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Viver corretamente

Não sei bem a que se pode atribuir a crescente moda de intervir na vida pessoal do cidadão brasileiro. Inclino-me a acreditar que isso se deve à falta do que fazer de um número cada vez maior de burocratas e tecnocratas. Todos eles detêm certezas sobre tudo o que julgam ser de sua alçada. Em matérias "técnicas", não há espaço para posições divergentes. Afinal, a técnica provém da ciência e a ciência fornece certezas. E essas certezas são tão poderosas que devem sobrepor-se até mesmo aos valores de indivíduos ou coletividades. O conceito de normalidade, tão enganoso não só científica como filosoficamente, parece para elas assente e inequívoco.

Claro que tais certezas, que amiúde se expressam em arrogância, autoritarismo e condescendência enfarada, não são certezas de coisa nenhuma, são apenas ignorância e estreiteza de horizontes em ação. O resultado é que nos vemos ameaçados a todo instante de sermos obrigados a nos comportar "normalmente" ou, pior ainda, corretamente. Volta e meia, alguma autoridade baixa regras sobre como devemos fazer compras em farmácia, que tipo de tomada nos convém usar ou que equipamento passou a ser compulsório nos automóveis. Com o nosso tradicional temperamento de rebanho ovino e de "tudo bem, contanto que não me incomode diretamente", vamos deixando que esse negócio se espalhe e tome conta de nossa vida.

Além do combate ao uso do tabaco e do álcool, creio que devemos esperar, a julgar por sinais aqui e ali, que nos ditem o que podemos comer. Em cantinas escolares, isso já é feito. Mas creio que os nossos mentores, protetores e tutores não considerarão seu trabalho concluído enquanto o pai que dê uma gulodice açucarada a seu filho não puder ser denunciado e enquadrado e perder o pátrio poder, se persistir em seu comportamento reprovável. Aliás, imagino que, com a vigência da lei da palmada, cedo chegará o dia em que pais e mães denunciados por palmadas desobedecerão a ordens judiciais e instruções de psiquiatras para serem corretos e normais e, portanto, o Estado os meterá na cadeia e lhes tomará os filhos, que terão seu futuro garantido, sob a guarda eficiente, carinhosa e científica de instituições modeladas na Funabem.

Assim como os fumantes oneram a saúde pública com as doenças causadas por seu feio vício, também o fazem os obesos, com seus problemas cardíacos, sua diabetes, sua hipertensão. E não se pode esquecer que, caso essas pessoas de conduta e aparência condenáveis tenham filhos, estarão delinquindo ainda mais, pelo mau exemplo. Espero que em breve um dos mil braços do governo estabeleça padrões alimentares a que as famílias terão que obedecer, pelo bem de sua saúde e sob pena de suas compras de alimentos só poderem ser feitas sob a orientação de um técnico credenciado. Claro, ovo já foi um horror e hoje é permitido e até encorajado. Margarina já foi aclamada como o substituto sadio da manteiga e hoje é execrada. São as verdades científicas.

Ao contrário do que chegou a divulgar-se, os defensores da censura a Monteiro Lobato não foram derrotados nem alteraram suas posições. O livro pode ser lido, mas sob a supervisão de um professor com qualificações específicas. Ou seja, em última análise, um técnico em leitura literária, um guia. Diretamente, sem intermediários, o livro não pode ser lido. Acredita-se que existe a maneira certa de ler, entender e apreciar um determinado livro. As maneiras que não se encaixem no padrão correto são, por consequência, errôneas e inadmissíveis. Daí se passará, imagino eu, à exigência de que os livros, não somente na escolas, mas entre o público em geral, só possam circular depois de lidos pelos técnicos, que escreveriam uma espécie de bula ou modo de usar, para que os leitores apreendessem corretamente a leitura. Claro, não é censura, é apenas a aplicação da verdade científica ou objetiva.

Aliás, falando em livros há outras novidades, ainda no terreno da cultura. O plano é mudar a lei dos direitos autorais. Os proponentes das mudanças dizem que não estão de fato querendo mudar nada, porque todas as suas ideias estariam contidas em dispositivos legais já vigentes. Pergunta-se, nesse caso, por que é preciso fazer uma nova lei. Não sei bem, mas sei, pelo que já me foi contado, que a produção de cópias de livros ou textos sem pagar direitos autorais será permitida, contanto que para fins educativos. Ou seja, qualquer coisa, ainda mais no mangue educacional que é o Brasil. O sujeito escreve um livro que é adotado em classe e esse livro pode ter praticamente uma edição à parte, pois há máquinas que possibilitam isso, copiando um livro inteiro e cuspindo do outro lado volumes já encadernados, com capa e tudo. O autor não vê um centavo, embora os produtores da edição pirata se remunerem pelo seu trabalho de "difusão" e, principalmente, os fabricantes das máquinas ganhem.

