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Estrebuchem

É: Pizzolato foi preso?: Não! Henrique Pizzolato fez o que deveria fazer. Agora começamos o jogo. Mostraremos a verdade. E que a tucademopiganalhada se estrebuch...

Pizzolato foi preso?

Não!
Henrique Pizzolato fez o que deveria fazer.
Agora começamos o jogo.
Mostraremos a verdade.
E que a tucademopiganalhada se estrebuche.

Por que ironia e sarcasmo são tão devastadores

“Oi, Guilherme, tudo bem. Tenho uma curiosidade. Por que você tem aversão à ironia? às vezes eu penso ate que é exagerada essa sua vontade de ‘sem ironias por favor’ por aqui. Não que eu ‘seja’ irônico (em verdade, quando sou, tento ser de forma bem humorada) pois tenho certo problema quando percebo que hoje a ironia é utilizada por alguns como uma forma de demonstrar “inteligência” ou qualquer outra qualidade.
Mas qual é o seu problema com a ironia?”
- Anônimo
Começando pelo começo, e aproveitando para agradecer pela excelente pergunta, as definições:
Ironia: figura de linguagem através da qual se expressa o oposto daquilo que se diz.
Sarcasmo: é o uso ofensivo da ironia, com intuito de escárnio e gozação.
A ironia, em contextos de confiança, sejam digitais ou presenciais, pode ser bem divertida. Quando não há confiança ou as pessoas se conhecem menos, facilmente é interpretada como agressão ou escárnio.
Não é incomum vermos também ironia e sarcasmo como preguiça argumentativa ou uma forma mais sutil e supostamente inteligente de ofensa. Por vezes, parecem nascer de um cinismo ou ceticismo com relação a possibilidade de comunicação.
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Essas figuras de linguagem, ótimas para apontar e desmontar ilusões, podem ser libertadoras – tomando a forma de poderosos discursos políticos, sociais e artísticos. Mas quando se tornam fins em si mesmas, nos aprisionam.

Quando a ironia e o sarcasmo nos fodem

“Você precisa entender que esse negócio [ironia, sarcasmo, cinismo] permeou a cultura. Se tornou nossa linguagem; estamos tão afundados nisso que sequer nos damos conta que é apenas uma perspectiva, dentre muitas outras possíveis. A ironia pós-moderna se tornou nosso ambiente.”
(trecho retirado de “Conversation with David Foster Wallace“)
Dialogar cara a cara já é difícil pacas. Eu não te ouço, você me suporta, cuspimos palavras apressadas, contaminadas por vieses dos quais nem nos damos conta e, assim, de maneira bastante rudimentar e grosseira, vamos passando o tempo.
Digitalmente é dez vezes pior.
Além da usual falta de paciência, abertura e curiosidade com o outro, entram em campo a dificuldade em nos expressar com a escrita, angústias suprimidas, o manto do anonimato, avatares e apelidos espertinhos no lugar de nomes e fotos reais.
Isso destrói o propósito do PdH.
Se vemos sentido num espaço e gostamos de frequentá-lo, é natural estimular sua continuidade.
Nosso propósito é oferecer conversas significativas, aquelas que nos ajudam a crescer.
Nascemos, há sete anos, de um grupo de homens perdidos buscando se ajudar. Estamos, até hoje, tentando ir além da cultura do mero entretenimento, o que é bem distinto de viciar milhares de pessoas em nos lerem, em transe. Somos duros, buscamos estimular pensamento crítico e a ação.
Essa é nossa razão de existir. Fazemos isso por meio de artigos publicados todos os dias, aprofundados em conversas nas caixas de comentários. Quando proveitosas, tais conversas nos conectam a novos autores e ideias para textos. A comunidade se retroalimenta, num ciclo orgânico. Ou seja, dependemos do diálogo e do cultivo de relações autênticas com as pessoas. Vamos à falência sem isso.
Porém, na maior parte do tempo, transformamos nossa comunicação em disputas de poder e convencimento.
Nos dedicamos pouquíssimo, quase nada, a reais diálogos. Puxo aqui a definição proposta por Humberto Mariotti, da qual gosto bastante:
É um método de conversação que busca melhorar a comunicação entre as pessoas e a produção de idéias novas e significados compartilhados, sem procurar analisá-los ou julgá-los de imediato.
Objetivos do diálogo:
  • Abrir questões
  • Estabelecer relações
  • Compartilhar ideias
  • Questionar e compreender
  • Ver as relações entre as partes e o todo
  • Revelar a pluralidade das ideias
É raro praticarmos esse nível de abertura em nossa abertura. A maioria das caixas de comentários, fóruns e grupos web afora se tornam reflexos de nossa inabilidade, tensão e fechamento: ambientes profundamente tóxicos.

