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Fanatismo religioso mata!

Sunitas queimam cristão na Nigéria e a grande mídia ignora solenemente, por que?
Fossem judeus os mortos, seria um Deus nos acuda. Por que este tratamento tão diferente?

Entrevista do pré-candidato Serra

A maioria das perguntas foi se caso eleito cumpriria o mandato e se tinha desistido do sonho presidencial. 

“Vou cumprir os quatro anos”, disse Serra. Não promete?, insistiu o repórter. “Eu vou cumprir os quatro anos, isso é mais que uma promessa.” Quanto ao sonho presidencial, Serra não repetiu o aliado Gilberto Kassab, que dissera que ele havia abandonado as pretensões. Preferiu dizer que o projeto está “adormecido”.
Pode disputar o Planalto na sucessão da sucessão de Dilma Rousseff?, quis saber um dos entrevistadores. Serra absteve-se de especular. Alegou que 2018 é um ponto muito longínquo no calendário (assista abaixo).
Serra foi inquirido também sobre uma indiscrição de Kassab. Conforme noticiado aqui, o mandachuva do PSD disse, em diálogos privados, que Serra trocará o PSDB por um novo partido caso seja eleito prefeito. Serra negou. Não poderia admitir. Sob pena de tocar fogo no tucanato.
Negou, de resto, que sua entrada em cena tenha produzido um “racha” no PSDB. Realçou que entrou na briga a pedidos. Incluiu entre os tucanos que o instaram a disputar o governador Geraldo Alckmin. Citou-o duas vezes.
Disse que, se tivesse assumido a candidatura em dezembro, provavelmente nem haveria prévias no PSDB. Uma vez desencadeado o processo, submeteu-se às regras da disputa.
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Perguntou-se a Serra se partiu dele o pedido para que as prévias fossem adiadas de 4 de março para 25 de março. Ele respondeu que não. Lorota. Em conversa com seus rivais partidários –José Anibal e Ricardo Tripoli— Geraldo Alckmin deixara claro que Serra ansiava pelo adiamento.
Durante a entrevista, Serra disse duas vezes que antevê uma eleição “difícil”. Perguntaram se se acha possível reverter a rejeição de parte do eleitorado (mais de 30% declaram que jamais votariam em Serra, segundo o Datafolha). O candidato disse que o percentual não o impressiona.
Atribuiu o índice a três fatores. Primeiro, insinuou que o questionário da pesquisa pode ter induzido as respostas. Depois, disse que o percentual de rejeição aproxima-se do patamar histórico de votos do PT, ao redor dos 30%. Por último, disse que um pedaço da população o identifica como personagem mais voltado para a temática nacional.
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Serra pôs em dúvida a tese segundo a qual a rejeição ao seu nome se deve ao fato de ter abandonado a prefeitura, em 2006, depois de ter assumido o compromisso de cumprir o mandato até o final. Recordou que, depois disso, foi eleito governador e prevaleceu sobre Dilma Rousseff no Estado e na cidade de São Paulo.
O candidato tucano declara-se preparado para debater qualquer tema que os adversários levantem, inclusive assuntos nacionais. Mas reconhece: “O que vai decidir a eleição são os temas da cidade. Disse [na carta de inscrição para as prévias] que era uma eleição nacional no sentido de que São Paulo é uma cidade nacional. É inútil negar isso, são quase 12 milhões de habitantes.”
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O que achou do fato de o antagonista Fernando Haddad ter declarado que está aliviado por não ter de celebrar um acordo com Kassab? Serra ironizou: se tivesse o acordo, ele iria elogiar a gestão do Kassab, disse.
Não declarou, mas poderia ter realçado outro aspecto relacionado a Kassab. Em São Paulo, o prefeito migrou do flerte ao petismo para o apoio a Serra. Mas, em Brasília, continua apoiando o governo de Dilma Rousseff.
Quer dizer: assim como Haddad soará esquisito quando criticar a gestão municipal de Kassab, Serra não parecerá menos estranho ao vergastar o governo federal ao lado do personagem que torce pelo êxito de Dilma. Coisas da política brasileira.
por Josias de Souza

