Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

Paulo Moreira Leite: seletividade para proteger tucanos é método no judiciário

Sempre que a seletividade das investigações da Lava Jato se torna um fato evidente como a silhueta do Pão de Açúcar na paisagem do Rio de Janeiro, aliados do juiz Sérgio Moro sacam um argumento conhecido: "um crime deve ser tolerado só porque outros o praticam?"

Inteligente na aparência, esse argumento tenta esconder uma verdade mais dura, inaceitável. Vivemos num país onde a seletividade não é um acaso — mas um método.

Essa visão benigna do problema ressurgiu agora, quando a delação premiada de Ricardo Pessoa, mesmo voltada para produzir provas e acusações contra o governo Dilma, Lula e o Partido dos Trabalhadores, não pode deixar de jogar luzes sobre a campanha do PSDB e outros partidos de oposição.

O recursos estão lá, demonstrando que Aécio Neves recebeu mais dinheiro do que Dilma. Que Aloysio Nunes Ferreira levou uma parte em cheque, a outra em dinheiro vivo. Julio Delgado, o relator da cassação de dois parlamentares — José Dirceu e André Vargas — foi acusado de embolsar R$ 150 000 reais de uma remessa maior enviada a Gim Argello para enterrar uma das diversas CPIs sobre a Petrobras.

Será a mesma que permitiu ao senador Sergio Guerra, então presidente do PSDB, levar R$ 10 milhões, uma quantia 66 vezes maior que a de Julio Delgado, para fazer a mesma coisa? Ou essa era outra CPI?

Não sabemos e dificilmente saberemos. A presença de altas somas nos meios políticos é uma decorrência natural das regras de financiamento de campanha, criadas justamente para que os empresários sejam recebidos de portas abertas pelos partidos e candidatos, com direito às mesuras merecidas por quem carrega uma mercadoria tão essencial, não é mesmo?

Não custa lembrar: justamente o PSDB foi responsável pela entrega de votos essenciais para a manutenção das contribuições de empresas privadas em campanhas eleitorais. Os tucanos gostam tanto desse tipo de coisa que, quando ocorreu uma segunda votação, na última chance para se conservar o sistema, até os dois parlamentares — só dois, veja bem –que se abstiveram na primeira vez foram chamados a fazer sua parte e não se negaram a participar de uma manobra que, além de tudo, tinha caráter anticonstitucional.

O PT, seletivamente investigado na Lava Jato, votou contra.

Não é curioso? Não seria muito mais proveitoso entender o imenso interesse tucano pelo dinheiro dos empresários, os mesmos, exatamente os mesmos, que agora são interrogados e presos por longos meses depois que resolveram ajudar o PT?

Isso acontece porque a seletividade não é um acidente de percurso. Está na essência de investigações de grande interesse político — como a Lava Jato, a AP 470 — porque não interessa investigar todo e qualquer suspeito num país onde o Estado "se legitima" quando atua em defesa do "grupo dominante," nas palavras da professora Maria Silvia de Carvalho Franco.

Quando você escolhe o alvo e seleciona o inimigo, a regra fundamental de que todos são iguais perante a lei, qualquer que seja sua raça, origem social ou credo, deve ser ignorada porque só atrapalha o serviço. A igualdade deve ser substituída pela seletividade.

No Brasil colônia, a Coroa portuguesa procurava hereges que pudessem ser julgados pela inquisição. Eles eram procurados até nos banheiros, acusados de proferir blasfêmias que ofendiam a Igreja Católica. Localizados e presos, eram conduzidos a Portugal, aprende-se nos relatos do livro Tempo dos Flamengos, do pesquisador Antônio Gonsalves (com "s" mesmo) de Mello.

Esse tratamento, brutal, inaceitável, era coerente com um regime absolutista, no qual homens e mulheres eram desiguais por determinação divina. A seletividade fazia parte natural das coisas.

Em tempos atuais, onde a democracia é um valor universal, é preciso escolher muito bem os alvos e ter noção de seu significado. Quem legitima a escolha? Os meios de comunicação, a principal correia de transmissão entre as ações do Estado e o conjunto da sociedade, que também espelha o ponto de vista do mesmo "grupo dominante".

Não vamos esquecer que os mesmos jornais e revistas que hoje glorificam Sérgio Moro e em 2012 endeusaram Joaquim Barbosa também aplaudiram o delegado Sérgio Fleury e outros torturadores que eram apresentados como caçadores de terroristas. Questão de momento, vamos combinar.

