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11 Dicas para esquentar sua vida amorosa




Vocês estão juntos há algum tempo e, em geral, são um casal satisfeito. Mas falta alguma coisa. Beijos prolongados, olhares apaixonados, fugas espontâneas para o quarto, tudo isso é coisa do passado. Com o tempo, a vida amorosa ficou um pouco tranquila demais; o calor da paixão esfriou e virou uma afeição morna. Nada sério, é claro, talvez apenas um pouco monótono. Seleções consultou alguns especialistas no assunto para saber como dar uma “apimentada” no relacionamento.
 
1 A distância aproxima
“Quem está junto há muito tempo se conhece bem demais para que o encontro seguinte seja empolgante”, afirma a terapeuta de casais Doris Willer, de Hamburgo, na Alemanha. Ela diz aos clientes para não fazerem tudo juntos, para seguirem caminhos diferentes de vez em quando. “Experimente um passatempo novo, como cantar num coral ou fazer um curso de línguas. Passe um fim de semana fora sem o restante da família e permita ao parceiro fazer o mesmo. É importante não ser estraga prazeres”, insiste Doris. “Experiências novas e divertidas fora do relacionamento são fundamentais. E depois, certamente, vocês terão mui­to a contar um ao outro.
 
2 Revele os desejos íntimos
A Dra. Eva Wlodarek, psicóloga da organização Female Affairs, especializada em problemas femininos, sabe que uma coisa é certa: “Quem não fala sobre os desejos íntimos e não se abre para os desejos do parceiro tem como resultado a frustração.” Uma pesquisa recente da Female Affairs indica que 66% dos entrevistados do sexo masculino acham que o relacionamento lucraria com a comunicação das preferências eróticas. Mas, na hora da ação, nada é tão perfeito.
 
Dos homens, 62% admitiram que nem sempre falam abertamente sobre seus desejos, e 10% deles chegaram a dizer que não ousariam revelá-los. Ocorre mais ou menos o mesmo com as mulheres, que tendem a ficar caladas por medo da rejeição. Então, como abordar um assunto tão delicado? Eva Wlodarek explica as regras mais importantes: “Não é boa ideia dar sugestões ao parceiro quando já estão na cama. Ninguém quer ouvir sugestões para melhorar o desempenho em plena ação. Mas dizer apenas ‘Temos de conversar sobre um assunto’ também não é bom. Espere uma oportunidade em que os dois estejam de bom humor e dispostos a falar – durante um passeio, por exemplo.”
 
Tome cuidado para a sugestão não soar como crítica. Não diga “Por que você nunca...?”, mas sim “Sabe do que eu gostaria?”. Mas a Dra. Eva enfatiza que, se o parceiro não acatar a sugestão, é preciso aceitar o fato sem objeções: “Não é não. Todo mundo tem desejos diferentes, e ambos os parceiros precisam estar de acor­do sobre o que querem fa­zer na cama. Mas ainda recomendo conversar a respeito. É a única maneira de vir a conhecer as razões do parceiro e livrar-se dos possíveis temores.”
 
3 O trabalho doméstico deixa os homens mais sexies
Os estudos do psicólogo americano Joshua Coleman e do sociólogo Scott Coltrane indicam que as mulheres acham os homens que ajudam no serviço doméstico mais sexies do que os que só põem as pernas para cima e nunca mexem um dedo. “As mulheres nos disseram que se sentem mais atraídas pelos parceiros quando eles ajudam em casa”, diz Joshua Coleman. Ótima razão para se exercitar com as tarefas domésticas!
 
4 Jogos e brincadeiras
O comportamento rotineiro na cama pode ser apimentado com algumas brincadeiras. “Quando os casais estão insatisfeitos com a vida amorosa e um deles se sente prejudicado, sugiro que troquem de papel quando fizerem amor”, recomenda a terapeuta sexual Doris Willer. “Podem alternar quem toma as iniciativas e faz o papel de sedutor.”
 
Agora você é quem manda, da próxima vez será o parceiro. A questão não é necessariamente pôr em prática os sonhos eróticos mais loucos, e sim garantir que a rotina não seja enfadonha.
“Tentar algo novo é o único modo de apimentar a vida sexual”, explica Doris Willer.
 
Cultive a afeição
Quer deixar seu relacionamento mais romântico, como era antigamente? Então aumente a afeição e a admiração pelo parceiro. O conselho é do famoso terapeuta americano John Gottman. É possível praticar essa apreciação pelo outro. Por exemplo, escreva exatamente do que gosta em seu companheiro ou companheira e recorde uma situação em que ele ou ela demonstrou essas belas características.
 
