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Espetinho ao molho de acerola

Ingredientes

  • 1 kilo de carne de porco cortado para espetinho
  • 60 gramas de polpa de acerola
  • 2 colheres [ sopa ] de manteiga
  • 1 cebola pequena
  • Sal e pimenta-do-reino à gosto
  • 1 limão espremido
  • Azeite de oliva para untar
Como fazer
Tempere a carne com sal, pimenta-do-reino e limão. Unte a carne com azeite e leve para grelhar. Enquanto isso derreta a manteiga e refogue a cebola. Acrescente a polpa de acerola e cozinhe durante 3 minutos. Sirva o espetinho com arroz branco e purê de batata regando a carne com o creme.

Leonel Brizola e a " Privataria Tucana "



Na próxima segunda-feira, completam-se 90 anos do nascimento de Leonel Brizola.  Embora ele tenha vivido seus derradeiros anos como um crítico de Lula – não por suas ousadias, mas por suas concessões -  acho que tenho algum conhecimento de seu pensamento para dizer que, se tivesse visto os acontecimentos após 2004, data de sua morte, teria cambiado suas opiniões. E seria, certamente, não um áulico do petismo, mas um foco de pressão à esquerda na base governista, algo que muita falta nos faz hoje.
Porque Brizola dizia, com muita razão que “socialista é o povo, nós somos meros aprendizes”. E veria que estava surgindo, não como abstração como foi o Lula pré-presidência, mas como ele se tornou, à medida em que se dissolvia a aparente unanimidade do “Lula-lá” e começava-se a marcar, em relação ao Lula presidente, os campos evidentes da elite e do povão, do interesse nacional e da alienação das riquezas deste país.
Não sei se seria assim, é intuição e suposição de 20 anos de convívio diário.
Mas há algo que, sem sombra alguma, teria Brizola à frente: a oportunidade de lançar luz sobre as tenebrosas transações que envolveram a privatização do patrimônio público.
Era algo que o indignava, que o transtornava, que o revoltava.
A esta altura, ele estaria andando com o livro do Amaury Ribeiro Jr. pelo país.
Mas mirando acima de José Serra: em Fernando Henrique Cardoso.
PS. Na segunda-feira, 23, o aniversário de Brizola vai ser lembrado com o que de melhor ele nos deixou: suas ações corajosas e seus pensamentos sempre cortantes. Osvaldo Maneschy, Apio Gomes, Paulo Becker e Madalena Sapucaia lançam o livro “Leonel Brizola – A Legalidade e Outros Pensamentos Conclusivos”, às 18 horas, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)  – na Rua Araújo Porto Alegre 71, no Centro do Rio. Editada pela Nitpress, do também ex-colaborador de Brizola, Luiz Augusto Erthal, é uma coletânea de entrevistas e depoimentos do líder trabalhista, grande parte deles preservada pelas infinitas fitas de Maneschy e pelos imensos arquivos de Ápio Gomes. 
O prefácio do livro é de Paulo Henrique Amorim.

por Brizola Neto

Governo cumprirá metas para copa de 2014

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou hoje (16) que o governo está promovendo todo o esforço necessário para que o Brasil realize "uma Copa do Mundo de Futebol à altura das expectativas do mundo e do país". Ele participou de entrevista coletiva sobre os preparativos para o Mundial ao lado do ex-jogador e dirigente do Comitê Organizador da Copa do Mundo, Ronaldo Nazário, e do secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke.

"A Copa é o acontecimento mais democrático, o mais acessível, porque envolve uma paixão universal, que é o futebol. E no Brasil a nossa responsabilidade é mais ampla, não apenas pelo que o futebol representa para o mundo, mas principalmente pelo que o futebol representa para o nosso país, pelo que ele significou e pelo que ele significa para a identidade nacional dos brasileiros."

Aldo Rebelo antecipou que amanhã será realizada uma reunião sobre a segurança na Copa, e lembrou do esforço do país para a construção dos estádios, "que estão todos bem encaminhados", para a execução das obras de mobilidade urbana necessárias e para a aprovação da Lei Geral da Copa. Disse, ainda, que o comando das ações da Copa dentro do Ministério do Esporte ficará sob a responsabilidade da secretaria-executiva.