Interessante isso. Acredita-se que um estudioso dedique anos de pesquisa e trabalho duro a produzir algo pelo qual não será pago, a não ser pela distinção de ser adotado nas escolas. Por que os funcionários do governo que lidam com cultura não abdicam de seus salários, já que a verdadeira cultura não pode ter preocupações materiais e o artista pode viver de brisa? Trabalhar para a cultura é isso, é ser filósofo e poeta aos olhos do grande público. Morrendo bêbado, tuberculoso e na sarjeta é ainda melhor, compõe o quadro romântico.

A interferência do Estado na elaboração, venda e circulação de livros e, acima de tudo, a tutela de seu uso, sua interpretação e sua avaliação não é mais nem autoritarismo, é totalitarismo fascistoide mesmo, é controle do pensamento. Mas moda é moda e, como ninguém reage, vão nos empurrando essas e outras goela abaixo, até o dia ideal em que não pensaremos mais, porque os pensadores certos já terão pensado tudo por nós.

João Ubaldo Ribeiro

Tucademos e PIG querem aposentar Lula

Bom lembrar da campanha imunda que o PIG e cia patrocinaram com a estória que Lula queria porque queria o 3º mandato...
Eles não descansam nunca. Primeiro, lá atrás, bem antes da eleição, eles diziam assim: Lula não fez nada, apenas não mexeu no governo Fernando Henrique que, para todos os efeitos, continua. Ou: Lula teve sorte, pegou uma conjuntura internacional favorável e apenas surfou nela (pré-crise econômica mundial). Mas os argumentos para desmerecer Lula e seu governo não pararam por aí. Lula não redistribuiu renda, apenas "transferiu" renda do governo para os mais pobres (este é o favorito da esquerda que a direita ama).
Depois que Lula escolheu Dilma, os argumentos passaram a ser: quem é este poste? O poste não dá conta. O poste não vence eleição. Vejam o caso do Chile, o poder de transferência de votos de Lula é limitado.
Com Dilma eleita, mudou o disco: não existe governo Dilma, Lula dá muito palpite, Lula está indicando ministro, ainda não ouvimos a voz de Dilma.
Com Dilma empossada, agora o disco é: Lula não consegue deixar o palácio, Lula não consegue se aposentar, Lula quer voltar em 2014. O objetivo, neste momento, é óbvio: tirar Lula do jogo político para enfraquecer Dilma.
Se um presidente fracassado como FHC continua na política, por que Lula se aposentaria?
por Azenha

Apple e Google devem revolucionar os jogos sociais

Thinkstock

O mercado global de games testemunhará, em 2011, dois acontecimentos que deverão transformá-lo de maneira profunda: a entrada da Apple no setor e a presença do Google no bilionário negócio dos jogos sociais. 

Em 2010, a Apple voltou os seus radares para os games. Em seus encontros com a imprensa, Steve Jobs fez questão de mencionar o tema. O Game Center, serviço dedicado a usuários de iPad, iPhone e iPod Touch entrou em funcionamento. Mas isso é pouco em relação ao que está por vir, segundo consultores do mundo da tecnologia: o lançamento de um console Apple (com tudo que isso significa em termos de design e funcionalidade) para competir com PlayStation 3, Xbox 360 e Wii.

Sinais semelhantes de interesse pelos games eram emitidos pelo Google em 2010. O gigante da internet investiu 200 milhões de dólares na  Zynga, empresa que transformou FarmVille e CityVille em fenômenos no Facebook. Mas fez mais que isso: comprou a Labpixies, a Slide e a SocialDeck, todas companhias do ramo de jogos sociais.              

