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Artigo do dia

Facismo e Sociedade Brasileira: uma relação de sadomasoquista, por Armando Coelho Neto
Duas mãos invisíveis estão por trás desse texto, que por circunstâncias assino sozinho. Nada estranho num país em que mãos invisíveis parecem estar por trás de tudo, no qual nada é bem o que é...
Em tom jocoso, o site "Sensacionalista" publicou matéria segundo a qual o governo federal havia criado o "Ministério do Recuo", mas teria voltado atrás.
De fato, em poucos dias no poder, a trupe circense do presidente Bozo promoveu diversas idas e vindas. As oscilações abrangem de aumentos de impostos até nomeações para órgãos oficiais, passando por decisões sobre organização administrativa e até sobre soberania. Por cinismo, incompetência ou sabe-se lá o quê, essa instabilidade estressa até a economia e torna a Sociedade Brasileira refém de permanentes tensões relacionadas a interesses, direitos e futuro.
Para os críticos, seria mesmo prova de amadorismo e despreparo. Mas cremos insuficiente tal diagnose. Chamam-nos a atenção algumas tendências e circunstâncias. Ei-las.
Em primeiro lugar, é forçoso constatar que houve um rebaixamento das expectativas. Já fomos um país que não apenas reclamava uma posição de destaque na cena política e econômica internacional, como também um lugar onde o povo se permitia ter esperança positiva no seu próprio destino.
Atualmente, estamos vivenciando uma catarse coletiva, uma espécie de hipnose pela perversidade. Nossas potencialidades como Nação foram neutralizadas e nosso horizonte foi amesquinhado por desejos punitivistas. E isso nos retirou a capacidade de sonhar, de vislumbrar um amanhã melhor, de mais liberdade, mais empregos, investimentos públicos, educação, saúde, fartura e felicidade.
Fala-se apenas em cortes, ameaças, ódios. Anunciam-se maldades a todos, enquanto blindam-se poderosos e protegem-se militares, grandes empresários e políticos.
E até as coisas "boas" que o Coiso anuncia estão indiretamente associadas a punções de agressão e morte - distribuir porte de armas de fogo indiscriminadamente, autorizar o desmatamento, mitigar regras sobre licenciamento ambiental, liberar a caça...
De alucinações sobre Jesus na goiabeira ao aniquilamento de direitos sociais, vai sendo revelado um governo de loucos, covardes, predadores entreguistas. Que, como tal, usará da força contra os menos favorecidos para humilhar o povo e fortalecer a elite. O único freio, ao que parece, são as contradições no processo de mediação de conflitos entre os próprios poderosos. Lei-se, eles contra eles, por que opositores ou resistência não há.
De certo modo, eles podem dizer e fazer o que quiserem. Vai ter base militar americana? Não mais. Mas o IOF será elevado. Só que não. E a Petrobrás e os bancos públicos? Sem dúvida serão privatizados. Ou quem sabe apenas descapitalizados. E a Previdência Pública será substituída por um sistema de capitalização privado, ou... Amanhã vemos. Mas os trabalhadores vão ter que laborar até os 67 anos. Mas pode ser que seja só até os sessenta e dois. Pensando bem, vamos fechar em sessenta e cinco...
Qual o limite para essa inconsequência?
É como um torturador que amarra a vítima, para em sequencia perturbá-la psicologicamente: "acho que vou deixa-la cair pela janela... Não, não vou mais... Mas pensando bem, vou queimá-la viva... Ou afogá-la. Oi? Não... Não quis dizer isso, depois eu penso noutra coisa..."
Não admira que o alter ego do Coiso seja Brilhante Ustra. Há um evidente prazer nesse agir inconstante. Em brincar com a soberania, a previdência, a imagem do Brasil no mundo, os direitos sociais dos trabalhadores, em suma: com os destinos da Nação.
Por que, claramente, trata-se de uma diversão psicopatológica permitida precisamente pela relação entre a passividade e impotência da vítima frente a ausência de empatia e compaixão pelo carrasco.
Não se despreza o relevante papel do humor na luta política. Contudo, para além dos mêmes lacradores da Internet urge que os democratas, os nacionalistas, as pessoas conscientes do País se organizem para reagir. Do contrário, a Sociedade Brasileira permanecerá sequestrada e vitimizada. Até a sua total destruição. Com todos os requintes de crueldade.




Armando Rodrigues Coelho Neto - jornalista, escritor, ex-delegado da Polícia Federal e ex-integrante da Interpol - Polícia Internacional -.
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Dialogo briguilino

Geovani de Moraes: Trump deveria ser processado por "Crimes contra a humanidade".

Joel Neto: Mais fácil ele receber o Prêmio Nobel da Paz.

Suzana da Silva Pereira: Este canalha deve ter sido gerado numa chocadeira com sêmen doado por Hitler nas experiências satânicas nazistas do Dr, Menguele.


