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Rir é o melhor remédio


Rir é o melhor remédio





Concurso de rádio

Locutor: Bom dia! Com quem tenho o prazer de falar?
Ouvinte: Zé Lotéria.
- De onde Zé Lotéria?
- Bairo João vinte e três.
- Presta atenção seu Zé, valendo um kit com camiseta, cd e dvd de Zezé de Camargo e Luciano. Qual é o país que tem o nome com duas sílabas e podemos comer uma? Você tem 15 segundos para responder.

- Ouvinte: Cuba!
- Locutor: (silêncio por alguns segundos e risadas no fundo) Na minha ficha a resposta era Japão. Mas, você acertou. Ganhou o prêmio...





Mensagem da hora





A sinceridade destroí
A sinceridade destrói castelos de areia. É a realidade sem anestesia. Ela não estimula reticências, não teatraliza as relações humanas, não debocha da credulidade alheia, não falsifica impressões. A sinceridade é de vanguarda. É tão soberana que emudece a todos. É tão inesperada que impede retaliações. A sinceridade é o ponto final de qualquer discussão.
por Anarquista Doce



Poesia para vida inteira

Humildade
Senhor, fazei com que eu aceite minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada caindo mansa, longa noite escura numa terra sedenta e num telhado velho.
Cora Coralina



FHC será processado





FHCsobre a deleção feita por Nestor Cerveró de que o seu governo recebeu 100 milhões de dólares de propina na negociata feita usando a Petrobras para comprar o Grupo Pèrez Companc na Argentina.

"Há uma tentativa de misturar o Psdb com os demais da Lava jato"...

Fernando Henrique Cardoso ainda acaba sendo processado pelo SHB - Sindicato dos Humoristas do Brasil -, por exercício ilegal da profissão.





Piso salarial dos professores passa a ser 2.135,00 reais

O piso salarial dos professores terá reajuste de 11,36%, anunciou hoje (14) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Com isso, o valor passa de R$ R$ 1.917,78, em 2015, para R$ 2.135,64, em 2016. O índice representa um aumento real de 0,69%, considerando a inflação oficial de 10,67%.

Ontem (14), o Ministério da Educação (MEC) recebeu dos estados e municípios pedido de adiamento do reajuste para agosto e que o índice fosse 7,41%. Ao anunciar o valor hoje, Mercadante ressaltou que a pasta apenas cumpre a lei vigente.

"Muitos estados e municípios têm uma situação mais sensível, o que a gente pede é que haja disposição de diálogo, de busca de negociação entre sindicatos e governos, para que seja pactuado – onde não há condições –, com transparência, uma política de pagamento do piso que seja compatível [com a situação local]", disse Mercadante.

Pela lei, o piso vale a partir de janeiro, mas o ministro destacou que isso pode ser negociado entre trabalhadores e governos.

Lei do Piso

O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo a Lei 11.738/2008, a Lei do Piso, que vincula o aumento à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Desde de 2009, com o início da vigência da lei, até 2015, segundo Mercadante, o piso dos docentes teve aumento real, ou seja, acima da inflação no período, de 46,05%. Mercadante disse que o percentual de aumento foi um dos maiores entre todas as categorias, públicas ou privadas, mas reconheceu que há uma desvalorização histórica dos salários dos professores.

"Herdamos uma situação de salários muito baixo dos professores. Apesar desse crescimento, ainda é um salário pouco atrativo".

O piso é pago a profissionais em início de carreira, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. Pela lei, os demais níveis da carreira não recebem necessariamente o mesmo aumento. Isso é negociado em cada ente federativo.

Em um contexto de crise, estados e municípios alegam dificuldade em pagar o valor definido pela lei. Ontem, os estados pediram que o MEC complementasse o valor aos governos em situação mais delicada, o que também está previsto em lei. Mercadante disse que a complementação pode ser negociada, desde que haja uma proposta consensual entre estados e municípios. Quando receber a proposta, a pasta avaliará a viabilidade, segundo o ministro.





Histórico

Em 2009, quando a Lei do Piso entrou em vigor, o pagamento mínimo para professores passou de R$ 950 para R$ 1.024,67, em 2010, e chegou a R$ 1.187,14 em 2011. No ano seguinte, o piso passou a ser R$ 1.451. Em 2013, subiu para R$ 1.567 e, em 2014, foi reajustado para R$ 1.697. Em 2015, o valor era R$ R$ 1.917,78. Na série histórica, o maior reajuste do piso foi registrado em 2012, com 22,22%.

