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Mensagem da hora

João era um importante empresário. Morava em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade. Ao sair pela manhã, deu um longo beijo em sua amada, fez sua oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida, seu trabalho e suas realizações.

Tomou café com a esposa e os filhos e os deixou no colégio. Dirigiu-se a uma das suas empresas. Cumprimentou todos os funcionários com um sorriso. Ele tinha inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com vários departamentos, contatos com fornecedores e clientes.

Por isso, a primeira coisa que falou para sua secretária, foi: "calma, vamos fazer uma coisa de cada vez, sem stress."
Ao chegar a hora do almoço, foi curtir a família. À tarde, soube que o faturamento do mês superara os objetivos e mandou anunciar a todos os funcionários uma gratificação salarial, no mês seguinte.

Conseguiu resolver tudo, apesar da agenda cheia. Graças a sua calma, seu otimismo.
Como era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar.
Depois, foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação.

Enquanto isso, Mário em um bairro pobre de outra capital, como fazia todas as sextas-feiras, foi ao bar jogar e beber.
Estava desempregado e naquele dia recusara uma vaga como auxiliar de mecânico, por não gostar do tipo de trabalho.

Mário não tinha filhos, nem esposa. A terceira companheira partira, cansada de ser espancada e viver com um inútil.
Ele morava de favor, num quarto muito sujo, em um porão. Naquele dia, bebeu, criou confusão, foi expulso do bar e o mecânico que lhe havia oferecido a vaga em sua oficina, o encontrou estirado na calçada.

Levou-o para casa e depois de passado o efeito da bebedeira, lhe perguntou por que ele era assim: "sou um desgraçado", falou. "meu pai era assim.
Bebia, batia em minha mãe. Eu tinha um irmão gêmeo que, como eu, saiu de casa depois que nossa mãe morreu, Ele se chamava João. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma."

Na outra capital, João terminou a palestra e foi entrevistado por um dos alunos: "por favor, diga-nos, o que fez com que o senhor se tornasse um grande empresário e um grande ser humano?"

Emocionado, João respondeu: "devo tudo à minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo.

Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego algum.

Quando minha mãe morreu, saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, Mário, que também saiu de casa no mesmo dia. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma."

O que aconteceu com você até agora, não é o que vai definir o seu futuro, e sim a maneira como você vai reagir a tudo que lhe aconteceu.
Não lamente o seu passado. Construa você mesmo o seu presente e o seu futuro. Aprenda com seus erros e com os erros dos outros.

O que aconteceu é o que menos importa. Já passou.
O que realmente importa é o que você vai fazer com o que vai acontecer.
E esta é uma decisão somente sua. Você decide o seu dia de amanhã. De tristeza ou de felicidade. De coisas positivas ou de amargura, sem esperança.



Fragilidades no sistema básico de ensino ampliam o analfabetismo

na Alemanha

Alemanha enfrenta a praga invisível do analfabetismo

Por Graça Magalhães, em O Globo  

A Alemanha é o país dos grandes filósofos, escritores e... analfabetos. Uma pesquisa divulgada na semana passada revela que 7,5 milhões de alemães não sabem ler e escrever. Segundo Urda Thiessen, professora de alfabetização para adultos entre 18 e 64 anos de idade, o sistema alemão favorece os melhores e oferece poucas chances aos mais fracos. Quem termina o primeiro ano escolar sem saber ler ou escrever corre o risco de ficar analfabeto para sempre.

— No sistema de educação regular, não há nenhuma chance de recuperação desse déficit no início do período escolar, provocado muitas vezes por doenças ou crises familiares, como a separação dos pais — diz Thiessen.

Problema passa despercebido

Frequentemente, os analfabetos têm um QI normal ou até mais alto do que a média da população. Quer dizer, eles não deixaram de aprender a ler por falta de inteligência, mas sim por problemas que não foram observados pelo professor.

— Na Alemanha, há escola gratuita para todos, mas os professores da escola primária, em classes com 30 ou mais alunos, não têm tempo para se ocupar com alunos problemáticos — explica.

São casos como o de Thomas S., de 21 anos. No primeiro ano escolar, ele faltou muito à escola por motivo de doença. Como os pais não tinham dinheiro para pagar aula particular de apoio, Thomas terminou analfabeto.

— A vida é um estresse constante de fazer de conta que se sabe ler — confessa Thomas.

Depois de completar 20 anos, ele resolveu contornar seu problema. Matriculou-se em um curso de alfabetização para adultos em NeuKölln, no Sul de Berlim, e com o método especial, que consiste em ensinar os alunos a ler e a escrever com base na vida cotidiana, aprendeu rapidamente o que não tinha conseguido nos quatro anos de escola primária.

Thomas acha tão divertida a sensação de superar uma dificuldade que dedica seu tempo livre a projetos da associação, como a "oficina escrever", que tem um jornal escrito por ex-analfabetos.