Já o ex-jogador Ronaldo afirmou estar otimista e confiante de que o Brasil "realizará a melhor Copa do Mundo de todos os tempos". Sobre seu papel na direção do Comitê Organizador, ele afirmou que, além de questões formais, seu trabalho será fazer com que "os brasileiros acreditem e fiquem orgulhosos de receber o evento".

"Nós vamos mostrar, absolutamente, que além de sermos bons de bola, nós somos também bons organizadores".

Ingressos – Jérome Valcke informou que haverá uma reunião na próxima quinta-feira (19) para definição das quatro categorias nos estádios, bem como o custo de ingressos para os estudantes, idosos, população de baixa renda, entre outros.

"Nós vamos preparar um documento que vai explicar claramente todos os grupos e os direitos desses grupos com relação à categoria de ingressos. Todas essas questões vão ser discutidas com o governo. Há questões logísticas que precisam ser discutidas", disse.

O secretário-geral visitará as cidades-sede da Copa do Mundo e da Copa das Confederações, que será realizada em 2013 no Brasil. Segundo Valcke, a partir de março ele virá ao Brasil a cada seis ou oito semanas para acompanhar e avaliar o andamento das obras.

"Por enquanto não há preocupação com nenhuma cidade", pontuou.



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PALAVRAS DE LUZ


Não desanime jamais:
Mantenha acesa a chama do seu ideal.
Tenha coragem:
Você vencerá todas as dificuldades.
Leia mais:
O bom livro é o nosso melhor amigo.
Aproveite o momento presente:
Comece a construir seu futuro.
Não perca a sua serenidade:
conserve a paz interna.
Trabalhe com amor:
do trabalho depende o seu futuro.
Tenha paciência:
a irritação estraga a saúde.
Cultive o otimismo:
a alegria é o segredo da vitória.
Seja alegre:
a vida continua sempre,
já que a morte não existe.
Proteja as crianças:
dê-lhes o que desejaria para si.
Procure Deus:
Ele habita dentro do seu coração

ARTE DE SER FELIZ.




Acorde todas as manhã com um sorriso. 
Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz. 
Seja seu próprio motor de ignição. O dia de hoje jamais voltará. 
Não o desperdice, pois você nasceu para ser feliz! 
Enumere as boas coisas que você tem na vida. 
Ao tomar consciência do seu valor, você será capaz de ir em frente com muita força, coragem e confiança! 
Trace objetivos para cada dia. 
Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez. Seja paciente. 
Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina, pois é o seu trabalho que o mantém alerta, em constante desenvolvimento pessoal e profissional, além disso o ajuda a manter a dignidade. 
Não se deixe vencer, não seja igual, seja diferente.

Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas, nem alegrias.
Conscientize-se que a verdadeira felicidade está dentro de você.
A felicidade não é ter ou alcançar, mas sim dar.
Estenda sua mão. Compartilhe. Sorria. Abrace.
A felicidade é um perfume que você não pode passar nos outros sem que o cheiro fique um pouco em suas mãos.
O importante de você ter uma atitude positiva diante da vida, ter o desejo de mostrar o que tem de melhor...
O tempo para ser feliz é agora.
O lugar para ser feliz é aqui!


As leis e as frutas

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No deserto, as frutas eram raras. Deus chamou um dos seus profetas, e disse:

 - "Cada pessoa só pode comer uma fruta por dia". 

O costume foi obedecido por gerações, e a ecologia do local foi preservada. Como as frutas restantes davam sementes, outras árvores surgiram. Em breve, toda aquela região transformou-se num solo fértil, invejado pelas outras cidades. O povo, porém, continuava comendo uma fruta por dia - fiel à recomendação que um antigo profeta tinha passado aos seus ancestrais. Além do mais, não deixava que os habitantes das outras aldeias se aproveitassem da farta colheita que acontecia todos os anos.

O resultado era um só: as frutas apodreciam no chão. Deus chamou um novo profeta e disse:

- "Deixe que comam as frutas que queiram. E peça que dividam a fartura com seus vizinhos".

