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Orçamento da União e orçamento familiar

- O orçamento federal é igual ao orçamento familiar!

- Ah é? Então tua família imprime sua própria moeda?

- Hummm,...não!

- Tua família consegue empréstimos abaixo dos de mercado?

- Não! Mas quando faço o orçamento da minha família, já determino que não vou gastar mais do que recebo!

- Como então alguém da tua família adquiriu um carro, uma casa ou uma propriedades ou bens mais caros que teu salário mensal?

- O ponto é: o governo tem que cortar gastos. Começando pelas pensões e aposentadorias!

- Certo, Tua família quer economizar roubando os avós, né? Parabéns!

***

Um papagaio neoliberal. por J. Carlos de Assis







Um papagaio neoliberal que só fala em déficit público
Raul Velloso é um fenômeno midiático. Apresenta-se como economista mas, na realidade, não passa de um contabilista especializado numa visão grosseira de contas públicas por ele reduzidas a um refrão único: o Governo gasta muito. Há anos, na verdade décadas, que Velloso tem espaço no jornal e na TV Globo para dizer exclusivamente isso. Se compararmos o que disse dez anos atrás com o que disse ontem na TV, concluiríamos que é exatamente a mesma coisa: a crise brasileira é culpa do Governo por gastar muito.
Evidentemente  que Velloso não tem culpa disso. É preciso ser alguém tão imbecil como os editores da TV Globo para não perceberem que ele é um engodo acabado. O extraordinário são os ares de pontificado que ele se dá ao vomitar seu refrão sobre o pecado do gasto público. Em geral, isso deveria passar ao largo mas somos obrigados a comentar por causa do efeito televisivo. Muita gente desinformada acha que a Globo tem o domínio da verdade, o que dá a Velloso um excelente púlpito para disseminar seu besteirol.

Diogo Costa - Velhas teses liberais, devidamente camufladas


Poucas vezes se viu em Pindorama um discurso tão retrógrado e conservador quanto o feito de forma camuflada, à socapa e a sorrelfa, camaleonicamente, pela Yoani Sánchez que fala português, Submarina Silva. 

Atrás daquele discurso verdista e 'horizontalizado' vigoram teses liberais em matéria econômica e conservadoras em matéria de costumes. Osmarina Radonski é um embuste sob qualquer ângulo que se analise. 

É o velho que tenta se apresentar como novo. É o pseudo ambientalismo, em sua vertente conservacionista, que prega que os países em desenvolvimento não devem se industrializar, pois isto é muito 'poluente'... 

Ou seja, fiquemos nós como eternos exportadores de produtos 'in natura' e importadores de produtos industrializados! 

Isto é a velha falácia liberal das 'vantagens comparativas', tese que se fosse aplicada no passado ao Brasil, faria com que ainda fossemos exportadores de açúcar, banana e café, e importadores de produtos industrializados fabricados nos países centrais... 

Marina Margaret Thatcher da Silva não conhece as teses de Raul Prebisch, sobre o desenvolvimento desigual e combinado dos países de capitalismo periférico ou tardio? Conhece sim. E as renega!

Enfim, Marinárvore Selva é hoje a fina flor do conservadorismo político e econômico nacional. É a voz do neoliberalismo disfarçado e disputa com Aécio Neves a primazia, a herança e o 'legado' de Fernando Henrique Cardoso.