PSDB de volta a estaca Serra[da]

Depois de um longo percurso, do qual parecia que sairia mudado, o PSDB de São Paulo acabou no mesmo lugar. Com o anúncio de que José Serra vai disputar a eleição de prefeito da capital este ano, o partido voltou à estaca zero.
Nada de prévias, nada de renovação, nada de formar quadros para o futuro. Se o ex-governador mantiver a disposição de hoje - o que, com ele, nunca é certo -, fica tudo como dantes no quartel de Abrantes.
Para Serra, é a quarta tentativa de chegar à prefeitura da cidade e a oitava eleição majoritária desde 1988. Dessas, venceu três - o que não chega a configurar uma carreira de vitórias.
Pela enésima vez, o PSDB torna as pesquisas de intenção de voto seu critério fundamental de decisão. É como se a coisa mais importante do mundo fosse a posição dos candidatos na “corrida”.
Não deixa de ser curioso que um partido tão cheio de sociólogos e cientistas políticos - que deveriam saber avaliá-las - se comporte dessa maneira. Mais do que ninguém, têm a obrigação de conhecer os alcances e limitações de pesquisas desse tipo e a esta distância da eleição.
Pelo que estávamos vendo nas últimas semanas, uma parte do tucanato sofreu um ataque de pânico pré-eleitoral. Imaginaram que seriam derrotados, no primeiro turno, por Fernando Haddad.
Outra coisa engraçada: com toda razão, não se preocuparam com a posição de Haddad nas pesquisas de agora. O que os interessava era aonde poderia chegar.
Se tinha 4% ou 5%, não importava. Por ser bom candidato, porque deverá fazer boa campanha e, especialmente, por contar com o apoio de Lula e Dilma, apostaram no seu crescimento.
Mas não raciocinaram assim em relação a seus pré-candidatos. Talvez por não acreditar no potencial de nenhum e não levar fé na influência de seus líderes, enxergaram somente que os quatro estavam “mal” nas pesquisas - embora empatados com o candidato do PT.
Não foi difícil obter de Serra que se desdissesse. Sua jura de que não seria candidato tinha o valor de outras coisas com as quais havia se comprometido no passado.
É lógico que aceda ao “apelo dos correligionários”. Depois do que dele andou falando FHC e em meio a denúncias cada vez mais fortes de seus adversários, participar da eleição, mesmo que para perder, é positivo.
Contando com a simpatia quase unânime das grandes corporações da mídia, ele será mais bem tratado que o petista. De agora a outubro, terá oito meses de visibilidade, com a imensa exposição que apenas as eleições de prefeito oferecem aos candidatos, dadas as peculiaridades de nossa legislação eleitoral.
Melhor que a penumbra a que estava condenado a partir do momento em que Aécio foi sagrado “candidato óbvio” das oposições em 2014.
As pesquisas foram, outra vez, soberanas no ninho tucano, mas devem ser olhadas com atenção, antes de fazer planos para os próximos anos levando em conta que Serra ganhará.
Sem Marta, ele, de fato, lidera. Mas alcança uma vantagem diminuta para alguém com seu currículo: com 20%, conhecido por quase 100% dos eleitores e sendo o mais rejeitado, quanto conseguirá crescer - considerando que, com o que obtém hoje, não vai a lugar nenhum?
Seus amigos comemoraram que Kassab resolveu apoiá-lo. O problema é que isso faz com que ele se torne o “candidato óbvio” da continuidade de uma administração que vai (muito) mal.
É evidente que pode vencer. Haddad e Chalita são políticos jovens, menos conhecidos, e ele talvez receba o voto do eleitor despolitizado e desinteressado, para quem é mais cômodo votar em nomes familiares.
Não é isso, no entanto, que indicam as pesquisas. O petista e o peemedebista possuem larga perspectiva de crescimento, mesmo no eleitorado conservador, o atual bastião do serrismo.
Para ele - que não tem, a esta altura, nada a perder -, o resultado disso tudo pode não ser ruim. Para o PSDB, no entanto, é pouco provável que seja bom. Vencendo, nem Aécio, nem Alckmin terão um aliado sincero na prefeitura de São Paulo. Perdendo, o partido permanecerá sem opções para os próximos anos.