6 Convite ao prazer
“Quem disse que a possibilidade de prazer físico tem de ser condição para o sexo?”, pergunta a Dra. Ulrike Brandenburg, sexóloga da cidade de Aachen, na Alemanha, e especialista da Female Affairs. “E por que ‘não estou com vontade’ sempre vence ‘um pouquinho de sexo nos fará bem’? Dê uma boa olhada em suas estratégias para evitar o sexo e tente uma abordagem mais informal e imediata.” Em vez de esperar até estar realmente ávido por sexo – e, sejamos francos, isso é raro em relacionamentos duradouros –, a Dra. Ulrike sugere tomar a iniciativa e partir para as intimidades “de propósito”. Faça um convite ao prazer e ele aceitará com alegria.
 
7 Forma melhor, sexo melhor
“Quarenta e cinco minutos de exercício ou uma sessão curta e intensa de levantamento de peso é a maneira ideal de aumentar a produção de hormônio masculino”, diz o urologista Frank Sommer, professor de Saúde Mas­culina do Hospital Universitário Hamburg-Eppendorf. Também é um estimulante da libido. E um estudo da NikeWomen indica que as mulheres jovens que se exercitam regularmente divertem-se mais na cama do que as sedentárias. Doze por cento delas disseram que o esporte melhorou muito sua vida sexual, e uma em cada dez afirma que aumentou a capacidade de sentir prazer com o sexo.
 
8 Espaço para a intimidade
O trabalho, a família e as obrigações o deixam estressado demais para o amor? Então procure períodos de lazer em que consiga encaixar algum tempo para o sexo e a intimidade. A terapeuta de casais Doris Willer recomenda: “Planeje um bom encontro, seja para o sexo, seja só para conversar. Dê ao parceiro um lugar especial na agenda. Afinal, uma boa conversa e a intimidade intensa não vão se materializar do nada quando estamos fazendo o jantar ou lavando roupa.”
 
9 Sentir-se bem ajuda a entrar no clima
Uma pesquisa da Female Affairs revelou que é difícil as mulheres ficarem completamente satisfeitas com seu corpo. Isso pode fazê-las evitar algumas posições, ter um papel passivo na cama ou reprimir os impulsos eróticos. “Verifique se os padrões físicos imaginados são ideais para você e sua vida amorosa”, é o conselho da Dra. Ulrike Brandenburg para as mulheres. “Se não forem, jogue-os fora!” Pare de se comparar com ideais impossíveis e com as outras mulheres! Você está ótima do jeito que é. O conselho dela aos homens: “Diga sempre à mulher da sua vida que ama o corpo dela do jeito que é.” Isso pode ter um efeito tremendamente libertador na cama.
 
10 Nada de TV no quarto!
A televisão é a distração perfeita. Infelizmente, isso se aplica tanto ao sexo quanto a tudo o mais. Num estudo com 523 casais italianos, a psicóloga e pesquisadora sexual Serenella Salomoni, de Pádua, verificou o seguinte: quando os casais não se distraem na cama, fazem sexo duas vezes por semana. Mas, assim que a TV entra no quarto, os encontros apaixonados caem para meia a uma vez por semana.
 
11 Fazer e escutar confidências
“É extremamente satisfatório e cria muita intimidade saber que o parceiro é um bom ouvinte, que é compreensivo e solidário”, diz a terapeuta de casais Doris Willer. O que realmente se fala não precisa causar terremotos; o essencial é a mensagem transmitida quando se escuta o outro e quando se confia nele. Assim, conte ao seu parceiro os pequenos altos e baixos no escritório e na vida em geral, e, quando ele ou ela fizer o mesmo, escute com atenção. Emocionalmente falando, compreender e ser compreendido é uma dádiva.
 
Ninguém pode lhe dar garantia alguma de maior intimidade nem a sensação de estar junto. Mas você pode fazer muito para criá-las. Como disse o gran­de romancista Theodor Fontane: “O amor floresce nas pequenas coisas.”
Por Christiane Kolb

Discutindo a relação


– Antes da gente casar, eu saía com homens muito mais inteligentes do que você! – grita a mulher para o marido.
– É verdade – responde o marido. – Foram inteligentes o bastante para não cometerem a burrice que eu cometi.  

