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PAC: 60 municipios serão fiscalizados

Foram definidos hoje os 60 novos municípios que vão entrar na lista de fiscalização que a Controladoria-Geral da União (CGU) está fazendo nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os municípios foram escolhidos por meio do Sorteio Especial do PAC, do qual participaram 3.024 municípios de até 500 mil habitantes que receberam obras de saneamento e habitação. 

Essa é a segunda edição do sorteio - primeira aconteceu em setembro do último ano com a seleção de 50 municípios - que tem como objetivo escolher aleatoriamente as cidades que serão fiscalizadas, já que, segundo a CGU, não seria possível realizar o processo em todo o PAC. Apesar disso, a controladoria informou que todas as grandes obras, mais de 300, em grandes cidades vão ser fiscalizadas independentemente do sorteio.

Juntos, os valores envolvidos nas obras que estão sendo realizadas nas cidades sorteadas hoje somam em torno de R$ 14,4 bilhões. Ainda segundo a CGU, os municípios de Lauro de Freitas (BA), Berford Roxo (RJ) e Marília (SP) estão entre os maiores da lista sorteada hoje. O próximo Sorteio Especial do PAC está marcado para o dia 14 de julho e vai selecionar outras 50 cidades para fiscalização.O trabalho de acompanhamento das obras nos 50 primeiros municípios sorteados no ano passado já foi concluído, mas o balanço da fiscalização ainda não foi concluído pela CGU.

Memórias de minha janela: o morador de rua.


Início de tarde de um dia ensolarado em Engenho de Dentro, Rio de Janeiro. Na semana antecedente ao carnaval, inúmeros despachos são depositados no local próximo de onde moro. Neste hábito comum entre religiões originárias da África, a via pública torna-se o altar de pedidos e orações cujas intenções desconheço. Para os moradores e transeuntes locais, resta apenas a visão e o odor das oferendas, feitas sempre no período noturno. Nos dias seguintes, a empresa responsável pela coleta de lixo recolhe tudo aquilo que, popularmente, também é chamado de macumba. Como de costume, esta coleta específica é realizada no período da tarde.

Em um destes dias, realizando alguns trabalhos profissionais em casa, numa pequena pausa feita para descanso, empunhei a câmera fotográfica e registrei a cena. Um morador de rua de descendência africana, primeiramente pára ao lado de tal despacho: olha atentamente para cada prato e garrafa ali depositado. Logo depois, sem fazer qualquer cerimônia, agacha-se e começa a comer e beber, numa refeição a céu aberto. Nem olhou para os lados antes de começar, visto que este deve lhe ser um hábito comum.

As oferendas ou despachos são feitas para santos ou entidades que também desconheço em sua maioria. Não sei dizer se o morador de rua tem religião ou acredita em Deus, mas sei que ele se alimenta literalmente de uma comida divina: ainda que esteja exposta ao sereno e ao sol por mais de doze horas, para ele, a comida é divina mesmo. Sem esta oferenda, não saberíamos como poderia se alimentar. Se ele tocasse meu interfone, não saberia dizer como eu reagiria. Talvez ficasse desconfiado e lhe negaria ajuda, ou quem sabe, nem atenderia ao interfone.

Penso também nos santos e entidades, aos quais foram oferecidos tais alimentos ao meio fio. Ficariam ofendidos com o morador de rua ou felizes ao partilhar o pão? Ao mesmo tempo penso nas pessoas que fizeram tal oferenda: ficariam tristes ou felizes ao verem seu altar em via pública sumir nas mãos de um esfomeado? De qualquer modo penso que nós, seres humanos em geral, adquirimos hábitos estranhos, realizando oferendas de cunho divino para receber graças para si próprio ao invés de dar graças aos homens mais próximos e desafortunados. Será que os santos e entidades sentem fome?
(Foto e texto por Marcelo A. D'Amico)

Teste de Q.I

A brigalhada pelo comando dos fundos de pensão faz lembrar uma história que conheço há mais de trinta anos. Uma piada de centro acadêmico. E nem é tão piada assim. Dois líderes de facções adversárias conversam para tentar montar uma chapa de consenso na entidade. Estão num impasse. Quem fará a maioria? Um dos dois chefes políticos tem a ideia. “40% para vocês, 40% para nós e o resto para os independentes.” O outro sorri. “Ótimo. A gente interrompe a conversa agora e voltamos a falar amanhã de manhã. Eu trago a lista dos meus independentes e você traz a dos seus.”

