio Vargas, eleito em 1952, sem apoio do PCB, que lhe fez oposição até à morte, pode ser considerado um candidato de esquerda. JK era um centrista perseguido pela direita, que não suportava seu modelo desenvolvimentista. João Goulart chegou a presidência, mas foi eleito como vice, num período em que se temia que um presidente com perfil como o dele fosse capaz de vencer uma eleição mas seria emparedado antes da posse. 
 
Essa inclinação da imprensa à direita ocorreu num momento histórico em que o país dá uma inclinada evidente a esquerda. Pense nas três vitórias consecutivas nas últimas campanhas presidenciais. Pense em 2014, quando a direita financeira foi recrutar uma antiga petista – Marina Silva – para sonhar com alguma possibilidade de vitória ao lado de Eduardo Campos, aliado histórico de Lula. Teremos uma campanha decisiva e árdua mas não se engane. 
 
A direita não ousará dizer seu nome pois sabe que este é o caminho mais seguro para uma nova derrota. 

Num movimento semelhante, é para conquistar leitores pela técnica de quem veio para confundir e não para esclarecer, que colunistas conservadores também querem apagar a distinção entre “direita” e “esquerda”. Sabem o risco de assumir o que são, num país onde a direita possui uma sólida tradição de autoritarismo, exclusão social e preconceito contra os mais pobres – tudo aquilo que o brasileiro detesta e não quer encontrar de novo à frente do governo. 
 
O elenco de colunistas conservadores realiza um movimento alinhado, que deixa todos os veículos numa mesma posição política -- de costas para o país, longe da visão de mundo da grande parte dos brasileiros. Não estamos falando de ideologia, de esquerda ou de direita. Estamos falando de medidas concretas de governo, de salário mínimo, bolsa-família, proteção ao emprego. Compare os alvos permanentes de ataque desses colunistas e comentadores com aquilo que a população mais aprova e aprecia. 
 
É tudo igual – com o sinal invertido. Pode dar certo? Pode ajudar nas vendas? Pode ampliar seu público? Pode fazer aquilo que se espera de qualquer veículo, seja no papel, seja na internet, que é dialogar com seu leitor? 
 
Jornais têm “pauta”, que reflete, com nuances e mediações, aquilo que o proprietário considera assuntos mais relevantes. Também tem “edição,” que sublinha e realça aquilo que o dono acha mais importante. Normalíssimo. Outras publicações, que não são dirigidas por uma família, possuem conselhos que também definem uma linha editorial a ser seguida pelos jornalistas. 
Mas é nas colunas de opinião que se encontra a opinião do proprietário – ou melhor, ali se encontra o painel de opiniões que se julga relevante publicar. 
 
Essa opção absoluta por um pensamento conservador tem várias consequências, a maioria nefastas. 
 
Como se sabe, toda visão política anda de mãos dadas com analises econômicas e projeções de médio e longo prazo. A convivência em ares viciados costuma intoxicar o pensamento, diminui a capacidade crítica e estimula a arrogância intelectual, sendo um caminho fácil para erros e desastres. 
 
A maioria dos grupos de comunicação do país quebrou as pernas durante os anos 1990 em função da própria cegueira ideológica e até hoje paga o preço de tamanho desastre. Têm dívidas imensas para saldar, que se transformaram em fardos gigantescos sobre seu negócio. Impagáveis, transformaram-se numa hemorragia permanente de recursos, além de uma asfixia do mesmo tamanho sobre sua capacidade de investimento. A origem dessa situação já foi bem diagnosticada. Durante o governo FHC, os donos dos meios de comunicação – e colunistas mais influentes – investiram as reservas e toda capacidade de se endividar em dólar porque acreditavam, de olhos fechados, no acerto da política econômica daquele período. Terminaram de pires na mão, posição em que a maioria se encontra até hoje, ainda que nem todos enfrentem a mesma situação desesperada. 
 
Também por razões ideológicas, pois o governo mudou mas o partido das redações seguiu o mesmo, só que ainda mais dogmático e radical, perdeu-se o bonde da história no governo Lula. 