Redes Sociais

Estudo revela comportamento dos consumidores 


Um estudo elaborado pela Performics, em parceria
com a ROI Research, procurou mostrar como os 
consumidores utilizam as redes sociais para obter 
informações pré-compras, dar conselhos sobre 
empresas e produtos e postar conteúdo específico 
de diversas indústrias. Além de analisar cada 
 categoria, o estudo também comparou variáveis 
entre as diferentes indústrias. Continua>>>


Maconheiros comemoram decisão do STF


Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar a realização da Marcha da Maconha em todo o país, manifestantes foram às ruas neste sábado em vários estados para comemorar. Mais de 40 cidades programaram a chamada "Marcha da Liberdade".
Em São Paulo, mais de duas mil pessoas, segundo a Polícia Militar, participam da marcha na Avenida Paulista. Os manifestantes iniciaram a concentração por volta das 14h, em frente ao vão livre do Museu de Artes de São Paulo (Masp) e saíram em passeata duas horas depois, pela avenida. Os manifestantes são jovens, em sua maioria, e foram acompanhados por um cordão de policiais. A pé, ocupam três das quatro faixas da avenida sentido Rua da Consolação.
Uma das organizadoras do evento Gabriela Moncau considerou uma vitória a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que dá liberdade de realização de marchas em todo o país.
Gabriela disse que na próxima segunda-feira será realizada uma audiência pública, em SP, para discutir o tema na Assembleia Legislativa.
- A decisão do STF é uma grande vitória à liberdade de expressão, que é algo garantido na Constituição. Mas estávamos sofrendo repressão. Não estamos incentivando o uso de drogas ilícitas na marcha. Estamos apenas entrando em um debate que deve ser discutido. Repressão lembra ditadura - afirmou Gabriela.

Um aplicativo que permite a criação de filmes em stop motion

O Frame X Frame é um aplicativo que gera filmes em stop motion, tirando várias fotos em sucessão e dando a ilusão de movimento. É muito fácil de usar e, com criatividade, dá para fazer coisas bem legais.

Antes de tudo, é importante lembrar que o app só está disponível para o iOS. Portanto, baixe o aplicativo na App Store e comece a usar. Selecione "Menu" para configurar a velocidade das fotos. Em "Time Lapse" você escolhe o número de cliques por segundo. Lembre-se que quanto mais cliques por segundo, mais rápido o seu gif vai ficar. É legal ajustar esses detalhes caso a caso, porque às vezes você vai querer um resultado mais parecido com um vídeo e outras não. Faça testes antes de começar e veja se os intervalos estão como você imaginou. Selecionando "Stop Motion" você escolhe se as fotos serão tiradas automaticamente ou manualmente. Mais uma vez, dependendo do que você quer de resultado, é preciso reajustar esta opção. Em "Continuous Shutter" o app vai clicando as fotos de acordo com o intervalo desejado e em "Manual Shutter" é você quem tira as fotos. Uma boa dica é deixar o "Anti-Shake" sempre pressionado para que as fotos não saiam tremidas.

Com todos os ajustes feitos, é só clicar no ícone da câmera fotográfica para começar a bater as fotos. Note que na opção de cliques automáticos, você verá um contador de clique no centro da tela, te avisando quandos ainda faltam. Para finalizar a sessão, selecione o mesmo botão e veja o resultado final, clicando neste quadradinho aqui.

Gostou? Se ficou com vontade de criar gifs e vídeos em stop motion, baixe o aplicativo no seu iPhone e boa diversão!

Uma decisão incompreensível da Corregedoria-Geral da PF



ImageNão dá para entender a ordem da Corregedoria-Geral da Polícia Federal (PF), para a instauração de inquérito policial aberto esta semana (dia 14) para apurar supostos crimes de injúria e difamação cometidos pelo diretor de comunicação da Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), Josias Fernandes Alves.

O inquérito decorre de representação do delegado-PF Célio Jacinto dos Santos, coordenador de “Altos Estudos de Segurança Pública”, da Academia Nacional de Polícia (ANP). Célio se julga tratado com "desrespeito" e "desconsideração" pelo artigo “Polícia de Juristas”, que Josias publicou na seção “Tribuna Livre” do site da FENAPEF em maio do ano passado.

O delegado Célio considera que o artigo prejudicou sua “boa fama” e “estima” perante seus colegas de trabalho e a comunidade que com ele convive”, além de provocar “aflições, desgostos e mágoas”, que interferiram no seu cotidiano profissional e social. Detalhe: ele não é mencionado no texto.