por Marcos Coimbra presidente do Vox Populi 

Costela de porco recheada

Ingredientes

  • 1 ripa de costela de porco [+ ou - 1,5 kg]
  • 1 cebola ralada
  • 2 colheres (sopa) de shoyu
  • 1 pimenta dedo-de-moça picadinha
  • 2 dentes de alho picados
  • SAL, sálvia, tomilho e alecrim a gosto
  • 1 alho-poró cortado em palito
  • 350 gramas de bacon fatiado
  • 1 colher (sopa) de amido dissolvido em ¼ xícara (chá) de água
Como fazer
1º Com uma faca de desossar afiada, retire os ossos da costela com cuidado para não furar a carne. Reserve a costela e os ossos.
2°- Numa tigela coloque 1 cebola ralada, 2 colheres (sopa) de shoyu, 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes picadinha, 2 dentes de alho picados, sálvia, tomilho e alecrim picadinhos a gosto, sal a gosto, a costela desossada e deixe marinar por pelo menos 6 horas.
3°- Pegue fatias de bacon e forre fundo e laterais de uma forma de bolo inglês no sentido da largura e deixe uma parte das fatias sobrando nas laterais da forma. Reserve.
4°- Retire a costela da marinada e coloque uma parte da costela no fundo da forma sobre as fatias de bacon. Nos espaços onde foram retirados os ossos, coloque 1 palito de alho-poró e 1 palito de bacon. Dobre a outra metade da costela sobre a metade recheada fechando como um embrulho. Cubra o embrulho com as pontas das fatias de bacon que ficaram sobrando nas laterais da fôrma.
5°- Cubra a fôrma com papel alumínio, tomando cuidado para ficar bem fechada e leve ao forno pré-aquecido a 180° C por 1 hora e 40 minutos.
6° - Coloque os ossos numa assadeira e leve ao forno a 180° C junto com a costela e deixe até dourar.
7°- Retire a assadeira com os ossos do forno, escorra e despreze o excesso de óleo que se formar. Coloque a assadeira sobre o queimador do fogão, em fogo médio, despeje 1 ½ litro de água quente e vá raspando com uma colher o fundo para soltar o agarrado da assadeira. Transfira este caldo com os ossos para uma panela e leve ao fogo médio para reduzir durante o período em que a costela assa.
8°- Tire a costela do forno, retire o papel alumínio, escorra o líquido que se formou para dentro da panela com os ossos e volte a costela para o forno para dourar, sem cobrir por +/- 30 minutos.
9° - Deixe o molho reduzindo enquanto a costela doura. Antes de retirar a costela do forno, côa o molho, volte ao fogo médio e engrosse com 1 colher (sopa) de amido dissolvido em ¼ xícara (chá) de água. Sirva a costela com o molho e farofa de pão.

Diálogo sincero


- Tu mudaria por um amor verdadeiro?
- Não!
- Não? Por que?
- Porque se for amor de verdade, serei amado como e pelo que sou, não terei porque mudar.

O senador Marcelo Crivella é o novo ministro da Pesca e Aquicultura, informou hoje (29) a Secretaria de Imprensa da Presidência da República em nota