Apesar dos aumentos, atualmente, os professores recebem cerca de 60% do salário das demais carreiras com escolaridade equivalente. A melhora do salário dos professores faz parte do Plano Nacional de Educação (PNE), lei que prevê metas para a melhoria da educação até 2024. Até 2020, os docentes terão que ter rendimento equiparado ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
via Agência Brasil

CPI receberá lista de brasileiros com contas no HSBC

O governo francês aceitou o pedido da CPI do HSBC, do Senado, e decidiu que vai compartilhar os dados de correntistas brasileiros do banco na Suíça, vazados no escândalo conhecido comoSwissleaks. O material já está com a Receita Federal e a Procuradoria Geral da República. "Ao contrário do que diziam, a CPI está renascendo das cinzas. A partir das informações oficiais, a investigação pode avançar com segurança", afirmou o relator da comissão Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Em julho de 2015, as autoridades francesas negaram o acesso da CPI aos dados sob o argumento de que a comissão não teria poder criminal, prerrogativa do acordo de cooperação com o Brasil para o compartilhamento de dados. Sem sucesso nos requerimentos para obter os dados, no mês passado os senadores, que compõe a grupo, decidiram antecipar o fim  dos trabalhos. Ferraço, no entanto, por discordar da medida, não havia apresentado ainda o relatório final dos trabalhos, cuja votação oficializaria o fim dos trabalhos da CPI.

Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de criação da comissão, os dados darão uma sobrevida aos trabalhos do grupo, que tem até o dia 30 abril para serem concluídos. "Foi uma CPI péssima, onde a maioria de seus membros só se dedicou a obstruir as investigações. Ocorre que a principal argumentação que se fazia para que as investigações não avançassem era que a CPI não tinha dados oficiais da França. Essa desculpa, desde ontem, está sepultada. Agora não tem mais desculpa para não convocarmos e avançarmos nessas investigações", disse.

"Isso era o que estávamos perseguindo desde o início da CPI para dar prosseguimento às investigações. Agora, com essa legalização da lista, temos como aprofundar e avançar na análise dos dados e nas quebras de sigilos necessárias", disse o presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-PA).

A CPI do HSBC foi instalada em 24 de março de 2015, depois que arquivos vazados da filial suíça do banco mostraram a movimentação de mais de US$ 100 bilhões. Parte desse valor, US$ 7 bilhões, foi distribuída em 5.549 contas abertas por clientes brasileiros.

Agência Brasil

Quanta babaquice, quanta falta do que falar

A Deputada Estadual Manuela D'Ávila (PCdoB – RS) postou em sua página no Facebook nesta quarta (13), um desabafo sobre uma foto em que ela aparece amamentando Laura, sua filha.

A foto foi publicada em uma conta do Instagram criada por Manuela para compartilhar suas opiniões, impressões e sensações sobre a maternidade.

Em um dos posts, a deputada aparece amamentando Laura. O blog Maternar de Folha de S. Paulo fez uma matéria com a deputada, sobre a vacina de 4 meses, ilustrada com a imagem.

Manuela foi alvo de comentários sugerindo, por exemplo, que a deputada não deveria "expor a mama" e que seria um "péssimo exemplo" levar o bebê para sua cama.

Confira o post de Manuela no Facebook:

Do sul21:

Quando aprovamos a Lei que permite amamentar em qualquer lugar alguns disseram ser bobagem. Taí a expressão da necessidade de mudarmos radicalmente os conceitos de muitos! Mulher em propaganda de cerveja não indigna o João, não é?

Tá lá no perfil do Instagram que criei para tratar da maternidade: @leisdelaura
O blog Maternar da folha fez uma matéria sobre vacina de 4 meses e conversou comigo, utilizando uma foto desse perfil do Instagram.

Vejam o nível de falta de noção das pessoas: 1)ser mãe e amamentar sob livre demanda é bastante cansativo Sra Eva. Minha filha dorme no quarto dela, sozinha. E ama mamar em minha cama. E eu amo amamentar em minha cama. Se meu marido bateu a foto é pq estava acordado. Pensar faz bem à saúde. 2) sr João!! Esse peito não é de deputada, é da mãe da Laura.