— Os analfabetos são muitas vezes altamente criativos — registra Urda, confirmando a teoria de que problemas escolares não estão relacionados ao grau de inteligência.

Segundo Tim Thilo Fellner, ex-analfabeto e hoje escritor de livros infantis, o problema surge em algum momento do período inicial escolar e fica cada vez "mais crônico" com a completa perda da autoconfiança. Quando ele tinha 29 anos, tentava ganhar a vida como motorista, mas tinha problema até para ler os nomes das ruas. Aos 30, matriculou-se num curso de alfabetização, e o resultado foi uma revolução individual. Para ele, o problema do analfabetismo é ainda mais grave do que os dados apontados no último estudo, feito por associações dedicadas à alfabetização para adultos e pela Universidade de Hamburgo.

— Na verdade, uma em cada sete crianças deixa a escola sem aprender a ler e escrever — registra.

Os analfabetos deixam a escola sem conclusão e começam a trabalhar numa profissão em que sua deficiência é pouco notada, como ajudante de cozinha ou na construção civil.

— É uma tortura viver como analfabeto na Alemanha. Precisamos de muito esforço para ocultar o problema e não sermos alvo de discriminação — revela Peggy Gaedecke, outra ex-aluna de Urda Thiessen.

Peggy começou a vida profissional trabalhando em restaurantes. Ficava exausta com o esforço para que ninguém percebesse seu problema: ela decorava o cardápio, mas acabava entrando em apuros quando havia mudanças.

— O analfabeto vive de mentiras — conta ela.

Segundo o estudo da Universidade de Hamburgo, apenas 50% dos analfabetos vivem no desemprego. Como a demanda por mão de obra de baixa qualificação é grande na Alemanha, eles não têm grandes dificuldades em conseguir um emprego, ao contrário de acadêmicos que se formam em disciplinas de pouco uso prático, como Filosofia, Latim ou Grego antigo, cursos oferecidos em quase todas as universidades alemãs.

Já o Instituto do Trabalho e Qualificação revelou que, na disputa por emprego, 8,6% das pessoas com título acadêmico — muitos até com doutorado — terminam aceitando ofertas que exigem baixo nível de educação formal, competindo com os analfabetos.

Até o próximo ano, todos os estados alemães promovem uma estratégia nacional para erradicar o analfabetismo. Mas Urda Thiessen não acredita que o tempo previsto pelo programa seja suficiente.

— Apenas começamos a atacar o problema de frente — diz, embora a associação onde trabalha exista há mais de 20 anos.

O estudo da Universidade de Hamburgo revela, ainda, que muitas pessoas hoje analfabetas um dia chegaram a aprender a ler e a escrever na escola. A falta de leitura seria a causa de elas terem voltado ao analfabetismo.

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Aprovada reforma que limita o poder mediático

O presidente do México Enrique Peña Nieto chegou sexta-feira a um de seus objetivos mais importantes quando o legislativo do Senado deu sua aprovação para os regulamentos que regem as telecomunicações. A transformação deste sector económico importante, até agora dominado por titãs Carlos Slim (América Móvil) e Emilio Azcárraga (Televisa), tornou-se o termômetro capacidade de Peña Nieto para lidar com as grandes potências do país. O resultado foi uma mudança nas regras, com um limite de perímetros corporativos dos dois gigantes ea criação de mecanismos de controle. O próximo passo é a entrada de novos concorrentes, tanto de telefonia e televisão.

O objetivo da reforma, na verdade, não é apenas limpar o campo legislativo para facilitar o desembarque de outros atores, mas estes, uma vez instalado, é garantido a sua sobrevivência contra formidáveis ​​velhos leões que habitam o território. O pacote legislativo aprovado (chamadas de leis secundárias) trouxe, no entanto, uma certa diluição das ambições originais, limitando setor de vigilância a capacidade do organismo.

A conclusão da reforma das telecomunicações, Peña Nieto tem agora de enfrentar os maiores desafios de sua: a mudança no setor de energia. Proposta avançada envolve muito terminar um símbolo da nação: o monopólio estatal de hidrocarbonetos. A medida adotada em 1938 pelo lendário presidente Lázaro Cárdenas, em resposta ao pulso aumentado para as multinacionais norte-americanas e britânicas, quando exigiu que melhorar as condições de trabalho miseráveis ​​dos seus trabalhadores. O resultado dessa decisão, veio Petroleos Mexicanos (Pemex), empresa que ao longo dos anos tornou-se um dinossauro que gera perdas (9.200 milhões em 2013) e uma produção em declínio, a tal ponto que o México, sétimo maior produtor mundial, é forçado a importar 50% da gasolina e do gás de 30%. O procedimento parlamentar deste pacote legislativo é esperado ainda mais hostil do que o pesado e de telecomunicações. Na próxima semana terá início as negociações para garantir o debate final, prevista para agosto ou setembro.