Ele substituirá o deputado Luiz Sérgio, que retornará à Câmara dos Deputados, “onde continuará a merecer o apoio e a confiança da presidenta Dilma Rousseff e a prestar excepcional contribuição ao país”.
“Em seu lugar, assume o senador Marcelo Crivella, representando o PRB, partido do inesquecível ex-vice presidente José Alencar. A mudança permite a incorporação ao Ministério de um importante partido aliado da base do governo. A presidenta está segura de que, à frente do Ministério da Pesca e Aquicultura, o senador Marcelo Crivella prestará relevantes serviços ao Brasil”, diz a nota.
Leia abaixo a íntegra da nota:
O Ministro da Pesca e Aquicultura, deputado Luiz Sérgio de Oliveira, está deixando o cargo depois de prestar inestimável contribuição ao governo. À frente da Secretaria de Relações Institucionais e, depois, como responsável pela pasta da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio desempenhou com dedicação e compromisso com o país todas as tarefas que lhe foram atribuídas pela presidenta Dilma Rousseff.
Em seu lugar, assume o senador Marcelo Crivella, representando o PRB, partido do inesquecível ex-vice presidente José Alencar. A mudança permite a incorporação ao Ministério de um importante partido aliado da base do governo. A presidenta está segura de que, à frente do Ministério da Pesca e Aquicultura, o senador Marcelo Crivella prestará relevantes serviços ao Brasil.

Deputado tucano apresenta projeto para oferecer mais regalias ao Judiciário

Enquanto a Previdência Social procura alternativas emergenciais para reduzir o déficit provocado pelas aposentadorias de servidores públicos, um projeto de lei pretende reduzir o tempo de contribuição exigido para a aposentadoria de juízes, promotores e procuradores. 

O Projeto de Lei Complementar 122/2011, apresentado pelo deputado federal João Campos (PSDB-GO), prevê aposentadoria diferenciada a essas categorias, com o recolhimento de contribuição por apenas 25 anos, com vencimentos integrais. Juízas e mulheres integrantes do Ministério Público, caso aprovada a proposta, precisariam de apenas 20 anos de contribuição.

Imagem histórica

Lina Medina [foto] é a mãe mais jovem da história. Engravidou com mais ou menos 4 anos e 8 meses de idade. Teve um filho com 5 anos 7 meses e 21 dias. O pai da outra criança nunca foi descoberto. 
fisgado de de Imagens Históricas

Charge da manhã

Mundo moderno

Momento Reflexão


Você já parou pra pensar quantas vezes acaba reclamando das pequenas coisas que deram erradas no seu dia, fica achando que o mundo é injusto e que sua vida é a pior de todas ? Então, enquanto você fica falando isso, muitas pessoas estão agradecendo a Deus por mais um dia de vida, por mais uma oportunidade para ser melhor e para tentar salvar as pessoas. Pare de reclamar e olhe para o lado, então verá que nada se iguala ás diversas dificuldades e sofrimento que muitos passam diariamente, mas sem reclamar, sempre tendo fé e confiando que tudo terminará bem.

Blog do Charles Bakalarczyk: Poder Judiciário suspende a licitação da privatiza...

Blog do Charles Bakalarczyk: Poder Judiciário suspende a licitação da privatiza...: Hoje pela manhã, o Poder Judiciário suspendeu a licitação da privatização da água em São Luiz Gonzaga. Confira a decisão: ...

Pavê de maracujá

Ingredientes
100 gramas de chocolate meio amargo ralado 
500 gramas de chantilly
1 pacote de biscoito maizena

Creme
1 lata de leite condensado 
1 lata de creme de leite sem soro
3/4 xícara (chá) de suco de maracujá

Cobertura
1/2 xícara (chá) de água
1/2 xícara (chá) de suco de maracujá
1 xícara (chá) de açúcar
2 colheres (sopa) de amido de milho
Modo de preparo

Montagem: em uma tigela ou em taças individuais.
1ª. Camada - um pouco do chantilly.
2ª. Camada - bolacha maizena (não colocar muito próximas umas das outras). 3ª. Camada - creme de maracujá.
4ª. Camada - chocolate ralado. Repetir as camadas, a última deve ser de creme de maracujá ou chantilly e colocar por cima a cobertura. Levar à geladeira.
OBS: O maracujá pode ser substituído por 1/2 xícara de chá de suco de limão.
Creme
Em uma panela misture o leite condensado e o creme de leite, em seguida leve ao fogo, mexendo bem. Depois acrescente o suco de maracujá. Leve à geladeira por mais ou menos 40 minutos, até ficar cremoso.
Cobertura
Misture tudo. Leve ao fogo até engrossar e depois se quiser acresecente duas colheres de sopa de semente de maracujá.