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Vamos transformar o Caetano no Kevin Spacey brasileiro, por Tom T. Cardoso

Lobão liga para Alexandre Frota.
- Oi Frota, tudo bem?
- Quem é?
- É o velho Lobo.
- Leão Lobo? Sai fora, bicha véia.
- Não, que é isso. Lobão, porra.
- Edison Lobão? Que honra!
- Não, o Lobão do Vida Bandida. Rádio Blá. Me chama, me chama, me cha-ma. 
- Ah sim. Fala aí, brother.
- Cara, preciso me reinventar.
- Não tá fazendo mais show?
- Nada. Tentei tocar batera na banda do Danilo Gentili. 
- E aí?
- O Roger deu uma força, mas o RH do SBT não aprovou meu currículo.
- Que merda hein brother. 
- Resolvi te ligar. Você virou um ativista internacional. Invejo você, cara. 
- Eu ralei para chegar onde eu cheguei, brother.
- Sim, eu sei disso. 
- Você quer trabalhar na minha equipe?
- Seria um sonho.
- Então você vai me ajudar a fuder com o Caetano. Ele tá me processando.
- Claro! Tô dentro. O que eu preciso fazer?
- Você vai dizer que foi abusado por ele na adolescência. Vamos transformar o Caetano no Kevin Spacey brasileiro.
- Mas como vou provar isso?
- Você vai dizer que você era o Leãozinho da letra.
- Será que vai colar?
- Claro, você vai dizer que "ELE ARRASTOU SEU OLHAR COMO UM IMÃ... -
-... que MOLHOU MINHA JUBA...
- Isso! E VOCÊ ENTROU NUMA. E só tinha 12 anos. Topa?
- Fechô.

by Tom T Cardoso
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Noites dos cristais tupiniquim, por Cintia Pavlitchenko



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Eu nunca soube de artigos veiculados em meios de comunicação com títulos:
Goleiro Bruno tem que morrer; 
Silas Malafaia tem que morrer;
José Sarney tem que morrer;
Suzane Richtencaralho tem que morrer;
Ernesto Gisele tem que morrer.

Quando um jornalista fica à vontade pra assinar e publicar um chamado ao assassinato de Lula, sabemos que estamos as vésperas de uma versão atualizada e tupiniquim da Noite dos Cristais.
Estamos muito na merda mesmo. Mas parece que vai piorar.***


Operação lava jato

Força-tarefa da farsa jato é o braço terrorista do golpe e do regime de exceção que os sem votos, beneficiados na ditadura militar de 64, pretendem implantar novamente no país
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O golpe não se encerrou na sessão do Senado que cassou o mandato da Presidente Dilma na farsa do impeachment. Ali apenas se abriu um capítulo novo do ataque à democracia para a consolidação do regime de exceção que se vive no Brasil.

Os objetivos com a suspensão das regras democráticas são: [1] extirpar Lula e o PT do sistema político brasileiro – portanto, a representação dos pobres na política; [2] transferir a riqueza nacional ao capital estrangeiro mediante a regressão dos direitos do povo; e [3] inserir subalternamente o Brasil, a sétima potência econômica planetária, no sistema mundial.

Os sinais de arbítrio e excepcionalidade institucional já eram perceptíveis bem antes do desfecho do golpe, ainda nas etapas de conspiração e desestabilização do ambiente político.

No Judiciário e no Legislativo, decisões fundamentais que regeram o golpe continham escancarada arbitrariedade e excepcionalidade, mas assim mesmo foram legitimadas pela Justiça e naturalizadas midiaticamente, para envernizar o atentado à Constituição com a aparência de legalidade. A Rede Globo e conglomerados da mídia, praticando um noticiário conivente e de viés partidário, são essenciais para a subversão jurídico-institucional em curso.

O regime de exceção se caracteriza pela adoção de medidas de arbítrio e de coerção em substituição ao Estado de Direito e ao regramento legal; e pelo esmagamento da oposição política e social.

É um regime no qual as instituições de Estado, em especial policiais e judiciais, são capturadas partidária e ideologicamente, e direcionadas para a perseguição, combate e eliminação dos "inimigos do regime".

As Leis e a Constituição deixam de balizar as relações sociais e a resolução dos conflitos. A sociedade é então governada por ocupantes ilegítimos do poder; os sem-voto – usurpadores que, com lógicas totalitárias, distorcem as Leis e a Constituição para aniquilar oponentes políticos e instalar um esquema autoritário de poder.

A manifestação do Tribunal Federal da 4ª Região defendendo a adoção de "situações inéditas [da Lava Jato], que escaparão ao regramento genérico"; ou seja, soluções não subordinadas ao regramento jurídico, é uma evidência assustadora desta realidade.

Na ditadura instalada em 1964, os militares foram gradualistas. As medidas restritivas de liberdade, de repressão e de arbítrio foram instituídas à continuação do golpe, através dos sucessivos Atos Institucionais decretados entre abril de 1964 e dezembro de 1969, e que conformaram a índole fascista do regime.

O arcabouço jurídico do regime ditatorial de 1964, portanto, não foi cabalmente concebido no dia 2 de abril de 1964, quando o auto-proclamado "Comando Supremo da Revolução" [sic], liderado pelo general Arthur da Costa e Silva, assumiu o comando do país depois do golpe que derrubou o Presidente João Goulart.