Ambos reforma e energia de telecomunicações são as jóias da coroa da grande projeto realizado em 2012 por Peña Nieto, com o apoio do PAN, à sua direita, eo PRD para a esquerda. O acordo, chamado Pacto do México, exige uma profunda transformação da estrutura política e econômica mexicana estagnada. Embora o PRD saiu desse consenso por causa do próximo desmantelamento do monopólio do petróleo, PRI de Peña Nieto ainda tem a força para retirá-la. E assim foi no sábado. As leis foram aprovadas com 80 votos a favor e 37 contra. O PRD, fiel à sua oposição fala rejeitou o pacote legislativo, enquanto que o PAN, tradicional aliado do PRI no processo de reforma, mostraram uma grande dispersão da votação bloco. Esta separação revela as fissuras abertas pelos interesses concorrentes do setor.

A pedra fundamental da regulação é o conceito de posição dominante, que visa evitar abusos de posição dominante. Sob esta definição, o resultado da reforma constitucional de Junho de 2013, as empresas de seu setor, direta ou indiretamente, mais de 50% da audiência, tráfego, usuários ou assinantes cair. O legislativo considera que esta vantagem distorce a concorrência e permite que essas empresas determinadamente influenciar os preços e serviços. Para monitorar o mercado foi criado sob mandato constitucional, um órgão autónomo, o Instituto Federal de Concorrência. O seu primeiro parecer, em março, deu choques elétricos para Slim e Azcarraga. O instituto estabeleceu a primeira, uma das maiores fortunas do mundo e controla 84% dos telefones fixos e 70% móveis, devem partilhar a sua infra-estrutura com os concorrentes. E Televisa, com participação de mercado de 60%, o sinal para oferecer aos operadores de pay-tv.

Neste contexto, o foco principal do debate parlamentar somou definir o intervalo da prevalência. O PRI tinha decidido desde o primeiro minuto de medida diferente por sector, ou seja, em apenas duas áreas: radiodifusão e telecomunicações. Esta proposta suscitou muitos deputados da oposição que achavam que não refinar ainda mais o campo, não deu para Slim e Azcarraga. A mudança proposta que determina a preponderância que o serviço (TV grátis, TV paga, rádio, internet, móvel e fixa), permitindo espaço muito maior manobrar o corpo do controlador. Os dois líderes do PRD e PAN defendeu esta posição, mas no último caso, uma fração dos bancos rompeu com a recomendação, dando a vitória ao PRI.

A legislação aprovada na terça-feira, que será ratificado na Câmara dos Deputados, também permite que uma rede de duas velocidades, de modo que alguns fornecedores, a um custo mais elevado, pode oferecer mais rápido o download. Esta medida, que em os EUA também está sendo desenvolvido, tem atraído críticas para acabar com a "neutralidade" da web, tornando a qualidade do serviço para a capacidade do usuário de pagar. Outro aspecto polêmico é a possibilidade de que a regra para bloquear doações em uma dada área de telecomunicações para "a prática de crimes." 

Papo de homem

Prisão patriotismo

É deliciosa a sensação de irmandade que nos acolhe quando estamos em nossa terra, cercadas de iguais, praticando nossos costumes, ouvindo nossa língua, nosso sotaque.
É reconfortante fazermos parte de um estado-nação que nos reconhece como pessoas cidadãs, que garante nossos direitos humanos fundamentais, que nos fornece um passaporte aceito por outras nações.
Infelizmente, essa nossa sensação de comunidade, que não é menos real, concreta e verdadeira por ter sido imaginada, fabricada, construída, muitas vezes nos leva a odiar ou desprezar as outras pessoas que não nasceram no nosso chão, que têm outros costumes, outras línguas, outros sotaques.
Então, se amamos exaltadamente essas abstrações políticas imaginárias, com seus simbolozinhos e musiquinhas; se nos dispomos a matar e morrer por elas; se engolimos acriticamente o discurso nacionalista-excludente do “ame-o ou deixe-o”, então, sim, o patriotismo pode ser uma prisão.

O patriotismo das leoninas

Como pessoas humanas, nossa tendência é sempre naturalizar o mundo que recebemos. As coisas são assim porque sempre foram assim porque sempre serão assim.
Para nós, é tão normal esse mundo onde as pessoas se dividem e se identificam com base no pedaço de chão onde nasceram que mal conseguimos perceber o quanto esse sistema é arbitrário e convencionado.
Por que não criarmos outras irmandades?
Se existem duas pessoas competindo, o natural, o normal, o esperado, o óbvio, é que eu torça pela pessoa brasileira.
Mas por que me identificar com linhas arbitrárias traçadas no chão e com as pessoas que compartilham comigo o acidente histórico e fortuito de ter nascido no espaço compreendido dentro dessas linhas?
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Por que não traçar outras linhas arbitrárias para definir nossas lealdades?

Papo de homem

Tristeza e injustiça: futebol deve usar eletrônicos(?) para evitar erros de arbitragem? 