Minhas homenagens ao eterno Centro Acadêmico “Oswaldo Cruz”, escola insubstituível de política e jornalismo. Toda vez que leio em algum lugar sobre a necessidade de “não ceder às pressões dos partidos” e de “preencher com técnicos” as vagas que dependem de indicação arbitrária do poder eu me recordo da historinha e ajusto o ceticismo um grau acima. Para o meu juízo de observador (crítico?) dos fatos, sempre que alguém comparece à imprensa argumentando que determinada posição estatal deve estar blindada contra indicações políticas eu desconfio de que o sujeito deseja mesmo é defender as suas próprias indicações políticas -e naturalmente resistir à ocupação de espaços pelos adversários. Modéstia à parte, a taxa de acerto nessas análises tem ficado perto dos 100%. Não por eu ser particularmente esperto. Talvez por ter tido a oportunidade de um dia montar uma chapa de centro acadêmico.

Uma arte na luta política é apresentar objetivos partidários (de uma parte) como a expressão do interesse geral. Daí que os meus apaniguados sejam sempre “técnicos” e “competentes”. Já os seus, se você estiver na rinha comigo, são necessariamente “políticos” e comprometidos com o “fisiologismo”. Entre nós brasileiros, aliás, ficar conhecido como alguém que combate o fisiologismo é uma coisa muito boa. Você ganha o direito de cuidar dos seus próprios interesses fisiológicos sem ser incomodado.

Viu gente brigando por causa de um cargo qualquer no governo? Faça o teste de “QI” (quem indica). Com essa medida simples, você evita cair em conversas que só deveriam enganar os ingênuos.

Eles de novo

Por falar em explorar a ingenuidade alheia, o governo planeja relançar o debate sobre a reforma política. A probabilidade de ela avançar não é grande, mas convém estar alerta. Como aprendi com o meu bom amigo Fernando Rodrigues, toda vez que a turma se move para mudar o sistema político há uma chance enorme de a mudança ser para pior.

Agora não é diferente. A proposta do governo para a reforma é uma estrovenga com a finalidade de limitar ainda mais o poder e o controle do eleitor sobre os políticos. Se ela passar tal como foi articulada no Palácio do Planalto, as cúpulas partidárias é que vão definir quem será eleito para o Legislativo (federal, estadual ou municipal) e o partido do governo terá sempre mais dinheiro do que a oposição para fazer campanha eleitoral. E se o detentor de mandato não estiver de acordo que o seu voto seja negociado com o Executivo pelos caciques partidários pode perder a legenda (ou uma vaga viável na chapa) na eleição seguinte.

Sobre a reforma política, uma curiosidade. O sistema defendido pelo PT, de lista fechada (com financiamento exclusivamente público) e cláusula de barreira, é vendido no mercado das ideias como a solução contra a dispersão partidária. Pois em Israel o voto é em lista fechada nacional e existe uma cláusula de barreira. O eleitor vota no partido e a legenda que não obtém um mínimo de votos fica fora do Knesset (Parlamento). E o principal problema do sistema israelense é justamente a dispersão partidária.

Por uma razão simples. Lá, como aqui, o eleitor tem preferido espalhar o voto por um número maior de legendas do que seria do agrado dos candidatos a monopolizar a política. Dos bem-pensantes. E ali, do mesmo jeito que aqui, ainda não encontraram um modo de obrigar o eleitor a votar de uma maneira mais conveniente aos bem relacionados. Por isso ali persiste, e se agrava, a dispersão. O que impõe complicadas negociações para formar um governo, dado que o sistema é parlamentarista. Pelo menos isso, o parlamentarismo, parece que desta vez aqui não vão querer propor. Parece.
POR ALON FEUERWERKER @

Teste de Q.I

A brigalhada pelo comando dos fundos de pensão faz lembrar uma história que conheço há mais de trinta anos. Uma piada de centro acadêmico. E nem é tão piada assim. Dois líderes de facções adversárias conversam para tentar montar uma chapa de consenso na entidade. Estão num impasse. Quem fará a maioria? Um dos dois chefes políticos tem a ideia. “40% para vocês, 40% para nós e o resto para os independentes.” O outro sorri. “Ótimo. A gente interrompe a conversa agora e voltamos a falar amanhã de manhã. Eu trago a lista dos meus independentes e você traz a dos seus.”

Minhas homenagens ao eterno Centro Acadêmico “Oswaldo Cruz”, escola insubstituível de política e jornalismo. Toda vez que leio em algum lugar sobre a necessidade de “não ceder às pressões dos partidos” e de “preencher com técnicos” as vagas que dependem de indicação arbitrária do poder eu me recordo da historinha e ajusto o ceticismo um grau acima. Para o meu juízo de observador (crítico?) dos fatos, sempre que alguém comparece à imprensa argumentando que determinada posição estatal deve estar blindada contra indicações políticas eu desconfio de que o sujeito deseja mesmo é defender as suas próprias indicações políticas -e naturalmente resistir à ocupação de espaços pelos adversários. Modéstia à parte, a taxa de acerto nessas análises tem ficado perto dos 100%. Não por eu ser particularmente esperto. Talvez por ter tido a oportunidade de um dia montar uma chapa de centro acadêmico.