Delegado já moveu três ações contra colega

Pelo mesmo artigo, o delegado Célio - membro da direção de outra entidade dos policiais, a Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) - já havia representado contra Josias e pedido instauração de procedimento administrativo disciplinar (PAD), no que foi atendido - o processo foi aberto em novembro pp. e ainda tramita na Corregedoria-Geral da PF.

Um terceiro processo foi instaurado a pedido do delegado Célio, uma ação judicial na qual ele pedia R$ 20 mil por danos morais e a retirada do artigo do site. Mas, estes dois pedidos foram negados pela Justiça.

“Em vez de esclarecer os fatos relatados no texto, que são de interesse público, a Corregedoria da instituição está tentando criminalizar opiniões e cercear o direito constitucional de liberdade de expressão”, lamenta o presidente da FENAPEF, Marcos Vínicio de Souza Wink.

Concordo. O inquérito instaurado contra Josias lembra os tempos da ditadura militar e é um escancarado abuso de autoridade. A análise jurídica dos que acompanham os fatos é que não houve ofensa à honra. Mesmo que o artigo contivesse expressões pesadas, de cunho ofensivo, especialistas lembram que ofensa a honra de categoria profissional não existe e a jurisprudência é farta sobre isso.
 por Zé Dirceu

A clacinha branca de Gleise Hoffman


República do salto alto, da saia justa, do gineceu. Bobagem! Homem ou mulher, quem comanda precisa é ser competente e honesto
RUTH DE AQUINO
Época
RUTH DE AQUINO é colunista de ÉPOCA
raquino@edglobo.com.br
O foco malicioso na calcinha branca de Gleisi foi o clímax de uma semana de besteirol político. O frenesi pró e contra as mulheres no poder empobreceu o debate de ideias do regoverno Dilma. Nunca li tanta bobagem sobre a decisão de um(a) presidente. República da Luluzinha. Do salto alto. Da saia justa. No Planalto do gineceu, agora, só se contrata quem usa saia. Dilma voltou a usar terninho. Gleisi é normalista com nariz arrebitado. Ideli gosta de cantar e ama sargento triatleta 12 anos mais novo. São duras, mas são mães.

Elas gostam de mandar (é mesmo?). São tratores (é ruim?). Briguentas mas doces. E por aí vai. Gastou-se o verbo para analisar algo que não é substantivo. Não tem a menor importância se quem comanda é homem ou mulher. Precisa ser competente e honesto. Duas qualidades raras em Brasília. Qualquer que seja o sexo.

Uma jornalista escreveu que, “como mulher”, se orgulha de ver três mulheres no poder – mas desconfia que não vai dar certo porque nenhuma delas tem experiência. Elas não passam de “umas coadjuvantes”. Normal, não? Nos jornais diários e nas empresas, mulheres costumam ser coadjuvantes.

Os homens fizeram gozações de botequim sobre o triunvirato feminino. E pontificaram: o matriarcado é alto risco. Como se o patriarcado tivesse resolvido nossas mazelas de corrupção e falta de compromisso com o bem público e o futuro do país.

Abomino cotas sexuais ou raciais. Não acredito que Dilma tenha chamado Gleisi e Ideli por serem mulheres. Lula não chamou Zé Dirceu, Gushiken e Palocci por serem homens. Foram atrás de confiança. Torpedeada, Dilma nomeou fiéis escudeiras. Lula também, mas precisou se livrar dos amigões do peito. Dilma, antes mesmo de assumir, abriu mão de Erenice. Todos os companheiros foram derrubados por acusações de desvio de verba pública e abuso de poder.