São Paulo e a elite Off-shore

É com prazer que o Blog do Briguilino publica artigo de Mauro de Santayana fisgado do JB Online
Faz parte da história política de São Paulo a aparente indecisão de muitos de seus líderes. O Sr. Jânio Quadros, que tinha dias de Hamlet e dias de MacBeth, subordinava suas decisões a dois pontos geográficos da cidade: Vila Maria e Sapopemba. Vila Maria é a região de classe média emergente, e, Sapopemba, área mais pobre. Ele costumava consultar os dois eleitorados. De Vila Maria vinha a esperança da vitória, uma vez que, desde sua eleição para vereador, contara com o apoio de seus eleitores. Sapopemba era o teste de popularidade. Antes de candidatar-se a esse ou àquele cargo, aferia, nos comícios, o apoio de seus moradores.

O ex-governador José Serra não chega à forte tragédia do escocês MacBeth, mas se aproxima, em seu ser e não ser, do príncipe da Dinamarca. Não que Hamlet disputasse uma eleição, a não ser a do destino, e que a sua dúvida fosse muito além de sua própria tragédia, ainda que nela amarrada. Mas se Jânio e Serra estão muito distantes da essência do caráter que Shakespeare dá aos dois personagens, e que ele pintara como antípodas morais, os dois paulistas começam a se assemelhar. Jânio adorava que fossem bater à sua porta, apelar para a sua taumaturgia populista. Serra, ao desconfiar de que não o procurariam, como a bóia salva-vidas na tempestade (mesmo porque os ventos políticos sopram brandos, por enquanto), resolveu aceitar, de bom grado, os ralos apelos que lhe chegam.

Os paulistas começam a dar à eleição para a Prefeitura de São Paulo importância maior do que ela realmente tem, e os comentaristas políticos, próximos dos tucanos bandeirantes, avançam sobre a lógica, dizendo que ela terá efeitos nacionais. Não há dúvida de que a cidade é a mais importante do país, no que se refere à economia e à cultura, de maneira geral, mas está distante da realidade política e social do Brasil como um todo. Os paulistanos atuam como se fossem o sol, em torno do qual os planetas menores orbitam, e, de cuja luz, dependem.

Na noite de sábado para domingo, em uma cidade satélite (das mais pobres) de Brasília, Santa Maria, alguns rapazes atearam fogo a moradores de rua. Um deles morreu e o outro se encontra seriamente ferido, com poucas possibilidades de sobrevivência. Há dois fatos, relacionados com essa tragédia, que devem ser ponderados. Até há algum tempo, os pobres costumavam ser solidários entre eles. Agora, no entanto, submetem-se à cultura, made in USA, da intolerância, da violência pela violência, da discriminação e do desprezo pela vida. Talvez – e as investigações continuavam – os incendiários de fim de semana sejam dos “emergentes” das cidades-satélites, filhos de pais bem empregados, moradores em casas confortáveis. E, talvez, não – o que será pior.

O outro ponto de reflexão é o da impunidade. Há quase quinze anos, cinco rapazes, filhos de famílias da elite de Brasília, atearam fogo ao índio Galdino, dirigente da etnia pataxó da Bahia, que dormia em um ponto de ônibus. Presos, graças ao testemunho de um rapaz da mesma idade, que passava de carro pelo local, os culpados foram defendidos com veemência. Seus pais, e os advogados que contrataram, tentaram desqualificar o crime – tratara-se, segundo a desculpa, de uma brincadeira que dera errado. Não tinham a intenção de matar, só a de assustar com o fogo. Foram presos e julgados. Condenados, em 2001, a 14 anos de prisão, menos um deles, que era adolescente, não passaram mais de 4 anos na prisão – onde gozaram de todas as regalias, entre elas a de sair para estudar e trabalhar, quando aproveitavam o tempo para beber e namorar, chegando frequentemente muito depois da hora de recolher.

