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O espelho

Era uma vez, um homem que só via
e realçava o mal em tudo o que fazia.
Um dia ele morreu e "partiu dessa para uma melhor".

Só que do lado de lá
havia um companheiro que não largava do seu pé,
e o acompanhava o tempo todo.

Era um verdadeiro "mala":
egoísta, pessimista, mal-humorado,
critiqueiro, mal-agradecido,
e que só sentia-se bem quando estava mal.

O homem, não o suportando mais,

foi a um anjo e implorou:
"Por favor, livra-me da companhia daquele sujeito,
eu já não agüento mais..."

O anjo, entre admirado e compadecido, respondeu:


"Mas não há nenhum companheiro.

Aqui só existe um sistema de espelhismo,
que faz com que cada um veja
e conviva com o que formou de si mesmo.
Depende somente de você libertar-se dele."


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Projeto " Jornalismo para quem precisa"

Um curso de jornalismo solidário, barato e de qualidade para todos

Amigos e amigas do blog, abaixo, informações sobre o projeto "Jornalismo para quem precisa", que estão no site da Escola Livre de Jornalismo. A primeira aula já está definida: "Pauta jornalística - modo de fazer". Será ministrada por mim, em 12/02. A grade das demais aulas está sendo concluída. Muitos jornalistas se credenciaram para dar aula, o que muito me deixa feliz. Essa era uma idéia que eu acalentava há muitos anos. Agora, com a parceria de Juliana Monteiro, do Rayuela Restaurante Cultural, e com a ajuda do velho amigo e sócio Olímpio Cruz Neto, o projeto está saindo do papel. Tem tanto jornalista querendo participar que, nesse semestre, não vai caber todo mundo. Vamos ver se aumentamos o número de aulas no semestre que vem. Será a nossa contribuição para o futuro do jornalismo no Brasil. Pequena, mas cheia de grandes intenções.

Forte abraço.

A Escola Livre de Jornalismo inicia, em fevereiro, um curso livre de jornalismo solidário com aulas ministradas, voluntariamente, por jornalistas com vivência de redação e experiência de reportagem, voltado prioritariamente para estudantes de jornalismo e profissionais da área.

A idéia é aproximar bons jornalistas de estudantes de maneira a criar uma rede interativa capaz de ajudar na formação de futuros repórteres. As aulas buscam, além de melhorar a formação, estimular os alunos a entender e gostar de jornalismo por meio do aprendizado, do debate em sala de aula e da convivência com profissionais mais experientes.

O curso não obedecerá a nenhuma doutrina específica, nem adotará nenhum manual, mas pretende ser um contraponto aos cursinhos corporativos de treinee das grandes empresas de mídia, estes focados na cultura da competitividade e do alinhamento automático a interesses específicos de empresas de comunicação – e, ainda assim, privilégio de pouquíssimos no país.

A Escola Livre vai oferecer aulas avulsas, a baixo custo, para os alunos, de forma descontinuada. Cada aluno pagará apenas pela aula que quiser assistir, no dia que melhor lhe convier. É uma maneira de viabilizar, de forma democrática e desburocratizada, a atualização e o aprimoramento do conhecimento jornalístico para estudantes que não podem frequentar cursos tradicionais de especialização.

Cada professor terá total autonomia dentro da sala de aula, desde que esteja comprometido em fazer desse projeto um espaço de alegria, satisfação e felicidade para si e para os alunos.

O projeto foi pensado de modo a garantir aulas para os alunos. Em princípio, não haverá palestras nem debates.
A Escola Livre de Jornalismo irá entrar em contato com as coordenações das faculdades de Jornalismo do Distrito Federal para garantir que as aulas presenciadas por estudantes no curso possam ser aproveitadas como horas complementares, expediente exigido na grade curricular dos cursos de Comunicação Social.