Opa, o que seria um ambiente digital tóxico?

Aquele no qual os poucos comentários lúcidos e articulados são sufocados por dezenas de outros agressivos, erráticos, ansiosos, histéricos e auto-centrados.
Esses contextos diminuem a probabilidade de comentários saudáveis surgirem, cada vez mais afundando a conversa num ciclo de negatividade e agressões. Logo, todos vão embora, sem que haja qualquer troca significativa. Todos perdem, alguns poucos egos se estufam.
Uma agressão feita nos comentários costuma ser dirigida a uma única pessoa, mas afeta várias. Há centenas ou milhares de espectadores lendo cada comentário.
As que concordam com a agressão se sentem validadas e estimuladas a manter seu posicionamento, se afastando de um olhar mais aberto e sereno.
A pessoa atacada pode se sentir humilhada e sofrer bastante, conheço relatos terríveis de bullying digital. Pode revidar, tão agressiva quanto conseguir. Ou pode ser silenciada, não mais retornando à conversa e bastante ressentida.
As que não concordam com a agressão tendem a tomar as dores, se sentem como parte do “outro time” e, não raro, revidam.
Agressões em ambientes digitais públicos são como granadas cujos estilhaços se espalham em todas as direções.
Ironia e sarcasmo costumam ser subterfúgios com um tempero satisfatório ao ego, em tese, mais espertos do que um ataque direto. Porém, são tão devastadores quanto. Por não estarmos frente a frente, é fácil interpretar um leve tapa como um murro na boca do estômago.

Como nos comunicar e cultivar um ambiente mais favorável então?

Entendendo que estamos engatinhando em cima dos teclados, na infância do diálogo digital.
Entendendo que nossa intenção é diferente daquilo efetivamente interpretado pelo outro. E há grandes chances da nossa interpretação de sua resposta ser distinta do que se tentou comunicar.
São ruídos naturais de uma conversa.
Antes de criticar, pergunte, isso não é sinal de fraqueza. É abertura e generosidade, com o autor e os envolvidos na discussão.
Na dúvida sobre algo? Dê crédito, cheque. Abra suas percepções e explique por qual motivo interpretou a afirmação alheia de tal modo.
Raivoso? Respire fundo e vá dar uma volta. Grandes chances de, quando voltar, enxergar a questão com outros olhos.
Evite agir baseado em pressupostos – aliás, essa é uma boa prática pra vida, não só para comentários na web.
Por aqui estamos nos esforçando bastante pra construir e manter um espaço que privilegie a comunicação tão direta e clara quanto possível entre as pessoas. Parte disso passa por evitar ao máximo evitar subterfúgios – sejam eles de quaisquer tipo, estéticos, estilísticos, sofismáticos, emocionais ou lógicos.
Não que haja um problema com as linguagens estilísticas em si – naturalmente, a gente pode escolher falar assim.
O problema é que isso pode se tornar uma camada desnecessária, que atrapalha a comunicação. Um obstáculo que a pessoa tem de transpor pra conseguir nos entender – se eu não entendo perfeitamente o seu código, não entendo o que você quer comunicar.
Ou um manto protetor, no caso de apelidos e avatares fictícios, que nos distanciam do outro e facilitam sermos brutos e irônicos de um modo que jamais seríamos cara a cara.
Como estamos lidando com muitas pessoas diferentes, com visões diferentes, nós tentamos limpar ao máximo, facilitamos pro outro para que sejamos entendidos.
A tendência é que os diálogos se tornem cada vez melhores por estarmos ali, “presentes”. Os laços de confiança entre as pessoas se fortalecem. Passamos a conhecer quem está do outro lado. Procuramos falar com atenção e realmente ouvir, por assumirmos de saída que nossa prioridade máxima é a comunicação, não os jogos de linguagem.
Esse é um exercício diário e nada fácil, não basta ler esse texto e magicamente absorver as letrinhas. O verdadeiro desafio é, em sua próxima visita aos comentários, seja aqui ou em qualquer outro site, largar velhos hábitos. Assim a comunidade avança e todos ganham.
Espero ter respondido à pergunta do leitor anônimo.
Grande abraço!
Guilherme Nascimento Valadares

Interessado em boas conversas, redes e novos modelos de trabalho e negócios. Na interseção desses pilares, surgiram o PdH, o Escribas e o lugar. Formado em Comunicação, atuou alguns anos como estrategista digital.