Amamento onde quiser, o peito é meu (e dela, por esse período). Amamento até na capela sistina, com a bênção do meu papa Francisco!Acabo de ler a notícia da deputada espanhola e a polêmica envolvendo a amamentacao no plenário!!!

Ou seja, a falta de noção e mundial! Imagina o que pensará o sr. João ao saber que, em fevereiro Laura terá o direito de ser exclusivamente amamentado garantido! E que eu estarei na Assembleia, trabalhando!

A onestidade sociológica de FHC e sua quadrilha

na Carta Maior

A sociologia da honestidade de FHC

Apesar do abafamento da mídia, denúncia de propina de R$1 bilhão trouxe à tona os mecanismos de organização da corrupção da era tucana.

por noTatiana Carlotti

Na última segunda-feira, veio a público a outra parte de um depoimento prestado pelo ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, à Procuradoria-Geral da República, em outubro de 2015. Desta vez, o que vazou foi a afirmação de que a negociação da Perez Compancq, empresa argentina adquirida pela Petrobras em 2002, "envolveu uma propina ao Governo FHC de US$ 100 milhões" (R$ 1 bilhão em valor corrigido). Ele disse, também, que cada diretor da empresa argentina havia recebido "US$ 1 milhão como prêmio pela venda da empresa e Oscar Vicente, [que seria diretor da estatal na Argentina, muito próximo de Menem] US$ 6 milhões.

A operação teve ampla cobertura da mídia na época. Em 23.07.2002, a Folha de São Paulo, por exemplo, publicava em seu caderno Mercado a chamada "Petrobras paga US$ 1,125 bi por argentina", informando o fechamento do acordo de compra. E destacava a dívida de US$ 1,9 bi da Pecom Energia, afirmando que a operação só seria formalizada após a sua reestruturação. O acordo seria fechado, em outubro, com um desconto no preço. Quanto?


Exatos US$ 100 milhões.
O feito foi comemorado pelo bravo jornalismo investigativo da família Frias.  Folha de SP /18.10.2002: 'Petrobras paga menos pela Pecom', trecho: "a Petrobras conseguiu reduzir em quase US$ 100 milhões o preço para a compra de 58,6% das ações da Pecom Energia, a segunda maior empresa do setor petrolífero da Argentina. Ao assinar o acordo de compra preliminar, em julho, a Petrobras devia pagar US$ 1,125 bilhão pelo controle da Pecom. No entanto, o valor foi reduzido para US$ 1,027 bilhão, segundo contrato definitivo ontem".

'O presidente da Petrobras, Francisco Gros', seguia o texto do diário vigilante, disse que o desconto obtido não reflete "a alta do dólar no Brasil – que encareceu o negócio – mas os resultados da auditoria 'mais profunda' realizada nos últimos três meses para avaliar o valor da Pecom'.

Ao responder às acusações de Cerveró nesta semana, FHC disse que "afirmações vagas como essa", que se referem "genericamente" ao período de um ex-presidente já falecido da Petrobras, "sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação', pontificou o tucano, como costuma fazer sempre que a Lava Jato comete alguma dissonância no monólogo antipetista.

Vejamos.

Conduta imprópria?

Em "A corrupção do PSDB não pode ser abafada", de 12.01.2016, o militante social Jeferson Miola destaca que essa nova denúncia foi desvendada de maneira acidental: "a descoberta só foi possível porque uma cópia do depoimento de Cerveró ao MP, que teoricamente seria protegido por segredo de justiça, foi encontrada junto com papéis apreendidos no escritório do senador Delcídio Amaral".

Na mesma delação, em outubro, ele aponta que apenas vazaram acusações contra o governo Dilma. Vale lembrar que à época, o ex-presidente FHC atiçava o bordão do Fora Dilma, bradando nos meios de comunicação:  "a força do impeachment vem da rua, e não do Congresso".

Em dezembro passado, quando Cerveró afirmou que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-diretor da Petrobras nos anos FHC, tinha recebido uma propina de R$ 10 milhões, entre 1999/2001, da Alstom - empresa favorita dos tucanos paulistas, envolvida em lambanças no metrô -, FHC optou por estabelecer uma diferença entre "corrupção organizada" e "conduta imprópria".

