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Quadrilha de Moro é mais que seletiva é bandida


Um juiz pede provas contra o tucano graúdo José Serra, Moro nega.

Empreiteiro que fazer delação premiada provando que pagou propina a Michel Temer, Procuradores não aceitam.

Marcelo Odebrecht quer fazer uma delação ampla, geral e irrestrita, Moro, Janot, Procuradores e Gilmar Mendes não aceitam. Para eles, denúncia boa é se for apenas contra Lula, Dilma e o PT. O mais não vem ao caso.

Corja!

*Michel Temer - Corrupto, Traíra, golpista, corrupto e mentiroso



Por Marcelo Auler

Na mesma sexta-feira (24/06) em que Michel Temer, presidente interino que assumiu o cargo por meio de um golpe, lamentou-se perante jornalistas da herança maldita que teria recebido, o seu todo poderoso ministro da Fazenda, o banqueiro Henrique Meirelles, adorado pelo chamado “mercado”, desmentiu-o.

Pela manhã, em entrevista à Rádio Estadão, Temer afirmou:

“Recebi uma herança mais complicada do que eu imaginava”

Já a nota oficial do Ministério da Fazenda abordando a obre a saída do Reino Unido da União Européia teve um tom totalmente diferente:

“A situação do Brasil é de solidez e segurança porque os fundamentos são robustos”.

Corroborando a fala do ministro da Fazenda, a nota oficial divulgada pelo Banco Central afirma também que:

“a economia brasileira tem fundamentos robustos para enfrentar movimentos decorrentes desse processo, especialmente, [um] relevante montante de reservas internacionais, o regime de câmbio flutuante e um sistema financeiro sólido, com baixa exposição internacional.”

A conclusão é que o presidente interino, às voltas com negociações de cargos para garantir votos que tentem lhe manter na cadeira para a qual ele não foi eleito, não sabe do que se passa na economia brasileira. Está dando palpites errados.

Veja o que disse o presidente interino na Rádio Estadão:

“Eu realmente recebi uma herança um pouco mais complicada, digamos assim, do que aquela que eu imaginava. Você sabe que nestes anos todos em que eu participei como vice-presidente eu tive pouca atuação em termos de políticas públicas, do governo e particularmente em relação a conhecer, digamos assim, a intimidade operacional e financeira do governo (…) Foi uma realidade muito problemática, digamos, foi uma herança desconhecida”.

Leia a íntegra da nota do Ministério da Fazenda:

“A situação do Brasil é de solidez e segurança porque os fundamentos são robustos.
O país tem expressivo volume de reservas internacionais e o ingresso de investimento direto estrangeiro tem sido suficiente para financiar as transações correntes.
As condições de financiamento da dívida pública brasileira permanecem sólidas neste momento de volatilidade nos mercados financeiros em função de eventos externos.
O Tesouro Nacional conta com amplo colchão de liquidez. A dívida pública federal é composta majoritariamente de títulos denominados em reais
Além disso, o governo anunciou medidas fiscais estruturantes de longo prazo.
A recente melhora nos indicadores de confiança e na percepção de risco do país reflete essas ações.
Nesse contexto, o Brasil está preparado para atravessar com segurança períodos de instabilidade externa.”





Veja agora o Comunicado do Banco Central do Brasil:

“O Banco Central do Brasil está monitorando continuamente os desenvolvimentos nos mercados global e doméstico em razão da decisão manifestada pelos cidadãos britânicos no plebiscito de ontem e, caso necessário, adotará as medidas adequadas para manter o funcionamento normal dos mercados financeiro e cambial.
A economia brasileira tem fundamentos robustos para enfrentar movimentos decorrentes desse processo, especialmente, relevante montante de reservas internacionais, o regime de câmbio flutuante e um sistema financeiro sólido, com baixa exposição internacional”.

Agora tire as suas próprias conclusões!

O título é de inteira responsabilidade de Joel Leonidas Teixeira Neto

Da Rádio Itatiaia: Líder do PMDB no Congresso admite que pedaladas foram desculpa para tirar a presidente Dilma

Depois do deslize do presidente em exercício Michel Temer, ao afirmar à imprensa internacional que tirou o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) da presidente afastada Dilma Rousseff para impedir que ela denunciasse 'o golpe' pelo país, agora, a líder do governo no Congresso Nacional, senadora Rose de Freitas (PMDB), admite que não houve pedaladas fiscais e que o motivo do impeachment é outro.
"Porque o governo saiu? Na minha tese, não teve esse negócio de pedalada. Eu estudo isso, faço parte da Comissão de Orçamento. O que teve foi um país paralisado, sem direção e sem base nenhuma para administrar. A população não queria mais e o Congresso não dava a ela os votos necessários para tocar nenhuma matéria. E o país não podia ficar parado", afirmou em entrevista à Itatiaia.


A senadora acredita que o processo de impeachment no Senado não será revertido e que Dilma será afastada definitivamente na votação prevista para acontecer em agosto. "Eu fiz uma pergunta para aqueles que advogam pela reversão citando uma música do Caetano (Veloso) que diz 'se foi para desfazer, porque fez?'", argumentou.
"Se voltar esse quadro, o que você vai fazer? Vai ter um país parado outra vez? Não é possível", completou.