FHC olha para trás, sempre

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) mais uma vez volta à cena (Novos desafios, O Estado de S. Paulo, 05/06) para fazer comentários e dar conselhos ao governo brasileiro.
Curiosamente o ex-presidente faz seus comentários como se jamais tivesse tido poder de mando no nosso país para aplicar todas as lições que agora quer dar aos atuais governantes. Na verdade, começa seu artigo reconhecendo que o Brasil ingressou no clube dos países que tomam decisões, mas faz esta constatação como se isto fosse um evento da natureza e não o resultado da aplicação de um projeto político que ele e seu partido combatem.
Na realidade o texto do ex-presidente serve para que ele novamente se insurja contra esse projeto, para dizer que a estratégia correta para o Brasil não seria o “projeto nacional”, pregando um nebuloso “consenso” da sociedade, sem dizer de que forma esse suposto “consenso” poderia ser construído e como se os demais países não tivessem projetos nacionais.
Na verdade o que o ex-presidente deseja é que o governo abdique de seu papel de governar e conduzir a nação, deixando o espaço aberto para que atuem as “forças sociais”, sem nenhuma mediação. É puro neoliberalismo e sabemos onde isso vai dar.
FHC também critica a política de alianças internacionais do Brasil, dizendo que não podemos nos limitar a este ou aquele parceiro. Ora, o Brasil nunca realizou alianças comerciais e políticas tão amplas no cenário mundial, o que, sabidamente, nos deixou em melhores condições de enfrentar a crise financeira internacional.
O que incomoda o ex-presidente do PSDB é que nosso país deixou de se limitar a um papel subalterno, no qual se deixava levar pelas diretrizes de algumas poucas potências e no qual ministros eram constrangidos a tirar seus sapatos e passar por vistorias em aeroportos dos Estados Unidos. Hoje o Brasil é protagonista no nosso próprio continente, na África, na Ásia, nos diálogos internacionais e na construção de uma relação mais equilibrada entre as economias mais desenvolvidas e os países em desenvolvimento.
Diz FHC em determinado trecho de seu artigo que “É imperativo inovar, não abrir mão da indústria e oferecer serviços em quantidade e qualidade em saúde, educação, transportes, finanças etc.”. Entretanto, no seu longo período de governo ele praticou o oposto, desnacionalizando nossa indústria, abrindo mão da nossa soberania e precarizando de forma drástica os serviços públicos essenciais.
Na sequência, Fernando Henrique Cardoso passa a criticar a democracia brasileira, dizendo que as decisões fundamentais são tomadas de forma autoritária, buscando outra vez uma descabida comparação entre os governos Lula e Dilma e a ditadura militar. O argumento, evidentemente, não procede. Poucas vezes no nosso país houve tanta liberdade.
O governo, os movimentos sociais e todas as forças que buscam o desenvolvimento nacional com justiça social são cotidianamente submetidos a verdadeiro massacre pela grande mídia e até mesmo por setores do poder judiciário. Mas a vida prossegue e a democracia está preservada, com todas as decisões fundamentais sendo debatidas e aprovadas pelo Congresso Nacional.
Finalmente o ex-presidente chega ao ponto fulcral de seu artigo, que é a tentativa de calar o ex-presidente Lula e, ainda, tentar opor a presidente Dilma a seu antecessor. Trata-se de uma vã tentativa, porque o governo Dilma é um governo de continuidade e está assentado sobre as bases implementadas em oito anos de construção do projeto nacional brasileiro.
FHC quer calar Lula quando ele próprio não se calou um momento sequer desde que deixou a Presidência da República. E geralmente utilizou o grande espaço que detém na mídia para buscar sempre atrasar o ritmo de desenvolvimento do nosso país. Se seus conselhos fossem seguidos, o Brasil certamente não ingressaria no “seleto clube dos países que tomam decisões” e permaneceria como “papel carbono” dos interesses das grandes potências,  função a que foi relegado durante décadas por governos descomprometidos com o nosso projeto nacional.
Maria Izabel Azevedo Noronha