As denúncias de que estavam sendo privilegiados de nada adiantaram. Eles eram enteados e filhos de juízes. Como sabemos, todos somos iguais diante da lei, embora alguns sejam muito mais iguais.

É nesse país, em que as leis são meras declarações de intenção, e apenas 3% dos responsáveis pelos crimes de homicídio são julgados e cumprem penas, que temos de pensar. Não entendem os legisladores e administradores públicos que a impunidade dos poderosos estimula a criminalidade geral. Assim, enganam-se os tucanos da maior cidade brasileira. São Paulo, com toda sua opulência (mesmo com a maior população de moradores de rua de todo o país) não é a estrela em torno da qual circula o sistema planetário nacional. Mesmo porque as elites de São Paulo, salvo poucas exceções, exercem uma cidadania off-shore, desligada do destino do país.

O nosso futuro está sendo construído em todo o território nacional, pela inteligência, pelo esforço e pelo patriotismo de seus trabalhadores, incluídos os de São Paulo – e não pelos senhores da Febraban e das corporações multinacionais,  empenhadas em novo e cômodo colonialismo.

Deputado evangélico apresenta projeto para "curar" gays


Líder da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, deputado João Campos (PSDB-GO) apresenta proposta para permitir que a homossexualidade seja tratada como transtorno; deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) publica artigo detonando projeto.