Formato do curso
Período: Aos sábados, de 12 de fevereiro a 16 de julho (19 aulas)
Horário: 9h30 às 11h30
Local: Rayuela Restaurante Cultural (412 Sul – Blocos A e B – Lojas 3 e 37 – Brasília-DF)
Preço por aula (duas horas de duração): R$ 30,00

Pré-inscrição e informações
Falar com Bela Boavista
Telefones: 9678-7005 ou 3222-0702
E-mail: fmbbela@yahoo.com.br



Ex-blog do Cesar Maia

DISPARA A PRODUÇÃO DE PASTA BASE DE COCAÍNA NA BOLÍVIA!




linha

           
1. A produção de cocaína na Bolívia, especialmente nos departamentos de Cochabamba, Santa Cruz e Beni, duplicou nos últimos 3 anos. Estima-se que deva ter ultrapassado as 150 toneladas. Alguns falam em 200 toneladas.
            
2. As avionetas usadas mais que dobraram de preço e seu uso hoje é percebido por quem trafega nas estradas ou vive no interior. O governo sabe disso, pois seus radares acusam o volume desse tráfego.
            
3. Os traficantes brasileiros que chegavam à fronteira para comprar a cocaína agora compram dentro do país, entrando mais de 200 km para dentro da Bolívia.  A presença de colombianos é crescente, pois são eles que trazem a tecnologia e a sugestão de sementes mais produtivas.
            
4. As autoridades estão passivas, e várias delas dizem, cinicamente, que hoje é a cocaína que mantém a economia ativa e com baixo desemprego. Reprimi-la seria criar mais um problema para o desgaste do governo, dizem.  O trabalho de menor remuneração nas mini refinarias é de 400 dólares, o que impulsionou o valor geral do salário nessas regiões.
            
5. A promessa do novo ministro da justiça do Brasil é que levará as forçar armadas à nossas fronteiras. Então é urgente que leve, e já, para toda extensão da fronteira com a Bolívia. Nas drogas se aplica a lei de Say (toda oferta cria sua própria demanda). Sendo assim, em breve o mercado consumidor brasileiro estará ampliado.

                                                * * *

LUTA CONTRA POBREZA E SUAS CAUSAS NO BRASIL E AMÉRICA LATINA!

Trecho do artigo de Pierre Salama -professor emérito das Universidades Cnrs-Cepn, Centro de Economia de Paris- à revista Fórum DRS. Nov/Dez 2010.

1. A redução da pobreza depende relativamente pouco das políticas de assistência. Três fatores podem aumentar ou diminuir a dimensão da pobreza, sua profundidade e as desigualdades entre os pobres: o nível das desigualdades econômicas, a taxa de crescimento do PIB, o aumento ou a redução das desigualdades econômicas. Esses três fatores caracterizam o que chamamos de o triângulo da pobreza, segunda a expressão de Bourguignon. As desigualdades de rendas produzidas pelo mercado podem ser reduzidas pelas políticas sócio fiscais. É o que observamos na Europa, e não é o que observamos na América Latina, apesar das novas políticas de transferência monetárias condicionadas, realizadas no começo dos anos 2000.

2. As causas fatoriais: o triângulo da pobreza. O "triângulo da pobreza" lembra o "triângulo das Bermudas" na América Latina, zona conhecida pelas suas fortes turbulências meteorológicas. São as políticas de transferências de rendas (presença na escola, vacinação) que foram executadas nos anos 2000: Bolsa Família no Brasil, AUH na Argentina, Opportunidades no México, etc.

3. O "triângulo das Bermudas" na América Latina. Analisemos os efeitos destes três fatores. Para uma taxa de crescimento dado e uma estabilidade da divisão das rendas, quanto mais o nível das desigualdades é elevado, mais fica difícil de reduzir a pobreza. Na realidade, quanto mais as desigualdades são elevadas, maior é a distância entre a renda média dos pobres e a linha da pobreza, portanto, mais longo fica o caminho para atingir e ultrapassar esta linha e diminuir então a taxa de pobreza. Por outro lado, quanto mais a taxa de crescimento é elevada e regular, se todos os outros aspectos estiverem iguais (nível de desigualdades estável), mais a dimensão e a profundidade da pobreza diminuem.

4. Na prática, a distância até a linha de pobreza é alcançada mais rapidamente uma vez que o crescimento aumenta, com a condição de que essa taxa de crescimento, a renda média dos pobres e a linha da pobreza tende a diminuir, e vice-versa. Essa diminuição das desigualdades pode ser ao mesmo tempo um produto de um aumento do salário mínimo mais elevado que a taxa de crescimento, um produto de uma diminuição dos empregos informais, de uma política de transferências de rendas, e finalmente da natureza do regime de crescimento.

