Imprensa brasileira
Artigo do dia, por Luis Nassif
Na guerra, a maior vítima é a verdade. Trata-se de uma verdade histórica, mas desconsiderada pelo jornalismo corporativo brasileiro. Aceitam-se todas as versões do Departamento do Estado dos Estados Unidos e rejeitam-se todas as informações da Rússia – embora seja mais que evidente que os dois lados mentem, como ocorre em toda guerra.
Recentemente, o portal OpenDemocracy trouxe um apanhado da luta interna na Ucrânia, pela liberdade jornalística durante a guerra.
O governo da Ucrânia aprovou uma série de normas, incluindo restrições ao acesso de jornalistas à linha de frente da guerra, assim como a censura ao canal estatal United News Maratahon.
Segundo a alegação das autoridades, a iniciativa visa combater a desinformação russa e, também, alinhar a legislação da mídia da Ucrânia com a União Europeia.
“Por algum tempo, especialmente nos primeiros meses da guerra, realmente havia uma espécie de consenso entre a sociedade, os jornalistas e as autoridades em relação às ações na mídia”, disse Serhiy Shturkhetskyi, chefe do Sindicato de Mídia Independente da Ucrânia, ao OpenDemocracy. “Os jornalistas ucranianos passaram este período com dignidade. Agora novas regras estão sendo estabelecidas”, acrescentou Shturkhetskyi, e “a situação não está se desenvolvendo a favor dos jornalistas”.
As zonas de guerra foram divididas em cores. As zonas vermelhas estão completamente proibidas. As amarelas são abertas a jornalistas credenciados, desde que acompanhados por assessores de imprensa do Ministério da Defesa. As zonas verdes estão abertas a todos os jornalistas credenciados – embora o credenciamento seja um processo demorado.
Os jornalistas também precisam negociar individualmente com unidades militares. Mas se a situação da guerra mudar, licenças e acordos tornam-se inválidos.
O que chamou mais a atenção é que as zonas vermelhas foram abertas para jornalistas selecionados, da TV estatal.
Segundo o Ministério da Cultura ucraniano, “implementar uma política de informação unificada é uma prioridade para a segurança nacional”.
Além disso, valendo-se do clima de guerra, o governo da Ucrânia passou a interferir na mídia, mantendo certos canais fora do ar e lançando novos.
Três canais de TV nacionais – Canal 5, Direct e Espreso – foram inesperadamente desconectados da principal rede de TV digital em abril do ano passado. Antes da desconexão, o governo ordenou que cooperassem com outros canais de televisão como parte da United News Marathon. Todos os três canais estavam associados ao ex-presidente Petro Poroshenko, um opositor de longa data do atual presidente, Volodymyr Zelensky.
No mês passado, a organização Repórteres Sem Fronteiras pediu às autoridades a reabertura dos canais. Em comunidade, sustentaram que o governo nunca foi transparente em relação à censura.
“Atualmente, a Ucrânia tem pelo menos três canais de TV estatais. O aparecimento de um quarto sinaliza a transição do país para um sistema de televisão controlado pelo Estado”, disse Syumar ao openDemocracy. “Isso anula a política de desnacionalização [na mídia] que seguimos desde 2014 de acordo com os padrões europeus.
A Fundação de Iniciativas Democráticas, uma organização de pesquisa ucraniana, realizou uma pesquisa com 132 jornalistas em janeiro. 62% dos entrevistados consideram a United News Marathon uma forma de “censura” (18% discordaram). Apenas 11% são a favor da continuação da Maratona, enquanto 65% acreditam que ela deve ser interrompida e as emissoras devem retornar ao seu trabalho normal.
A pesquisa também sugeriu que a autocensura por parte dos jornalistas está crescendo, medida em relação a pesquisas semelhantes de 2019. O número de jornalistas dispostos a esconder a verdade sobre a guerra passou de 12% em 2019 para 25%.
Aparentemente, apenas o jornalismo brasileiro continua acreditando nas versões da Ucrânia sobre a guerra.