Confira, a seguir, o que deve virar notícia nos próximos meses:

  A Apple e os games

Em setembro de 2010, a Apple provou o quão importante são os games para o seu negócio. A companhia de Steve Jobs anunciou o serviço Game Center, que permite aos usuários do sistema operacional iOS 4.1 (iPod Touch e iPhone) e iOS 4.2 (iPad) disputar partidas com jogadores de todo mundo. Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Newzoo, em setembro, ilustra a resposta dos consumidores aos investimentos que a Apple tem feito no setor. Segundo o levantamento, 40 milhões de pessoas utilizam o iPod Touch, o iPhone ou o iPad para jogar, enquanto apenas 18 milhões utilizam o PSP (portátil da Sony) para o mesmo fim. Rumores apontam que a companhia está prestes a dar um passo ainda maior ao lançar, em 2011, um novo console.       

- Jogos sociais

CityVille, o novo fenômeno da Zynga

'CityVille', o novo fenômeno da Zynga, ultrapassou o 'FarmVille' em popularidade e conquistou 62 milhões de usuários (Imagem: Reprodução) 

O mar está para peixe no mundo dos jogos sociais. Depois de um ano bom para os negócios, a expectativa é de que as companhias de sucesso, como Zynga e Crowdstar, sejam adquiridas por empresas maiores, o que lhes garantiria fôlego financeiro para continuar desenvolvendo títulos de sucesso como FarmVille. A boa fase também é testemunhada por companhias brasileiras, como a Vostu, dona dos jogos Mini Fazenda, Café Mania, Pet Mania, Vostu Poker, Rede do Crime e Joga Craque, todos populares no Orkut, a maior rede social do país. Em novembro, a empresa, que possui escritórios em Nova York, Buenos Aires e São Paulo, recebeu 46 milhões de dólares de investimento e passou a valer 300 milhões de dólares. Os frutos dessas consolidações serão colhidos em 2011.

-  Pirataria nos games

Interface de convergência entre a Xbox Live e o Facebook

Microsoft e a convergência: Xbox Live, rede on-line do videogame Xbox 360, conecta jogadores ao Facebook (Imagem: Divulgação)

A pirataria é um dos mais sérios empecilhos para a indústria de games, principalmente em mercados em desenvolvimento. Para enfrentar o problema, as empresas têm direcionado seus esforços a estratégias de lançamento on-line, onde há uma significativa redução de custos – graças à extinção da embalagem e ao fim das dificuldades de 0 distribuição - e onde sistemas de autenticação impedem que usuários explorem toda as fases de um jogo, caso sua cópia não seja legal. Para fidelizar esses jogadores, a tendência é que as empresas de software (games) apostem em periódicas atualizações, como o lançamento de capítulos inéditos e novos recursos. Aliada aos avanços das redes virtuais, como Xbox Live e PlayStation Network, a 'nuvem' será a nova prateleira e os games ganharão atenção especial de gigantes da tecnologia, como Apple e Google. Uma recente previsão da publicação americana Forbes confirma tal hipótese. Segundo a revista, até 2020 os discos físicos tendem a desaparecer das lojas, dando espaço aos downloads sob demanda.  

- A volta por cima da Nintendo 

Reuters

Nintendo 3DS: primeiro portátil tridimendional que dispensa totalmente o uso de óculos especiais (Foto: Reuters) 

A japonesa Nintendo é uma das empresas mais tradicionais do setor e perdeu espaço, em 2010, para Microsoft e Sony, suas principais concorrentes. Os sensores Kinect e Move conquistaram novos adeptos, ofuscaram o sucesso do console Wii e forçam a companhia a dar a volta por cima em 2011. O primeiro passo na retomada do mercado será dado no primeiro semestre, quando a companhia lançará o portátil Nintendo 3DS, o primeiro videogame 3D que dispensa o uso de óculos. A adequação ao cenário atual, no entanto, só acontecerá em sua plenitude no final de 2011, quando a Nintendo lançará uma nova e mais poderosan versão do Wii, hipoteticamente chamada de Wii HD ou Wii 2.

por Renata Honorato



Taxa de juros

Mais um desafio para Dilma
Paulo Kliass



10 leis que mudaram nossa vida

 
Ou deveriam ter mudado.

O brasileiro pode fazer piada de seus políticos (foto) – e cassar os de ficha suja, apesar dos inúmeros recursos contra a nova legislação. Leia mais Aqui



A coiza tá Rousseff para oposição

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come...

Se Dilma faz um governo ruim, péssimo, regular ou bom a sobra de Lula em 2014 é um pesadelo para a oposição.

Se faz um ótimo governo paira sobre a oposição duas realidades apavorantes, ela e Lula.

Mas, com certeza das duas opções a oposição prefere mil vezes disputar a eleição de 2014 contra ela que contra o mito Lula. 