5. O aumento da taxa de crescimento, a redução da sua volatilidade de 2002 a 2008, a diminuição modesta das desigualdades, explicam a queda recente da pobreza constatada nas principais economias latino-americanas. A regularidade do crescimento é uma condição importante. Uma taxa de crescimento média regular do PIB pode ter uma eficácia mais elevada sobre a redução da pobreza do que uma taxa de crescimento média do PIB mais elevada.

6. De fato, a volatilidade do crescimento tem efeitos distributivos. Por exemplo, em caso de crise, as desigualdades aumentam em geral, e esse aumento é negativo sobre a pobreza. Observamos também um atraso entre o ciclo do PIB e o ciclo das rendas dos trabalhadores e das camadas modestas da população, e esse atraso retarda as recuperações do nível de vida dessas camadas.

7. Conheça o artigo completo.

                                                * * *

AINDA O ENEM E SEUS PROBLEMAS!

(LCM) Outra distorção apontada é a seguinte: Agora, qualquer aluno que opte por se certificar no Ensino Médio a partir da nota do ENEM, pode, a qualquer momento do seu período de estudos, depois de alcançar a nota da prova, abandonar a escola. Muitos alunos que estão no 1º ou 2º ano do Ensino Médio, depois de alcançarem 400 pontos nas matérias básicas e 500 pontos em redação, o que é uma média baixa, irão interromper a formação no Ensino Médio. Isso irá desestimular o término do Ensino Médio. Volta aos anos 20. JK completou o ensino médio num sistema de provas anual. Era assim.

                                                * * *

REUNIÃO DA UPLA EM SANTA CRUZ DE LA SIERRA!

(Radar Online, 19) Rumo à Bolívia. Cesar Maia embarca hoje para a Bolívia. Participa de reunião da União de Partidos Latino-Americanos (UPLA) durante o feriadão. A propósito, Cesar já decidiu que, este ano, viajará para acompanhar eleições no Peru, Argentina, Guatemala e Nicarágua.

                                                * * *

BRASIL E PARAGUAI DÃO ASILO A PERSEGUIDOS POLÍTICOS DE EVO MORALES!
                   
(El País, 20) Las autoridades bolivianas no han ocultado su disgusto por la concesión de asilo político en Paraguay y Brasil a cuatro opositores al Gobierno de Evo Morales implicados en Bolivia en dos procesos judiciales distintos.   El lunes se conoció que Brasil ha otorgado asilo al juez de Santa Cruz Luis Hernando Tapia Pachi y a otras dos personas, los tres vinculados con la investigación del polémico caso Rózsa, la presunta conspiración para acabar con la vida de Morales. Mientras, el martes, la Comisión Nacional de Refugiados (Conare) de Paraguay otorgó protección al defenestrado gobernador del departamento boliviano de Tarija, Mario Cossío, quien había entregado grabaciones de audio y vídeo como prueba del compló que militantes del partido gobernante, el Movimiento al Socialismo (MAS) de Evo Morales, presuntamente preparaba para derrocarle.

                                                * * *

ARGENTINA PASSA O CHILE NA EXPORTAÇÃO DE VINHOS PARA OS ESTADOS UNIDOS!

(Clarín, 18) 1. A Argentina ultrapassou o Chile na exportação de vinhos para os EUA. Agora ocupa o quarto lugar atrás da Itália, França e Austrália. Ano passado, as exportações de vinhos argentinos aos EUA alcançaram US$ 222 milhões, contra US$ 210 milhões do Chile. Essa tendência começou em 2005 e triplicou até 2010. No mesmo período, as vendas do Chile cresceram 17%. As exportações argentinas para todo o mundo alcançaram US$ 860 milhões.