Já neste golpe de 2016, a oligarquia fascista imprimiu uma dinâmica alucinada desde o primeiro instante. Pretende processar, no menor período de tempo, mudanças cruéis e com forte conteúdo anti-povo e anti-nação, que poderão ter efeito de longuíssimo prazo para a organização econômica e social do Brasil.

Para impor a agenda ultra-reacionária de restauração neoliberal, o governo golpista enfrentará uma oposição radical. Não se pode desprezar que, com a crise de legitimidade e com a propagação da resistência democrática, o regime tenderá ao embrutecimento; deverá assumir formas abertamente violentas, com prisões ilegais, torturas, assassinatos políticos.

O objetivo estratégico da oligarquia golpista é a proscrição do PT e a destruição do Lula no imaginário popular. Nas últimas duas semanas, a Lava Jato, que é o braço terrorista do regime de exceção, deu passos importantes nesta direção.

A força-tarefa da Operação, dominada por militantes fanáticos do PSDB, promoveu na véspera da eleição três ações semióticas, implacáveis, inteligentemente programadas: [1] a encenação espalhafatosa de procuradores "cheios de convicções, mas vazios de provas" contra Lula [dia 12/09]; [2] a aceitação da denúncia estapafúrdia, pelo justiceiro Moro [em 20/09]; e [3] a barbárie jurídica da prisão do ex-ministro Guido Mantega [em 22/09].

A Lava Jato faz um esforço titânico para apagar o legado da maior mobilidade social havida no Brasil em 520 anos no Brasil – 40 milhões de pessoas retiradas da condição de indigência – para ditar, em lugar disso, uma narrativa criminalizadora dos períodos Lula e Dilma, tendo como eixo a corrupção.

Sempre é oportuno recordar o pensador Norberto Bobbio, para quem o fascista não combate de verdade a corrupção, apenas emprega um discurso cínico da corrupção para tomar o poder: "O fascista fala o tempo todo em corrupção. Fez isso na Itália em 1922, na Alemanha em 1933 e no Brasil em 1964. Ele acusa, insulta, agride como se fosse puro e honesto. Mas o fascista é apenas um criminoso, um sociopata que persegue carreira política. No poder, não hesita em torturar, estuprar, roubar sua carteira, sua liberdade e seus direitos".

Com a cassação de Eduardo Cunha, o sócio do golpista e mega-corrupto governo Michel Temer, a Rede Globo, como num passe de mágica, virou a página da corrupção. A única "sujeira" que permanece na cena pública do noticiário da Globo e da mídia dominante, e que deve ser radicalmente extirpada, é o PT.

O banditismo político alcançou um patamar inédito no Brasil. Não só devido à brutalidade do ataque contra Lula e o PT, mas sobretudo devido à inteligência operacional e estratégica da oligarquia fascista na implantação do regime de exceção.
por Jeferson Miola

Fascistas golpistas intimidam ministro do Supremo


A turba fora de controle e limites destilaram ontem a noite (22/03) seu veneno contra o ministro do STF - Supremo Tribunal Federal -, Teori Zavascki. 

Uma decisão do magistrado não agradou as bestas feras e pronto. Para esses animais nazifascistas ou rezam pela cartilha deles ou é um inimigo a ser eliminado.

Não vamos cair nessa armadilha, temos de exercer a tolerância e o respeito as leis de forma absoluta.

Deixa a matilha verbalizar o seu nojento ódio, vamos continuar a nossa caminhada, nossa luta para tornar o Brasil um pais cada vez mais igual e democrático.

***

"Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.