A mídia e “o museu de grandes novidades econômicas”, por Luis Nassif
Menciono Malu Gaspar, porque é uma das melhores repórteres do país e sou seu leitor. Portanto, é um bom parâmetro para analisar a média.
Em O Globo de hoje ela escreve a coluna “Na definição de ministros, Lula monta museu de grandes novidades“. E sintetiza uma das mais complexas discussões contemporâneas – sobre modelos de política econômica – com um julgamento definitivo e notável poder de síntese:
“Até agora, porém, o que se vê é um grande esforço para repetir um passado que já deu errado, com novidades que deveriam estar restritas aos museus da política brasileira”.
A frase ribombou no mundo econômico, provocou frisson na John Hopkins University, abalou os alicerces do Instituto Roosevelt, fez Paul Krugman rever o artigo em preparação para o The New York Times, derrubou o prestígio do Instituto Patterson, deixou os economistas do FMI arrependidos da tentativa de renovar seus conceitos..
Malu não explicou direito o que seria o pensamento econômico moderno. Mas, por certo, estava se referindo ao neoliberalismo vigente desde os anos 70 – e que está em xeque em todos os países do mundo.
Os defeitos do modelo estão mais explícitos do que nunca, para quem tem olhos para ver, e, se é repórter, e não um analista, e aprender a trabalhar com fontes diversificadas.
Problema 1 – hiper concentração de renda.
De um lado, levou a um aumento da pobreza e da exclusão social. De outro, ao aparecimento de hiperbilionários, interferindo diretamente no poder político e ajudando a alastrar a superstição de que qualquer outra política, que não contemple a maximização dos lucros, é coisa de museu.
Problema 2 – a ameaça à democracia.
Uma leitura de escritos contemporâneos sobre o renascimento do fascismo mostrará que, na raiz de tudo, está o fracasso das democracias ocidentais, por afastar cada vez mais o cidadão comum das definições da política — que passou a ser apropriada pelos grandes financiadores de campanha — e dos benefícios públicos.
Problema 3 – a segurança interna.
Vamos recorrer ao Nobel Joseph Stiglitz, que não tem as mesmas certezas férreas de Malu:
“Há mais de 15 anos, em Fazendo a globalização funcionar , perguntei: “Cada país simplesmente aceita os riscos [de segurança] como parte do preço que enfrentamos por uma economia global mais eficiente? A Europa simplesmente diz que se a Rússia é o fornecedor de gás mais barato, então devemos comprar da Rússia, independentemente das implicações para sua segurança. . . ?” Infelizmente, a resposta da Europa foi ignorar os perigos óbvios na busca de lucros de curto prazo”.
A pandemia reforçou a necessidade de estímulo à produção interna. Não apenas pelo suprimento de insumos médicos, mas pela desestruturação das cadeias produtivas globais e pela polarização radical em curso, contrapondo Estados Unidos e China.
Problema 4 – a questão do desenvolvimento.
Aí se entra em uma seara simples de entender, mas para a qual há uma barreira ideológica na cobertura midiática: capital que gera emprego, arrecadação de impostos, inovação, geração de riquezas para o país é o capital produtivo. Isto é, aquele diretamente empregado na produção, na geração de empregos, na agregação de valor aos produtos.
O modelo que a Malu julga moderno, dá prioridade absoluta ao capital financeiro, tem mais de 50 anos, foi enterrado com as crises de 2008, do Covid e da guerra da Ucrânia, e foi responsável pela eclosão de bolhas especulativas pelo mundo. Tornou a humanidade mais pobre, acirrou as disputas políticas e espalhou a exclusão e o ódio pelo planeta.
Para entrar em um país, o capital externo produtivo precisa de:
- câmbio competitivo e estável;
- taxas de juros em padrão internacional;
Já o interesse do capital especulativo (o capital “moderno”, na concepção da Malu) é o câmbio volátil e taxas de juros enormes, o oposto.
Por isso, o capital financeiro só entra para arbitragem – comprar empresas baratas, trazer dólares baratos e aplicá-los em reais caros e assim por diante -, não para apostar no futuro do país.