O sorriso que exibia ao carregar um cartaz para lá e para cá pela Fan Fest do Farol da Barra já indicava, mas o nome não deixava margem para dúvidas: na capital baiana, Salvador Chava se sente em casa. Entre as muitas poses para fotos, o estudante mexicano – que chegou ao Brasil ainda em fevereiro para aulas de Engenharia Ambiental – aproveitou um pedaço de papelão para externar o lamento comum a todos os seus compatriotas que vieram para a Bahia: o penâlti marcado para a Holanda no último minuto do jogo de 29 de junho.

Salvador chava mexico
Robeeeeeen ¡Puto!, dizia o cartaz de Salvador. Seu amigo escreveu: #Noerapenal…
Unânimes em dizer que o ponta-direita Arjen Robben se jogou, os latinos – que já tinham ingressos comprados para a partida que seu time disputaria caso passasse de fase – decidiram não abrir mão da viagem. Em um desse fenômenos supranacionais que só a Copa (e o sentimento de vingança) explica, somaram forças aos costarriquenhos, seus companheiros de confederação, na torcida contra os algozes.
Depois de uma conversa aberta sobre as falhas e o acertos da Copa, aproveitei para perguntar a Salvador sua opinião sobre uma das maiores polêmicas do futebol atual. Levando em conta a dor da derrota, a tristeza e a sensação de injustiça que um só lance foi capaz de causar a um país inteiro, ele seria a favor do uso de recursos eletrônicos para evitar erros de arbitragem?
Me parece que seria mais justo, mas ao mesmo tempo perderíamos esse tempero que o futebol às vezes tem.
Faz parte do jogo.
***
Uma Copa do Mundo se faz com pessoas.
As que entram em campo, as que viajam para testemunhá-la, as que enchem as ruas, as que se voluntariam, as que torcem e as que veem no evento uma oportunidade para garantir seu sustento ou para extravasar.
A seção “Álbum de Figurinhas” pretende contar, com um microrrelato artesanal e um retrato por dia, a história de algumas dessas pessoas, muitas vezes invisíveis, que povoam os bastidores da Copa do Mundo do Brasil.
salvador
Para ler todos os textos, basta entrar no nosso Álbum de Figurinhas.
Ismael dos Anjos


É mineiro, jornalista, fotógrafo, devoto de Hunter Thompson e viciado em internet. Quanto mais abas abertas, melhor.

Outros artigos escritos por 
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Sobre o artigo do Financial Times que afirma: O Brasil já ganhou a Copa

or Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo.
Um artigo do Financial Times circula nestes dias pela internet. O título é: “O Brasil já ganhou a Copa”.
Ao contrário de textos do FT críticos à política econômica do governo, este não é objeto de exaustiva repercussão na mídia e seus comentaristas.
Regra número 1: a mídia repercute apenas notícias negativas, numa seleção minuciosa que não admite exceções.
O artigo do FT sublinhava o que já é de amplo conhecimento: a Copa foi um triunfo.
A extraordinária surpresa se deveu menos aos fatos, em si, e mais à campanha feroz movida pela imprensa.
Num dos momentos apoteóticos dessa campanha, Jabor disse que o Brasil mostraria sua incompetência em organizar um evento de tal magnitude.
Mesmo jornalistas de outra natureza que não a de Jabor se deixaram contaminar pelo sentimento apocalíptico. Poucas semanas antes da estreia do Brasil, depois de visitar o Itaquerão num jogo do Corinthians, Juca Kfouri previu, na ESPN, o caos.
O FT falou naquilo que todos sabem: os brasileiros são um povo encantador. O francês rosna para você. O inglês ignora você. O brasileiro sorri e dá um tapa nas suas costas.
Para os jornalistas estrangeiros, e os turistas, cobrir a Copa nas cidades com praias foi uma experiência única. “A Copa tem que ser sempre no Brasil” foi uma frase várias vezes repetida.
Também para os jogadores estrangeiros o Brasil foi, em geral, uma festa. Viralizou um vídeo em que futebolistas alemães torciam num hotel, ao lado de brasileiros, na disputa de pênaltis entre Brasil e Chile.
O ganho em termos de imagem para o Brasil é inestimável. A “publicidade” gratuita que a mídia internacional deu ao país com seus textos e vídeos não tem preço.
Não é que o Brasil tenha passado por uma metamorfose súbita na Copa. É que a mídia, já faz um bom tempo, retrata um país que não existe.
É a Banânia, uma terra da qual devemos todos nos envergonhar. Segundo a mídia, somos corruptos, somos infames, somos linchadores, somos violentos, somos canalhas, somos ignorantes.
Falta alguma coisa? Ah, sim: somos feios.
O Brasil monstruoso da mídia não é, evidentemente, uma obra do acaso. O objetivo é convencer os incautos de que, com outra administração, viraremos um paraíso, mais ou menos como o Brasil que a Globo mostrava na ditadura militar.
Ou, tirados os exageros, como o Brasil sob a ótica dos jornalistas, turistas e jogadores estrangeiros que vieram para a Copa.
O país tem desafios monumentais para se tornar uma sociedade avançada, é certo. Os extremos de opulência e miséria ainda são intoleráveis, a despeito da redução da desigualdade verificada nos últimos anos.
Um “choque de igualdade” tem que percorrer o país.
Mas não somos a Banânia da mídia.
Melhor: a Banânia está representada apenas numa área. Na própria imprensa. A mídia brasileira é, em si, a Banânia que, ardilosamente, ela finge que o Brasil é.
Leia Também: A Copa vai mostrar ao mundo a nossa incompetência