Ciência política para iniciantes

[...] a lição espanhola

Colocado diante da pior crise econômica desde a década de 30, o PSOE do primeiro ministro José Luis Zapatero abandonou sua perspectiva histórica para cumprir integralmente as recomendações do figurino conservador.
Cortou investimentos e diminuiu programas sociais. Abandonou toda ambição de estimular o crescimento da economia e entregou o destino do país nas mãos dos mercados. Fez exatamente aquilo que os grandes bancos europeus queriam. Quebrou a cara.
O saldo foi a explosão do desemprego e a implosão das bases de apoio ao governo do primeiro ministro José Luis Zapatero, transformado num espantalho de si próprio.
Quem viaja pela Espanha — estive lá há dois meses — encontra um país desencantado e até com raiva do governo. Mencionar o nome de Zapatero em qualquer conversa, é prova de mau gosto.
Como até as crianças podiam prever, o PSOE sofreu ontem uma derrota completa e massacrante. O aspecto mais importante da eleição, contudo, não foi a recuperação dos conservadores mas a reação de uma massa enorme da juventude que, nos últimos dias, faz questão de demonstrar seu descontentamento ocupando as praças das grandes cidades do país.
Todo mundo que já participou de uma passeata pelo menos uma vez na vida sabe que há diversas motivações por trás dos protestos de juventude de qualquer lugar. Mas parece difícil negar que as manifestações tem uma relação direta com a situação econômica e com a decepção produzida pela atuação dos socialistas.
Colocando a questão com simplicidade: os jovens querem trabalho, reinvindicação que nem socialistas nem conservadores parecem dispostos a resolver, alinhados com programas economicos que promovem a austeridade com o bolso dos mais pobres.
A economia espanhola é inteiramente dependente das opções e cálculos do governo alemão, que não está muito preocupados com o sofrimento que pode causar em Madri e Barcelona, mas com os eleitores de Berlim e Frankfurt.
Para completar aquele processo que já foi definido como “destruição criadora” por um dos mais conhecidos estudiosos do capitalismo, cobram sacrificios pesados de portugueses, espanhóis, irlandeses e também de gregos, que agora estão a caminho do segundo (e inútil) programa de austeridade.
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O balanço que faço de 2010 vai ser diferente

Crise neoliberal e sofrimento humano

 Enfatizo um dado pouco referido nas análises: o imenso sofrimento humano, a desestruturação subjetiva especialmente dos assalariados, devido à reorganização econômico-financeira mundial.

Há muito que se operou a “grande transformação”(Polaniy), colocando a economia como o eixo articulador de toda a vida social, subordinando a política e anulando a ética. Quando a economia entra em crise, como sucede atualmente, tudo é sacrificado para salvá-la. Penalisa-se toda a sociedade como na Grécia, na Irlanda, em Portugal, na Espanha e mesmo dos USA em nome do saneamento da economia. O que deveria ser meio, transforma-se num fim em si mesmo.
Colocado em situação de crise, o sistema neoliberal tende a radicalizar sua lógica e a explorar mais ainda a força de trabalho. Ao invés de mudar de rumo, faz mais do mesmo, colocando pesada cruz sobre as costas dos trabalhadores. Não se trata daquilo relativamente já estudado do “assédio moral”, vale dizer, das humilhações persistentes e prolongadas de trabalhadores e trabalhadoras para subordiná-los, amedrontá-los e, por fim, levá-los a deixar o trabalho. O sofrimento agora é mais generalizado e difuso afetando, ora mais ora menos, o conjunto dos países centrais. Trata-se de uma espécie de “mal-estar da globalização” em processo de erosão humanística.
Ele se expressa por grave depressão coletiva, destruição do horizonte da esperança, perda da alegria de viver, vontade de sumir do mapa e até, em muitos, de tirar a própria vida. Por causa da crise, as empresas e seus gestores levam a competitividade até a um limite extremo, estipulam metas quase inalcançáveis, infundindo nos trabalhadores, angústias, medo e, não raro, síndrome de pânico. Cobra-se tudo deles: entrega incondicional e plena disponibilidade, dilacerando sua subjetividade e destruindo as relações familiares. Estima-se que no Brasil cerca de 15 milhões de pessoas sofram este tipo de depressão, ligada às sobrecargas do trabalho.
A pesquisadora Margarida Barreto, médica especialista em saúde do trabalho, observou que no ano passado, numa pequisa ouvindo 400 pessoas, que cerca de um quarto delas teve idéias suicidas por causa da excessiva cobrança no trabalho. Continua ela: “é preciso ver a tentativa de tirar a própria vida como uma grande denúncia às condições de trabalho impostas pelo neoliberalismo nas últimas décadas”. Especialmente são afetados os bancários do setor financeiro, altamente especulativo e orientado para a maximalização dos lucros. Uma pesquisa de 2009 feita pelo professor Marcelo Augusto Finazzi Santos, da Universidade de Brasília, apurou que entre 1996 a 2005, a cada 20 dias, um bancário se suicidava, por causa das pressões por metas, excesso de tarefas e pavor do desemprego. Os gestores atuais mostram-se insensíveis ao sofrimento de seus funcionários, acrescentando-lhes ainda mais sofrimento.
A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de três mil pessoas se suicidam diariamente, muitas delas por causa da abusiva pressão do trabalho. O Le Monde Diplomatique de novembro do corrente ano, denunciou que entre os motivos das greves de outubro na França, se achava também o protesto contra o acelerado ritmo de trabalho imposto pelas fábricas causando nervosismo, irritabilidade e ansiedade. Relançou-se a frase de 1968 que rezava:”metrô, trabalho, cama”, atualizando-a agora como “metrô, trabalho, túmulo”. Quer dizer, doenças letais ou o suicídio como efeito da superexploração capitalista.
Nas análises que se fazem da atual crise, importa incorporar este dado perverso que é o oceano de sofrimento que está sendo imposto à população, sobretudo, aos pobres, no propósito de salvar o sistema econômico, controlado por poucas forças, extremamente fortes, mas desumanas e sem piedade. Uma razão a mais para superá-lo historicamente, além de condená-lo moralmente. Nessa direção caminha a consciência ética da humanidade, bem representada nas várias realizações do Forum Social Mundial entre outras.
Leonardo Boff 