A gestapo do Moro


O dia que em que a PF bateu em minha porta
Hoje de manhã fui acordada com batidas na porta do meu apartamento e um sonoro: “Polícia Federal, abre a porta”. Como jornalista, já cobri várias operações da PF, mas nunca pensei que acabaria incluída em uma delas.
Ainda sonolenta, não sabia bem ao certo que horas eram. Meu cachorro acordou assustado e foi ver quem era. E eu continuava tentando entender o que acontecia. Pensava se não estava sonhando com o noticiário do dia a dia.
Só que as batidas continuavam. Assim como o insistente: “PF, abre a porta agora. Temos um mandado de busca e apreensão nesse endereço.” Não conseguia acreditar. Logo eu, que, como diz o ditado, nunca matei uma formiga e não gosto de escancarar minhas preferências políticas, apesar de, por ofício, precisar apurar casos de corrupção envolvendo políticos.
Sem saber como agir ou se aquilo era realidade, interfonei para o porteiro. Em resposta, ouvi: “É verdade. É a PF. Você vai ter que abrir.” Ok, fazer o quê? Quem não deve, não teme. Abri a porta ainda com a roupa de dormir e lá estavam três agentes da PF, dois do Paraná e um de São Paulo ­ nenhum japonês ­ além de duas pessoas do condomínio, como testemunhas. Os policiais se apresentaram e falaram que estavam ali a mando do juiz Sérgio Moro, como parte das investigações da Lava Jato. Li o mandado. Percebi que estavam atrás, principalmente, de dinheiro vivo.
Eu nem tinha tido tempo de abrir o jornal e saber da nova etapa da operação, nem dos atentados na Bélgica. Eu só conseguia pensar “Logo eu? Logo eu?”.
Atendi a porta. “Ok, podem entrar, mas pelo menos me deixem trocar de roupa.” Fui para o quarto, me arrumei e fui ver no que a visita ia dar.
Depois de fazerem festinhas com o meu cachorro, começaram o questionário. Agora, com tom de voz mais baixo. ­ Há quanto tempo você mora aqui?, perguntaram. ­
Um mês e meio, é alugado, respondi. ­
Com o que trabalha? ­
Sou jornalista
De onde?, quiseram saber. ­
Do Estadão. ­
Você cobre a Lava Jato? ­
Não, estou na editoria de Política agora, mas já cobri operações da PF em Brasília. ­
Você é de Brasília?
Tem informações privilegiadas da Lava Jato? ­
Não. ­
Você tem parentes políticos, ministros ou ligados a empreiteiras? ­
Não. ­ Você tem algum cofre aqui em casa?
Neste momento, apenas ri.
Depois de mais algumas perguntas e respostas, sempre me explicando o passo a passo da ação deles ali, os agentes pediram para abrir os armários do quarto. Deixei. Como não havia nada de excepcional para ver, logo voltamos para a sala. Papelada assinada, notificando que nada constava naquele endereço. Disseram que iriam atrás do antigo locatário: “Esse vai ser investigado.” Conversamos ainda um pouco sobre a situação política do País, a vizinhança do prédio e a viagem dos policiais paranaenses até São Paulo. Falaram para eu tirar o cachorrinho da varanda. “Não deixa ele preso lá não, tadinho. Ele deve estar estranhando todo esse povo na casa dele.” Se despediram de mim. ­
Gente, vamos embora que ela tem que trabalhar.
 Muito bem. Eu tinha mesmo que trabalhar. Desejo que a investigação siga o seu rumo. Mas uma coisa é certa: este dia vai ficar marcado como o dia em que caí na Lava Jato. De paraquedas
por Luciana Amaral - jornalista do Estadão

Eduardo Ramos - da farsa social enquanto estratégia de PODER....

A maior e melhor estratégia de poder é criar uma ilusão, um mundo fantasioso, onde as pessoas enxerguem o que não existe e não vejam o que é real....
Quando a mídia de um país e os setores com o poder de formar as opiniões prevalecentes (as "verdades....") atingem esse alvo, é a perfeição para seus interesses: seus inimigos passarão a ser olhados e sentidos como "O MAL", a energia social será toda canalizada, em ódios e "reflexões" sobre "como nos livrarmos desses que estão destruindo nossas esperanças e nosso futuro..." e, o oposto também acontece: todos os grupos identificados como de oposição a esse "SATANÁS COMUM", são olhados com simpatia e empatia! Algo do tipo: "não pode ser verdade o que essas pessoas do lado do mal falam destes, eles são do nosso lado, portanto, são do "BEM"... - Está criado o mais básico e funcional fanatismo social, para o exercício do poder, ou sua retomada....
Um discurso cresce, torna-se monocórdico (a "única voz da razão..."), é assumido pelas instituições, por juízes, procuradores, elite, e classe média, as pessoas passam até a sentir vergonha, asco, se estiverem "do outro lado", "imagina, eu????" - porque a rejeição, críticas, viriam fortes, todos intuem isso, todos querem "estar do lado certo" - o lado dos aplausos, dos tapinhas nas costas, uma imensa fraternidade é formada, só por estar desse lado, o certo.....
Nesse ambiente, banqueiros impõem sua agenda, corruptos "do lado certo" são aplaudidos, bem quistos, políticos de oposição podem cometer barbaridades, nada lhes será imputado, cobrado, julgado aos olhos da razão.

Marcatismo tupiniquim

De Jean Wyllys, no Facebook:
Como responder a uma fascista (ou um pedido de desculpas a Eduardo Suplicy e a Fernando Haddad)
Amigos e seguidores me questionaram privada ou publicamente se Celene Carvalho – a fascista que insultou, aos gritos, Eduardo Suplicy e o prefeito Fernando Haddad na Livraria Cultura, em São Paulo, há alguns dias, e cujo vídeo da agressão viralizou na internet – é mesmo filiada do PSOL. Como, no momento do questionamento, eu não sabia a resposta (afinal de contas, o PSOL tem representação em quase todo o Brasil e eu não conheço nem um centésimo dos seus filiados), eu me calei e fui pesquisar.
Para minha surpresa e infelizmente, Celene era, sim, filiada ao PSOL de São Lourenço, Minas Gerais. Ela inclusive foi candidata pelo partido numa das eleições passadas. A representação do PSOL em Minas informou que já havia pedido o afastamento da fascista. Porém, como o pedido de afastamento não fora devidamente encaminhado à Comissão de Ética da direção nacional do partido, Celene continuava constando da lista de filiados do PSOL. Mas, com esse episódio, a direção nacional do partido vai acelerar a expulsão da fascista.
Apesar de criterioso e rigoroso em seu processo de filiação, o PSOL não está imune a infiltrações de pessoas que nada têm a ver com seu programa nem ideologia. Algumas dessas infiltrações se devem à disputa interna ao partido entre suas diferentes tendências; outras se devem a tentativas deliberadas, por parte de outras legendas, de desqualificar um partido cada dia mais respeitado pela opinião pública.