Se a denúncia do caráter parcial de uma investigação obviamente beneficia quem está sendo prejudicado, o problema real é muito maior. A seletividade modifica a natureza do trabalho de apuração. Deixa de ser expressão de um erro, humano como todos os outros, para se tornar um método.

Quando uma investigação que deveria produzir uma decisão judicial isenta se transforma numa operação política, os objetivos mudam e os resultados também. Muitos culpados são apenas "culpados", porque sua culpa está definida de antemão e só precisa ser confirmada pelas investigações. Vice-versa para quem se torna "inocente."

Para dar um único exemplo, entre vários: policiais que trabalharam para AP 470 descobriram que o ex-ministro Pimenta da Veiga recebeu R$ 300 000 de Marcos Valério, em quatro cheques caídos em sua conta, meses depois do final do governo FHC. Embora essa soma seja seis vezes superior aos R$ 50 000 que João Paulo Cunha recebeu em sua conta, cumprindo pena de prisão por esse motivo, a investigação sobre Pimenta sequer está encerrada — doze anos depois dos cheques de Valério terem caído em sua conta. O ex-ministro tucano é culpado? Suspeito? Quem saberá?

Cuba é o primeiro país do mundo a zerar a transmissão de HIV de mãe para filho.

Cerca de 1,4 milhão de mulheres portadoras de HIV engravidam anualmente no mundo. Elas geraram 230 mil crianças contaminadas pelo vírus, nenhuma delas em Cuba.

Diz a OMS que a chance de uma mulher  transmitir o vírus para seus filhos durante a gravidez, o parto ou a amamentação vai de 15% a 45%, dependendo do caso. Mas, com assistência contínua e remédios adequados, o perigo baixa a 1%.

Gostando ou não do regime cubano, é terrível que se queira fazer política desqualificando conquistas como esta, ainda mais pela sanidade que ela representa para crianças em gestação ou recém-nascidas.

Ninguém nega que Cuba é um país pobre e que, como qualquer país pobre, tem recursos escassos para a saúde. Mas nem tão escassos e tão bem utilizados que são capazes de uma conquista pioneira como esta.

Ficamos discutindo se eles têm medicina de alta tecnologia – e até sofrem dificuldades nisso por não poderem contar com equipamentos e tecnologias norte-americanas, por conta do incompreensível bloqueio americanoe deixamos de lado o que pode ser feito com os recursos disponíveis e é feito, com a dedicação de seus médicos.

Os mesmo que aqui uns imbecis foram vaiar, chamando de "escravos".

A melhor resposta está aí, na certificação mundial como primeiro país a abolir esta tragédia para os bebês.
Que não importa a cor que tenham ou de onde sejam, são o que há de mais preciosas na Terra.

Discurso do Senador Roberto Requião em defesa da Petrobras, do Pré-sal e principalmente do Brasil

O Petróleo derrubou Kadafi na Líbia, provoca guerras no mundo, e o glorioso Senado da República quer descutir e decidir o futuro da utilização do Petróleo no Brasil numa tarde, parte da manhã e parte da tarde. Isso é absolutamente inusitado e, a meu ver, degradante.
 
O que há por trás disso? O petróleo desencadeia guerras, o petróleo derruba governos, e aqui no Senado da República, numa discussão por uma manhã, e uma decisão a tarde, nós vamos resolver os destinos, não do petróleo, mas os destinos do Brasil e da utilização do petróleo. 
 
Senador Serra, cui prodest! A quem aproveita essa mudança? Se a Petrobras pode tranquilamente operar o pré-sal e esta foi uma decisão nacional brasileira, interesse do Brasil? Não foi uma decisão técnica. 
 
Interesses corporativos e setorizados defendem a quebra da participação da Petrobras nos miseráveis 30% da exploração do pré-sal. Pré-sal que foi encontrado pelo esforço da própria empresa. E a Petrobras fala aqui de uma forma ambígua. Por quem fala a Petrobras? Pelo Brasil ou pela política do Joaquim Levy? Que espécie de direção nós temos a Petrobras hoje para ambiguamente se manifestar na tribuna do Senado Federal?
 
A quem aproveita? O que está ocorrendo aqui? Eu coloco isso dentro de uma moldura internacional maior. Depois da derrota do nazismo na última Guerra, se estabeleceu no mundo o estado social, mas recentemente o capital resolveu enfrentar o estado social, precarizar o trabalho, precarizar o Parlamento, precarizar a administração pública estatal, transformando os Estados em simples polícias, encarregadas da ordem interna. 
 