Claro, malfeitos do PT serão sempre sistêmicos na sociologia da honestidade do ex-presidente; os dos tucanos, por definição, ordinariamente pontuais.

Caso da conduta de Sérgio Guerra, falecido ex-presidente da legenda, por acaso?

O tropeço, pontual, de Guerra, da ordem de R$ 10 milhões, foi revelado por  outro delator, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Segundo afirmou Costa, a dinheirama correspondeu ao cala boca cobrado por Guerra para encerrar a CPI da Petrobras, aberta em julho de 2009.

Um ato impensado individual?

Em termos: Guerra teria afirmado ao ex-diretor da estatal que usaria o dinheiro para a campanha de 2010.

Corrupção organizada

No esforço de elucidar melhor a complexa sociologia da honestidade desenvolvida por FHC, ou "conduta imprópria", seguem-se alguns dos maiores escândalos registrados sob a sua presidência, ademais de breve compilação de 'desvios de rota' observados em governos tucanos, a envolver casos de superfaturamento de contratos, propinas, evasão de divisas, proteção descarada ao sistema financeiro... Certamente, não há aqui a pretensão de esgotar um assunto tão virgem, ainda à espera de um espaço na unifocal  agenda do operoso juiz Sergio Moro. Vejamos:

Trensalão e Caso Alstom. O Trensalão envolve um bilionário esquema de contratos superfaturados e pagamento de propinas de multinacionais – Alstom e Siemens à frente – para 'operar' licitações no setor de transporte sobre trilhos. Em São Paulo, palco da maioria dos contratos superfaturados, o esquema teria envolvido, ao longo de uma década (1998-2008), integrantes dos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. A denúncia veio à tona em 2013, na Suíça. A alemã Siemens fez, então, um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), delatando o que sabia, em troca de imunidade civil e criminal. Estima-se que juntas, Siemens e Alstom tenham faturado R$ 12,6 bilhões em contratos.

Outro escândalo incluído na rubrica 'Caso Alstom' apareceu em 2008. Autoridades suíças denunciaram o pagamento de propina da multinacional francesa à Eletropaulo, a estatal de energia comandada pelo  tucanato paulista há mais de duas décadas. Segundo o Ministério Público da Suíça, entre 1998 e 2001, pelo menos 34 milhões de francos franceses teriam sido pagos em subornos a autoridades dos governos tucanos através de empresas offshore, criadas em paraísos fiscais.

Mensalão tucano. Em 2007, o Ministério Público denunciou um esquema de desvio de R$ 3,5 milhões (R$ 14 milhões corrigidos) de empresas públicas mineiras, ocorrido em 1998, para favorecer a reeleição de Eduardo Azeredo, então governador de Minas Gerais. Entre os envolvidos no financiamento irregular, além do ex-governador, estão os publicitários Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. Há suspeitas, aguardando investigações operosas, que o valor seja superior ao indicado.  Empresas públicas, como a CEMIG, por exemplo, ficaram de fora da denúncia que amargou oito anos no limbo. Em dezembro de 2015, a Justiça de Minas Gerais condenou Azeredo a 20 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A decisão foi em primeira instância. Cabe recurso. Mesmo condenado Azeredo continua exercendo cargo na Fiemg como informa o Estadão de 19.12.2015.

Caso Banestado.  O escândalo do Banestado (Banco do Estado do Paraná) diz respeito à evasão de divisas do Brasil, na ordem de R$ 150 bilhões, para paraísos fiscais, entre 1996 e 2002. Em 2003, chegou a ser instalada a CPMI do Banestado que, em seu relatório final, pedia o indiciamento de 91 pessoas. Da lista faziam parte doleiros, funcionários do banco, empresários e vários tucanos, como o ex-presidente do Banco Central do governo FHC, Gustavo Franco e o ex-diretor do Banco do Brasil, amigo do peito de José Serra, o impoluto quadro tucano, Ricardo Sérgio de Oliveira. Em reportagem onde detalha o caso, Governo recupera R$ 2,2 mi dos R$ 124 bi desviados via Banestado -  a jornalista Najla Passos, de Carta Maior, em 04.09.2012,  destaca que as ações contra responsáveis pelo sistema fraudulento encontram-se esparsas, em diferentes varas da justiça brasileira, a maioria sob segredo de justiça. Somente no Governo Lula, aponta Najla, o Brasil passou a contar com dispositivos para combater a prática de evasão de divisas.