A Grande Dama de Vermelho

de Luciano Marra 
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"Putinha do Lula, putinha do Lula". 
- Mais respeito, minha filha, mais respeito. 
- "Vagabunda, vagabunda!!!"
- Não, minha filha, você não me conhece... 
- "Velha doida, velha doida!". 
- Não, vocês são irracionais, precisam conhecer nossa história. 
- "Deve ser filha de ladrão!!" 
- Não, rapaz, vivi a época da ditadura, vou morrer lutando contra ela. Você não sabe o que está dizendo... vocês são formados pela televisão. Sem encostar, não tenho medo de nada, já enfrentei coisa pior, você não sabe de nada, é preguiçoso!! Encosta que eu devolvo!!! 
- "Filha da puta!!" 
- Me respeite, eu vivi a história, você é um desinformado. 
E foi assim que conheci uma heroína a ponto de entender com quantos filamentos se faz a fibra de uma grande mulher. Por falta de melhor nome, anotei na caderneta de fotos: agosto de 2015, Avenida Paulista, A GRANDE DAMA VERMELHA, a quem devo uma lição de extrema coragem, paciência e lucidez.



Sobre o facismo e sobre golpistas

Nunca devemos clamar vitória sobre o cão bastardo
Porque a cadela que o pariu entrou no cio novamente.

Bertold Brecht



Ainda sobre Guido Mantega ter sido agredido por um casal de imbecis


Agora uma coisa é certa:
O dia em que um fascista desses tomar uma sarrafada, ou ao menos levar uma descompostura, vai chover reportagem e comentarista da mídia condenando o ato. Enquanto estão atacando petista está tudo bem, a mídia fica caladinha. A hora em que derem um sopapo num coxinha vai ter até Globo Repórter sobre o fato!



Sobre Guido Mantega ser agredido por imbecis

​Considero motivo de orgulho para ele. Mas, também compreendo o comentário que Ricardo Costa​ publicou no Blog do Nassif, confira abaixo:
Se mantega não mover um processo é porque ele merece isso...essa historia de PT que é governo a 12 anos sempre ser a vitima coitadinho já encheu o saco. Por muito menos Obama mandou expulsar uma "co​n​vidada" na casa branca e todo mundo aplaudiu, tem que ter corage​m​ pra enfre​ntar, pode ficar se escondendo e querendo agradar todo mundo não.

O facismo avança no mundo


As manifestações dos Estados Unidos e de países da União Europeia apoiando o terrorismo de estado israelense em Gaza são uma demonstração inequívoca do avanço do fascismo no mundo.
Eu acho que as pessoas em geral têm uma ideia errada do fascismo. Ele vai se constituindo à medida que o capitalismo fica à solta. O liberalismo leva ao fascismo. Foi assim no século XX, tanto no episódio das duas gerras mundiais como no dos regimes impostos por Washington.
O fascismo é a essência ideológica do capitalismo. É errado associá-lo somente aos regimes de Hitler e Mussolini, acima dos interesses de classe.

por Ricardo Noblat

Reescreveram o que escrevi!

Curioso.
Escrevi, ontem, um artigo e descobri ao longo do dia que de fato escrevera outro – pelo menos a julgar pelo modo como ele foi lido por muitos leitores e determinados sites e blogs, esses ligados ao PIG (Partido da Imprensa Governista).
Em resumo, escrevi que discordava radicalmente do que pensa e diz o deputado Jair Bolsonaro. Mas que reconhecia seu direito à livre manifestação de pensamento – por mais que o pensamento seja bárbaro. Democracia sem liberdade é uma contrafação.
Defendi a tolerância - não a leniência. Escrevi também que quem se sentir atingido pelo que Bolsonaro diz deve processá-lo. Alguns políticos, por exemplo, me processam pelo que escrevi a respeito deles.
Imaginei que o artigo seria bem aceito por uns e criticado por outros. O que não imaginei é que ele seria reescrito. Do começo ao fim. Pois foi o que aconteceu.
Na nova versão, eu defendo Bolsonaro e o que ele pensa. Revelo-me tão execrável quanto ele. E, de quebra, socorro-me dele para bater em Lula, meu personagem inesquecível.
Um exemplo?: "Noblat defende Bolsonaro e diz que lei antirracismo é “fascista” (Blog da Dilma)
Para ser coerente com a versão original do artigo, digo que a deturpação do meu pensamento, proposital ou não, apenas me incomoda, nada mais do que isso.
Adianto que defendo até mesmo o direito de distorcerem o que escrevi – embora lamente. Porque a distorção só desserve ao debate sadio, maduro e elevado de ideias.
Nada tenho a acrescentar ao que escrevi. Nem a tirar.