Este projeto do ilustre senador José Serra vem junto com um projeto de terceirização do trabalho, a precarização, vem junto com o financiamento privado de campanhas eleitorais, a precarização do Parlamento, que se transforma num instrumento de grupos econômicos. Não temos mais partidos, temos bancadas de financiadores de campanha e a precarização do próprio Estado, da democracia e uma administração empresarial da Petrobras.
 
O capital é importantíssimo na modernização, nos investimentos que geram empregos e fábricas, mas como disse em Davos, o papa Francisco, o capital não pode comandar o mundo, tem interesses próprios. Eu vejo as manifestações dos convidados aqui como manifestações seus próprios interesses, extraordinariamente divorciadas dos interesses do Brasil, dos interesses nacionais, de longo médio prazo.
 
Petróleo é o mais importante bem da natureza e, de repente, não mais que de repente, a quem aproveita essa modificação, se demonstramos pelos nossos palestristas à exaustão que a Petrobras pode operar, sim, o pré-sal? Por que o pré-sal? Por que agora? Por que a pressa que está por trás disso? Por que esse projeto não tramitou nas comissões do Senado Federal? Por que não objeto de discussão aprofundada?
 
Eu quero ser muito simples. Estamos discutindo um projeto nacional e projetos corporativos e parciais. Eu quero dizer aos senhores empresários que se manifestaram que eles são extraordinariamente importantes para o país, mas além dos seus interesses, dos seus negócios, tem o povo. 
 
Falam em geração de empregos com a quebra da participação da Petrobras? Por que não falaram do aumento da Selic? Por que não falaram nos juros fantásticos que a economia está praticando? O que estamos fazendo aqui hoje? Sonegando a discussão de um projeto que eu não sei a quem aproveita.
 
Estamos aqui numa verdadeira brincadeira em torno de um assunto extremamente sério. Vemos aqui as manifestações corporativas e as manifestações do interesse nacional. Eu, pessoalmente, sou pelo monopólio absoluto do Petróleo, acho que a própria partilha foi uma regressão nesse processo. E eu espero que o Senado da República não faça com o país, com a luta, uma luta que aqui tem a simbólica presença da Emília, do Visconde de Sabugosa, do Marquês de Rabicó, dos personagens do Monteiro Lobato na luta pelo Petróleo. 
 
Nós não vamos acabar com isso numa tarde, para a alegria como a demonstrada pelo companheiro que ri enquanto eu falo, ali na ponta da mesa [apontando Serra]. O Senado não vai fazer essa gaiatice com o Brasil. E os que riem agora terão outras oportunidades e poderão rir de alguma coisa que não seja o fracasso de toda a luta pelo petróleo nacional, ao longo de décadas, em que brasileiros participaram, foram presos e deram a vida.
 
A risada é extemporânea e eu deixo aqui o meu protesto contra essa atitude ridícula de membros da Mesa! Estamos aqui defendendo os interesses do país, e não os dos negócios de meia dúzia de pessoas!

Declaração de Amor


...E no momento de carinho ele diz para a amada que tinha cegado a pouco tempo:

- Eu queria que pudesse ver o sol nascer. Ela retruca:

- Eu queria puder ver teu rosto.

Para quem não leu na íntegra a entrevista da presidente em Nova York

"... - A minha campanha recebeu dinheiro legal, registrado, de 7,5 milhões e meio de reais. Na mesma época que eu recebi os recursos, pelo menos uma das vezes, o candidato que concorreu comigo recebeu também, com uma diferença muito pequena de valores..."

 – Ao ser perguntada se estava falando de Aécio Neves:

 – "Eu estou falando do Aécio Neves, só tinha um candidato que concorreu comigo, não tinham dois."

Vão tomando, seus bundões.

Frase do dia

Para quem reclama quê não falo de amor, digo:

Dinheiro só compra o que não tem valor.

Oraite, ou preciso desenhar?

Briguilinks passado a limpo

Bom dia

Além do pânico e das mentiras sobre Lula, Dilma e o PT, quê a tucademopiganalhada vai fazer hoje?

- Ah?...roubar o Brasil? Eles fazem desde 1500.

- Entregar nosso petróleo? Mas, desde que Vargas criou a Petrobras o mundo sabe quê aqui não tem petróleo. Pré-sal?... Isso é invenção de petistas.

Mensagem da Vovó Briguilina

Meus netinhos dinheiro só compra o que tem preço. Nunca, jamais o que tem valor.

Dinheiro compra comida. Mas, não compra a vontade de comer.

Dinheiro compra estudo. Mas, não compra a vontade de aprender.

Tenho muitos outras analogias mas...

Como diz a Lu...

Resumindo:
Dinheiro só compra o que não tem valor.