Farra das Privatizações. Os escândalos que envolveram as privatizações na era FHC estão documentados em dois trabalhos de fôlego: O Brasil Privatizado de Aloysio Biondi e A Privataria Tucana de Amaury Ribeiro Jr. Ambos detalham irregularidades e bastidores da venda a preço de banana do patrimônio público nacional. Em 2011, Ribeiro Júnior trazia, inclusive, indícios de corrupção envolvendo membros do governo FHC, com vasta documentação sobre movimentação financeira e lavagem de dinheiro por meio de offshores no Caribe. 

Em 1999, no calor da hora, Biondi sintetizava o processo de privatização já na introdução do seu livro: "o governo financia a compra no leilão, vende ´moedas podres´ a longo prazo e ainda financia os investimentos que os 'compradores' precisam fazer. E, para aumentar os lucros dos futuros 'compradores', o governo 'engole' dívidas bilionárias demite funcionários, investe maciçamente e até aumenta tarifas e preços antes da privatização". Vários escândalos envolveram as privatizações, como veremos a seguir.

Grampos no BNDES. Às vésperas da privatização do Sistema Telebrás, em novembro de 1998, Elio Gaspari denunciava a existência de grampos no BNDES. Uma gravação vazada pela Folha, em 25.05.1999, trazia Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, presidente do BNDES na época, articulando o apoio da Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB) em benefício do consórcio do Banco Opportunity. FHC, inclusive, entrava na conversa, autorizando o uso do seu nome para pressionar o fundo. Já na privatização da Telemar (uma das empresas da Telebrás), surgiu a denúncia da cobrança de R$ 90 milhões, por parte de (de novo, o amigo do peito de Serra, pau para toda obra tucana), Ricardo Sérgio de Oliveira. Ex-diretor do Banco do Brasil, ele foi peça chave nas privatizações que envolveram a Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB), atuando na montagem de consórcios. Ao acompanhar a movimentação financeira de empresas do ex-diretor do BB e do empresário Carlos Jereissati – à frente do consórcio vitorioso – Ribeiro Jr. lança a suspeita, em seu livro, do pagamento de US$ 410 mil.

Vale destacar a análise de Biondi sobre a venda do sistema Telebrás. Biondi mostra o quanto a negociação foi prejudicial ao país, já que o governo havia investido R$ 21 bilhões no setor, durante dois anos e meio, para vendê-lo depois por R$ 22 milhões. Além disso, R$ 8 milhões foram financiados pelo BNDES para que as empresas compradoras pudessem dar a entrada num autêntico exemplar dos negócios 'de pai para filho'.

Venda da Vale do Rio Doce. O escândalo da venda da Vale do Rio Doce, em 1997, começa já no valor da negociação. A mineradora foi arrematada por US$ 3,3 bilhões. O preço estimado no período batia os R$ 30 bilhões. Em 2011, Amaury Jr escreveria que, em diferentes ocasiões, dois ministros de FHC ouviram o empresário Benjamin Steinbruch se queixar de uma suposta comissão paga ...  sim, ele,  Ricardo Sérgio de Oliveira. O valor, R$ 15 milhões, teria sido confirmado por executivos da área financeira, ministros e empresários, segundo o jornalista. Steinbruch nega.

Superfaturamento no TRT-SP. O escândalo dizia respeito ao desvio de recursos públicos na construção do Tribunal Regional do Trabalho paulista. A denúncia veio à tona durante as investigações da CPI do Judiciário. Aberta em 1999, a CPI levou à condenação do juiz Nicolau dos Santos Neto e do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF), cassado em 2000, pelo desvio de R$ 169 milhões. Ao todo, foram investidos R$ 234,5 milhões na obra, um montante acima do previsto no Orçamento, apesar dos alertas do TCU sobre irregularidades. Em 2000, ao ser questionado sobre os repasses federais, FHC respondeu "assinei sem ver". A frase correu na imprensa internacional do período, como informava aFolha, em 15.07.2000, e foi comentada pelo argentino El Clarín, no site da TV CNN, no chileno El Mercúrio, no português Jornal de Notícias.