247 - A proposta é do deputado federal João Campos (PSDB-GO), líder da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara, e pretende permitir que a homossexualidade seja tratada como um transtorno passível de cura. Para tanto, o projeto de decreto legislativo prevê a abolição de dois artigos instituídos em 1999 pelo Conselho Federal de Psicologia que proíbem a emissão de opiniões públicas ou o tratamento da homossexualidade como um transtorno.
Na opinião de Campos, o conselho extrapolou seu poder ao "restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional". A notícia da proposta gerou resposta contundente do deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), que publicou em seu site um artigo criticando as pretensões de João Campos. "O argumento de que a homossexualidade pode ser 'curada' é tão absurdo como seria dizer que a heterossexualidade pode ser 'curada' e é usado sem qualquer tipo de embasamento teórico ou científico e sempre por fanáticos religiosos que tem com o objetivo confundir a população com suas charlatanices", escreveu Wyllys.
Leia a íntegra do artigo do deputado Jean Wyllys abaixo:
A intolerância dos fundamentalistas da bancada evangélica se mostra cada vez mais ameaçadora e passível de qualquer manobra para desviar a atenção da sociedade, com novas cortinas de fumaças, dos escândalos que envolvem alguns dos seus integrantes. Desta vez é o Projeto de Decreto de Lei (PDL) do deputado João Campos (PSDB/GO), líder da Frente Parlamentar Evangélica, que busca sustar a aplicação do parágrafo único do Art. 3º e o Art. 4º, da Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 1/99 de 23 de Março de 1999, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual. A resolução do CFP que o deputado Campos quer derrubar por lei proíbe as mal chamadas "terapias" que prometem mudar a orientação sexual das pessoas, transformando magicamente gays em heterossexuais, como se isso fosse possível — aliás, como se isso fosse necessário.
Não bastasse a inconstitucionalidade do projeto, que contraria os princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (art. 1º, proteção da dignidade da pessoa humana; art. 3º promoção do bem de todos sem discriminação ou preconceito; art. 196º, direito à saúde, entre outros), a proposta vai contra todos os tratados internacionais de Direitos Humanos, que também têm como objetivo fundamental o direito à saúde, a não discriminação e a dignidade da pessoa humana, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, entre outros.
Com essa proposta, o deputado, por convicções puramente religiosas, se considera no direito não só de ir contra os direitos humanos de milhões de cidadãos e cidadãs brasileiras, mas também de desconstruir um ponto pacífico entre toda uma comunidade científica: nem a homossexualidade, nem a heterossexualidade, e nem a bissexualidade são doenças, e sim uma forma natural de desenvolvimento sexual. Nenhuma é melhor ou pior ou mais ou menos saudável do que as outras. São simplesmente diferentes e não há nenhuma dissidência quanto à isso. O argumento de que a homossexualidade pode ser "curada" é tão absurdo como seria dizer que a heterossexualidade pode ser "curada" e é usado sem qualquer tipo de embasamento teórico ou científico e sempre por fanáticos religiosos que tem com o objetivo confundir a população com suas charlatanices.
O PDL do deputado – o mesmo da PEC n° 99 de 2011, ou a "PEC da Teocracia" que pretende que as "associações religiosas" possam "propor ação de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade de leis ou atos normativos, perante a Constituição Federal" – é, no mínimo, criminoso, e vai também contra os direitos à saúde da população, pois sabemos que essas supostas terapias de "cura gay" nada mais são do que mecanismos de tortura que produzem efeitos psíquicos e físicos altamente danosos, que vão da destruição da auto-estima de um ser humano, até o suicídio de muitos jovens – como ocorreu recentemente nos Estados Unidos, onde mais um adolescente gay, de 14 anos, tirou sua própria vida apos ter sofrido assedio homofóbico na escola.
A tragédia ocorreu no Tennessee, estado dos EUA cujo Senado votava, há um ano, um projeto de lei que proibia professores de mencionar a homossexualidade em sala de aula e logo após outro adolescente gay do Tennessee, Jacob Rogers, tirar sua própria vida. Alguns dias antes, mais dois jovens norte-americanos também se suicidaram, depois de anos de sofrimento: Jeffrey Fehr, 18, e Eric James Borges, de 19 (este último cresceu em uma família fundamentalista cristã que inclusive tentou exorcizá-lo).
Essas supostas terapias, repudiadas unanimemente pela comunidade científica internacional, constituem um grave perigo para a saúde pública. Adolescentes e jovens são obrigados, muitas vezes pela própria família, a tentar mudar o que não pode ser mudado, são pressionados para isso por estes grupos que promoven as mal chamadas "terapias de reversão da homossexualidade" e acabam com graves trastornos psíquicos ou se suicidam. Os responsáveis desses crimes deveriam ser punidos, mas o deputado Campos propõe um amparo legal para que, além de fugir da responsabilidade penal pelos seus atos, possam dizer que a lei os protege e que suas atividades criminosas são lícitas.
Nos EUA, um dos mais conhecidos grupos que dizem "curar" a homossexualidade é Exodus. Mas os "ex gays" de Exodus, mais tarde ou mais cedo, acabam sendo "ex ex gays", porque a orientação sexual não pode ser mudada ou escolhida a vontade (sobre isso também há absoluto consenso na comunidade científica). Varios ex líderes do grupo pediram públicamente perdão por seus crimes alguns anos atrás: "Peço desculpas a aqueles que acreditaram na minha mensagem. Tenho ouvido nos últimos tempos numerosas histórias de abuso e suicídio de homens e mulheres que não puderam mudar sua orientação sexual, apesar do que Exodus e outros ministérios lhes dizeram. Uma participante que conheci caiu numa profunda depressão e preferiu saltar de uma ponte. Naquele momento, disseram-me que não era minha culpa, mas meu coração não acreditou", declarou numa coletiva de imprensa Darlene Bogle, ex liderança da seita, junto a outros colegas que se arrependeram com ela.
Há uma preocupante confusão na sociedade, incitada por esse fundamentalismo religioso, que precisa ser esclarecida antes que a saúde física e psíquica de mais jovens seja afetada: ao contrario da religião, a orientação sexual de um indivíduo não é uma opção. Se o Estado é laico – como o é o brasileiro desde 1980 – questões de cunho moral e místico não podem ser parâmetro nem para a elaboração das normas nem para o seu controle. Valores espirituais não podem ser impostos normativamente ao conjunto da população.
Jean Wyllys
Deputado Federal

Vagas de Emprego