Humor - The i-piauí Herald

Felipão escala Lacan para substituir Luiz Gustavo

DIVÃ COMARY - "Penso onde não existo e existo onde não penso" (Jacques Lacan). Ao acordar de um sono tranquilo, Hulk teve a supresa de encontrar sob a porta de seu quarto, na Granja Comary, a frase do psicanalista francês. Vinha escrita num papelzinho, em letras manuscritas, com o complemento singelo "um abraço carinhoso, pai Felipão". Não foi o único. Cada atleta recebeu o seu recadinho. "O inconsciente é estruturado como uma linguagem" (Jacques Lacan), leu Luiz Gustavo, intrigado com o recado. "Acho que foi um toque pra maneirar nos carrinhos", confidenciou a um colega, ele que está suspenso da partida contra a Colômbia. "De erro em erro vai-se descobrindo toda a verdade" (Sigmund Freud). O zagueiro Thiago Silva caiu no choro ao ler seu bilhetinho, que estava ao lado do copo de Ovomaltine, no refeitório dos jogadores.

O "choque de psicologia" foi decidido às pressas pela comissão técnica, depois que Neymar caiu em prantos quando David Luiz lhe roubou um pirulito durante a hora do recreio, entre os treinos. À tarde, em entrevista coletiva, Oscar disse estar confiante com o time: "O professor falou que é pra deixar a libido fluir, com certeza", comentou. Perto dele, o lateral Marcelo descansava sob uma árvore, absorto na leitura de "O Futuro de uma Ilusão". Mais ousado, Dani Alves mandou desenhar no próprio cabelo o ensinamento de Wilhem Reich: "O grande homem é aquele que reconhece quando e em que é pequeno".

A preleção para o jogo de amanhã será feita por uma junta de psicanalistas. Jorge Forbes lerá trechos de "Os Seminários", de Lacan, para, segundo ele, "mostrar como tudo pode ser mais confuso e estimular o feijão com arroz em campo". Renato Mezan falará sobre a história do conceito de inconsciente, dos românticos alemães à crítica de Michel Foucault.

No final, Scolari apareceu vestindo bombachas. Deu um gole no seu chimarrão e resumiu: "Se nenhuma dessas merdas der certo, vai é na porrada mesmo!".          

Crônica do A. Capibaribe Neto

Presságios e pressentimentos

Pressentimento é um sentimento vago ou instintivo do que há de suceder. Ouvir ou perceber ao longe, ou antes, de ver. Tem por sinônimo geral, antessentir. Presságio pode ser também um sinônimo, mas soa como algo mais que é um sinal pelo qual se ajuíza ou se conjectura do futuro, algo que está prestes a acontecer; pode ser também agouro ou augúrio. Uma coisa é certa: ninguém pode alimentar um sentimento vago de que vai morrer. Sim, porque vai mesmo, a data e a hora já estão definidas, só que não se sabe... Já o presságio é aquela sensação, espécie de aviso de que não se deve ir ou voltar. Os melhores pressentimentos são aqueles que alimentamos com a ilusão de que os números que jogamos na loto serão sorteados naquele dia. É bom pressentir coisas assim embora semana após semana a frustração bata à porta. Quando viajei sozinho para um lugar distante, perto do Polo Norte, não tive pressentimento de que iria morrer no meio do nada, debaixo de um frio de menos 26 graus, ao aventurar-me em uma floresta, sozinho, em Pyhätunturi, além de Rovaniemi, na Finlândia. Aventurei-me por ali de atrevido, de maluco, de qualquer que seja o adjetivo para qualificar a empreitada. Já caminhei sozinho pelas dunas intermináveis do Saara, e por lá deixei meus rastros. Não provei de medo do sol escaldante ou do frio cortante das noites do deserto. Faz pouco, foi outra vez à beira do fim do mundo: Akureiry, norte da Islândia...! 
Perdi-me em caminhada solitária no meio da montanha quando nuvens pesadas baixaram, o vento começou a assobiar levantando neve e não havia nenhum ponto de referência para o qual me dirigir, até que vislumbrei, depois de quase uma hora, uma luz acanhada no meio daquele imenso nada, no único poste que havia naquilo que seria a minha salvação. Lembro que não tive nenhum pressentimento que iria morrer, mas não sei explicar porque achei graça da situação enquanto olhava para a placa metálica presa ao pescoço com meu nome e embaixo dele, Brazilian Press. Loucura? Tendência ao suicídio? Idiotice? Não sei... Que digam, que pensem, que falem... Mesmo quando me aventurei no Afeganistão e fui soltar uma pipa em Cabul, e escapei de sumir do mapa quatro vezes ou sei lá quantas mais, que não me dei conta, não pressenti que iria chegar a minha hora. Talvez esteja em busca de alguma coisa que ainda não sei o que seja... Sempre defendi que, em momentos de confusão emocional, as pessoas devem marcar um encontro consigo mesmas. E serem pontuais. É importante que sejam pontuais, seja onde for esse encontro. No deserto, na montanha, às margens de um rio ou de um lago de águas serenas, onde possam refletir ao som de uma brisa de fim de tarde, ou noite adentro, escutando um cricrilar intermitente. 
Às vezes, as consequências de um arrependimento batem forte, e geralmente não é pelas costas, porque arrependimento mesmo é quando as pessoas descobrem no momento da ação ou atitude, que tinham consciência de uma segunda alternativa. 
Interessante, é que nos dias atuais, ao me aventurar pelas ruas hoje covardes e traiçoeiras da cidade onde nasci, sempre tenho um pressentimento de que talvez não volte, que me acidente por conta de um maluco irresponsável e mal educado ou que não sabe quem é o pai, se me faço entender. Loucura é sair à noite. Tendência ao suicídio é se revoltar contra a impunidade ou denunciar falcatruas. Loucura é participar de demonstrações que vestem fantasias de interesse do povo e não passam de armadilhas de mascarados com interesses escusos. Tenho um pressentimento de que ir outra vez ao meu encontro do alto do Tibet, no Deserto de Gobi ou descansar nas areias de Vanuatu não é simplesmente uma aventura ou a busca de imagens que sempre me esperam por onde ando, mas uma forma de ter esperança de que a vida só vale à pena quando se vive sem limites de horizontes ou expectativas de paz.

