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Alimentando o antilulismo


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"Em 2012 foi assim: enquanto a campanha eleitoral municipal corria, o STF alimentava o anti-petismo com o julgamento da ação penal 470. Em 2014, quando Dilma disputou a reeleição, a bola estava com Sérgio Moro e a Lava Jato. Este ano o TRF-4 já fez o maior lance judicial-eleitoral da história, condenando sem prova o candidato líder nas pesquisas, Lula. Agora o STF, que passou três anos sem julgar nenhum dos políticos com foro especial envolvidos na Lava Jato, promete acelerar os julgamentos. E vai começar por quem? Pela senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT", escreve a jornalista Tereza Cruvinel, observando que "já medalhões dos outros partidos dificilmente terão seus casos julgados este ano". Brasil 247
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Parafraseando provérbio indígena: Dentro da sociedade brasileira existem dois lobos. O lobo do egoísmo e o lobo da solidariedade (Antilulismo e Lulismo). Ambos disputam o poder real. E quando me perguntam qual lobo será o vencedor, respondo: Você é que decide!
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O lulismo renova suas ilusões


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Os brasis depois de 24 de janeiro de 2018
Muito embora ainda fossem acalentadas pelo Lulismo algumas cândidas esperanças quanto a um resultado diferente, 24-JAN-2018 é apenas mais uma brutal queda no deserto do real, confirmando uma sentença longamente anunciada.
A cada nova derrota sofrida, o Lulismo renova suas ilusões, reincide seus erros, repete as mesmas opções, sem jamais colocar como pauta prioritária o movimento autônomo de massas como o único poder capaz de contrabalançar a correlação de forças.
Primeiro primeiro foi o Plano Levy, a Carta ao Povo Banqueiro Brasileiro de Dilma Roussef, uma desastrada e anacrônica tentativa de reeditar a Pax Lulista de 2002.
FEBRABAN, CNI, CNT, CNS, FIESP e FIRJAN emitiram protocolares notas de apoio ao governo, como se todos eles já não estivessem pactuados quanto a sua queda. os lucros dos bancos bateram novos recordes e o Brasil mergulhou de vez na recessão, da qual até hoje obviamente não conseguiu se erguer. a já estreita base social de Dilma se corroeu definitivamente, ficando desimpedida a via expressa para o golpe.
em seguida, sobreveio a patética ilusão quanto ser possível barrar o processo de impeachment pela via jurídica, ou viabilizar alguma alternativa através de negociação política.
mesmo impedido por Gilmar Mendes de ser nomeado Ministro da Casa Civil, Lula assumiu na prática o governo e o transferiu para uma suíte de luxo do hotel 5 estrelas Golden Tulip Alvorada. as barganhas horrorosas e conchavos vergonhosos fracassaram. e o Brasil assistiu horrorizado e envergonhado a um teatro de vampiros na votação da admissibilidade do impeachment, a hipócrita encenação dirigida sem misericórdia por Eduardo Cunha.
Famiglia unida, vota unida. os grandes empresários disponibilizaram seus jatinhos isentos de IPVA para transportar o voto "SIM", buscando os Deputados de "onde fosse necessário". e as empresas "campeões nacionais" capitalizadas via financiamento público fornecido pelo BNDES, bancaram através destes mesmos recursos a compra de votos do Golpeachment.
passo a passo, a medida em que a crise se agravava e aprofundava, não apenas politicamente mas com gigantesco custo social e econômico, a única proposta do Lulismo jamais deixou de ser sua  tradicional via da conciliação permanente, mesmo com a objetividade dos fatos deixando inquestionável não mais existir qualquer viabilidade para isto.
entre o escárnio da condenação de Lula sem provas pela Lava Jato & Associados, e o deboche do julgamento do recurso pelo TRF-4, realizado indecorosamente um ano após o AVC de Marisa Letícia, o Lulismo tentou insistentemente, por todos os meios e de todas as formas, adquirir seu passaporte de ingresso no Pacto à la Brasil, o atávico acordo palaciano entre as elites.
na véspera da sentença, o Lulismo ainda julgava ser razoável alimentar expectativas otimistas, enquanto todos os sinais indicavam um cenário de uma combinada condenação por unanimidade, como etapa imediatamente anterior a determinação de execução da pena.
depois de 24-JAN-2018, algo mudou?
Lulismo ocupou as ruas e as redes mantendo de pé a mobilização e a organização da luta contra o Golpe de 2016? ou persiste em se arrastar agachado pelos bastidores sorrateiros em busca do acordo impossível?
enquanto uma heróica resistência se processa nas redes denunciando o Judiciário, o bonitão predileto do Lulismo e candidato a poste sem alça da vez, Fernando Haddad, dá entrevista à Globo News, tão satanizada mas sempre bajulada e frequentada, para defender a candidatura Temer e presumir do STF o benefício da clemência para Lula: "Creio que o STF vai analisar com muito cuidado e, quero crer, ele vai receber o benefício".
após décadas se esquivando das bases, asfixiando o movimento popular e sabotando o surgimento de novas lideranças, como o Lulismo conseguirá recuperar rapidamente tanto tempo perdido?
atualmente o PT conta com uma bancada de 57 Deputados Federais. de quantos deles poderíamos citar espontaneamente seus nomes? quantos tiveram atuação decisiva em suas bases na luta contra o Golpe de 2016? qual a contribuição para esta luta vinda dos 5 governadores do PT, incluindo estados com maior população e recursos econômicos como Minas, Bahia e Ceará, além de uma escandalosa omissão? e aqui honre-se com louvor a Flávio Dino, não por coincidência do PCdoB.
em se tratando de colocar novamente o retrato do velho no mesmo lugar, nosotros jamais esqueceremos Getúlio Vargas: "No Brasil não basta vencer a eleição, é preciso ganhar a posse!".
a eleição se vence com o voto nas urnas. mas para ganhar a posse, e mais importante manter o mandato e concretizar as transformações, é necessário o constante e intransferível exercício da cidadania, construindo passo a passo o poder popular. e isto só pode ser feito na luta das ruas, e não simpaticamente no conforto de um estúdio da Globo News...
por Arkx
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Luis Nassif - xadrez de tempos incertos