Não consigo engolir Ideli. Exatamente por representar a política de sempre no Brasil, o fisiologismo que é coisa nossa no Congresso. Não confio em Ideli por ter defendido Renan Calheiros e Sarney. Por prometer cargos e fundos para aplacar a oposição (o PT e o PMDB). O fato de ser vaidosa não influencia em nada meu julgamento. É mau sinal que a própria Ideli, acusada de arrogante, caia na esparrela de prometer “uma operação limpa prateleira, coisa de mulher” e afirmar que nenhuma das três perderá “o lado mãezona”. Vamos trabalhar, minha gente varonil.
Não tem importância se quem comanda é homem ou mulher – precisa é ser competente e honesto
Há uns 15 anos, uma juíza rigorosa e irônica, minha amiga, comentou que só poderíamos comemorar a igualdade entre os sexos “quando as mulheres incompetentes também fossem promovidas, e não apenas as mulheres três vezes mais competentes”. Espero que não seja o caso porque torço pelo Brasil, pelas reformas, pela estabilidade. E acho um nojo essas disputas palacianas que visam apenas ao bem-estar dos políticos. Não passam de chantagens. Ideli já foi avisada. Se os pedidos de grana não forem atendidos, o governo vai sofrer novas derrotas em votações no Congresso. É o bolso, e não a consciência, que está em jogo.
Criticar as três por não serem políticas profissionais demonstra certa condescendência com o estado de coisas. Estamos todos satisfeitos com o exercício convencional da política em Brasília? O toma lá dá cá. As conspirações, os desmandos e as infidelidades partidárias. A República das gravatas listradas ou vermelhas. Dos mocassins. Dos ternos apertados nas barrigas estufadas. Do suor. Dos cabelos precocemente acajus. Das amantes e filhos bastardos. Dos casados com moças que poderiam ser suas netas. Mas, pensando bem, seria ridículo criticar o vice-presidente e os congressistas apenas por serem homens.
Me cansa esse discurso viciado de que a presidente e as ministras, “apesar de mulheres, têm fogo nas ventas”. É clichê demais. Não me orgulho porque temos três mulheres no poder. Minha torcida é pelo Brasil. Nomear uma ministra só por ser mulher é muita tolice. Menosprezá-la só por ser mulher é mais tolice ainda. É fraqueza. Não faz jus a machos e fêmeas minimamente inteligentes.

Amoreira do ELR

Fernanda me diz que tem em casa uma janela que dá para o quintal, onde floresce e frutifica uma amoreira. A amoreira olha para o céu, e Fernanda olha para a árvore. Às vezes sente vontade de subir e ficar lá em cima, num daqueles galhos, escondida entre as folhas.

Imagino que a amoreira da casa de Fernanda tenha folhas que recolhem tristezas, e flores que perfumam o vazio que fica no coração, por exemplo, no caso de perdas que deixam marcas. No outono, quando as folhas caem, arrastam com elas as velhas tristezas, as dores amarrotadas e as lembranças pontiagudas. E se a árvore da casa da minha leitora mineira, que mora no Sul, está sempre voltada para o céu, então é porque certamente recebe de lá uma espécie de bálsamo que reveste as folhas e que perfuma as flores.

Descubro então que amoreira é árvore do gênero Morus, a que pertencem plantas nativas das regiões temperadas e subtropicais da Ásia, África e América do Norte. Frutificam de Setembro a Novembro no Brasil, e de Maio a Agosto em Portugal. Existem as Morus rubra, alba e nigra - esta, a amora preta que, no Brasil, cresce muito bem. Há ainda Morus mesozygia, microphylla, atropurpurea, bombycis - e tantas mais. Desconheço qual a espécie da amoreira de Fernanda, mas deve ser 'amoreira de fé'. Como amigo de fé, cujo ombro está sempre ao alcance para colher um pouco que seja dos muitos momentos de pobre desamparo humano.

Disse certa vez um jardineiro-poeta que, por serem vivas, as plantas têm relação forte com a poesia. Talvez por isto haja também quem converse com elas, o que acaba resultando em plantas mais viçosas e saudáveis. Vai daí que uma amoreira de fé pode muito bem inspirar mentes e acalmar humanos sobressaltos como os de Fernanda. Que nem sei se chegou a subir na árvore, mas se o fez, terá voltado de lá com o coração mais tranqüilo. E com um pouco mais da coragem e confiança que – seres vivos traídos pelo egoísmo e a indiferença – vamos nos habituando a negar.

Quanto a mim, que não tenho quintal nem amoreira, vejo da janela do apartamento onde moro uma espatódea municipal. Fincada no concreto da calçada do outro lado da rua, não parece uma árvore feliz, como suponho a amoreira de Fernanda. Valente, apesar de maltratada, abriga pássaros comuns, e raramente aparecem funcionários da prefeitura para podá-la. Quando isso acontece, deixam quase só o tronco que, apesar da poluição e das raízes vizinhas à tubulação de esgoto, aos poucos se reveste de galhos e folhagem novos.

A árvore que vejo da minha janela apenas inspira cuidados. Diferente do que acontece com a amoreira de Fernanda, a espatódea só não se rende porque parece contar, para amenizar-lhe os maus tratos, com o canto-poema de algum bem-te-vi.