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A frase do dia

GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão - a mídia que troca notícia.

Da nome aos bois Elio Gaspari

A Globo foi quem mais recebeu...

O comissariado fritou a ministra Helena Chagas. Pela primeira vez em quase um século, desde que o jornalista Lourival Fontes foi cuidar da imagem de Getúlio Vargas, o funcionário encarregado da comunicação do Palácio do Planalto caiu por causa de dinheiro, acusado de não atender aos objetivos políticos do governo.

A jornalista, com 32 anos de carreira, teve no seu ofício um desempenho muito superior à média do comissariado petista. Não a fritaram porque divulgou o que não devia, ou deixou de divulgar o que devia. Muito menos porque suas opiniões políticas divergiam do governo. Na raiz do mal-estar estavam apenas verbas, o dinheiro da Viúva.

Helena Chagas, ministra. Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Seja qual for o governo, sempre haverá alguém reclamando porque não recebe dele verbas publicitárias proporcionais à fidelidade com que o defende. O patrono dessa espécie deveria ser o jornalista Alexandre von Baumgarten. Amigo de generais da ditadura, queria reerguer uma revista falida e buscava no Planalto perdões de dívidas e verbas publicitárias. Acabou-se em 1982, com uma bala na cabeça, e deixou um dossiê acusando o Serviço Nacional de Informações pela sua morte.

Em 2012 a máquina de propaganda do palácio moveu R$ 1,9 bilhão. Esse é o dinheiro que Brasília promete repassar ao governo do Estado Rio para enfrentar desastres naturais. Noutra conta, R$ 1,2 bilhão é o total dos financiamentos brasileiros para obras e serviços em Cuba. Vale lembrar que esse tipo de munificência não foi inventado pelo PT, nem é exclusivo do governo federal. Ele apenas inflou-o, pois em 2000 o tucanato torrou R$ 1,2 bilhão.

Em 2012 o Planalto gastou mais em publicidade que a Ambev (R$ 1,6 bilhão), que vive de vender cervejas e refrigerantes. Com R$ 1,7 bilhão, a Caixa Econômica (cujas despesas não estão na caixa do Planalto) gastou mais que o Bradesco e o Itaú, somados.

Além de queda, coice

O FHC - farsante, hipócrita, canalha - mininistro do STF, Gilmar Mendes, além de cínico, desinformado. Não sabe sequer o significado de "lavagem de dinheiro". Um imbecil desse julgando...

Imagino que ele levantou suspeitas sobre as vaquinhas petistas, baseado no seu famigerado IDP.

Taí para esse empregadinho do Dantas o significado:

A expressão inglesa money laundering resulta do fato que o dinheiro adquirido ilegalmente é sujo devendo ser lavado ou branqueado . Uma origem lendária leva a Al Capone que teria comprado em 1928, em Chicago, uma cadeia de lavanderias (laundromats), da marca Sanitary Cleaning Shops. Esta fachada legal ter-lhe-ia permitido fazer depósitos bancários de notas de baixo valor nominal, habituais nas vendas de lavanderia - mas resultantes afinal do comércio de bebidas alcoólicas interdito pela Lei Seca e de outras atividades criminosas como a exploração da prostituição, do jogo e a extorsão.
Ainda que a associação da Máfia ao termo não seja precisa, papel de destaque nos modernos processos de lavagem tem o mafioso Meyer Lansky (nascido Majer Suchowliński em 1904), especialmente quanto ao uso de offshores no processo.
De fato, a expressão "laundering" aparece pela primeira vez no jornal inglês "Guardian" e populariza-se nos anos 1970 quando do Caso Watergate. Um informante, batizado de "Garganta Funda" (William Mark Felt), aconselhou o repórter Bob Woodward, do Washington Post: "- Siga o dinheiro". O Comitê de Reeleição do então Presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, envolvera-se em transações financeiras que direcionavam fundos ilegais de campanha para o México e depois de volta para os Estados Unidos, através de uma companhia em Miami. A história foi contada no filme Todos os Homens do Presidente, com Robert Redford e Dustin Hoffman.

Piada da madrugada

Qual o mais idiota?