A partir de 2003, os mais pobres ganhavam renda, educação e dignidade – e logo, mais interesse por informações. Enquanto isso, nossas empresas de comunicação seguiram investindo na clientela de sempre, a classe média alta, os ricos e os muito ricos. Convencidas por analises totalmente equivocadas que enxergavam uma crise a cada 24 horas e a tragédia final do governo nos próximos 30 dias, foram incapazes de entender o que se movia pelos andares inferiores. Nunca abandonaram a opção preferencial pelos bem estabelecidos, que levou a investimentos de vulto na segmentação do mesmo mercado, muitas vezes no mesmo bairro, e até na mesma família, com publicações por gênero, por idade, por assunto, sabe-se lá o que mais. 

Para o andar térreo, o maior esforço consistiu em jornais populares de serviço, despolitizados, uma mistura de atendimento ao consumidor com listas de benefícios de agencias do governo, a começar por precatórios e aposentadorias. 

Num país onde 70% do eleitorado apoia e admira Lula, sua força política foi hostilizada de forma irresponsável, numa atitude politicamente discutível, mas culturalmente arrogante e ruinosa como opção de negócio. Alguns grupos só foram se dar conta de que o país havia mudado quando Lula chegava ao último ano de seu governo. Pode? 
 
E assim chegamos a 2013. Olhando para o próprio umbigo, nossos jornais e revistas concluíram que precisam ficar um pouco mais à direita.

Me impressiona na internet tanta gente querendo "ensinar português"


(estou começando frase com próclise como o "mulato sabido" de Oswald de Andrade). 


O que se ensina nas escolas não é "o" português. É UMA das variações possíveis: a norma culta. Norma esta, exigida na escrita, porém não encontrada totalmente na fala nem de pessoas com alta escolaridade. 

E é ela - a fala - que tem o poder, por exemplo, de gerar outras línguas. A língua portuguesa não se origina do latim clássico, encontrado nas escrituras da Roma Antiga. Nossa língua, assim como o espanhol, o francês e o italiano, tem sua origem no latim vulgar, falado pelo povo de Roma. Gente que, naquela época, certamente era chamada de burra. 

Temos, no Brasil, um exemplo de modificação da norma culta pela fala. A palavra "janta" é flexão do verbo jantar: "ela janta rápido". Seria um "erro" dizer: "a janta sai daqui a pouco". O "certo" seria "o jantar sai daqui a pouco. Porém, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (dicionário da ABL) já aceita que "janta" possa ser usado como flexão verbal ou substantivo. Sim, você pode achar feio, mas a janta pode sair daqui a pouco sem culpa. 

O que as pessoas precisam entender é que, em língua, o que torna algo certo ou errado é o uso da maioria, consagrado pela fala. Por isso, o substantivo "janta" está hoje em dicionário. Aquela palavra que você ouviu há pouco e achou esquisita e errada pode ser o certo de amanhã. 

Por fim, para quem leu até aqui, digo que quanto mais estudo descubro que não sei nada, portanto peguem leve ao querer dar uma de "sabichões".

'Novembro Azul' conscientiza homens sobre câncer de próstata

Campanha trata da importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
O Ijoma pretende fazer a conscientização através das redes sociais.


do G1

A exemplo do que aconteceu em outubro que foi marcado como o mês de combate ao câncer de mama, com o 'Outubro Rosa', o mês de novembro chega trazendo a campanha de conscientização dirigida ao público masculino sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Mais uma vez o Instituto do Câncer Joel Magalhães (Ijoma) abraça a causa no Amapá, e pretende conscientizar os homens de todas as idades, através das redes sociais, panfletos e palestras. O 'Novembro Azul'  foi escolhido devido ao Dia Nacional de Combate ao Câncer de Próstata, comemorado dia 17 de novembro.

