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por Carlos Chagas - Impunidade, teu nome é Brasil


Dois escândalos  ganharam a mídia, esta semana,  ligados pela mesma conclusão a que nos acostumamos: não vão dar em nada. De um lado, empresas de prestação de serviços hospitalares,  flagradas na fraude de superfaturamento e oferta  de propinas a um jornalista  disfarçado de gestor.  De outro, o  tradicional balanço sobre o julgamento do mensalão, outra vez ameaçado de virar fumaça, de não realizar-se no primeiro semestre nem nunca,  sob o risco da  prescrição dos crimes de que são acusados 38 réus.

                                                             No fundo dessas e de mais montanhas de falcatruas situa-se uma praga há séculos corroendo as instituições, a imagem e a credibilidade nacional: a impunidade. A existência de um sistema propositalmente viciado pela burocracia e privilegiado por incontáveis expedientes, cujo objetivo é manter fora da cadeia os bandidos do andar de cima, de colarinho branco ou sem ele.
                                                                 
Os fraudadores da lei são beneficiados desde as primeiras etapas. Valem-se das deficiências dos inquéritos policiais que permitem alforria para quem dispuser de bons advogados e de influência política. Ao contrário da maioria dos países desenvolvidos, o Ministério Público obriga-se a ficar de fora. Quando entra, vê-se limitado. Na Justiça, se os processos chegam até ela, sucedem-se as cascatas de  facilidades através de recursos de toda espécie, sem falar  na morosidade tradicional dos juízos e dos  tribunais.
                                                                 
O resultado é a desmoralização não apenas dos agentes do poder público, mas da própria Justiça, fator de estímulo a quantos malandros se disponham a rasgar a lei e lambuzar-se na roubalheira.
                                                                 
Uma voz clama no deserto faz décadas, mas nem de perto arranha a periferia desse esquema que a todos envergonha e intimida: o senador Pedro Simon, isolado em sua  indignação e, não sem motivos óbvios, visto como fator de desagregação do corporativismo presente no próprio Congresso.
                                                                 
Para concluir: quem acredita que irá parar na cadeia, de verdade, um só dos 38 mensaleiros, ou algum representante, muito  menos  diretor, das empresas flagradas em malfeitos hospitalares?

Rede Globo contrata empresa corruptora

A Toesa uma das 4 empresas corruptoras flagradas em reportagem do Fantástico é contratada pela emissora. Presta serviços todos os dias no Projac, com seu logotipo estampado nas ambulâncias e uniformes dos seus funcionários.

A Rede Globo informou por meio da sua assessoria de imprensa que: A Toesa presta, sim, serviços de ambulância e primeiros-socorros no Projac. Todos os veículos levam o logotipo da empresa e os funcionários andam uniformizados.

É, macaco não olha mesmo para o próprio rabo.

E o corruptos, corrompidos e corruptores são sempre losoutros.