O profeta chegou na cidade com a nova mensagem. Pregou, mas terminou sendo apedrejado - é que o costume estava arraigado no coração e na mente de cada um dos habitantes. Com o tempo, os jovens da aldeia começaram a questionar aquele costume bárbaro. Mas, como a tradição dos mais velhos era intocável, eles resolveram afastar-se da religião. Assim, podiam comer quantas frutas queriam, e dar o restante para os que necessitavam de alimento. Na igreja local, só ficaram os que se achavam santos. Mas que, na verdade, eram pessoas incapazes de enxergar que o mundo se transforma, e que nós devemos nos transformar com ele. 

Mais salário e formalização do emprego diminuem jornada de trabalho

O brasileiro passa cada vez menos tempo no trabalho. Dados do Censo 2010 revelam que o porcentual das pessoas que trabalham mais de 45 horas por semana caiu quase pela metade em uma década. Em 2000, 44% dos trabalhadores do País passavam mais tempo que isso no serviço, número que baixou para 28% em 2010. Isso significa que, em números absolutos, 5 milhões de pessoas deixaram de trabalhar mais de 9 horas por dia.
O número impressiona ainda mais quando se leva em conta que mais de 20 milhões de brasileiros – o equivalente a toda população da Grande São Paulo – ingressaram no mercado de trabalho nos últimos dez anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ao mesmo tempo, cresceu a proporção de pessoas que trabalham menos de 14 horas por semana – o salto foi de 3% para 8,3% do total da população economicamente ativa, um ganho de 5 milhões de trabalhadores. A maior parcela da população tem uma jornada semanal que varia entre 40 horas e 44 horas.
A redução da jornada de trabalho nos últimos anos está diretamente ligada ao aumento real no salário do brasileiro – hoje, ganha-se mais por hora trabalhada que em 2000 – e também à formalização do mercado de trabalho. A porcentagem de trabalhadores com carteira assinada pulou de 36% para 44% entre 2000 e 2010 – na contramão, os funcionários sem carteira de trabalho caíram de 24% para 18%. “A formalização do trabalho regula a jornada de trabalho e a hora extra. A empresa ou o empregador vão evitar de pagar hora extra, portanto, vão reduzir a jornada para o que é oficial”, diz Arnaldo Mazzei Nogueira, professor doutor da FEA-USP e PUC-SP.
Pizza. Isso aconteceu, por exemplo, com grande parte dos entregadores da pizzaria Dídio, da Lapa. A profissão era bastante informal no início da década, mas pouco a pouco mais vagas com carteira assinada foram surgindo. Hoje, na Dídio, todos os entregadores trabalham em horário definido, com direito a férias e 13.º. “Dá uma tranquilidade que eu não tinha alguns anos atrás, quando trabalhava em outra pizzaria, não tinha hora para sair e ainda ganhava menos que aqui”, conta Eduardo Evangelista Nunes, de 50 anos.
No Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal, os trabalhadores com carteira assinada já são maioria da população. Mas alguns Estados ainda mantém um baixo contingente de profissionais com carteira de trabalho. Um exemplo é o Maranhão, onde apenas 20,8% são registrados. “Ainda há um grande contingente de trabalhadores sem regulação e que pode estar trabalhando jornadas insuportáveis”, lembra Nogueira.
Mulheres. O mercado de trabalho mais feminino, tendência da última década, também colaborou para reduzir a jornada. A diferença da participação entre homens e mulheres em postos de trabalho caiu de 20 pontos porcentuais para apenas seis em dez anos. “As mulheres costumam trabalhar menos horas do que os homens e a inclusão delas deve ter reduzido a média de horas semanais”, afirmou Regina Madalozzo, professora do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).
No Piauí, Paraíba e Ceará, a mão de obra feminina já supera a masculina. Os outros Estados do Nordeste também lideram a porcentagem de mulheres no mercado. “Isso ocorreu por causa da melhora econômica da região, urbanização e expansão dos serviços e comércio”, analisa Nogueira. O professor lembra que essa redução da diferença entre gêneros não reflete uma igualdade salarial. Levantamento de maio do ano passado, também do IBGE, mostrou que o salário médio da mulher é 20% menor que o do homem.
Qualificação. Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, outro fator que pode ter influenciado a redução da jornada de trabalho foi o aumento da quantidade de pessoas que divide o dia entre trabalho e estudos, de olho numa melhor qualificação. “Pode ser que essas pessoas tenham diminuído um pouco a carga de trabalho para poder ter mais tempo de estudo.”
A formalização e o aumento da idade média dos trabalhadores deverá se acentuar nas próximas décadas. A perspectiva do País de se tornar a quinta maior economia do mundo até 2015 deverá exigir, sobretudo, um aumento da capacitação dos trabalhadores. “A palavra mais importante nos próximos anos será capacitação. O País vai precisar de pessoas capacitadas e qualificadas”, afirma Regina.

