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Política: por Luiz Carlos Bresser-Perreira

A presidente Dilma colocou um ponto final na estória de "estelionato eleitoral", inventada pela oposição
A presidente Dilma Rousseff deu ontem uma excelente entrevista à Folha (25.8.15) e a dois outros jornais brasileiros. Admitiu ter errado ao só haver se dado conta da gravidade da crise econômica depois das eleições. Dessa forma pôs um ponto final na estória do "estelionato eleitoral" tão cultivado pela oposição.
Mas não foi ela que percebeu com atraso a crise. Como aconteceu com a crise financeira global de 2008, nós economistas, sejam liberais ou desenvolvimentistas, só percebemos a dupla crise brasileira de 2014 (econômica e política) depois dela haver acontecido. Sua principal causa - a violenta queda no preço das commodities - aconteceu entre setembro e outubro de 2014.
Ainda no início de 2014 eu ouvi um dos economistas liberais mais críticos do governo afirmar que no plano fiscal as coisas estavam sob controle; o problema estava na falta de poupança. Na campanha eleitoral a oposição defendeu o ajuste fiscal, mas apenas para combater a inflação. O liberal-ortodoxo vulgar defende ajuste fiscal em qualquer circunstância, assim como o keynesiano-desenvolvimentista vulgar propõe expansão fiscal também em qualquer circunstância.
O erro da presidente foi ter adotado uma política fiscal expansionista - uma política industrial baseada em exonerações - no momento em que a crise econômica estava se formando, e havia nessa crise um componente fiscal importante.
A presidente estava de bom humor. Criticou a "intolerância" da oposição, mas recusou fazer críticas pessoais. Disse que leu um livro muito interessante, "Sapiens - uma breve história da humanidade", no qual aprendeu que entre os animais apenas os homens estabelecem vínculos sociais através de fofocas. E brincou: "Estou hoje uma pessoa Dilminha paz e amor".
Realmente para enfrentar uma oposição que busca motivos para justificar um impeachment sem razões, humor é bem vindo.
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