Um alemão,um inglês,e um português competiam para saber Quem tinha a mulher mais sem noção. O inglês falou primeiro:

- É a minha . Ela comprou uma bicicleta de 18 marchas , muito cara e nem sabe andar de bicicleta. E o Alemão:

- Isso não é nada.A minha mulher mandou construir uma piscina no quintal de casa e nem sabe nadar. O português da uma gargalhada e disse:

- A minha mulher é mais burra. Ela vai passar o carnaval em Salvador, comprou uma caixa de camisinhas e nem pinto ela tem!!!

Enquanto Gilmar Dantas desconfia das vaquinhas petistas

...nós temos certeza das roubalheiras que ele pratica através do seu famigerado IDP
Degradação do Judiciário
 DALMO DE ABREU DALLARI
Nenhum Estado moderno pode ser considerado democrático e civilizado se não tiver um Poder Judiciário independente e imparcial, que tome por parâmetro máximo a Constituição e que tenha condições efetivas para impedir arbitrariedades e corrupção, assegurando, desse modo, os direitos consagrados nos dispositivos constitucionais.
Sem o respeito aos direitos e aos órgãos e instituições encarregados de protegê-los, o que resta é a lei do mais forte, do mais atrevido, do mais astucioso, do mais oportunista, do mais demagogo, do mais distanciado da ética.
Essas considerações, que apenas reproduzem e sintetizam o que tem sido afirmado e reafirmado por todos os teóricos do Estado democrático de Direito, são necessárias e oportunas em face da notícia de que o presidente da República, com afoiteza e imprudência muito estranhas, encaminhou ao Senado uma indicação para membro do Supremo Tribunal Federal, que pode ser considerada verdadeira declaração de guerra do Poder Executivo federal ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil e a toda a comunidade jurídica.
Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. Por isso é necessário chamar a atenção para alguns fatos graves, a fim de que o povo e a imprensa fiquem vigilantes e exijam das autoridades o cumprimento rigoroso e honesto de suas atribuições constitucionais, com a firmeza e transparência indispensáveis num sistema democrático.
Segundo vem sendo divulgado por vários órgãos da imprensa, estaria sendo montada uma grande operação para anular o Supremo Tribunal Federal, tornando-o completamente submisso ao atual chefe do Executivo, mesmo depois do término de seu mandato. Um sinal dessa investida seria a indicação, agora concretizada, do atual advogado-geral da União, Gilmar Mendes, alto funcionário subordinado ao presidente da República, para a próxima vaga na Suprema Corte. Além da estranha afoiteza do presidente -pois a indicação foi noticiada antes que se formalizasse a abertura da vaga-, o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país.
É oportuno lembrar que o STF dá a última palavra sobre a constitucionalidade das leis e dos atos das autoridades públicas e terá papel fundamental na promoção da responsabilidade do presidente da República pela prática de ilegalidades e corrupção.
 

A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha inadequada


É importante assinalar que aquele alto funcionário do Executivo especializou-se em "inventar" soluções jurídicas no interesse do governo. Ele foi assessor muito próximo do ex-presidente Collor, que nunca se notabilizou pelo respeito ao direito. Já no governo Fernando Henrique, o mesmo dr. Gilmar Mendes, que pertence ao Ministério Público da União, aparece assessorando o ministro da Justiça Nelson Jobim, na tentativa de anular a demarcação de áreas indígenas. Alegando inconstitucionalidade, duas vezes negada pelo STF, "inventaram" uma tese jurídica, que serviu de base para um decreto do presidente Fernando Henrique revogando o decreto em que se baseavam as demarcações. Mais recentemente, o advogado-geral da União, derrotado no Judiciário em outro caso, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem decisões judiciais.
Medidas desse tipo, propostas e adotadas por sugestão do advogado-geral da União, muitas vezes eram claramente inconstitucionais e deram fundamento para a concessão de liminares e decisões de juízes e tribunais, contra atos de autoridades federais.
Indignado com essas derrotas judiciais, o dr. Gilmar Mendes fez inúmeros pronunciamentos pela imprensa, agredindo grosseiramente juízes e tribunais, o que culminou com sua afirmação textual de que o sistema judiciário brasileiro é um "manicômio judiciário".
Obviamente isso ofendeu gravemente a todos os juízes brasileiros ciosos de sua dignidade, o que ficou claramente expresso em artigo publicado no "Informe", veículo de divulgação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (edição 107, dezembro de 2001). Num texto sereno e objetivo, significativamente intitulado "Manicômio Judiciário" e assinado pelo presidente daquele tribunal, observa-se que "não são decisões injustas que causam a irritação, a iracúndia, a irritabilidade do advogado-geral da União, mas as decisões contrárias às medidas do Poder Executivo".
E não faltaram injúrias aos advogados, pois, na opinião do dr. Gilmar Mendes, toda liminar concedida contra ato do governo federal é produto de conluio corrupto entre advogados e juízes, sócios na "indústria de liminares".
A par desse desrespeito pelas instituições jurídicas, existe mais um problema ético. Revelou a revista "Época" (22/4/ 02, pág. 40) que a chefia da Advocacia Geral da União, isso é, o dr. Gilmar Mendes, pagou R$ 32.400 ao Instituto Brasiliense de Direito Público -do qual o mesmo dr. Gilmar Mendes é um dos proprietários- para que seus subordinados lá fizessem cursos. Isso é contrário à ética e à probidade administrativa, estando muito longe de se enquadrar na "reputação ilibada", exigida pelo artigo 101 da Constituição, para que alguém integre o Supremo.
A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha notoriamente inadequada, contribuindo, com sua omissão, para que a arguição pública do candidato pelo Senado, prevista no artigo 52 da Constituição, seja apenas uma simulação ou "ação entre amigos". É assim que se degradam as instituições e se corrompem os fundamentos da ordem constitucional democrática.