A mais bela transexual do mundo é brasileira

Um dos prêmios de Marcela Ohio, que venceu o Miss internacional Queen, é a operação na Tailândia. 'O sonho dela', conta namorado.
Carol Marquesdo EGO, no Rio
"Cumpri o meu dever. Espero que agora o mundo da moda se abra para mim", estas foram as primeiras palavras de Marcela Ohio após vencer o Miss Internacional Queen, na Tailândia, que reuniu no país as transgêneras mais bonitas do mundo. Do alto de seus 1,80m, a brasileira de 18 anos desbancou as concorrentes e agora tem dois projetos pela frente: a de tornar-se uma top como a compatriota Lea T e, finalmente, tornar-se uma mulher de fato. "O sonho dela é operar. Se não ganhasse o concurso, no qual um dos prêmios é a operação, eu emprestaria o dinheiro para ela fazer", conta Felipe Ávilla, o namorado orgulhoso.
E de pensar que Marcela não se achava a altura das concorrentes ao Miss T 2012, que a elegeu e por isso ela ganhou a chance de representar o Brasil em uma competição internacional. "Quando a procurei, mostrei a ela o concurso, as outras candidatas e, muito tímida, Marcela disse que não se achava bonita a ponto de ser uma miss. Mas desde que entrou na competição todos eram unânimes em dizer que ela ganharia", recorda Majorie Marchi, organizadora do Miss T no Brasil.

Marcela só retorna ao Brasil no próximo dia 12. Até lá tem uma série de compromissos a cumprir numa digna agenda de miss. "Até agora não estou acreditando no que aconteceu. Ainda estou processando tudo", contou a modelo ao namorado, horas depois de ter sido coroada.
Ela agora é responsável pela agenda de Marcela na América do Sul: "Para participar do Miss T, Marcela pediu aos pais que dessem a ela as próteses de  silicone. Não que precisasse. Mas ela se sentiria mais autoconfiante. os pais, inclusive, foram incríveis e sempre apoiaram a filha. Marcela representa uma nova geração de trans".
 Carlos Dalessio / Facebook / Reprodução)Marcela Ohio em catálogo de lingerie(Foto: Carlos Dalessio / Facebook / Reprodução)

Fracassei em tudo que tentei na vida

Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. 
Tentei salvar os índios, não consegui. 
Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. 
Tentei fazer o Brasil  desenvolver-se autonomamente e fracassei. 

Mas os fracassos são minhas vitórias. 

Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.

do brasileirissímo Darcy Ribeiro

Dupla eleitoreira

Marina & Campos ou Campos & Marina
Duke/O Tempo
ou
Campos e outro ou Marina e outro?

Após proibir palmadas, Suécia "sofre" com geração de crianças mimadas

 AFP
A proibição das punições físicas a crianças foi incorporada ao código penal da Suécia em 1979