Hoje em dia, há uma discussão acalorada em todos os centros acadêmicos internacionais, nos governos dos maiores países – inclusive com Joe Biden -, para mudar o modelo, para trabalhar as cadeias de produção internas, para fortalecer o mercado interno.
Com uma segurança invejável, Malu continua imbatível:
“Nas conversas com potenciais membros do governo, Lula cita como exemplos do que pretende fazer políticas como o conteúdo nacional, incentivos para a indústria naval, construção de refinarias e a manutenção de regimes especiais para determinados setores. Já não deu certo no passado, mas ele parece que não se recorda ou não entendeu”.
De Temer para cá não houve a construção de uma refinaria nova sequer, apesar das importações do produto. Em vez disso, a Petrobras limitou-se a vender refinarias por preços discutíveis. Ou seja, abriu grandes negócios para terceiros sem ampliar em um galão a produção de refinados. Foi esse modelo “moderno” que deu certo?
Quanto à PEC, é extraordinário o que ele considera como desvio de finalidade:
“A PEC da Transição não abre espaço apenas para pagar benefícios aos mais pobres. Na “licença para gastar” de R$ 145 bilhões aprovada pelo Congresso há um combo que vai além. Da barca de obras de infraestrutura a fundos de cultura e ciência e tecnologia”.
Desenhando para quem não entendeu: ela está afirmando que investimentos em infraestrutura, cultura e ciência e tecnologia são gastos supérfluos. E, aí, volto ao primeiro parágrafo, onde a considerei uma das melhores repórteres do país, e pergunto: como é possível tamanha estultice?
Problema 5 – as falsas relações de causalidade.
Há uma enorme dificuldade em definir relações de causalidade na economia. Por isso mesmo, há uma baita exploração ideológica dessas interpretações.
Por exemplo, o Lula de 2003 a 2007 seguiu o modelo de política econômica de Fernando Henrique Cardoso. A economia andou de lado, apesar dos esforços da diplomacia comercial em ampliar mercados externos.
A partir de 2008, a crise obrigou Lula a mudar o estilo, para apagar incêndios. Valeu-se do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, de estímulos fiscais e gastos públicos para irrigar a economia; criou incentivos fiscais bem pensados; atuou politicamente com um discurso visando infundir confiança nos consumidores, para que não reduzissem o consumo.
O resultado foi a melhor performance econômica em muitos anos, desmontando as teorias “modernas”, que tanto encantam a Malu, mesmo que, delas, ela só capte os bordões.
Depois veio o governo Dilma, com dois anos mantendo o ritmo de crescimento. A partir de meados de 2013, houve uma queda nos preços dos commodities, e Dilma não soube tratar com a nova situação. Provocou desequilíbrios nos preços do petróleo, afetando diretamente a produção de etanol, promoveu isenções tributárias irresponsáveis e assim por diante.
Mas o grande desastre foi quando, no início do segundo governo, cedeu às pressões dos “modernos” e aplicou o pacote Joaquim Levy, um programa neoliberal clássico – e desastroso.
A malícia ideológica consiste em atribuir os desastres de 2015 à herança do Lula de 2008/2010.
Não há relação de causalidade possível. A política econômica é função, também, das circunstâncias do momento.
Problema 5 – as críticas corretas.
De certo que o modelo não é perfeito. No anterior havia um problema nítido na política de construção de campeões nacionais. Desenvolvimento exige uma ação integrada, envolvendo pequenas e micro empresas, redes de fornecedores, políticas científico-tecnológicas, tratando o ambiente econômico como um todo.
Em muitos mercados, como o de alimentos, os campeões nacionais ganharam um poder excessivo sobre os fornecedores. Na construção civil, o poder das grandes empreiteiras permitiu-lhes uma ação de cartel.
Agora, tenta-se corrigir direcionando o BNDES para o fortalecimento das PMEs e para a preparação para o mundo digital.
Mas, obviamente, essa montanha de ângulos não resiste aos julgamentos definitivos de Malu.