O tempo também é cruel com os homens...

Também é cruel com os homens
Val Kilmer
Mickey Rourke
Brendan Fraser

Russel Crowe  
 
Alec Baldwin
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Richard Gere
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Roger Moore
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Arnold Schwarzenegger
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Pierce Brosnan
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Clint Eastwood
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Rod Stewart
 
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Linha doida

Espanto, E enorme, causou-me a notícia de que, no ano passado, morreram, no Iraque, em meio a bombas, bala com bala, 567 civis. Lamentava o número e, súbito, lembrei-me de que, no Brasil, onde reina o domingo azul do mar, tal não corresponde sequer às vítimas de trânsito. Consultei um de meus botões - especialista em "por que me ufano de meu país" - e, incisivo, disse: - Alto lá!

Meu caro, (ajeitando a gravata) é preciso, antes, considerar que, por um lado, a imprensa exagera no retrato da violência; por outro, repete cenas, causando ilusão.

Eu hein?... Melhor romaria faz quem em sua casa fica em paz. Formiga quando cria asas quer se perder. O importante é que nossa índole é pacífica. - Aí, o tal botão recolheu-se a uma de suas casas, deixando-me o livro "O cobrador", de Rubem Fonseca. Não lhe entendi a louçania do gesto. Também quem me mandou ter tão-somente o Diploma do Curso de Datilografia?

As duas Jóias

images?q=tbn:ANd9GcSPpgdanmDEYw3CbXg32M265VXLq1fd8DlTEE4vMonyf89dMkkn Um rabino muito religioso vivia feliz com sua família - uma esposa admirável e dois filhos queridos. Certa vez, por causa de seu trabalho, teve que se ausentar de casa por vários dias. Justamente quando estava fora, um grave acidente de carro matou os dois meninos.

Sozinha, a mãe sofreu em silêncio. Mas sendo uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com dignidade e bravura. Entretanto, como dar ao esposo a triste notícia? Embora também sendo um homem de fé, ele já tinha sido internado por problemas cardíacos no passado, e a mulher temia que o conhecimento da tragédia acarretasse também a sua morte.

Restava apenas rezar para que Deus lhe aconselhasse a melhor maneira de agir. Na véspera da chegada do marido, orou muito - e recebeu a graça de uma resposta.

No dia seguinte, o rabino retornou ao lar, abraçou longamente a esposa, e perguntou pelos filhos. A mulher disse que não se preocupasse com isso, tomasse seu banho, descansasse.

Horas depois os dois sentaram-se para almoçar. Ela lhe pediu detalhes sobre a viagem, ele contou tudo o que tinha vivido, falou sobre a misericórdia de Deus - mas tornou a perguntar pelos meninos.

A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido:

- Deixe os filhos, depois nos preocuparemos com eles. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.

O marido, já preocupado, perguntou:

- O que aconteceu? Notei você abatida! Fale tudo o que lhe passa pela alma, e tenho certeza que resolveremos juntos qualquer problema, com a ajuda de Deus.

- Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas joias de valor incalculável, para que as guardasse. São joias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?

- Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!

- É que nunca havia visto joias assim! Não consigo aceitar a ideia de perdê-las para sempre!

E o rabino respondeu com firmeza:

- Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo! Vamos devolvê-las, eu a ajudarei a superar a falta delas. Faremos isso juntos, hoje mesmo.

- Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido. Na verdade isso já foi feito.

"As joias preciosas eram nossos filhos. Deus os confiou a nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram..."

O rabino compreendeu na mesma hora. Abraçou a esposa, e juntos derramaram muitas lágrimas - mas tinha entendido a mensagem, e a partir daquele dia lutaram para superar juntos a perda.

As duas jóias

Um rabino muito religioso vivia feliz com sua família - uma esposa admirável e dois filhos queridos. Certa vez, por causa de seu trabalho, teve que se ausentar de casa por vários dias. Justamente quando estava fora, um grave acidente de carro matou os dois meninos.

Sozinha, a mãe sofreu em silêncio. Mas sendo uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com dignidade e bravura. Entretanto, como dar ao esposo a triste notícia? Embora também sendo um homem de fé, ele já tinha sido internado por problemas cardíacos no passado, e a mulher temia que o conhecimento da tragédia acarretasse também a sua morte.

