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Ó tempora, ó mores, ó Moro, por Alvaro Tadeu

Caro Mosigênio, não seja ingênuo, por favor. Eu entendo suas preocupações com o juiz Moro. Mas me explique, do ponto de vista jurídico, faz sentido prender um preso cumprindo pena? José Dirceu estava em prisão domiciliar em Brasília. Foi chamado a depor em Curitiba sobre a Operação "Vaza a Jato".
  Nesses casos, vi vários assim, o juiz intima o preso, o preso é conduzido pelas autoridades policiais até o juiz, é interrogado e em seguida volta à prisão original. Mal comparando, foi assim com Fernandinho Beira-Mar. Preso numa penitenciária federal no Mato Grosso, se não me engano, foi intimado pelo juiz do Rio de Janeiro sobre um processo de assassinato.  Foi levado ao Rio pela PF, pernoitou na prisão na sede da PF, na manhã seguinte foi levado ao juiz, prestou depoimento, foi liberado e transportado de volta para a penitenciária. José Dirceu, que nem de longe pode ser comparado ao meliante assassino condenado, foi chamado a Curitiba e apodreceu seis meses nas prisões curitibanas, à disposição do juiz Moro.
Seis meses depois foi interrogado. Vi o vídeo. O despreparo de Moro é absurdo. Eu queria muito ver o concurso para juiz federal onde ele foi aprovado. Não consigo acreditar que tão medíocre juiz passou num concurso limpo e insuspeito. Se isso realmente aconteceu, chegou o fim do mundo, sem vulcões, choque de asteroides, aquecimento global, explosão nuclear ou doença letal que dizime os humanos no curto prazo. O fim do mundo chegou pelos concursos jurídicos do país.
José Dirceu foi levado a Curitiba para prestar depoimentos a respeito da Operação Lava a Jato. Mas tudo que vi foram perguntas a respeito da empresa de consultoria de José Dirceu. Chegaram ao cúmulo de perguntar porque ele havia abandonado a consultoria, se era tão lucrativa. Ele explicou que fechou a consultoria porque estava preso. Nenhuma pergunta sobre a corrupção na Petrobras foi-lhe feita. Se isso não é prisão política, não sei o que é não. Moro está unido aos donos de mídia que apoiaram a Ditadura. Com certeza, eles têm afinidades políticas. Moro é fascista, ponto final. até um bêbado numa noite enluarada, lendo suas patifarias chegaria a essa conclusão. Barbosa denunciou José Dirceu por ter jantado com um deputado federal do Paraná e no dia seguinte, ter saído uma das parcelas do "mensalão". Barbosa ignorou os advogados de Dirceu gritarem que o deputado morrera em acidente aéreo mais de quarenta dias antes do suposto jantar. A outra ministra, que Deus me perdoe, confessou que as provas não eram robustas, mas que a literatura jurídica a autorizava a condenar Dirceu. A literatura do III Reich também permitia que qualquer um fosse condenado por qualquer coisa, até por ser judeu. O sujeito nascia judeu e era condenado por ter...nascido!
 Temos uma justiça golpista, classista, fascista e feroz. 
Os vazamentos são ótimos para os meios de comunicação, mas péssimos para os direitos dos presos, ilegais que são. 