por Ricardo Noblat

O 'fascismo do bem'

Imaginem a seguinte cena: 
em campanha eleitoral, o deputado Jair Bolsonaro está no estúdio de uma emissora de televisão na cidade de Pelotas. Enquanto espera a vez de entrar no ar, ajeita a gravata de um amigo. Eles não sabem que estão sendo filmados. Bolsonaro diz: "Pelotas é um pólo exportador, não é? Pólo exportador de veados..." E ri.
A cena existiu, mas com outros personagens. O autor da piada boçal foi Lula, e o amigo da gravata torta, Fernando Marroni, ex-prefeito de Pelotas. Agora, imaginem a gritaria dos linchadores "do bem", da patrulha dos "progressistas", da turma dos que recortam a liberdade em nome de outro mundo possível... Mas era Lula!
Então muita gente o defendeu para negar munição à direita. Assim estamos: não importa o que se pensa, o que se diz e o que se faz, mas quem pensa, quem diz e quem faz. Décadas de ditaduras e governos autoritários atrasaram o enraizamento de uma genuína cultura de liberdade e democracia entre nós.
Nosso apego à liberdade e à democracia e nosso entendimento sobre o que significam liberdade e democracia são duramente postos à prova quando nos deparamos com a intolerância. Nossa capacidade de tolerar os intolerantes é que dá a medida do nosso comprometimento para valer com a liberdade e a democracia.
Linchar Bolsonaro é fácil. Ele é um símbolo, uma síntese do mal e do feio. É um Judas para ser malhado. Difícil é, discordando radicalmente de cada palavra dele, defender seu direito de pensar e de dizer as maiores barbaridades.
A patrulha estridente do politicamente correto é opressiva, autoritária, antidemocrática. Em nome da liberdade, da igualdade e da tolerância, recorta a liberdade, afirma a desigualdade e incita a intolerância. Bolsonaro é contra cotas raciais, o projeto de lei da homofobia, a união civil de homossexuais e a adoção de crianças por casais gays.
Ora, sou a favor de tudo isso - e para defender meu direito de ser a favor é que defendo o direito dele de ser contra. Porque se o direito de ser contra for negado a Bolsonaro hoje, o direito de ser a favor pode ser negado a mim amanhã de acordo com a ideologia dos que estiverem no poder.
Se minha reação a Bolsonaro for igual e contrária à dele me torno igual a ele - eu, um intolerante "do bem"; ele, um intolerante "do mal". Dois intolerantes, no fim das contas. Quanto mais intolerante for Bolsonaro, mais tolerante devo ser, porque penso o contrário dele, mas também quero ser o contrário dele.
O mais curioso é que muitos dos líderes do "Cassa e cala Bolsonaro" se insurgiram contra a censura, a falta de liberdade e de democracia durante o regime militar. Nós que sentimos na pele a mão pesada da opressão não deveríamos ser os mais convictamente libertários? Ou processar, cassar, calar em nome do “bem” pode?
Quando Lula apontou os "louros de olhos azuis" como responsáveis pela crise econômica mundial não estava manifestando um preconceito? Sempre que se associam malfeitorias a um grupo a partir de suas características físicas, de cor ou de origem, é claro que se está disseminando preconceito, racismo, xenofobia.
Bolsonaro deve ser criticado tanto quanto qualquer um que pense e diga o contrário dele. Se alguém ou algum grupo sentir-se ofendido, que o processe por injúria, calúnia, difamação. E que peça na justiça indenização por danos morais. Foi o que fizeram contra mim o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Mas daí a querer cassar o mandato de Bolsonaro vai uma grande distância.
Se a questão for de falta de decoro, sugiro revermos nossa capacidade seletiva de tolerância. Falta de decoro maior é roubar, corromper ou dilapidar o patrimônio público. No entanto, somos um dos povos mais tolerantes com ladrões e corruptos. Preferimos exercitar nossa intolerância contra quem pensa e diz coisas execráveis.
E tudo em nome da liberdade e da democracia...

O Brasil numa encruzilhada

Na minha opinião o Brasil  está diante do túnel do tempo. Serra é o passado. dilma o futuro! 
Você decide!
POR ALÍPIO FREIRE*
Ainda que possa parecer que estou "chovendo no molhado", sinto-me no dever de repetir: vivemos hoje, no Brasil, a encruzilhada das mais sérias desde o golpe de 64.

Não interessa muito, a esta altura, as nossas opiniões pessoais sobre os limites das políticas do Partido dos Trabalhadores; da sua política de alianças; do Governo do Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva; etc. Interessa menos ainda as nossas simpatias pessoais ou opiniões pontuais sobre a candidata Dilma Rousseff (minha candidata desde o primeiro turno).

O que escolhemos nesta eleição é simplesmente o seguinte: ou vamos com a candidata Dilma, e os seus limites, ou escolhemos o candidato da santa aliança DEM-Tucanos, o senhor José Serra, com sua absoluta falta de limites políticos, éticos e morais.