Treze coisas que você não sabia sobre o Facebook


Que o Facebook é a rede social mais popular do mundo, com 1,3 bilhão de usuários, você já sabe. Que seu dono é o jovem bilionário Mark Zuckerberg, também. Mas há pelo menos outras 13 informações sobre o site que você talvez desconheça. Listamos abaixo algumas curiosidades, reproduzidas do Buzzfeed.

 1. Al Pacino foi o primeiro rosto no Facebook

Até 2007, o rosto que ficava no cabeçalho do Facebook era  um retrato de Al Pacino jovem. O logo foi criado por Andrew McCollum, colega de sala de Zuckerberg, mas a razão para uma escolha tão específica não foi divulgada.

2Todos os dias são feitas cerca de 600.000 tentativas de invasão de contas na rede social

As tentativas bem-sucedidas costumam usar a lista de contatos do usuário para enviar spams à lista de amigos com links falsos. Em outros casos, são apenas amigos que querem fazer brincadeiras mesmo.

3. 64% dos usuários que criaram um perfil visitam o site diariamente

As informações são de um estudo do Pew Research Center.

4.  O Facebook é apontado como motivo de 1 em cada 3 divórcios britânicos


De acordo uma pesquisa realizada no Reino Unido, a rede social foi mencionada em um terço dos pedidos de divórcio realizados no ano passado.  O motivo? É mais fácil encontrar ex-namorados e conhecer novas pessoas sem dar bandeira. Ou quase isso.

5. Por mês, mais de 1 bilhão de pessoas acessam o Facebook em dispositivos móveis.  Isso corresponde a 1/7 da população da Terra.


O Facebook tem mais usuários mensais (1,28 bilhões) do que a populacao da Índia (1,24 bilhões).

6.  Pessoas já foram assassinadas por desfazerem amizades na rede social


Em 2012, um homem no estado do Tenessee, nos EUA, matou a tiros um casal que resolveu não ser mais amigo de sua filha de 30 anos.

7.  Mesmo depois de deslogar, a rede social continua rastreando os sites que você visita

 Esse ano, o site revelou que vai monitorar as páginas visitadas por seus usuários através do botão "Curtir".


8. Pagando US$ 0,29 , mensagens enviadas a pessoas desconhecidas aparecerão na caixa de entrada, e não na pasta “Outros”, que nunca é visualizada.

9. O Facebook é azul porque Mark Zuckerberg sofre de daltonismo.
Em uma entrevista em 2010, o fundador do site afirmou confunde as cores vermelha e verde. O azul, no entanto, é uma cor que ele consegue distinguir facilmente.

10. Entre 2060 e 2130, o Facebook terá mais perfis de pessoas mortas do que vivas

Uma pesquisa realizada pelo site What if? levou em conta a idade média de usuários da rede e concluiu que os jovens são maioria. Mas essa população vai envelhecer. 


11. Digitando o número 4 depois da url principal do site, você será direcionado automaticamente para o perfil de Zuck.

Os finais 5 e 6 direcionam para Chris Huges e Dustin Moskovitz, cofundadores da página e colegas de faculdade de Mark. Digitando 7 no endereço, o perfil de Arie Hasit, outro amigo de Zuck da época de faculdade, é exibido.