Dona Maria Louca e o juiz Moro

Perdão, leitores! Mas não quero falar de Maria Francisca de Bragança, rainha de extrema devoção religiosa, conhecida por A Piedosa, mas que no final da vida se popularizou como Rainha Louca, quando acometida de grave doença mental.
Quero falar de outra Maria Louca, conhecida personagem policial da cidade de Santo André/SP. Essa tal Maria seria ou é mitômana, tinha ou tem talvez o mesmo problema da testemunha que enganou a TV Globo, ao descrever ao vivo cenas incríveis sobre seu contato com então candidato Eduardo Campos, logo após o trágico acidente aéreo que matou o político. "Eu o reconheci pelos olhinhos azuis", disse o mitômano-testemunha. Só mesmo ele para ver a cor dos olhos de um corpo carbonizado, que precisou de exame de DNA pra ser identificado.
Pois bem. Maria Louca, conhecida de muitos policiais civis de Santo André, costuma ler jornais, tem preferência por notícias trágicas, crimes. De tanto ler, acaba entrando no cenário do crime e apresenta-se como testemunha. Faz tantos relatos convincentes e, por saber tantos detalhes, acaba sensibilizando investigadores menos prudentes. Foi assim que, durante muito tempo, a "Maria Louca de Santo André" passou a dar detalhes sobre a morte de Celso Daniel, ainda que nenhuma referência tenha feito à cor dos olhos do ex-prefeito. Mas, suas informações foram muito utilizadas para alimentar a imprensa, sobretudo para dar suporte à tese da "queima de arquivo".
Com conhecimento zero da profundidade da Operação Lava Jato, vejo com preocupação a síndrome da Maria Louca que vem acometendo parte da sociedade. Os detalhes apresentados pela dita "grande mídia Maria Louca" são tantos, que a tal Maria anda dando filhotes. Com propriedade, já se observa nas ruas, nos bares, os filhos e netos de Maria Louca dando detalhes sobre os cogitados crimes do ex-presidente Lula. Somos todos testemunhas!!
Recentemente, visitando um site jurídico, estava visível a ira até de advogados, empresários, estudantes de Direito, todos inconformados com o fato dos defensores do ex-presidente haver entrado com um processo contra o jornal O Globo. A fúria insana dos comentários causava perplexidade, e num deles um suposto advogado chegou a escrever: "e o cara de pau ainda tem a coragem de querer se defender!". Pasmem! Em plena vigência da síndrome da Maria Louca, acusado não pode se defender. O juiz que recebeu a ação do ex-presidente negou o pleito e foi preciso recorrer.
Parte-se do princípio da "verdade sabida", detalhe que durante a ditadura fazia parte das normas internas da Polícia Federal. Não era preciso provar: é sabido, foi divulgado, é presumível, pode ser verdade, virou fato. Foi assim na base do, só pode ser, que surgiu a primeira condenação de José Dirceu. Por falta absoluta de nexo material entre sua conduta e os supostos crimes apurados, não recorreram sequer à indícios. Condenaram por presunção, um suposto domínio do fato, sem que se sequer o fato tenha ficado claro.
A síndrome da Maria Louca parece rondar a sociedade num ciclo de retroalimentação. A grande mídia aproveita-se de vazamentos da Operação Lava Jato e insufla o ódio coletivo, divulgando fatos que podem ser ou não ser. E, reafirme-se que os suspeitos reais, imaginários, artificiais – pouco importa(!), não podem sequer tentar se defender. "Olha só! Ainda tem coragem de questionar na Justiça".
Sim. Para Dona Maria Louca, pouco importa que um tríplex no Guarujá/SP não seja essa fábula toda e que o barquinho de lata da Dona Marisa não seja um iate. Do mesmo modo, não importa que a própria Maria Louca apareça para dizer que viu Lula e ou Marisa entrando ou saindo do imóvel ou pescando piabas num barquinho. Pouco importa que qualquer grande personalidade pública possa ser assediada por puxa-sacos, sempre prontos a fazer "agrados", que de longe configurariam crime. Mas, Roma quer ver sangue. É preciso vasculhar o lixo da casa ex-presidente Lula. Quem sabe possam encontrar vestígios de que tenha comido carne da Friboi e que isso, diante da visão catatímica já imposta em parte da sociedade, seja transformado em prova inconteste de que Lulinha, seu filho é, realmente o dono daquela "carniceira".
Posso imaginar, a essa altura dos fatos, que a grande inquietação do mundo jurídico e, mais particularmente dos advogados do ex-presidente Lula, é que Dona Maria Louca já tenha batido à porta do juiz Sérgio Moro e que isso possa firmar jurisprudência.
Armando Rodrigues Coelho Neto é advogado, jornalista e delegado aposentado da Polícia Federal.

A quadrilha de toga é unida, que o diga Mendes e Moro

Além de não investigar tucanos graúdos e vivos (FHC, Aécio Neves, Serra e Alckmin) e os elefantes Marinho, todos envolvidos e delatados na Lava jato, MOuseRO agora resolveu mandar no TSE. Mas, é compreensível, o atual presidente é Gilmar Mendes. Outro empregadinho de FHC e dos Marinhos.

Vê a penúltima tucanice do rato:
Paraná 247 – O juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, fez mais do que simplesmente enviar documentos referentes ao caso, para serem juntados à análise do processo movido pelo PSDB que pretende cassar a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer, empossando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na presidência da República.
Moro se manifestou e reforçou a tese de que doações oficiais seriam fruto de propina desviada da Petrobras. "Destaco que na sentença prolatada na ação penal 5012331-04.2015.404.7000 reputou-se comprovado o direcionamento de propinas acertadas no esquema criminoso da Petrobras para doações eleitorais registradas", afirmou Moro, em seu ofício encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral.
Moro recomentou, ainda, aos ministros do TSE que ouçam, na ação, os delatores da Lava Jato.  "Saliento que os criminosos colaboradores Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro José Barusco Filho, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, Milton Pascowitch e Ricardo Ribeiro Pessoa declararam que parte dos recursos acertados no esquema criminoso da Petrobras era destinada a doações eleitorais registradas e não-registradas. Como os depoimentos abrangem diversos assuntos, seria talvez oportuno que fossem ouvidos diretamente pelo Tribunal Superior Eleitoral a fim de verificar se têm informações pertinentes", afirmou.
Nesta ação, Michel Temer já teve a oportunidade de se manifestar e afirmou que as doações oficiais não podem ser criminalizadas. Ele lembrou ainda que as mesmas empreiteiras que doaram para a chapa Dilma-Temer também doaram para os demais candidatos – em especial, para o senador Aécio Neves.
O tucano, por sinal, já foi citado por diversos delatores da Lava Jato. Alberto Youssef afirmou que recolhia propinas da ordem de US$ 100 mil mensais em Furnas, na diretoria de Dimas Toledo, indicado por Aécio. O lobista Fernando Moura também fez afirmações indicando o poder de Aécio em Furnas. Já o entregador de recursos Ceará disse que Aécio era "o mais chato" na cobrança da propina da UTC.
Desde que o impeachment perdeu força no Congresso, o PSDB passou a concentrar suas esperanças de retomar o poder, após quatro derrotas presidenciais, na ação movida no TSE.

Os MouseRos não dão um pio sobre o assunto