Não adianta mais discutirmos as falcatruas com as verbas públicas levadas a cabo pelo dois blocos que hoje polarizam a disputa: tolice descobrir ou avaliar quem roubou mais, se os Sarney ou os Henrique Cardoso; se este ou aquele dirigente petista, ou o ministro Sérgio
Motta para a compra do Congresso visando o segundo mandato para o Príncipe dos Sociólogos; se os filhos deste ou daquele presidente, ou daquele governador cuja descendência praticamente monopolizou os pedágios de São Paulo privatizados pelo pai, etc. etc. etc.

Obviamente todas essas coisas estão erradas e, se nos afligem não importando qual dos lados as tenha praticado. Para o bloco DEM-Tucanos, não há qualquer reação de repúdio ou censura aos seus membros que assim sempre agiram, agem e agirão: não enrubescem. Pelo contrário, providenciam apenas os Gilmar Mendes para colocar na presidência do STF. Na verdade, o DEM saqueia o país, desde antes de sermos Brasil, quando este território atendia apenas e genericamente por Pindorama, e aqui desembarcaram em 1500.

Nos ancestrais do DEM, está a responsabilidade de todas as mazelas que vimos herdando há tantas gerações. No DEM está a matriz da corrupção, do Estado autoritário, da escravidão, da
tortura, da repressão e de todas as misérias que assolam o país e que conhecemos sobejamente.

Mas não é isto o que fundamentalmente está em jogo neste momento. Também não está em jogo o programa econômico (macro) das duas candidaturas – na atual conjuntura internacional, e com as estratégias definidas por vários dos partidos de esquerda, essas políticas econômicas dificilmente poderiam ser outras que não as que estão na praça. No entanto, entre uma perspectiva de crescer com distribuição de renda ou com concentração de rendas, sem sombra de dúvidas, a primeira alternativa (representada pela candidatura Dilma Rousseff) é a que mais convém ao nosso povo.

Chamo a atenção de alguns camaradas mais radicalizados para o seguinte: não haverá Armagedon ou Apocalipse Socialista. O povo não morrerá de fome hoje, para ressuscitar em pleno Esplendor da Aurora Socialista, quando os rios jorrarão leite e mel.

Não haverá qualquer profeta Daniel do Velho Testamento, ou o São João, do Novo Testamento, capaz de prover milagre de tamanha envergadura. Isto não existe, senão nas pobres cabeças de alguns, acostumados a fazer três refeições por dia, e a não passar frio nem calor, resguardados por um conforto que deveria ser igual para todos.

Mas, muito mais que isto, o que está em jogo nesta eleição é ainda mais grave que esta escolha de programa de crescimento. Trata-se, na verdade, de escolhermos entre uma
candidata que quer e fará o possível para nos preservar do fascismo que se expande em
todo o mundo (sobretudo nos países centrais do capitalismo), ou um candidato cuja campanha e cujas declarações e estratégias apontam para um alinhamento exatamente com o fascismo.

E não se trata de figura de retórica, discurso de palanque, o que aqui escrevo. Enquanto na Europa e nos Estados Unidos cresce a xenofobia, o ódio contra os trabalhadores imigrantes; enquanto na Itália o Congresso aprova uma lei que permite e estimula a criação de "rondas de
cidadãos" (leia-se, formação de milícias paramilitares); enquanto na Suécia, a ultradireita conquista cadeiras no Parlamento; enquanto na Holanda, a ultradireita cresce no Parlamento – podendo vir a se tornar maioria; enquanto o Governo de Washington – mascarado pela
melanina do seu presidente - barra o acordo Brasil-Turquia-Irã, que poderia abrir um importante canal de negociações pacíficas para aquela região que vive hoje a ameaça de invasão pelos EUA e seus aliados, tipo as que foram levadas a cabo no Iraque e no Afeganistão – ocupados até hoje, a ferro e fogo, pela democracia estadunidense; etc. etc. etc. O senhor candidato da aliança DEM-Tucanos segue a mesma linha em sua campanha.

Sim, meus camaradas e amigos e amigas: a linha de campanha do senhor José Serra é uma linha fascista. E não é necessária muita análise ou qualquer metafísica para concluirmos isto: quando o senhor José Serra ataca sua adversária por ter lutado bravamente na resistência contra a ditadura, o senhor José Serra não apenas tenta criminalizar a candidata Dilma Rousseff e todos os seus companheiros e companheiras de lutas dos anos 1960-1970, quando os liberais – longe de se oporem à ditadura (o que só farão a partir da metade da década de 1970), serviam de sustentação àquele regime. Significa criminalizar todos os que lutam hoje por seus direitos, todos os movimentos e organizações dos trabalhadores e do povo – como aliás têm agido as PMs nos Estados governados pela santa aliança que sustenta a candidatura do senhor José Serra. Isto é fascismo.

Quando o senhor José Serra coloca a questão do aborto e sua estigmatização, como divisor de águas entre ele e a candidata Dilma Rousseff – estamos exatamente no terreno da intolerância
fascista.