O jogo político está cada vez mais embolado

Há dois fenômenos novos, em movimento, em favor de Lula. E a força inercial do antilulismo em direção oposta,

Peça 1 – a desmoralização da Lava Jato

Hoje em dia há três tipos de atitudes em relação à Lava Jato. Os anti-Lula apoiam a operação, mas sabem  que é uma jogada política. Os lulistas a condenam e denunciam que é jogada política. E, nesses tempos de polarização, a legião dos independentes está cada vez mais convencida de que é uma jogada política.
Mídia e Lava Jato estão perdendo a batalha da opinião pública internacional, com a luxuosa contribuição de Michel Temer e, internamente, estão sendo cada vez mais questionados. A Lava Jato e a Globo adotaram a política do lawfare, a publicidade opressiva contra os “inimigos”.
Em um primeiro momento, entupiram os jornais de rumores, vazamentos, denúncias de diversos calibres, atordoando os adversários e atingindo o objetivo final: no caso da Lava Jato do Paraná, o objetivo final foi derrubar Dilma Rousseff e entronizar Michel Temer na presidência. Obviamente, em nome do combate à corrupção.
Acontece que nem mesmo a Globo consegue sustentar o priapismo das manchetes com os escândalos. No caso brasileiro, em cima do esgotamento previsível do ciclo Lava Jato veio o episódio trapalhão de Rodrigo Janot com a delação da JBS. A maior contribuição foi ter estabelecido um parâmetro entre as denúncias contra Lula e aquelas contra seus dois maiores antípodas: Aécio Neves e Temer e suas malas de dinheiro.
Ali começou a ruir toda a narrativa sobre a maior corrupção do planeta. Inverte-se, então, o ciclo do lawfare e cada factoide levantado no período anterior, cada abuso cometido no transcorrer das investigações, torna-se munição nas mãos dos adversários, para desnudar o caráter partidário e suspeito da Lava Jato.
Hoje em dia, já há uma quantidade substanciosa de indícios de malfeitos do lado da Lava Jato, que vão além das acusações apressadas, das narrativas fantasiosas, da incapacidade de aprofundar investigações para além das delações. As suspeitas são mais graves,  permitindo inclusive prever o grande best seller dos próximos anos – a verdadeira história da Lava Jato – para o qual se candidatarão escritores de todos os níveis.
Contarão como foi o aprendizado no caso Banestado, que permitiu o planejamento minucioso da Lava Jato, garantindo a um juizado de Curitiba capturar uma operação de uma empresa sediada no Rio de Janeiro, tendo como principais personagens políticos vicejando em Brasília.
Haverá muita história sobre o triângulo formado por Sérgio Moro, a esposa Rosângela e o primeiro-amigo Carlos Zucolotto Júnior, os advogados amigos, a indústria da delação premiada, as informações provindas do Departamento de Justiça etc. E até a informação do procurador Celso Três, do caso Banestado, que a Sra. Moro distribuía cartões de visita ao longo da operação.
A desmoralização da Lava Jato significará o enfraquecimento da condenação de Lula. Portanto, viverão ainda alguns períodos de imagem heróica. Mas já acende luz amarela nos escalões externos à Lava Jato, a quem caberá a convalidação ou não das denúncias aceitas em primeira instância.
Não se tem mais dúvidas de que o TRF4 é um tribunal político. Resta saber até onde irão com a farsa.