2. O grande momento do vinho argentino nos EUA se explica basicamente pela excelente performance do Malbec. A crise nos EUA levou a uma transferência de importação dos vinhos europeus na faixa de US$ 40 a 50. Aí avançou o Malbec com preço de exportação entre US$ 15 e 25. O crescimento muito concentrado no Malbec é perigoso. Assim opinam no Chile, quando comparam o boom argentino com a experiência da Austrália, que apostou por um varietal (o shiraz) e por um mercado (Estados Unidos) e hoje suas vendas estão em retrocesso.

3. Os exportadores argentinos dizem que a Argentina, ao contrario da Austrália, tem diversidade, com outras variedades importantes como bonarda, torrontés ou cabernet, e por isso não haveria esse risco.











Não Faz Sentido - Humor Politicamente Correto

Não Faz Sentido


Humor politicamente correto

Agiotagem, pig e BC, tudo a ver

A muito tempo que os juros [selic] no Brasil deixou de ser uma questão tecnica, economica e passou a ser um problema político. Os políticos não perceberam isso ou fazem de conta que não sabem?

Para aumentar os juros toda desculpa vale, até as mais esfarrapadas eles usam. Mas, isso não contenta o mercado como sempre ele sempre quer mais...

A medida do ter nunca enche. O que enche é o meu saco de saber-se, roubado legalmente.

Jin Hun Tao espirrou?...

Obama tossiu?...

Assange divulgou?...

Aumenta a selic.

Choveu?...

Nevou?...

Esquentou?...

Aumenta a selic.

Aconteceu o contrário de tudo o escrito acima?...

Aumenta a selic.

Roubar vocês roubam, a mim e todo o Brasil e nada podemos fazer...

A não ser chama-los de ladrões!

Ladrões!!! 


Wikileaks - sem intermediários

Pergunte ao Assange

Recebo da jornalista Natália Viana, responsável no Brasil pela divulgação do material do Wikileaks, o texto abaixo, com um convite interessantíssimo: participar de uma entrevista com o Assange, o homem que deixou a nu a diplomacia dos Estados Unidos.

O convite, explique-se, não é para esse escrevinhador, mas para os internautas! Ou seja, os leitores poderão fazer suas perguntas, sem intermediários, diretamente ao Assange!

Pra isso, devem entrar no site indicado pela Natália e postar as perguntas como se fossem comentários. Natália e a turma dela vão selecionar dez perguntas, traduzi-las e enviar ao Assange. O resultado – ou seja, a entrevista dos internautas brazucas com Assnage – será divulgado semana que vem, exclusivamente pela internet.

Confiram como participar…

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por Natália Viana

O fundador do WikiLeaks vai dar uma entrevista exclusiva para o público brasileiro.

A ideia é aumentar a comunicação direta com o Brasil, abrindo espaço para perguntas dos internautas.

Todo mundo pode participar. Basta enviar a sua pergunta como um comentário neste blog - cartacapitalwikileaks.wordpress.com, incluindo nome completo e email para contato.

Eu e o pessoal do WikiLeaks vamos selecionar dez perguntas que serão respondidas por Julian.

Vamos selecionar em especial perguntas originais – já que o Julian deu muitas entrevistas ultimamente – e que tenham relevância para o público brasileiro  e para o atual momento do WikiLeaks.

Claro, nem todo mundo será contemplado, mas a ideia que a entrevista seja o mais democrática possível.

As perguntas podem ser enviadas até as 18 horas da próxima sexta-feira, dia 21 de janeiro.

Leia a matéria completa »

por Carlos Chagas

Depois de exercer, tomar o poder...

Parece longe de ter sido contida a rebelião no PMDB, depois de receber  três e não seis ministérios, que mantinha no governo Lula, alem de não haver engolido o congelamento das nomeações para o segundo escalão. Dirigentes,  líderes e até segmentos das bancadas do partido não perdoam a presidente Dilma Rousseff, apesar do jogo de cena e das juras de fidelidade que se sucedem.

Um raciocínio domina o PMDB, sobre a necessidade de fazerem valer sua força nesses primeiros tempos do novo governo, porque depois ficará pior, caso não reajam. Para os cardeais da legenda, a responsabilidade por essa diminuição deve ser repartida entre a presidente da República e o partido dela, o PT,  coisa que dá no mesmo. Eles argumentam que no governo Lula os companheiros exerceram o poder, mas no governo Dilma, buscam tomar o poder. O risco é grande, em especial diante da hipótese de,  depois dela, retornar o Lula, já então sob nova direção, ou seja, dono absoluto do estado brasileiro. Mais como imperador, até,  caso a corrente não seja contida no nascedouro.