Os confidentes [...] da Muié

IstoÉ...por Sérgio Pardellas

Ela não decide sozinha. Há um restrito grupo de amigos e assessores a quem a presidente recorre nos momentos de crise, nas horas de tensão e quando precisa pedir conselhos, sejam pessoais ou sobre a escolha de novos ministros

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Depois de uma largada em que arrancou elogios até da oposição, a presidente Dilma Rousseff esteve às voltas, nas últimas semanas, com a crise política que envolveu o principal ministro do governo, Antônio Palocci. Nesse período, em que foi do céu ao inferno, a presidente não esteve solitária, como alguns dizem. Dividiu alegrias, angústias e apreensões com um número restritíssimo de auxiliares e amigos. O chamado grupo dos confidentes de Dilma é formado hoje por cinco pessoas: o chefe de gabinete da Presidência, Giles Azevedo, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o ex-presidente Lula e o ex-marido Carlos Paixão Araújo. Apesar de nunca abrir mão da palavra final, Dilma se aconselha com eles, seja antes de tomar uma decisão importante de governo, seja para desabafar sobre assuntos de cunho pessoal. “É difícil eu abrir coisas pessoais e compartilhar decisões, mas, quando o faço, a pessoa pode saber que ela é da minha inteira confiança”, costuma dizer a presidente, segundo relato de um assessor palaciano.
Os encontros ou conversas reservadas com integrantes do grupo de confidentes ocorrem normalmente, de maneira isolada, no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente, ou por telefone, e não compõem a agenda de compromissos do Planalto. Foi no Alvorada que Giles soube, em primeira mão, da demissão de Palocci dois dias antes do anúncio para a imprensa. Aconselhado, o chefe de gabinete fechou-se em copas até a confirmação. “A situação política se agravou. Não dá mais”, contou Dilma ao seu fiel escudeiro há pelo menos dez anos, não por acaso, chamado de “arquivo vivo” da vida pública da presidente. Nos últimos dez anos, Giles intermediou a maioria dos encontros políticos de Dilma. Hoje, o chefe de gabinete faz a triagem da extensa lista de políticos interessados em ser recebidos por Dilma no gabinete presidencial. O grau de intimidade e confiança é tanto que, em março, quando Dilma tirou férias numa área próxima à Barreira do Inferno, em Natal (RN), Giles foi o único integrante do governo a ser convidado a ir com ela. Ele, claro, atendeu prontamente.
Quem também está sempre a postos para os chamados de Dilma é Fernando Pimentel. Não raro, costuma receber telefonemas da presidente de madrugada. “O que você acha da Gleisi?”, perguntou Dilma a Pimentel numa dessas ligações inesperadas, antes de decidir nomeá-la ministra da Casa Civil. De todos os ministros, provavelmente Pimentel seja o mais próximo da presidente no âmbito pessoal. Ele é amigo e confidente de Dilma desde a ditadura militar, quando dividiram a cela.
Do time feminino na Esplanada, cada vez mais representativo, a ministra Tereza Campelo é a quem Dilma mais recorre. Bastante ligadas desde os tempos de Casa Civil, as duas falam até sobre assuntos prosaicos do dia a dia, como roupas, cabelo e cosméticos. Mulher de Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, Tereza foi um dos poucos auxiliares de Dilma que tiveram a liberdade de recusar um convite para um cargo, durante a montagem do governo. Inicialmente, Dilma a sondou para ocupar a Secretaria de Aviação Civil, mas não houve receptividade. “Então, vou dar o principal programa do governo para você gerenciar. E sei que você vai conseguir”, replicou Dilma para a amiga, ao chamá-la para coordenar o “Brasil Sem Miséria”, como ministra do Desenvolvimento Social.
Quando o assunto é estritamente pessoal, porém, Dilma toca o telefone para o ex-marido Carlos Paixão Araújo. Nos momentos de maior tensão, é com ele que a presidente desabafa e busca conselhos. Foi assim quando Dilma soube do agravamento da gripe, há dois meses, transformada em pneumonia. “Presidente tem essa coisa da primeira-dama. Se um dia a Dilma precisar, estarei ao seu lado”, costuma dizer Paixão. De acordo com integrantes do gabinete de Dilma, se Paixão liga, ela atende. E vice-versa. “Eles se falam muito. Mais do que as pessoas imaginam”, confidencia um interlocutor da presidente.
No auge da crise e quando a presidente esteve com a saúde debilitada, a figura do ex-presidente Lula também emergiu na vida de Dilma. Eles passaram a se falar praticamente dia sim, dia não. Normalmente, mantêm conversas semanais. Foi Lula, por exemplo, quem a aconselhou a apostar no diálogo com a base aliada e aparecer mais em público, para tentar recuperar a imagem, desgastada pela forma como conduziu a primeira crise política do seu governo. Sempre que precisar, Lula passará a atuar como seu escudo político. Não há nenhum gesto envolvendo os dois que não seja combinado previamente. “Quem apostar num desentendimento meu com o Lula vai errar”, esbravejou Dilma no início da gestão, quando surgiram rumores de que o ex-presidente estava contrariado com a comparação entre os dois.
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Greve dos professores municipais de Fortaleza