por Luiz Guilherme Gerbelli e Luis Bugarelli no (R) Estadão

A hora do “mea culpa”

ou você se liberta da inércia ou vamos todos pro brejo 


O sistema imobilizou a sociedade humana e assumiu os controles do pensamento de cada um


"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence".
Bertold Brecht, pensador e teatrólogo alemão (1898-1956)

Numa coisa você tem que fazer uma baita "mea culpa": sua responsabilidade por todo esse ambiente de malfeitos e manipulação programada que assola o país salta à vista. Porque, permita-me a dureza da afirmação, salvo raras exceções, a peste da visão superficial monitora sua assumida miopia e faz de você, ou do seu amigo mais próximo, um joguete nãos mãos de um sistema fundado na corrida do ouro, no instinto selvagem de meter a mão no alheio, no delírio paradisíaco, ao ponto da rede Bandeirantes dedicar um programa semanal a futilidades de mulheres que nadam em dinheiro e esbanjam indiferentes ao mundo sofrido dos que carregam o país nas costas. A omissão ampla, geral e irrestrita produziu todo tipo de efeitos colaterais: de um modo geral, você perdeu a visão crítica imparcial e se aceitou ventríloquo da meia dúzia de espertos que pautam sua conduta. Fez-se um torcedor político e sacia-se em criminalizar os adversários, fechando os olhos para os seus ídolos preferidos e esquecendo-se de olhar mais fundo o buraco, que é  mais embaixo.
 

(O que vou dizer a seguir atropela sua capacidade de tolerância aos escritos. Dificilmente, você irá até o fim desta leitura. Sei disso. Sei disso há muito, muito tempo mesmo).

Não pense que estou falando isso para lhe ofender. Acho até que você pode pegar a carapuça, sendo um inocente útil, e se voltar contra mim. Aliás, confesso, nem sei hoje quantos dão atenção aos meus papeluchos escritos a sangue, suor e lágrimas, e quantos acham que eu só digo isso e aquilo porque quero vender meu peixe e ficar bem na fita.

Antes das minhas cismas chegarem até você, milhares de feéricas imposturas já se espargiram ao vivo e a cores sobre seu cérebro volátil e formataram seu recipiente mental: no fundo, no fundo, você se rendeu ao mau hábito de só considerar  aquilo que lhe agrada, que se enquadra no seu juízo atávico e empedernido.


Pior. A alquimia do sistema não apenas lhe jogou contra o raciocínio crítico. Foi mais além no seu logro vitorioso: reduziu a pó ou confinou as fontes da inteligência e da cultura, a ponto de ser corriqueiro um médico brilhante desconhecer qualquer informação além da sua clínica, aliando-se  a quase totalidade dos seres vivos nos braços do besteirol.


Pode ser até que a esta altura você já esteja mudando de página, trocando-me pelo faceboock ou o twiter, os preferidos da rede, onde apraz qualquer besteirinha postada em meias palavras.

 

Provavelmente, você deve me negar qualquer autoridade para observações tão contundentes e repetitivas. Mas pode ser que alguém me credite um tempo e dê continuidade a essa leitura. Porque, como aprendi desde menino buchudo, que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

Digo isso porque deploro sua convivência leniente com os mesmos dolos que se repetem sazonalmente diante de seus olhos, sem que você rompa com essa mesmice soturna, por uma única razão: pimenta dos olhos dos outros é refresco.

Até o dia que o ciclone bata em sua porta, sua indiferença tácita funciona como um consolo. Você até lamenta um monte de coisas, mas da boca pra fora,  nos limites do seu convívio restrito.

Há tantos atrativos interessantes a seu alcance, pelo menos hoje, que você opta pelo que lhe toca diretamente. Qualquer malefício na vizinhança você põe na conta de quem não gosta e vai tratando de galgar os degraus reservados a alguns, provavelmente a você, - quem sabe?

