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Lula encontra PT paulista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou a cúpula paulista do Partido dos Trabalhadores para discutir os rumos da sigla na disputa pelo governo de São Paulo. O encontro ocorrerá hoje a noite em um jantar em Brasília, onde estarão presentes a bancada paulista do partido, as principais lideranças políticas da sigla no Estado e o prefeito de Osasco, Emídio Souza, pré-candidato do PT à sucessão do governador José Serra (PSDB). As convocações para o encontro foram feitas pelo presidente estadual do PT e ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, a pedido do próprio Lula.

Este será o primeiro encontro entre a cúpula paulista do partido e o presidente da República para tratar exclusivamente da sucessão no Estado, que segue indefinida. Lula vai ouvir pessoalmente os argumentos de uma boa parte do partido que defende a candidatura própria e o nome de Emídio, na presença do prefeito de Osasco, que vem fazendo campanha para se tornar o escolhido do PT na disputa estadual desde o início do ano.

Apesar de contar com o apoio de uma parcela considerável do partido em São Paulo - apenas quatro dos 19 deputados estaduais não o apoiam -, Emídio de Souza ainda está longe de ter seu nome definido como o candidato do PT. Em uma eleição estratégica para a manutenção do poder nacional, a definição do candidato ao governo do maior Estado da federação passa muito mais por Brasília do que pelo diretório do partido em São Paulo. “O tabuleiro de xadrez é outro, enquanto aqui nós vemos uma realidade estadual, lá o Lula vê o jogo de alianças nacional”, diz o prefeito de Osasco, resignado com o fato de apesar de ter o apoio da maior parte do partido ainda assim não ser o escolhido para a disputa no Estado.

No fim, o que contará será a decisão que for tomada pelo presidente da República. Será Lula quem dará a palavra final sobre quem vai enfrentar a hegemonia tucana de 14 anos em São Paulo. Lula queria o deputado federal Antônio Palocci (PT-SP) como o candidato, mas o adiamento do julgamento do ex-ministro da Fazenda no Supremo Tribunal Federal obrigou o presidente a buscar uma nova opção. O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) continua sendo uma das apostas de Lula, mas a indefinição por parte do próprio ex-governador cearense mantém o posto vago. “O cenário ainda está muito indefinido, há muitas variáveis em aberto”, diz Emídio.

É em cima exatamente de todas essas variáveis que a conversa entre Lula e a cúpula paulista do PT deve se concentrar na noite de amanhã. Sem um nome forte no Estado para disputar a eleição ao governo, o partido estaria aberto para, pela primeira vez nos últimos 20 anos, não ter um candidato próprio em prol de um projeto maior, a eleição da ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff.

Aberto, porém relutante. A parcela que apoia Emídio vai defender que mesmo com Ciro saindo como candidato, o PT deve ter um nome próprio. Na avaliação de lideranças que estão ao lado do prefeito de Osasco, duas candidaturas de oposição ao PSDB poderiam levar as eleições para o segundo turno. “E se o candidato for o Aloisyo Nunes Ferreira, como achamos que será, a disputa fica mais aberta”, afirma um dirigente petista.

Ciro dá estocada em Serra/Quercia


Ontem, em Salvador, perguntaram ao deputado Ciro Gomes se ele governaria com o PMDB caso um dia se elegesse presidente da República.

Resposta:

- "Eu posso governar com qualquer um, mas eu imporia uma hegemonia moral e intelectual completamente diferente. Eu já governei, não sou um poeta do ramo e simplesmente eu impus um padrão moral. No PMDB? Também. Eu impus o padrão moral, tudo bem você prestigiar o PMDB nas coisas corretas, agora aceitar este tipo de coisa, comigo não, nunca aceitei, não tem precedente".