A Suécia, primeira nação do mundo a proibir as palmadas na educação das crianças, se pergunta agora se não foi longe demais e criou uma geração de pequenos tiranos.
"De uma certa forma, as crianças na Suécia são extremamente mal educadas", afirma à AFP David Eberhard, psiquiatra e pai de seis filhos. "Eles gritam quando adultos conversam à mesa, interrompe as conversas sem parar e exigem o mesmo tratamento que os adultos", ressalta.
O livro "Como as crianças chegaram ao poder", escrito por Eberhard, explica porque a proibição das punições físicas - incorporada de forma pioneira ao código penal da Suécia em 1979 - levou, pouco a pouco, a uma interdição de qualquer forma de correção das crianças.
"É óbvio que é preciso escutar as crianças, mas na Suécia isso já foi longe demais. São elas que decidem tudo nas famílias: quando ir para a cama, o que comer, para onde ir nas férias, até qual canal de televisão assistir", avalia ele, considerando que as crianças suecas são mal preparadas para a vida adulta.
"Nós vemos muitos jovens que estão decepcionados com a vida: suas expectativas são muito altas e a vida se mostra mais difícil do que o esperado por eles. Isso se manifesta em distúrbios de ansiedade e gestos de autodestruição, que aumentaram de maneira espetacular na Suécia", diz o psiquiatra.
Suas teses são contestadas por outros especialistas, como o terapeuta familiar Martin Forster, que sustenta que, numa escala mundial, as crianças suecas estão entre as mais felizes. "A Suécia se inspirou sobretudo na ideia de que as crianças deveriam ser ouvidas e colocadas no centro das preocupações", afirma Forster. Segundo ele, "o fato de as crianças decidirem muitas coisas é uma questão de valores. Pontos de vista diferentes sobre a educação e a infância geram culturas diferentes".
O debate sobre o mal comportamento das crianças surge regularmente nas discussões sobre a escola, onde os problemas de socialização ficam mais evidente. 
É óbvio que é preciso escutar as crianças, mas na Suécia isso já foi longe demais. São elas que decidem tudo nas famílias
David Eberhard Psiquiatra
No início de outubro, o jornalista Ola Olofsson relatou seu espanto após ter ido à sala de aula de sua filha. "Dois garotos se xingavam, e eu não fazia ideia de que com apenas 7 anos de idade era possível conhecer aquelas palavras. Quando eu tentei intervir, eles me insultaram e me disseram para eu ir cuidar da minha vida", conta à AFP.
Quase 800 internautas comentaram a crônica de Olofsson. Entre os leitores, um professor de escola primária relatou sua rotina ao passar tarefas a alunos de 4 e 5 anos: "Você acha que eu quero fazer isso?", disse um dos alunos. "Outro dia uma criança de quatro anos cuspiu na minha cara quando eu pedi para que ela parasse de subir nas prateleiras".
Após um estudo de 2010 sobre o bem estar das crianças, o governo sueco ofereceu aos pais em dificuldade um curso de educação chamado "Todas as crianças no centro". Sua filosofia: "laços sólidos entre pais e filhos são a base de uma educação harmoniosa de indivíduos confiantes e independentes na idade adulta".
Um de seus principais ensinamentos é que a punição não garante um bom comportamento a longo prazo, e que estabelecer limites que não devem ser ultrapassados, sob pena de punição, nem sempre é uma panaceia.
"Os pais são instruídos a adotar o ponto de vista da criança. Se nós queremos que ela coopere, a melhor forma de se obter isso é ter uma relação estreita", afirma a psicóloga Kajsa Lönn-Rhodin, uma das criadoras do curso governamental. "Eu acredito que é muito mais grave quando as crianças são mal-tratadas (...), quando elas recebem uma educação brutal", avalia.
Marie Märestad e o marido, pais de duas meninas, fizeram o curso em 2012, num momento em que eles não conseguiam mais controlar as crianças à mesa. "Nós descobrimos que provocávamos nelas muitas incertezas, que elas brigavam muito (...) Nós tínhamos muitas brigas pela manhã, na hora de colocar a roupa para sair", relembra essa mãe de 39 anos. "Nossa filha caçula fazia um escândalo e nada dava certo (...) Nós passamos por momentos muito difíceis, até decidirmos que seria bom se ouvíssemos especialistas, conselheiros", conta Märestad, que é personal trainer em Estocolmo.
O curso a ajudou a "não lutar em todas as frentes de batalha" e a dialogar melhor. Mas para ela, as crianças dominam a maior parte dos lares suecos. "Nós observamos muito isso nas famílias de nossos amigos, onde são as crianças que comandam".
Segundo Hugo Lagercrantz, professor de pediatria na universidade Karolinska, de Estocolmo, a forte adesão dos suecos aos valores de democracia e igualdade levou muitos a almejarem uma relação de igual para igual com seus filhos. "Os pais tentam ser muito democráticos (...) Eles deveriam se comportar como pais e tomar decisões, e não tentarem ser simpáticos o tempo todo", diz Lagercrantz.
Ele vê, contudo, algumas vantagens nesse estilo de educação. "As crianças suecas são muito francas e sabem expressar seu ponto de vista", afirma. "A Suécia não valoriza a hierarquia e, de uma certa forma, isso é bom. Sem dúvida, esta é uma das razões pelas quais o país está relativamente bem do ponto de vista econômico".