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Violência - Entrevista com Beltrame

Vamos investigar " dentro de casa", afirma secretário de segurança do Rio de Janeiro

O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, 53, anuncia em entrevista à Folha que fará com que as corregedorias de polícia deixem de ser "reativas" e passem a "proativas". "Vamos investigar dentro de casa", declara.
Ele coordenou na semana passada a mais incisiva ação policial contra o tráfico em décadas, com a retomada do Complexo de Alemão, na zona norte. Foram mais de cem prisões e mais de 300 armas e 35 toneladas de drogas apreendidas, mas também denúncias de roubos, agressões e corrupção de policiais.

O secretário disse que o governador Sérgio Cabral (PMDB) finaliza decreto para que policiais sejam obrigados a apresentar declaração de Imposto de Renda.

Drogas - Os verdadeiros [i]responsaveis estão à solta

Até o momento de escrever esta crônica, quinta-feira, 1º de dezembro, não recordo de nenhuma abordagem séria e profunda que tenha comentado sobre a responsabilidade dos idiotas que se aventuraram no mundo das drogas. Os dedos oportunamente acusadores estão todos voltados para os traficantes, que são inteligentes e eximem-se de culpa, de forma compulsória, os burros que vão comer nas mãos deles, nas bocas-de-fumo dos morros, ou nos becos e vielas das favelas das periferias do Brasil, onde encontram a sua maconha, o seu crack, a sua cocaína.

Não lembro de nenhum registro nas crônicas policiais dando conta de um traficante que tenha apontado uma arma para obrigar a quem quer que seja a fazer uso de qualquer tipo de droga. Eles simplesmente vendem, disponibilizam para o farto e crescente mercado consumidor o seu "bagulho". Não tenho lembrança de traficante que se preze assaltando nos semáforos ou apelando para saidinhas em porta de banco, assaltando turistas nas calçadas da Avenida Nossa Senhora de Copacabana ou roubando cordões de ouro na Beira Mar.

Esses idiotas viciados, sim. A sociedade de bem viu, entre estarrecida e atônita, a megaoperação desencadeada pelas autoridades do Rio de Janeiro, com o apoio do aparato militar para reconquistar a "republiqueta" do Alemão, tomada há décadas pelo tráfico, e ali fincar a bandeira do Brasil, como a mesma pose fotográfica com que os soldados americanos fincaram a sua na conquista da ilha de Iwo Jima, na Segunda Guerra Mundial. O governo gastou uma fortuna para retomar aquela "ilha" brasileira sob o controle dos traficantes do morro. Ali foi só uma batalha parcialmente vencida, mas alardeada como se fora a conquista de toda uma guerra.

O traficante é um comerciante inteligente, ousado, sabe ganhar dinheiro. Quem é burro, mas sabe ser violento quando empunha uma arma covarde nos semáforos e ruas país afora, são os cachorros doidos que babam de raiva quando lhes falta o dinheiro para fumar uma pedra de crack, cheirar uma fileira branca de pó ou comprar uma trouxa de maconha. Esses, sim, são burros, mas ao mesmo tempo violentos, e ainda são chamados de vítimas ao serem qualificados de dependentes químicos. Pobres dependentes, uma ova!

Menos dinheiro o governo desviaria das verdadeiras necessidades e mazelas nacionais se no lugar de todo esse aparato bélico investisse numa política rígida que permitisse prender esses imbecis e os obrigassem a fazer um tratamento para curá-los dos vícios que acabamos pagando por eles com os nossos medos e os estresses de cada dia. Traficante existe porque quem, mesmo morrendo aos poucos, encontre forças para maltratar suas famílias, venda tudo o que possuem para comprar suas porcarias.