12. Um adulto usuário médio da rede possui 338 amigos

13. O significado de “Poke” nunca foi definido


Em uma entrevista, Zuckerberg declarou que nem ele sabe o propósito do recurso. "Nós pensamos que seria divertido fazer um recurso que não tem nenhum propósito específico".


Felipão - catástrofe é oportunidade de fazer diferente

O técnico Luiz Felipe Scolari afirmou ontem que já iniciou o trabalho com o grupo brasileiro para superar a perda de Neymar. O craque brasileiro deixou a concentração da seleção brasileira na Granja Comary, no início da tarde, após a fratura na vértebra ocorrida na partida contra a Colômbia, sexta-feira à noite, em Fortaleza.
"O Neymar era uma das nossas referências. Mudou alguma coisa, isso fez com que o grupo ficasse com a sensação de perda, principalmente para uma semifinal. Mas já começou o trabalho de conscientização. Em qualquer catástrofe, surge a oportunidade de fazer algo diferente", afirmou o treinador em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.
Estadão
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Ataque de Constantino à Constituinte mostra que a luta está no caminho certo

O colunista da Veja Rodrigo Constantino, que tem se notabilizado como a ponta de lança de direita truculenta, fez um artigo para “alertar” a sociedade sobre o perigo da campanha de mais de 200 organizações pela convocação de uma Constituinte Exclusiva e Soberana para o Sistema Político.
Constantino, que recebeu o apelido de Menino Maluquinho por suas “ideias arrojadas”, denuncia o “projeto golpista de uma constituinte para instaurar uma ‘democracia direta’”, que seria empunhado por conjunto de organizações comunistas. “O Brasil corre sérios riscos. Nossa democracia está ameaçada. É preciso reagir!”, afirma o paranoico colunista.
As palavras de Constantino comprovam que os movimentos sociais, sindicatos, entidades estudantis e associações estão no caminho certo com a campanha. A linguagem dos tempos da Guerra Fria, usada pelo colunista, engrandece a articulação e atesta que os setores conservadores veem em uma Assembleia Constituinte uma inimiga tão central quanto o comunismo no século 20.
Os chavões e lugares comuns de Constantino contra a campanha demonstram que, apesar de colocar a corrupção com um dos grandes problemas nacionais, não admite uma profunda reforma política que altere as raízes de um modelo corrupto.
Condenar de forma genérica a corrupção sem apresentar uma proposta para enfrentá-la não passa de palavras ao vento, que fazem uma cortina de fumaça sobre interesses político-eleitorais que pretendem derrotar o PT. Leia a matéria completa »

(Escre) *Ver-mal e o idiota de subjetividade são iguais

Liga o profeta Tirésias, depois de assistir à esmagadora vitória da Holanda, “a magnífica”, sobre a Costa Rica.

Como a Alemanha – outra “magnífica” – contra a França, o melhor jogador da Holanda tinha sido o goleiro especialista em pegar pênalti …

(Quer dizer que se houver um pênalti durante o jogo, vai ser uma têta para a Argentina …)

- Alô, grande Profeta Tirésias, onde estás ?

- Vim dar um pulo na Europa Setentrional.

- O que… setentrional ?

- Sim, sua besta ! A Europa do Norte !

- Ah, desculpe !

- A Europa da Alemanha, da Holanda !

- Mas, por que ?

- Porque os idiotas da objetividade …

- Quem ? Idiotas de onde ?

- Da objetividade … Vai me dizer que você nunca leu o Nelson Rodrigues ? Aquele que chamava de vira-lata, Narciso às avessas os cronistas desportivos brasileiros que só viam mérito nos setentrionais … Aqueles de saúde de vaca holandesa …

- Mas, não entendi, grande Profeta … Narciso às avessas…

- São esses da crônica desportiva que se olham no espelho e morrem de vergonha …

- De ser brasileiro …

- Isso !

- Mas, grande Profeta, não me constava que você desse a menor bola para idiotas da objetividade em matéria de futebol.

- “Futêbol”, como dizem em São Paulo. No resto do Brasil, você sabe, é “futibol”…

- Sei, sei, Profeta. Mas, por que você resolveu se irritar com eles, agora ?

- Ora, sua besta ! Porque, apesar deles, houve a Copa.

-  Copa das Copas …

- Essa mesmo.

- Então, você se viu obrigado a ler esses caras, ouvir eles na tevê.

- E aí descobri uma coisa muito interessante. Eles são iguais ao Ataulfo Merval (*).

- Você viu que o Rodrigo Vianna passou a chamar ele de Ver-Mal ?

- É ótimo !!!

- Mas, o que o idiota da objetividade tem a ver com o Ver-Mal ?

- São algumas identidades. Veja lá. Primeira, acham o Brasil uma m…

- Sim, isso é óbvio. O Brasil é uma m… quando os trabalhistas estão no Governo, Profeta. No tempo do Farol de Alexandria …

- Que Farol, rapaz ?