Peça 2 – o custo Lula

“Mercado” supostamente é o local onde todas as informações são processadas racionalmente, e a resultante é preço.
No caso brasileiro, o “mercado” é extremamente mal informado, formando convicções de afogadilho, indo atrás de clichês, sendo influenciado pela superficialidade padrão Globonews.
Analistas mais lúcidos já se deram conta que a solução Lula é a “mais barata”, para se obter a paz social. A razão é simples. O impedimento de Lula e a eleição de um candidato sem o menor fôlego político – se houver um, que se apresente – tornarão extremamente custosas qualquer solução extra-Lula. Haverá um duro aprendizado e o prolongamento perigoso da polarização política.
A tentativa de apresentar Lula como o alter ego de Bolsonaro, colocando ambos na categoria de populistas radicais, é ridícula, assim como as sucessivas tentativas de encontrar o campeão branco ou recorrer ao cadáver político de Fernando Henrique “El Cid” Cardoso.
Apesar do esforço ingente da mídia, nenhuma reforma sem consenso despertará a confiança de investidores. Como está ocorrendo, aliás, em outros países, em situações de crise de legitimidade menores que no caso brasileiro, no qual se tem as reformas sendo implementadas por uma organização criminosa.
Um dia cairá a ficha que de que não haverá saída for a do consenso. Pode ser que o bom senso chegue antes; pode ser que demore.

Peça 3 – o fôlego do antilulismo

De qualquer forma, a tendência dominante, ainda, é o de se tentar inviabilizar politicamente Lula e promover o milagre da ressurreição de quem nunca foi, Geraldo Alckmin.A radicalização do anti-lulismo foi tão intensa que dificilmente mídia e Judiciário se permitirão algum assomo de bom senso.
Significaria acabar com os sonhos do Ministério Público Federal de se transformar em poder autônomo, abortar o ativismo do Judiciário, reduzir a margem de manobra da mídia. E quem irá largar o osso?
A volta à normalidade será um trauma para os deuses do punitivismo. É só conferir o que a síndrome da abstinência de poder está produzindo no ex-Procurador Geral da República Rodrigo Janot.
Resta acompanhar, então, o desenrolar dessas três tendências, para saber se em algum momento promoverão o consenso ou o dissenso definitivo.
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"Nossa metade é assim, poesia e prosa, presente e passado, fraqueza e força, medo e coragem para chegar ao fim de uma caminhada e recomeçar outra, com a mesma esperança de chegar"

O antilulismo não consegue quorum

Uma multidão. Cerca de 20 pessoas protestaram ontem na Avenida Paulista (SP) contra o PT e o ex-presidente Lula. Fora o terrorismo midiático, isso é o mais que a oposição partidária - PSDB/DEM/PPS - consegue fazer.
A GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão - deveria ter enviado os funcionários da editoria política para engrossa o coro dos descontentes. Pelo menos daria uma foto melhor.
Aff
Competir com um adversário incompetente desse jeito...cansa,


Aqueles que vivem do antilulismo


Acho que também seria interessante pensar "do outro lado do balcão": 
Nos últimos dez anos cresceu uma vasta indústria cultural cujo principal produto é falar mal do Lula e de tudo que pode representar os governos petistas. Com o tempo muita gente percebeu que falando mal deles, das cotas, de qualquer política que possa representar um avanço civilizatório - como o casamento gay, a liberação da maconha, o reconhecimento de direitos difusos, etc... dá sempre ibope numa determinada faixa da população que se confunde com os leitores de veja e as camadas rancorosas das classes médias e altas. 
Esses segmentos são relevantes como consumidores de cultura e de outras mercadorias, além de elevarem o patamar de prestígio dos jogadores de lama que alimentam & açulam a raiva deles. Logo ele atrai e vai continuar atraindo alguns, ou muitos, jornalistas & intelectuais que, como quaisquer outros grupos, também querem "se dar bem". 
No universo intelectual, que conheço um pouco melhor, sempre sobra gente no caminho e não só a ganância, como também a vaidade acabam empurrando indivíduos para o caminho da vociferação bem pagante e auto congratulatória. 
A coisa funciona mais ou menos assim:  "não dou a mínima para aqueles colegas que não me reconhecem, já que o Merval me cita na coluna que é lida por milhões e, de quebra, ainda me chamam para dar umas palestras bem remuneradas ou, pelo menos, posso ter certeza que as coisas que eu publicar vão ser recomendadas na veja e vão vender bem".   
Assim, se estou certo, a indústria do antilulismo vai continuar. 
Tem, e vai continuar tendo, tanto produção quanto freguesia... 
por Robertog