O sistema falou mais alto quando lhe fez endossar sua seleção de bons e maus. Estão lhe depenando no condomínio, nos aluguéis, nos transportes,  nos preços dos serviços, no custo da comida, nos pedágios, nos impostos duplicados, nos balcões das escolas, nas despesas paralelas com a saúde e a segurança, nas contas de telefone, luz, gás e água, na gasolina, nos estacionamentos, mas você acha que tudo isso é parte de uma civilização moderna e dinâmica, debitando toda essa penca criminosa exclusivamente aos políticos que você não gosta, como se estes chegassem lá sozinhos, sorratei ramente, sem os milhares de sufrágios que lhes garantem o fausto e o poder eterno, ao serviço de quem realmente se locupleta em alta escala e pode se transformar da noite para o dia no rei da cocada preta, no freguês assíduo dos paraísos fiscais e no herói da revista Forbes, aquela que glorifica os donos do mundo, entre os quais, aliás, sobe vertinosamente um brasileiro de 54 anos, 16 anos mais moço do que o mexicano do pódio.

Você provavelmente nunca parou para esmiuçar fortunas meteóricas, achando que elas são frutos de talentos e abnegação. Nunca ouviu falar e nem quer saber da exploração do homem pelo homem, na mais valia.

Você, ao contrário, pode até não ser o seu caso, (o você que falo é qualquer um, pode não ser o distinto) gostaria mais era de ser aquele do topo da pirâmide,  percorrendo as  filas das lotéricas ou perdendo o recato e pegando o seu por fora, convencido de que de grão em grão a galinha enche o papo.

Esse tipo de aspiração onde o céu é o limite acaba  desfigurando a alma de ricos, pobres e remediados. A razão de viver perde sua essência humana e, em seu lugar, passam a nos mover os instintos do capitalismo selvagem, do é belo quem tem,  passam a nos ofuscar as estrelas do falso brilhante, exacerbando ao extremo inconscientemente o individualismo, a inveja e os símbolos da aparência como elemento motor.

Sem perceber, você se deixa envolver pelas referências fortuitas dos grandes sucessos. Pilotos d e automóveis, jogadores de futebol, artistas, personagens da televisão, boçais do BBB, políticos matreiros,  novos ricos exibicionistas, enfim a glorificação desses fenômenos raros povoa o imaginário social e reforça em seu ego toda a mesquinhez que o gênero humano pode assimilar.

Dependendo do patamar em que você esteja, a desfiguração da alma se dá de forma diversa. E uma bolha de ilusões se dissemina sobre um todo como produto industrial de alto teor corrosivo.

Os pobres, ah esses pobres parecem presas de um conformismo em proporção inversa. Tornam-se vulneráveis à mistificação de toda espécie, especialmente a de charlatões inescrupulosos, que em nome de Jesus ocupam indevidamente horas de televisão, prometendo céus e terras, valendo-se de curas ensaiadas e promessas fantasmagóricas sem o menor escrúpulo.

Mas os pobres da terra também se deixam acomodar pelos prog ramas compensatórios de caridade oficiais, em que a distribuição de migalhas tem efeito castrador. O lumpesinato congregado torna-se referência e objeto de cobiça dos políticos maledicentes que se aproveitam da mais controvertida virtude da democracia, já rejeitada por Sócrates no seu nascedouro: na hora da grande decisão, tem o mesmo peso o voto de um idiota, de um analfabeto político, de um desinformado assumido, tanto quanto o voto de um inquieto avaliador dos possíveis mandatários.

Todos esses ingredientes movem uma roda viva abismal. A sociedade humana está se consumindo no desleixo do pensamento, submetendo-se candidamente à gerência intelectual de um sistema que desenvolveu a fórmula da espoliação indolor com as picadas de suas moscas azuis sobre os ambiciosos e o veneno de suas abelhas anestésicas sobre a turba propensa à vida de gado, para quem qualquer prazer diverte.

Nesse contexto, não há o que esperar de diferente. O que está acontecendo é pouco em relação ao que pode acontecer enquanto você se considerar comprometido unicamente com sua própria vidinha que, reconheçamos, já é um fardo, principalmente porque você acha que terá de resolvê-la enquanto indivíduo, no paralelo com outros tantos que têm os mesmos infortúnios, mas que também perderam o hábito de se somarem aos seus iguais.

 
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