Uma arte na luta política é apresentar objetivos partidários (de uma parte) como a expressão do interesse geral. Daí que os meus apaniguados sejam sempre “técnicos” e “competentes”. Já os seus, se você estiver na rinha comigo, são necessariamente “políticos” e comprometidos com o “fisiologismo”. Entre nós brasileiros, aliás, ficar conhecido como alguém que combate o fisiologismo é uma coisa muito boa. Você ganha o direito de cuidar dos seus próprios interesses fisiológicos sem ser incomodado.

Viu gente brigando por causa de um cargo qualquer no governo? Faça o teste de “QI” (quem indica). Com essa medida simples, você evita cair em conversas que só deveriam enganar os ingênuos.

Eles de novo

Por falar em explorar a ingenuidade alheia, o governo planeja relançar o debate sobre a reforma política. A probabilidade de ela avançar não é grande, mas convém estar alerta. Como aprendi com o meu bom amigo Fernando Rodrigues, toda vez que a turma se move para mudar o sistema político há uma chance enorme de a mudança ser para pior.

Agora não é diferente. A proposta do governo para a reforma é uma estrovenga com a finalidade de limitar ainda mais o poder e o controle do eleitor sobre os políticos. Se ela passar tal como foi articulada no Palácio do Planalto, as cúpulas partidárias é que vão definir quem será eleito para o Legislativo (federal, estadual ou municipal) e o partido do governo terá sempre mais dinheiro do que a oposição para fazer campanha eleitoral. E se o detentor de mandato não estiver de acordo que o seu voto seja negociado com o Executivo pelos caciques partidários pode perder a legenda (ou uma vaga viável na chapa) na eleição seguinte.

Sobre a reforma política, uma curiosidade. O sistema defendido pelo PT, de lista fechada (com financiamento exclusivamente público) e cláusula de barreira, é vendido no mercado das ideias como a solução contra a dispersão partidária. Pois em Israel o voto é em lista fechada nacional e existe uma cláusula de barreira. O eleitor vota no partido e a legenda que não obtém um mínimo de votos fica fora do Knesset (Parlamento). E o principal problema do sistema israelense é justamente a dispersão partidária.

Por uma razão simples. Lá, como aqui, o eleitor tem preferido espalhar o voto por um número maior de legendas do que seria do agrado dos candidatos a monopolizar a política. Dos bem-pensantes. E ali, do mesmo jeito que aqui, ainda não encontraram um modo de obrigar o eleitor a votar de uma maneira mais conveniente aos bem relacionados. Por isso ali persiste, e se agrava, a dispersão. O que impõe complicadas negociações para formar um governo, dado que o sistema é parlamentarista. Pelo menos isso, o parlamentarismo, parece que desta vez aqui não vão querer propor. Parece.
POR ALON FEUERWERKER @

Gentê, cadê os liberais?

Pois é gentê, ontem não postei nada no blog porque o pc deu um tilti. E o pior é que não apareceu o tal do Estado para me acudir, reforçar meu caixa para que eu mandasse consertar.

Cadê o FMI, o Tesouro e os economistas, especialistas econômicos que tanto defendem a ajuda do Estado aos grandes conglomerados seja financeiro ou não?

Num apareceu nenhum pra ajudar a pagar o conserto. Eu assumi o prejuízo.

Agora ser liberal tucademo é ótimo.

Quando tem lucro é todo deles, quando tem prejuízo assalta o nosso (contribuinte) rico dinheirinho.

Desse jeito é fácil e bom ser liberal.

Ah, e pra não dizer que não falei das dores, é sempre bom lembrar que "assistencialismo" é o Bolsa Família.

Corja!!!

Sobre o dinheiro

O DINHEIRO PODE  COMPRAR UMA CASA,  MAS NÃO UM LAR.
O DINHEIRO PODE COMPRAR UM RELÓGIO,  MAS NÃO O TEMPO.
O DINHEIRO PODE  COMPRAR UMA CAMA,  MAS NÃO O SONO.
O DINHEIRO PODE  COMPRAR UM LIVRO, MAS  NÃO O CONHECIMENTO.
O DINHEIRO PODE PAGAR UM MÉDICO, MAS NÃO A SAÚDE. 
O DINHEIRO PODE  COMPRAR UM POSTO,  MAS NÃO O RESPEITO.
O DINHEIRO PODE  COMPRAR O SANGUE,  MAS NÃO A VIDA.
O DINHEIRO PODE  COMPRAR SEXO,  MAS NÃO AMOR.