FHC: o neoliberalismo dos Jardins


Por Emir Sader
Não convidaram FHC para a cerimônia de saída de Serra do governo de São Paulo, o excluíram do lançamento da candidatura presidencial e pretendem mantê-lo fora da campanha, conscientes de que ele é o melhor promotor da campanha da Dilma.
Leia o post na íntegra >>

Conselhos da OCDE são ridículos

A OCDE, com todo o respeito, deveria ir cuidar lá dos problemas da economia dos países que a sustentam e nos poupar de palpites sobre a economia brasileira. Agradecemos as recomendações, mas, diante dos fatos, podemos dispensar. Além do mais, não dá para entender muito bem os tais “conselhos”.

OK, há situações em que medidas anticíclicas adicionais podem ser “desaconselháveis”. Mas, no caso, por quê? Se a própria OCDE reconhece que o déficit primário que eles projetam (2% do PIB) não compromete o compromisso fiscal do governo… E, depois, se o déficit nominal nem ameaça chegar aos 2% do PIB – menor, em certos casos bem menos, do que nos países “avançados” que compõem a OCDE –, com o que, realmente, eles estão preocupados?

E a carga sobre a carga tributária? Certo, lá vêm eles fazer coro com a moçada daqui e bater no bumbo que é alta, é alta para emergentes e é alta até para países ricos. Pode ser, mas e a qualificação da carga, cadê? Há quanto tempo não se vê por aqui criação de tributos ou mesmo aumento de alíquotas (algumas, nos impostos diretos, por justiça fiscal, até que podiam aumentar mesmo). Será que, além disso, na hora da comparação com outros países, descontaram da carga tributária as contribuições para a Previdência, que só aqui entram no bolo?

Bacana o lembrete de que é melhor rever o sistema tributário – “complexo e indutor de competição entre os estados” – do que ficar com medidas pontuais de estímulo à economia. Descobriram a pólvora, mas será que é a hora? E, de novo, não faltou qualificar? De que reforma estão falando? Uma, de verdade, que faça os que podem mais contribuir mais, ao contrário do que ocorre hoje?

Melhor ainda o conselho para reduzir a meta de inflação e apertar as margens para mais ou para menos. De que vale, principalmente nos tempos atuais? É só um jeitinho manhoso de garantir o velho “carry trade” de sempre, milho não aos porcos, mas aos rentistas globais. Uma beleza.

Resumindo o trololó, nada além do conhecido receituário neoliberal. Mas, vem cá, receituário neoliberal em julho de 2009? É, não há mesmo limite para o ridículo.

José Paulo Kupfer