Caso Marka e FonteCindam. Em 1999, um ano depois da desvalorização cambial promovida por FHC logo após a reeleição - com suspeitas de vazamentos de informações pelo Banco Central - os bancos Marka e FonteCindam contaram com privilégios e uma ajuda do BC brasileiro. Montante envolvido: R$ 1,6 bilhão fixado com base em uma cotação de R$ 1,25 do dólar, quando a moeda já alcançava R$ 1,30 no mercado.

Compra de votos para a reeleição. A emenda da reeleição foi aprovada em 1997. Como? Um esquema da compra de votos – R$ 200 mil por cabeça – teria envolvido pelo menos 150 deputados. A suspeita sempre desdenhada pelo PSDB, seria corroborada pela admissão explícita de dois deputados do PFL (atual DEM). Em maio, dois representantes do Acre, Ronivon Santiago e João Maia, afirmavam ao jornalista Fernando Rodrigues, terem recebido R$ 200 mil para votar a favor da reeleição. Segundo eles, o assunto era tratado diretamente com Sérgio Motta, ministro das Comunicações de FHC. No artigo "Esqueçam o que escrevi, diriam os jornais", de 02.09.2013, a jornalista Maria Inês Nassif detalha o episódio.

PROER – O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER), criado em 1995, para salvar bancos particulares custou 12,3% do PIB (R$ 111,3 bilhões) aos cofres públicos, segundo analistas do CEPAL. Em "Proer: a cesta básica dos banqueiros", de 30.08.2012, o escritor Laurez Cerqueira aponta como consequência direta da medida a grande concentração bancária, calcada na internacionalização do sistema financeiro brasileiro: 8 instituições estrangeiras compraram 11 bancos nacionais. Títulos públicos de juro alto e risco baixo ocuparam desde então o espaço de honra no portfólio dos bancos,  marmorizando a especulação financeira no sistema.

Cerqueira aponta, também, que o grosso dos recursos do Proer foram distribuídos para salvar bancos falidos como o Banco Econômico, o Nacional e o Bamerindus que deram um calote de mais de R$ 10 bilhões no BC. O Banco Nacional, que pertencia à família Magalhães Pinto, da nora de FHC, foi um deles. Contou com uma linha de crédito de R$ 6 bilhões, apesar dos R$ 5,3 bilhões registrados em fraudes contábeis praticadas pelo banco desde 1986.

Pasta Rosa. Em 1995, funcionários do BC, que trabalhavam em uma auditoria do Banco Econômico, encontraram uma pasta rosa, com documentos que revelavam a doação ilegal de US$ 2,4 milhões de bancos a 45 políticos durante as eleições de 1990. Entre os envolvidos estavam a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o dono do Banco Econômico, Ângelo Calmon de Sá  --além de políticos como José Serra (PSDB), Antônio Magalhães (DEM), Luís Eduardo Magalhães (PFL/BA), José Sarney (PMDB) entre outros. Calmon de Sá chegou a ser indiciado pela Polícia Federal pelo crime de sonegação e "colarinho branco", mas o caso foi arquivado em fevereiro de 1996.

Em seu artigo "O recheio da pasta e o caso do Banco Econômico", de 16.08.2012, o escritor Laurez Cerqueira detalha que entre os documentos havia recibos e notas fiscais de serviços supostamente prestados a campanhas eleitorais, além da lista de políticos. Em 1990, a legislação eleitoral proibia a doação de dinheiro por empresas a candidatos. O estorvo 'às condutas impróprias' seria resolvido em 1997, durante o Governo FHC, com a promulgação da Lei n.9.504. De certa forma ela sancionaria a compra das eleições no país, permitindo o financiamento privado das campanhas eleitorais.

Caso Sivam. O primeiro ano de governo de FHC foi marcado por denúncias de tráfico de influência e corrupção na negociação do contrato de US$ 1,4 bilhões do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam). Sem concorrência pública, foi escolhido o consórcio liderado pela Raytheon Company, empresa norte-americana, associada à paulista Esca – Engenharia de Sistemas de Controle e Automação S/A. Apesar da Esca ser acusada de fraudar de Previdência, o contrato foi fechado. No mesmo ano, vazava uma gravação que indicava tráfico de influência e propina na negociação. Personagens do enredo gravado: o chefe de cerimonial de FHC, Júlio César Gomes dos Santos e o empresário José Afonso Assumpção, representante da Raytheon no Brasil. Um pedido de CPI foi protocolado. Só saiu seis anos depois, de forma esvaziada e sem quórum. Júlio César foi nomeado embaixador em Roma; os trabalhos da CPI encerrados.