Professores afirmam não ter sido notificados da ilegalidade da greve e não vão voltar para sala de aula na segunda-feira
O descompasso entre professores municipais parados há quase dois meses e a Prefeitura de Fortaleza parece se acentuar a cada dia. Com a decretação da ilegalidade da greve, a gestão apresentou ontem duas propostas de calendário de reposição contando com a presença dos docentes nas salas de aula já na segunda-feira, dia 20. "A maioria das aulas nas escolas já voltou ao normal", afirmou a Secretária da Saúde e Educação, Ana Maria Fontenele.

Negando a assertiva da titular das pastas, a dirigente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), Gardênia Baima, "bateu o pé", disse que não recebeu nenhuma notificação oficial do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) e que a categoria só vai "voltar a pisar na sala de aula quando tiver o piso nacional realmente pago", ressaltou.

Durante a manhã de ontem, professores realizaram assembleia em frente ao Ginásio Paulo Sarasate e decidiram, por unanimidade, manter a greve.

Veja assembleia que decidiu continuidade da paralisação




A professora Mônica Moura afirma que, depois das ameaças da gestão, ninguém recuou. Ela relata ainda que na escola em que trabalha, na Secretaria Executiva Regional (SER) III, a grande maioria está parada.

"Com esta multidão toda nas ruas se manifestando, como pode ter aula acontecendo? É impossível estar em dois locais ao mesmo tempo. A assembleia estava lotada, centenas de professores juntos exigindo cumprimento da lei do Piso. Não vamos desanimar nunca", relata.

Segundo o Sindiute, a categoria irá aguardar, até segunda-feira, a apresentação de propostas por parte da Prefeitura, conforme assim obrigou o TJCE nas prerrogativas legais do processo de dissídio coletivo em curso.

Conforme o desembargador Teodoro Silva, responsável pela decisão de ilegalidade, a categoria teria 48 horas - contadas a partir do momento em que a intimação for recebida pelo Sindiute ou publicada em edital - para dar fim à greve, incorrendo em multa diária de R$ 10 mil caso haja descumprimento.

Entretanto, segundo o Tribunal, nenhum dos dirigentes sindicais foi localizado ontem, nem na sede do Sindicato e nem na Central Única dos Trabalhadores (CUT). A secretária geral da entidade, Ana Cristina Guilherme, não estaria em Fortaleza, mas sim em Brasília, participando de congresso nacional, segundo informou Baima.

Estado
O clima ficou tenso ontem, durante a assembleia geral dos professores da rede estadual de ensino, realizada também no Ginásio Paulo Sarasate. Após mais de três horas de debate, quando finalmente a mesa encaminhou as votações, por pressão dos presentes que já estavam impacientes, os ânimos se exaltaram.

Enquanto um grupo defendia que fosse deflagrada a greve, o Sindicato dos Professores do Estado (Apeoc) apostava na negociação, por não considerar o momento oportuno para paralisar as atividades.

Após um princípio de confusão, a categoria deliberou pelo indicativo de greve para o segundo semestre, a ser ratificada em nova assembleia geral, que será realizada no dia 30 de junho, às 8h, no Ginásio Paulo Sarasate.

O Governo do Estado se comprometeu a apresentar, até o dia 29 próximo, uma proposta global para a categoria, incluindo a implantação do piso e a readequação do plano de carreira. A categoria reivindica piso salarial de R$ 1.597,00 e avisa que o valor mínimo do piso não os contempla.

IVNA GIRÃO E LUANA LIMA

Lula fala para os "brogueiros" sujos




Na sala reservada aos convidados, logo atrás do palco, Lula estava ansioso. A mesa de abertura do Segundo Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas era conduzida por Maria Frô e Ênio Barroso. 