Quando o senhor José Serra tenta transformar a disputa política numa guerra religiosa - estamos no terreno privilegiado do fascismo.

Aliás, a este respeito, um certo filósofo alemão de origem judaica, já nos advertia no século 19 sobre as guerras religiosas enquanto o mais baixo degrau da política, e suas conseqüências
para a maioria do povo. Fomentar a intolerância religiosa (ou qualquer outro tipo de intolerância) é fascismo.

Quando o senhor José Serra participa de rega-bofes no Clube Militar e estimula os encontros entre esses que deveriam ser os guardiões da legalidade e da nossa Constituição, e os lambe-botas da grande mídia comercial que pregam sem pejo e desabridamente o golpe contra as nossas instituições, estamos cara a cara com o fascismo.

Quando o senhor José Serra se dirige ao Clube do Pijama, que reúne a nata do que há de pior e mais reacionário dos oficiais da Reserva (e que garantiu a ferro e fogo, à base de seqüestros de opositores, aprisionamentos em cárceres clandestinos, torturas, assassinatos e ocultação de cadáveres, os 25 anos de ditadura), ressuscitando fantasmas tipo "República Sindical" e outros jargões que serviram de mote para o golpe de 1964, o senhor José Serra se comporta como um fascista.

Quando o senhor José Serra se articula com a grande mídia comercial para divulgar todo tipo de mentiras e aleivosias contra a candidata Dilma Rousseff e seus apoiadores, sem a menor vergonha de falsificar e publicar uma suposta ficha dos órgãos de repressão da ditadura sobre candidata Dilma Rousseff, o senhor Serra age como um fascista.

Quando o senhor José Serra conquista como apoiadores e se reúne com organizações paramilitares – verdadeiras societas sceleris – como a Tradição Família e Propriedade – TFP, e o Comando de Caça aos Comunistas – CCC, o senhor José Serra está se articulando com fascistas.

E somente fascistas se articulam com fascistas.

Quando o senhor José Serra, em atos aparentemente menores (e apenas demagógicos), como na sua lei antifumo, ou na criação da "nota paulista", e não equipa o Estado da quantidade adequada de funcionários para o controle dessas questões, transferindo esse controle para os cidadãos, estamos frente ao pior dos fascismos: a tentativa de transformar os cidadãos e cidadãs num grande exército de dedos duros e alcaguetes, um verdadeiro embrião das "rondas de cidadãos" do senhor Berlusconi.

Muito mais poderíamos apontar como atos que fazem do senhor José Serra um fascista. A lista, no entanto, seria grande demais (uma verdadeira lista telefônica).

Neste momento, o mais importante é que tenhamos todos muito claro, o que significam as duas candidaturas, onde se diferenciam fundamentalmente, e as conseqüências que enfrentaremos com a eleição de uma ou do outro dos candidatos.

A unidade, neste segundo turno, em torno da candidatura de Dilma Rousseff – do meu ponto de vista – tem um claro caráter de frente antifascista.

Sem sombra de dúvida, a unidade em torno do entendimento acima exposto sobre o significado das duas candidaturas e, em conseqüência, a escolha da candidata Dilma Rousseff constituem um ponto de partida fundamental.

Apesar disto, não é suficiente, não basta. É necessário um passo a mais.

É necessário que nos organizemos e passemos à ação, de forma articulada com o geral da campanha. É necessário, portanto, que procuremos os comitês de campanha dos partidos aos quais sejamos filiados, ou os comitês suprapartidários que apóiam a nossa candidata.

Neste momento, circulam dezenas de manifestos de setores sociais, profissionais, religiosos, etc., com milhares de assinaturas em apoio à candidata Dilma Rousseff. É óbvia a importância de fazermos com que circulem em nossas listas via internet. No entanto, se nos detivermos apenas nisto, corremos o risco de conversarmos sempre e apenas entre nós. E é fundamental que consigamos sair do nosso círculo. Creio que uma boa maneira de fazê-lo, de sairmos
da tentação do espelho, seria – e que proponho – que reproduzíssemos grandes quantidades desses manifestos e, em grupos, fôssemos distribuí-los, nos locais de concentração dos sujeitos aos quais se dirigem esses manifestos e abaixo-assinados.

Por exemplo: no pé desta mensagem, o recente documento assinado por religiosos e leigos católicos e evangélicos. Podemos reproduzi-lo e panfletarmos organizadamente nas saídas das igrejas e templos, conversando com as pessoas, explicando, convencendo aqueles que ainda tenham dúvidas, etc. Com o manifesto dos juristas, como um segundo exemplo, faríamos panfletagens nas portas de fóruns e tribunais nos horários de entrada e saída do pessoal, e assim por diante.

Temos de vencer o poder da grande mídia.

Para isto, vamos todos para as ruas, praças e avenidas – espaços privilegiados da nossa luta, pois é neles que podemos ser mais fortes.


*Alipio Freire é jornalista, escritor e membro do Conselho Editorial do Brasil de Fato.

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