Ninguém foi punido.

Não se pode dizer que tenha sido um ponto fora da curva nas relações entre malfeitos, impunidades e poder tucano.

Em seu artigo "Os 11 crimes da era FHC", de 19.08.2015, Altamiro Borges, do Centro de Estudos Barão de Itararé, lembra que em menos de vinte dias de governo, FHC assinou um decreto extinguindo a Comissão Especial de Investigação, formada por representantes da sociedade civil. O objetivo do órgão era combater o desvio dos recursos públicos.

Apenas seis anos depois seria criada a Controladoria-Geral da União, conhecida por abafar denúncias contra os tucanos. O então Procurador-Geral da República, Geraldo Brindeiro, não decepcionou. Apelidado "engavetador-geral da República", conseguiu a façanha de manter parados mais de 4 mil processos, até 2001. Um marco consagrador na 'sociologia da honestidade' do príncipe da matéria.

O canto triste da austeridade

""Austeridade é um conceito tão poderoso porque ele se auto alimenta. O cocneito faz as pessoas inseguras. As pessoas deixam de unir forças e o sistema politico se trava. O nome do principio  ""AJUSTE FISCAL"" congela a atenção da população, que não questiona o seu conteudo, formando uma barreira entre os individuos e o mundo politico. O ""ajuste fiscal"" solapa a participação democratica.  Esta obscura teoria da austeridade valida com sua autoridade conservadora um grande erro economico que parece algo sensato mas é uma panela furada.

O conceito de "" AJUSTE FISCAL"" apresenta uma falacia completa, a de que um orçamento nacional é como um orçamento de familia. É um magno engano.  Uma familia não emite dinheiro, já emitir dinheiro é uma das principais funções de um Estado.  ""

A tese de Lynn Parramore ataca a propria logica do ajuste fiscal, pelas mesmas razões que aqui no Brasil muitas pessoas intuitivamente perceberam que ao reprimir a atividade economica e os gastos e investimentos publicos a arrecadação cai e

em função disso cai a capacidade do Estado de investir e num circulo viciosa, a cada queda da atividade mais cai a arrecadação sucessivamente e ao fim o ajuste empobrece o Pais e o Estado que para ter arrecadação precisa ter mais e não menos atividade economica que serve de base à taxação.

Lynn ataca a ciencia e sapiencia dos economistas que propõe algo tão primario como um ajuste fiscal auto destrutivo, o que não invalida de modo algum a necessidade de racionalizar os gastos publicos MAS não o corte linear apenas para encolher o orçamento por razões financeiras e não de eficiencia do Estado.

A logica do AJUSTE FISCAL vem do mercado financeiro e é sua visão para aumentar sua garantia de recebimento da divida publica, sem se importar com os efeitos do AJUSTE sobre a atividade economica geral e a vida da população.

O Institute for New Economic Thinking-INET é um circulo de 790 economistas da mais alta qualidade que equestionam os canones e o modelo monetarista validado até a crise de 2008, que demonstrou as fissuras perigosas desse modelo criado pelo mercado financeiro para seus proprios objetivos. Como demonstrei em meu livro, o monetarismo de Milton Friedman é uma produção do CITIGROUP que bancou a revista e a serie de palestras onde Friedman divulgou sua teoria monetarista, que serve como uma luva ao sistema financeiro  , mas não à economia produtiva..

O INET professa serieas duvidas sobre o modelo monetarista e quer rediscuti-lo, pondo em duvida suas premissas,

criticando portanto a turma do "almoço gratis" e da "lição de casa" que tantos seguidores tem no Brasil.

O INET tem entre seus economistas associasdos Premios Nobel, professores de Harvard, Cambridge, Princeton, Oxford,

Columbia, Berkeley, a montagem do instituto foi financiada pelas fundações Rockefeller e Carnegie, por George Soros

e outros que embora oriundos do modelo anterior põe em duvida sua sustentabilidade futura e querem revisa-lo. No Brasil não há nenhum seguidor, o pensamento economico predominante continua aferrado ao velho modelo da "lição de casa".