Um dos símbolos da liberdade pode estar com seus dias contados

Estanislau Castelo




O PSDB protocolou ontem, junto ao Supremo Tribunal Federal, e nas mãos de seu mais isento ministro, Gilmar Mendes, um processo contra a Estátua da Liberdade por quebra de decoro monumental.

A Estátua teria sido flagrada com o braço erguido, o que foi considerado pelos tucanos como uma clara referência ao gesto feito por José Dirceu e José Genoíno.

Um dos líderes que protocolaram o pedido ameaçou: "ou aquela piriguete abaixa aquele braço ou vamos às últimas consequências. Cogitamos inclusive derrubá-la".

Um ministro do Supremo que não quis se identificar disse que a Estátua pode ser enquadrada no "domínio do fato" e no artigo 45 do Código Penal, que reza que, sendo petista, todo castigo é pouco. Perguntado sobre o que seria esse "domínio do fato", o ministro não soube responder.

Em uma coletiva dada hoje pela manhã, em Nova York, o ícone mundialmente conhecido disse que prestou solidariedade aos "companheiros" presos por razões humanitárias.


O símbolo maior da Baía de Nova York já havia feito o mesmo gesto anteriormente em comemoração à vitória dos atletas Tommie Smith e John Carlos, que ergueram o punho cerrado nas olimpíadas do México, em 1968,  em homenagem aos Panteras Negras, grupo que lutava pelos direitos civis contra o apartheid nos Estados Unidos.

Questionada sobre se não deveria fazer o mesmo sobre Guantánamo, reagiu com indignação: "mas eu fiz; vocês é que não prestaram atenção".

Uma repórter da rede de comunicação ultradireitista Fox News perguntou à Estátua se ela não se envergonhava de emprestar sua imagem a "comunistas brasileiros", ao invés de continuar como garota propaganda do "American way of life".

Irritada, a Estátua lembrou: "minha filha, eu sou francesa. Vim de presente morar aqui nessa espelunca".

A Estátua foi também indagada se doou dinheiro para as vaquinhas que estão sendo organizadas para pagar a multa imposta aos condenados. "Ah, isso não. Devo confessar que sou muito mão fechada e ando dura faz tempo".

Piada do dia

Líder (?) da tucagralha na Câmara Federal, o baiano Antonio Imbassay, da Bahia, vai recorrer à Corregedoria da Câmara para abrir ação contra o gesto de André Vargas de mostrar o punho enquanto esteve ao lado do Presidente Barbosa.

O líder (sic) acha que foi falta de decoro !

E a condenação sem provas – o que é ?

Falta de que ?

Enquanto o PSDB se comportar desse jeito – leia o professor Wanderley sobre a indigência da oposição brasileira – , a Dilma leva no primeiro turno, como mostra um levantamento precário que o passarinho depositou na janela aqui de casa.

O líder (sic) Imbassahy parece ter perdido o prumo desde que saiu debaixo do guarda-chuva do ACM.

É um órfão na chuva.

Paulo Henrique Amorim