Os verdadeiros culpados pela existência dos traficantes, aqueles que podem luxar com a burrice alheia, são os usuários, mas nesses ninguém quer se atrever a lhes jogar a pedra do tamanho da culpa que lhes cabe. Os verdadeiros culpados pela existência desses vendedores de veneno não estão escondidos nos morros do Rio, no morro de Santa Terezinha, nas outras bocas-de-fumo espalhadas Brasil afora.

Eles transitam livremente, sem ser incomodados, pelas ruas, avenidas, clubes, barzinhos, raves, festinhas, dando suas cafungadas, seus tragos malcheirosos , maltratando uma sociedade inteira, aumentando, a cada dia a violência impune das cidades...
A. CAPIBARIBE NETO
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O discurso nazista produz nazistas, mesmo incientes


Sabe aquele discurso de que Brizola favelizou o Rio, que tem favelas há um século, que deu salvo conduto aos bandidos e traficantes, embora ele tenha saído do governo há 16 anos e bandidos e traficantes só tenham aumentado em número e em poder?
Pois é, o discurso nazistóide da mídia conservadora se reproduz na classe média e, muitas vezes, pessoas comuns, bons pais e mães, pessoalmente incapazes de fazer o mal a um semelhante, repetem-no e entram numa verdadeira catarse antipobre que, sem que eles percebam, os leva para o pior tipo de discriminação social, o mais violento, o mais desumano. Que os leva a falar e a pensar com uma crueza que nem seus mestres se atrevem a usar.
Sábado, o jornal O Globo publicou uma matéria sobre a manifestação da ONG “Rio de Paz”, que montou um barraco com restos de casas desmoronadas com as chuvas na praia de Copacabana, para mostrar como aquelas pessoas viviam sem que o poder público lhes desse a atenção devida.
Foi o que bastou para uma chuva de comentários no site, dos quais reproduzo alguns para que vocês leiam. Coloquem a palavra “judeu” no lugar de pobres e de favelados e vocês verão que não há nenhuma diferença em relação ao discurso nazista. Vejam:
“Arranquem esse barraco de lá urgentemente ! Se deixar passar, daqui a pouco já terão 50 igual a célula cancerígena. Favelado não tem dignidade.”
“estas pessoas que invadem areas publicas… devem ser punidas judicialmente e arcar com as consequencias dos seus atos.”
“Tem mais é que botar fogo nessa palhoça ! Copacabana é Copacabana, não é qualquer lugar não!”
“Esses favelados deveriam se reproduzir menos. Assim iria sobrar dinheiro pra irem morar em algo melhor.”
“Antes a esterelização se faz necessário”
“Tirem logo essa joça da praia antes que os favelados gostem da idéia e comecem a invadir também as praias para fazer barracos.”
“Limpeza já no RJ quem não é natural e não trabalha volte para sua cidade de origem! vai ficar aqui fazendo o quê? só se for rico ou de ferias para gastar!”
“Em primeiro lugar, parem de espalhar filhos, que a vida de vcs poderá melhorar… aí sim, ajuda!”
“Essas crianças não deveriam nem ter nascido. Se os pais moravam nas tais “péssimas condições” por que procriaram?”.
Aí estão os sentimentos dos que se preocupam, piedosamente,  em remover os pobres das encostas pelos riscos de vida que eles correm. Aí estão os que acusam Brizola por ter colocado água e luz para os pobres. Aí estão, em seu estado puro, os intelectualóides que se pelam de medo da mídia e acham um discurso cheio de vírgulas para não dizer que esta gente está nas pirambeiras porque o sistema a colocou lá, com sua exclusão,  e que, de zero a dez, dá importãncia dez a removê-las e 0,1 a dar-lhes oportunidade de uma vida digna.
Aí estão, José Serra, seus eleitores no Rio de Janeiro.
O lacerdismo não era feito só de Lacerda, o ex-esquerdista que virou o agente  da pior direita. Era feito também de gente má, que de tão mal amada, nem sequer sabia mais amar seus semelhantes. Aliás, nem mais os aceitava como semelhantes.