É de embrulhar o estômago ver gente que não é patrão, não é rico, um lascado na vida defendendo a reforma trabalhista que vai beneficiar única e exclusivamente os maus empresários que não se importam em lucrar em cima da exploração de seus funcionários.
Essa gente não se toca que com uma massa de trabalhadores empobrecida, precarizada, sem perspectivas, o consumo vai cair e a economia vai piorar?
Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...
Cláudio Gonzalez - pobre, analfabeto político e masoquista
Diogo Costa - que todos se candidatem contra Lula
Quero todos os candidatos da direita disputando em 2018. Eu disse TODOS, sem nenhuma exceção.
Será lindo ver Lula destroçar os porcos do PSDB, do PMDB e de outros partidos golpistas, nazi-fascistas ou não.
O medo que estes vigaristas tem do Lula é algo a ser estudado pelos maiores cientistas do mundo.
Que todos se candidatem contra o Lula. Todos sem exceção.
O povo vai falar e a resposta será a mais contundente de todos os tempos.
O mico da Veja
Luis Fernando Veríssimo - Moro o justiceiro da república
Laís Gouveia - para moro com carinho
Oi Moro, tudo bem juiz de primeira instância? Quero fazer um breve relato:
Quando eu tinha uns 15 anos, fui em um comício do Lula por minha conta própria. Chegando lá, eu vi aquele barbudo, que dizia "acreditem, eu vou mudar o país" e eu acreditei. Então, ele foi eleito presidente. De repente, as coisas lá em casa começaram a melhorar, meus pais diziam que muito era devido ao Lula. Então, minhas amigas da periferia entraram no universidade através do ProUni, eu mesma passei na UFF pelo Reuni. Nossa, e o quando o Brasil saiu do mapa da miséria através do Bolsa Família, você se lembra?
O Brasil do fracasso virou o Brasil do futuro. Gente comprando carro, casa própria, filho indo estudar na Europa. Empregada doméstica no avião indo visitar sua família no nordeste. Dava um orgulho danado dizer que éramos brasileiros, ainda mais depois do Pré sal, que coisa linda! Depois veio a copa do mundo e o Obama dizendo que Lula era "o cara".
Isso incomodou muita gente né? Fico imaginando sua alegria quando a CIA te ligou dizendo que tinha uma tarefa para você, prender o Lula. De juiz anônimo do Paraná, você virou o Moro do mundo, que combate o mau e tira selfies com Aécio. Queria lhe dizer que você pode enganar muita gente bem intencionada, mas só quem passou fome ou mudou sua vida por causa do Lula, sabe da importância desse nordestino arretado. Lula lidera as pesquisas à presidência, isso você não pode mudar.
Ah. Moro, lá na frente, você ficará registrado nos anais da história como o juiz de nada que serviu para golpear o Brasil e entrega-lo aos EUA, um estrume.
Já o Lula.... aguarde!
Beijos.
Janio de Freitas - Juízes tidos como rigorosos têm alto conceito, mas são péssimos
É mais fácil encontrar fora dos autos e da sentença os motivos da condenação de Lula do que achá-los ali, convincentes e provados como pedem as condenações e a ideia de justiça.
No mesmo dia e com diferença de poucas horas, o comentário suficiente sobre a condenação teve a originalidade, por certo involuntária, de antecipar-se à divulgação da sentença por Sergio Moro. E nem sequer lhe fez menção direta.
Procurador federal como os da Lava Jato, mas lotado em Brasília, Ivan Cláudio Marx escreveu em parecer referente ao ex-senador e delator Delcídio do Amaral: "Não se pode olvidar o interesse do delator em encontrar fatos que lhe permitissem delatar terceiros, e dentre esses especialmente o ex-presidente Lula, como forma de aumentar seu poder de barganha ante a Procuradoria-Geral da República no seu acordo de delação".
Não precisaria ser mais explícito na indicação de que acusar Lula tem proporcionado reconhecimento especial na Lava Jato, traduzido em maior "poder de barganha" para alcançar maiores "prêmios" –saída da cadeia, penas quase fictícias, guarda de dinheiro e de bens adquiridos em crimes (com Joesley Batista, a premiação progrediu para imunidade contra processos judiciais, o que nem presidente da República recebeu da Constituição).
O procurador quis, porém, precisar sua constatação: "Não se está aqui ressaltando a responsabilidade ou não do ex-presidente Lula naquele processo [alegada tentativa de obstrução da Justiça], mas apenas demonstrando o quanto a citação do seu nome, ainda que desprovida de provas em determinados casos, pode ter importado para o fechamento do acordo de Delcídio do Amaral, inclusive no que se refere à amplitude dos benefícios recebidos".
O objetivo e a valorização de acusações a Lula, "ainda que desprovidas de provas", não podiam ser gratuitos, nem precisam de mais considerações agora. Basta, a respeito, observar que determinadas pessoas e entidades foram alvos por iniciativa da Lava Jato, desde o começo proveniente de uma investigação que deveria ser, e nunca foi, sobre rede de doleiros. Só bem mais tarde, outras pessoas e entidades foram incluídas nos alvos da Lava Jato, mas por força de circunstâncias delatoras e ocasionais.
Na eventualidade de recurso contra a condenação, a defesa de Lula precisa dirigir-se ao tribunal da 4ª Região, em Porto Alegre. Ali já houve reconsiderações do decidido por Moro, como a recente absolvição do petista João Vaccari em um dos seus processos. Mas a maioria dos recursos é derrotada, tendo os julgadores da oitava turma o conceito de "juízes duros, muito rigorosos". Já por ser no Rio Grande do Sul, como seria nos outros dois Estados sulinos, muitas defesas costumam temer propensões conservadoras, ou à direita, no trato dos recursos.
Juízes tidos como rigorosos têm alto conceito na imprensa, e daí em geral. São péssimos. Assim como seus opostos. Juízes de verdade não são rigorosos nem complacentes: são equilibrados –uma raridade, talvez. Como sabem Moro, por certa ordem de motivos, e Ivan Cláudio Marx, por outra.