Restava apenas rezar para que Deus lhe aconselhasse a melhor maneira de agir. Na véspera da chegada do marido, orou muito - e recebeu a graça de uma resposta.

No dia seguinte, o rabino retornou ao lar, abraçou longamente a esposa, e perguntou pelos filhos. A mulher disse que não se preocupasse com isso, tomasse seu banho, descansasse.

Horas depois os dois sentaram-se para almoçar. Ela lhe pediu detalhes sobre a viagem, ele contou tudo o que tinha vivido, falou sobre a misericórdia de Deus - mas tornou a perguntar pelos meninos.

A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido:

- Deixe os filhos, depois nos preocuparemos com eles. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.

O marido, já preocupado, perguntou:

- O que aconteceu? Notei você abatida! Fale tudo o que lhe passa pela alma, e tenho certeza que resolveremos juntos qualquer problema, com a ajuda de Deus.

- Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas joias de valor incalculável, para que as guardasse. São joias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?

- Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!

- É que nunca havia visto joias assim! Não consigo aceitar a ideia de perdê-las para sempre!

E o rabino respondeu com firmeza:

- Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo! Vamos devolvê-las, eu a ajudarei a superar a falta delas. Faremos isso juntos, hoje mesmo.

- Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido. Na verdade isso já foi feito.

"As joias preciosas eram nossos filhos. Deus os confiou a nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram..."

O rabino compreendeu na mesma hora. Abraçou a esposa, e juntos derramaram muitas lágrimas - mas tinha entendido a mensagem, e a partir daquele dia lutaram para superar juntos a perda.

Dilma e o Rei

Concordo plenamente com o teor deste texto abaixo. Apenas acrescento um conselho: Que Dilma convide Ciro para ser o ministro das pequenas e médias empresas. Além da competência que o ministério ganharia, o titular seria um contraponto a ganância fisiologica de certa parte da base aliada.

Dilma e o rei

O generalíssimo Franco, ditador da Espanha, agonizava. Um garoto perguntou ao pai se o dia da morte do caudilho seria feriado. Resposta afirmativa. E o dia do enterro, também será feriado? De novo o sim do pai. E a coroação do rei, será feriado. Outro sim. Mais uma pergunta: e o dia da deposição do rei, também será feriado. Diante de mais um sim, o menino exultou: "oba, que semana boa de feriado nós vamos ter!". E nem foi assim. Esse último feriado não existiu.

O jovem Juan Carlos foi coroado rei dos espanhóis, cuja maioria o chamava de "Juan Carlos, o breve", pois não acreditavam que ele durasse no poder. Pois Juan Carlos I está lá há 35 anos, festejado como um dos maiores estadistas dos tempos modernos. Consagrou-se de pronto pela conciliação e firmou sua liderança ao promover de imediato a grande reforma política da Espanha. Não sem antes livrar-se da sombra e da influência do criador. Mas o que ele tem a ver com Dilma Rousseff?

É que tem muita gente torcendo para que ela fracasse no governo e que não consiga vencer, como venceu a doença, a sanha de poder e a ganância dos companheiros que formam a sua chamada base aliada. O que esse pessoal tem de ternos de posse guardados nos armários não está no gibi. E se Dilma não saciar a fome canina de poder dessa turma, como fez habilmente o seu criador, poderá ter o mesmo destino de Jânio e Collor.

Temos que torcer para que Dilma, mesmo sem experiência no trato com as raposas que dominam o País desde meados do século passado - qualquer que tenha sido o governo - consiga dar aos brasileiros um governo honesto, competente e realizador. E para isso ela precisa do melhor escudo que existe numa democracia: o apoio dos cidadãos.

Nenhum brasileiro de bom senso vai querer o mal para a presidente, pois ele seria o mal para o País. O que se deseja é que ela não seja Dilma a breve, mas até que conquiste mais um mandato em 2014. E só há uma maneira de fazer isso: mostrar logo no início a que veio, propondo ao Congresso as reformas institucionais de que o País precisa, impondo o império da lei e provando que está disposta a abolir dos nossos costumes políticos o oportunismo, o chaveco, a malandragem e a roubalheira.

Com a coragem de denunciar ao povo aqueles que querem manter as coisas como estão. Pode ficar certa de que os caras-pintadas voltarão às ruas, mas desta feita não para derrubar, mas para garantir o mandato de sua presidente.