Ah, e nem esperou os anúncios de hoje, para decretar:
Com a escolha de petistas homens para Fazenda (Fernando Haddad), Educação (Camilo Santana), Casa Civil (Rui Costa), Relações Institucionais (Alexandre Padilha) e, agora, Desenvolvimento Social (Wellington Dias), o rol de pastas estratégicas a ser ocupadas por mulheres ou por figuras de fora do PT ou da esquerda lulista vai diminuindo”.
Lições da história: o preconceito e a implicância não são boa companhia para o jornalismo.
Xadrez de 29 de novembro, por Luis Nassif
Vamos complementar o “Xadrez do dia 31 de dezembro de 2022” com a peça que faltava. No Xadrez anterior, apontei duas razões hipotéticas para a movimentação em frente os quartéis: a criação de um clima para explodir em 31 de dezembro, tirando os militares do quartel; ou um mero esperneio para manter a militância mobilizada.
Vamos a duas consequências mais objetivas, que explicam melhor a insistência em manter a mobilização à porta dos quartéis.
Deltan Dallagnol foi estilingue, hoje é vidraça
Édelis se apresenta como gestora do Hering Kids de Curitiba. "Na página da empresa, fica-se sabendo que se trata de uma 'extensão infantil da renomada Hering, voltada ao publico de 0 a 16 anos'".
Frase dominical
A marcha da insensatez de um país em processo de destruição, por Luis Nassif
Há uma ameaça latente ao futuro do país como Nação. O sistema político foi destruído. Há um avanço sistemática das organizações criminosas, controlando espaços cada vez maiores do território. As disputas não são mais entre poder formal e organizações, mas guerras entre elas. Sem a estruturação formal dos partidos, aumenta a influência deletéria de grupos setoriais, como os neopentecostais, ruralistas, mercado. E, a cada dia que passa, o Estado construído pós-Constituição vai sendo desmontado, sob a lógica exclusiva do benefícios a grupos específicos.
Políticas científico-tecnológicos, universidades federais, sistema de saúde, saúde mental, educação inclusiva, tudo é soterrado por visões ideológicas que visam mascarar os grupos de interesse que se apossaram do governo. Na ponta, Supremo se apropria de funções legislativas, o Congresso se perde sem uma voz de comando, órgãos de controle assumem cada vez mais funções policialescas. Sem o papel coordenador de uma liderança, sem o conjunto articulado de ideias de um partido, cada instituição, cada ator vai abrindo espaço a cotoveladas, desmontando qualquer ideia de disciplina institucional.
Onde começou esta loucura auto-destrutiva?
No final da ditadura, o país passava por desafios similares. O sistema bipartidário desmoronava, a herança militar legara um país quebrado, com hiperinflação, moratória; a miséria era avassaladora e visível nos semáforos das grandes cidades, no campo, no interior quebrado.. Havia um oceano de turbulências apontando para uma dissolução do país.
É nesse quadro que emergem algumas lideranças fundamentais. No centro, Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Mário Covas.
Mas o ponto essencial foi o aparecimento de uma nova liderança, o metalúrgico Luiz Ignácio Lula da Silva.
Com um discurso explosivo, e uma ação conciliadora, Lula conseguiu canalizar todas as insatisfações dos abandonados para o jogo político formal.
Sem terras, sem tetos, sem comidas, sem Estado, a imensa multidão dos desassistidos seria massa de manobra fácil para organizações criminosas, para candidatos a guerrilha. Ao organizar o Partido dos Trabalhadores, Lula deu consistência política às demandas, teve grandeza para aguardar o momento de ser eleito, perdendo eleições sucessivas sem questionar seu resultado e estendendo o papel civilizatório do partido para todos os rincões.
Ao mesmo tempo, criou a possibilidade de uma polarização produtiva, com o aparecimento do PSDB. O partido se estruturou como uma alternativa racional das classes médias intelectualizadas contra a esquerda não radical representada pelo PT.