- O FHC: o que iluminava a Antiguidade e foi destruído num terremoto de nome Lula…

- Ah, sim. Não, você tem razão, no tempo do Farol isso aqui era uma Suécia …

- E o que mais aproxima os dois tipos nativos ?

- A arrogância intelectual. O Ver-Mal nunca foi a Madureira e o idiota da objetividade nunca foi a Cuiabá. Nunca deu uma caneta ou cama de gato. E acabam que entendem de Brasil.

- E do mundo.

- Sim, o que eles entendem do mundo é o que o Renato Machado diz no Mau Dia Brasil e das transmissões da ESPN e da Fox.

- Verdade, Profeta. Se soltar eles no metrô de Nova York vão acabar no ladies room…

- Não seja cruel.

- Não acertam uma, não é isso ?

- Sim. O Ver-Mal disse que Aécio de vice do Cerra era uma dupla imbatível…

- Tomara que os americanos tenham acreditado. E o idiota da objetividade ?

- O idiota da objetividade disse que a Espanha era favorita.

- E pediu desculpas ?

- Jamais !

- Não é o mesmo que disse que o México era uma potência, depois a potência era o Chile, depois a Colômbia … ?

- Esse mesmo. E tem outra identidade.

- Qual, grande Profeta ?

- Os dois escrevem muito mal. Se expressam como se carregassem o Faustão nas costas. Você jamais dará um sorriso, se enriquecerá, terá prazer intelectual com a leitura de um ou outro. É como se aqueles robots japoneses passassem a escrever para o PiG (**).

- Entendi. Nunca leram Nelson Rodrigues, Armando Nogueira…

- Ou Mário Filho ! Camus !

- Mas, só isso ?

- Não, tem uma outra. A identidade mais significativa. Eles são irrelevantes. Não acrescentam um centímetro de informação ou analise ao que você já sabe. Sabe o que eles me lembram ?

- O que, grande Profeta ?

- Aqueles surdos irrecuperáveis.

- Como assim ?

- Você pergunta uma coisa e eles respondem outra !

Pano rápido.

Paulo Henrique Amorim

Jânio de Freitas - a obra maior das empreiteiras

na Folha de São Paulo
O fato de ser obra prevista para a Copa interessou mais, na queda do viaduto em Belo Horizonte, do que o desastre e suas consequências. Assim ficou evidenciado nas manchetes das primeiras páginas mais importantes, todas referidas à "obra da Copa", ao "viaduto da Copa", à "obra do Mundial". Uma coisa não tem a ver com a outra. À parte o componente trágico, o que importa é isto: sempre as empreiteiras de obras públicas. Na sucessão interminável, ou a calamidade é moral, de corrupção e assalto aos cofres públicos com fraude, cartel, superpreço e reajustes; ou é física, com a péssima qualidade dos serviços prestados e os desastres também daí decorrentes. Até quando e até onde irá essa liberdade dos grandes empreiteiros, eis um dos grandes mistérios do Brasil.
A queda do viaduto de BH tem dois antecedentes que, se não determinaram, ao menos contribuíram muito para o desfecho tido pela obra. Há exatos cinco meses, foi constatado que a estrutura de um outro viaduto em construção deslocara-se imprevistamente. Obra a cargo da Cowan. Razão, portanto, para que a empreiteira e a prefeitura de Belo Horizonte redobrassem a fiscalização na obra, pela mesma Cowan, do viaduto que veio a ruir. O desastre comprova que não houve tal cuidado.
Para chegar à construção desastrada, a Cowan foi parte de uma operação bem ilustrativa das relações, e suas consequências, entre empreiteiras e poder público. O consórcio formado também pela empreiteira Delta tornou-se ganhador da obra sem que sequer estivesse constituído, figurando nos documentos contratuais, em lugar do seu, o número de cadastro da própria prefeitura de BH. Fraude que, por si só, atesta a união dos dois lados em tudo o que daí decorreu.
Com o escândalo que notabilizou o personagem goiano apelidado de Carlinhos Cachoeira, a Delta saiu do consórcio. Comprovada sua ligação com aquele personagem, o dono da Delta, Fernando Cavendish, fez uma transação mal explicada para afastar da empresa o seu nome e, como complemento, também o nome da empreiteira em certos contratos. Sem que essas retiradas devam ser entendidas, necessariamente, como saída dos negócios e acordos, todos muito lucrativos.
A Cowan é empresa mineira. A quantidade e a facilidade com que obtém contratos em Minas é admirável. Predomínio regional não é, porém, peculiaridade da Cowan. É regra em muitos Estados. Poderia ser por facilidade de custos, mas não. É, claro, por outras facilidades, as mesmas que não restringem as empreiteiras ao seu ambiente doméstico. Não importam as comprovações de fraudes, de superfaturamento e demais tramoias, os escândalos e os desastres, ainda que trágicos. Nada perturba esse domínio da imoralidade e de crimes vários.
Desde quando é assim? Não se sabe. Até quando será assim? Nem se prevê.