Estrelas esquecidas

Confissões ao vento

E vieste apenas nas recordações, vestindo camisolas de vento, insinuando teu perfume na primeira brisa mais fresca do lusco-fusco. Ah, como eu queria beber contigo dessa água abençoada e te ver, de novo, mergulhar a nudez que tantas vezes tive entre as mãos, na festa ao mesmo tempo abençoada e pagã dos meus pecados mais sagrados!


Despedidas deviam ser sempre responsabilidade de uma aquiescência mútua. É covardia deixar um coração mais fraco a bater num peito convulso, morrendo de tristeza. Não estava preparado para ver tuas pegadas deixando rastros sem ser comigo.

Não estava preparado para dizer adeus, para aceitar imensidão após imensidão, toda repleta desse silêncio pesado de solidão, quando se foge, tentando escapar dessa agonia enorme que é uma despedida..."

Às vezes, penso escutar os sons do silêncio, como naquela tarde, perto de Agadir, quando parei para um momento de sublime reflexão e acabei por fazer minhas confissões mais sinceras a um vento ainda morno, soprando em direção ao sol poente...

A. CAPIBARIBE NETO


Quando Eu Me Chamar Saudade # Nelson Cavaquinho


Esta canção Lula cantou e o povo escutou. Entregou-lhe as flores em vida. Ele fez por merece-las.

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Dilma promete enfrentar desafios

Dilma assumiu a Presidência da República prometendo consolidar o legado do presidente Lula e fazendo uma carta de intenções de seu governo:
  • Erradicar a miséria, melhorar a saúde,  a segurança e a educação.
  • Também prometeu reformas política e tributária.
Dilma reafirmou compromissos com a estabilidade econômica, a democracia e a liberdade de expressão.

Ex-guerrilheira, eleita numa disputa acirrada, ela também fez um discurso de conciliação.

Estendeu a mão à oposição e que quer ser a presidente de todos os brasileiros.

Presa, torturada pela Ditadura militar, chorou ao lembrar os companheiros que morreram e disse que não guarda arrependimento, mas tampouco ressentimento ou rancor.

Dilma destacou que é a primeira mulher a chegar ao Planalto e prometeu "honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos". Mineira, citou Guimarães Rosa para dizer que precisará de coragem para a tarefa de governar


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Como nasce um mito

Em "O rei e o baião", organizado pelo jornalista, artista plástico e compositor Bené Fonteles, a vida e a obra de Luiz Gonzaga são analisadas a partir de várias abordagens. Há ainda centenas de fotografias inéditas e belas xilogravuras
Vez ou outra, nas artes, na ciência, na política e em campos diversos do saber, tem-se o privilégio de acompanhar o surgimento de um gigante, pessoa cujo trabalho impressiona não apenas pela qualidade, mas pela capacidade de inspirar até o mais cético dos espíritos. Tal acontecimento revela-se ainda mais instigante quando envolve uma personalidade conter- rânea, que represente em sua obra aspectos de uma cultura.

A música brasileira inclui alguns artistas desse naipe. Um deles faria 98 anos no dia 13 de dezembro. Pernambucano, nascido no pequeno município de Exu, Luiz Gonzaga ultrapassou suas origens nordestinas. Espalhou o sertão pelo Brasil com sua poesia simples e profundamente representativa, com um talento incontestável de arranjador. Sob a combinação inédita de zabumba, triângulo e sanfona, inventou o ritmo para o baião e dele tornou-se rei.

Hoje, mais do que símbolo e ícone (basta lembrar as imagens do cantor de posse da sanfona, com o indefectível chapéu de couro), Luiz Gonzaga constitui patrimônio nacional. É no sentido de divulgar tal herança, de fortalecer a permanência de sua vida e obra, que surge o livro "O rei e o baião", organizado por Bené Fonteles - jornalista, artista plástico, compositor e mais um inspirado pelo trabalho do Mestre Lua. A obra foi lançada apropriadamente no último dia 13, em Recife. Em Brasília, o lançamento aconteceu no dia 17, no auditório do Ministério da Cultura, com a participação do ministro da Cultura, Juca Ferreira.

Editado pela Fundação Athos Bulcão, "O rei e o baião" traz ensaios de Antônio Risério, Elba Ramalho, Gilmar de Carvalho, Sulamita Vieira, Hermano Vianna e do próprio Bené Fonteles, que contribui ainda com um depoimento sobre sua relação com a obra de Luiz Gonzaga, além de introdução de Juca Ferreira e apresentação de Gilberto Gil. Continua>>>