Quando explodiu a crise internacional, tem 2008, ornou-se mais nítida a grandeza de Lula. Tornou-se um símbolo internacional da tolerância, da busca da paz, um pacifista do nível de um Mandela, um Ghandi – conforme reconhecimento internacional.
O que não presta para Petrobras é ótimo para Chevron
A aquisição da refinaria de Pasadena, pela Petrobras, foi um lance brilhante de estratégia comercial. A maior parte da produção da Petrobras era de petróleo pesado. E a refinaria servia para o refino desse tipo de petróleo.
Posteriormente, houve mudanças imprevistas. Primeiro, a descoberta e exploração do pré-sal, com produção de petróleo leve. Depois, a crise de 2008, que derrubou as cotações internacionais de petróleo.
Mesmo assim, do ponto de vista estratégico, Pasadena continuou sendo um grande lance, por permitir à empresa entrar no mercado americano com produto de valor agregado, especialmente depois que os conflitos diplomáticos com a Venezuela comprometeram sua posição de grande fornecedor de petróleo para os EUA.
O escândalo em torno da compra transformou a refinaria de Pasadena em um elefante branco. Mas apenas para uma cobertura midiática desinformada e partidarizada.
Em estudos de 15 de fevereiro de 2019, agora relevados, enquanto a Petrobras estava sendo desmontada, e a Pasadena era a alavanca para mostrar a suposta incompetência da empresa, a S&P Global, Marketing Intelligence publicava estudo mostrando a relevância da refinaria de Pasadena para a estratégia da … Chevron.
O setor enfrentava ameaças geopolíticas de oferta de petróleo pesado – problema que nunca afetou a Petrobras, como produtora de petróleo.
Segundo o estudo, a Chevron pretendia alavancar a produção expandindo seus ativos de refinaria na Costa do Golfo para processar petróleo bruto mais perto de suas operações de extração de óleo de xisto. Como parte desse plano, dizia o trabalho, “a Chevron comprará a Pasadena Refining System Inc., braço de refino da estatal brasileira Petróleo Brasileiro SA – Petrobras, com sede no Texas, em um negócio que inclui a refinaria de Pasadena ao longo do Houston Ship Channel, no Texas”. “Um grande ponto de venda para [a refinaria de Pasadena] é sua localização adjacente ao Houston Ship Channel, que hospeda quatro refinarias e tem excelente acesso ao fornecimento doméstico de petróleo bruto e distribuição de produtos refinados”, dizia Sandy Fielden, consultor do projeto. O episódio Pasadena é um dos grandes desastres do denuncismo irresponsável que tomou conta do país no período Lava Jato. Nem se fale das acusações infundadas a dirigentes, e da malícia de jogar o ajuste contábil da empresa – que deve refletir o preço do petróleo – na conta da corrupção. Mas de amarrar os braços da Petrobras em seus planos de expansão, no período em que a exploração de petróleo passou a ser assumido por empresas nacionais dos países produtores – trazendo para o país as vantagens de controlar o ciclo da produção. |
por Luis Nassif - GGN
Durma com mais esta revelação que mostra quão manipulados são muitos brasileiro. Babacas!
Luis Nassif, a melhor homenagem...
Conversas com Lula, por Luis Nassif
O pacto nacional
Luis Nassif: Xadrez das evidências contra Paludo e Zucolotto
Artigo do dia, por Luis Nassif
A cada dia que passa, exposta à luz do sol [Vaza Jato], a Lava Jato vai se desmanchando.
- A quantia mensal destinada a Aécio.
- A conta que recebia o valor, de Andrea Neves.
- A forma como o dinheiro era lavado, através de uma empresa de Bauru.
- Para poder enquadrar Lula em organização criminosa, Moro fixou 2009 como início da conduta criminosa.
- Só que se esqueceu que Lula faria 70 anos, e com isso haveria a redução pela metade da prescrição – calculada a partir do início dos supostos crimes até a sentença judicial.
- O que o TRF4 fez foi simplesmente somar o crime de lavagem ao da corrupção, atropelando a jurisprudência, para aumentar a pena a escapar da prescrição.