Os dois blogueiros saudaram as mais de 400 pessoas presentes, e chamaram – antes de Lula – o governador do Distrito Federal, Agnello Queiroz, que deu as boas vindas aos participantes que acabavam de chegar ao auditório da CNTC (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio).

Atrás do palco, Lula brincava, inspiradíssimo: “agora ficou chic ser brogueiro”, fazendo graça com os que dizem que ele erra no Português. “ Eu quero ver o Agnello falar pros ´brogueiros´progressistas”. Lula não se agüentou, pôs a cabeça pra fora da porta, olhando para o auditório gigante. Cinegrafistas e fotógrafos perceberam a presença do ex-presidente e os flashes estouraram.

Cinco minutos depois, Ênio chamou à mesa aquele homem inquieto, que foi saudado de pé: “Lula, guerreiro, do povo brasileiro”.

Numa fala de improviso, Lula mandou alguns recados. Primeiro aos blogueiros, lembrando o papel da internet como contraponto à velha mídia na última campanha eleitoral:
“os blogueiros tiveram um papel extraordinário, mostraram que o povo não precisa mais de intermediário mais na comunicação.”
Citou o caso da “bolinha de papel”, mandando então recados a Serra e aos tucanos:
“às vezes, eu tenho vontade de ir naquela clínica ver o exame que foi feito na cabeça do candidato”
E arrematou:
“Quem chamou você de blogueiros sujos era quem fazia a sujeira”
Lula deu outros recados. Um deles, especial, dirigido ao Ministro das Comunicações Paulo Bernardo, que falaria logo depois:
“Paulo, a gente nao pode ter medo do debate”.
Aliás, um detalhe curioso. Quando Lula citou Bernardo, houve aplausos discretos. Quando citou a presença de Franklin Martins (que dirigia a Secom no governo de Lula), o público aplaudiu efusivamente. Um reconhecimento de que Franklin teve a coragem de mexer em pontos sensíveis, ao propor um novo Marco Regulatório – que Paulo Bernardo promete mandar ao Congresso em breve (mas há certa desconfiança sobre qual projeto será enviado: o original, do Franklin? Ou um projeto mais amaciado, para agradar certas corporações?).
Ao final da fala, Lula foi cercado por blogueiros e militantes. O povo queria fotos, queria autógrafos. O sururu estava criado: aquilo virou uma confusão. Maria Frô conseguiu botar ordem na casa, depois de algum esforço. Lula desceu do palco, e seguiu para sala dos convidados. Dois blogueiros peruanos – que acompanharam a recente eleição de Ollanta Humala – entraram na sala pra falar com Lula. E ele fez graça de novo:

“Olha aí, onde tem brogueiro, a gente elege um mala”.

Lula foi embora, seguido por aquele batalhão de repórteres e cinegrafistas do chamado PIG, que tentavam arrancar uma declaração qualquer. Eu – que sou jornalista de TV, e tantas vezes estive na pele daqueles pobres (alguns nem tão pobres) repórteres, que se acotovelam atrás da autoridade que precisa ser entrevistada – fiquei até com pena.

Lula parou pra falar com militantes, com uma senhora sergipana que pedia autógrafos. Tirou fotos, distribuiu abraços. Aos repórteres, nada! Aquele também era um recado. Os intermediários da comunicação estão perdendo espaço e poder.

A presença de Lula foi uma festa. Mas foi também uma grande vitória. Lula não tem ido a qualquer evento. Dá palestras pagas, com cachê alto (que ajuda a bancar o Instituto que ele está montando em São Paulo).

Mas a presença ali na abertura do Segundo Encontro de Blogueiros, sem cachê, e com o vigor e a energia demonstrados, era mais um recado: Lula reconhece o papel central da nova comunicação. Reconhece o papel dos “brogueiros”.

E prometeu, mais uma vez: em breve também será um “brogueiro”.

Brogueiro sujo? Pode ser… Mas lembrando sempre: quem faz sujeira,mesmo, é outra turma, que a gente conhece bem…

PS: agora há pouco, depois das belas falas de Comparato, Erundina e Venicio, Paulo Henrique Amroim pediu a palavra e lembrou – Ä festa de ontem (com Lula) foi bonita, mas é preciso lembrar que essa festa nao é completa porque o governo anterior não teve coragem de encarar a batalha do Marco Regulatorio”. Ou seja: Lula fez menos do que poderia nessa área da comunicação.
por Rodrigo Vianna