É o que pretende o PMDB, agora, julgando-se garfado depois de exercer as funções de condômino e co-participante da eleição de outubro passado. Tivesse o partido se inclinado pela candidatura José Serra e quem garante que os resultados não teriam sido diferentes? A hora, assim, é de cobrar a conta, não apenas pela contribuição para a eleição de Dilma como para prevenir a completa conquista  do poder pelo PT, candidato a partido único...

APENAS IGUALDADE DE OPORTUNIDADES NÃO BASTA

Setores hoje meio fora de moda, como a intelectualidade acadêmica e esquerdista, aqueles que já foram  do PT mas abandonaram  o partido, alertam para um hiato nas propostas de Dilma Rousseff. Se concordam com o objetivo de extirpação da pobreza absoluta e da miséria, discordam do diagnóstico de que tudo se resolverá com a igualdade de oportunidades para toda a população. Aliás, desconfiam das elites que  se apegam tanto a essa meia verdade, porque atrás da igualdade de oportunidades situa-se a livre competição entre quantidades distintas. Como poderão competir o filho do miserável desempregado, morador num barraco da periferia, e  o pimpolho bem alimentado da classe média e dos andares superiores? Não adianta ficar citando as exceções como regra, à maneira do  menino descalço  que vendia amendoim na feira haver-se tornado grande industrial, banqueiro ou até presidente da República. Para cada exemplo de          quem se beneficiou pela igualdade de oportunidades ou pela livre competição entre quantidades distintas existirão milhões que ficaram pelo caminho, ou nem puderam trilhá-lo.

Só a igualdade de oportunidades não basta. É necessária mas, isolada, torna-se  enganação, tendo em vista que imensos contingentes  de brasileiros começam a não ter oportunidade ainda na barriga da mãe, doente, mal alimentada e incapaz de transmitir ao futuro bebê as condições mínimas de competir ou de ter oportunidades.

Seria para essa massa que deveriam voltar-se as atenções do novo governo, sabendo da importância de assistir os menos favorecidos com instrumentos acima e além de conceder-lhes igualdade de oportunidades.          Apenas escola não chega, é preciso saúde, emprego, alimentação, lazer,  cultura e até  privilégios.

PRELÚDIO DE CRISE

Depois de o Supremo Tribunal Federal haver decidido que seria do presidente Lula a palavra final sobre a extradição de Césare Battisti, vem o presidente da mais alta corte nacional de justiça dar o dito pelo  não dito,  admitindo que seus colegas possam, quando reunidos, mandar o italiano de volta ao seu país. Ora, o então presidente da República determinou que Battisti ficaria no Brasil, reconhecendo sua condição de refugiado político. O ministro César Peluzo reabre  questão já concluída e deixa aberta a brecha para um confronto entre o Judiciário e o Executivo. Caso o Supremo decida pela extradição, como ficará a presidente Dilma Rousseff, que terá concordado em gênero, número e grau com o antecessor? Quem sabe se indicasse  logo o décimo-primeiro  ministro a decisão do Lula ganharia reforço?

SARNEY TOMARIA A INICIATIVA?

É bom esclarecer que em termos de reforma política o Senado fez a lição de casa. Depois de acirrados debates, ainda em 2009, os senadores aprovaram não todas mas uma série de mudanças na legislação eleitoral e partidária. Os projetos desceram à Câmara e até hoje lá se encontram, sem solução.  Tendências podem ter sido mudadas, mas um ponta-pé inicial tem que ser dado nesse que poderá constituir-se no segundo tempo da partida. Há quem suponha o atual e futuro presidente do Senado e do Congresso, José Sarney, tomando a frente dessa nova tentativa. Ainda mais se for ajudado pelo Lula, cuja promessa foi de, deixando o poder, trabalhar pela reforma política. Ao menos com a boa vontade do PT Sarney contaria, e como é um dos líderes do PMDB, quem sabe?