. Brizola: “Onde está a CIA? Fechou?”

No Tijolaço, em 23/6/2013

Anteontem, completaram-se nove anos da morte de Leonel Brizola.

A velocidade dos acontecimentos impediu-me de falar dele, com quem convivi quase diariamente,  desde 1982 até seu último alento, no Hospital São Lucas, em 2004.

Em cada um destes dias, divergimos e concordamos e devo a isto o que sou, hoje.

Nada, na vida, me foi mais emocionante que soltar as lágrimas contidas pelo dever quando encontrei meus filhos, na calçada da Rua Pinheiro Machado, silenciosos, me abraçarem pela perda que eu próprio não admitia tão profunda.

Eu não devo a Brizola o que eu sou, mas  devo, e com sobras, o como sou.

Aprendi com ele que a verdade é a nossa força. Aprendi que as palavras devem ter um ritmo, uma melodia, mas que ela jamais deve ser o veículo da mentira.

"Eu uso as palavras para expressar, não para esconder meus pensamentos", frase dele que me ficou como bússola e ficará sempre.

Perdoem-me o que possa soar piegas, mas devo essa homenagem ao velho. E devo a ele, também, o aprendizado possível a quem, ao contrário dele, tem ojeriza à "realpolitik".

Tenho dúzias de episódios a recordar, mas escolho o que mais tem a ver com o nosso momento.

Todo mundo achava, inclusive eu, que era meio "folclórica" a recorrente insistência de Brizola em achar que o jogo de poder internacional também era jogado aqui:

– Ninguém mais fala na CIA. Parece que até que ela fechou. Se foi isso, eu não entendo porque ela tem  aquele orçamento, enorme, de bilhões de dólares? Será que não sobram uns trocados para ela aplicar no Brasil?

Claro que, no princípio, eu achava que aquilo era uma manifestação do tipo "teoria conspiratória".

Natural, eu era um guri, recém-saído do movimento estudantil e do PCB – favor não confundir com Roberto Freire – e não tinha visto a ação do IBAD e dos dinheiros americanos na deposição de João Goulart.

Devo ter sido um dos milhões de ingênuos que não percebeu o que os documentos históricos desnudaram: a ação direta dos interesses americanos na deposição de um governo democrático e progressista no Brasil e nadestruição de tudo o que se opunha ao golpe que nos levou a isso.

Um tolo, portanto, que achava que as ruas e a correlação de forças internas era o que tudo determinava e decidia.

Hoje, sob o peso do tempo que dói no corpo mas não verga a alma, se não nos acomodamos e aburguesamos como tantos fazem, posso compreender melhor.

A importância geopolítica do Brasil só não é enorme porque enorme não é um adjetivo suficiente para descrevê-la.

À parcela dominante do mundo capitalista não interessa que o Brasil tenha um governo forte, capaz de defender, soberanamente, seus interesses e sua visão global .

Deram tapinhas nas costas a Lula por sua originalidade e sucesso mas, no fundo, tal como nossas elites escravocratas, nunca deixaram de querer reduzir "aquele paraíba de m…" ao seu "devido lugar".

E o nosso lugar é o de servos, embora uma casta de dirigentes do entreposto colonial goste e creia que é "cosmopolita"  e que o mundo é, de fato, uma "aldeia global".

Não somos uma aldeia, somos porque somos uma potência imanente e iminente.

Ninguém se atreveria a dizer que os EUA são parte de uma "aldeia global", não é?

Pois eles são os reis do globo ( sem trocadilho)  e, mesmo fracos, impõem seu poder ideológico – e, na falta dele, o militar – sobre , de novo sem trocadilho, o globo terrestre.

Devolver o Brasil à condição de coelho amedrontado é uma prioridade. Afeganistão, Iraque e as escutas cibernéticas mostraram que, embora presididos por um negro, os EUA não deixaram de ser o que são.

A pergunta, agora, é: deixaremos de ser o que recentemente nos tornamos: um país que mira a justiça social, que é altivo, admirado, respeitado e necessariamente considerado no contexto mundial?

É possível, pela via do golpe midiático complementado pela legitimidade eleitoral, fazer-nos, outra vez, tirarmos os sapatos para prestar nossa vassalagem à corte?

Velho Briza, valeu. Obrigado pelas respostas às dúvidas que hoje são certezas.

Muito mais que a sabedoria, o que nos engrandece é o aprendizado.

Espero que Dilma Rousseff, que encontrou nele as referências de sua ação, malgrado os desencontros de conjuntura, tenha sabido absorver as lições profundas que ele nos deixou.

E que este Tijolaço não trai nem esquece.

A bravata infantil de Rodrigo Janot


POR FERNANDO BRITO · 24/06/2016

A entrevista de Rodrigo Janot ao The Washington Post, reproduzida pelo Yahoo, foi, em geral, sóbria e equilibrada.

Com um trecho que deveria fazer muita gente dobrar a língua: "todas as investigações relacionadas à Petrobras, suborno e corrupção não comprometem a presidenta Dilma".

E outro, em que era prudente ter ficado calado: "Eu mantenho uma pistola por minha mesa de cabeceira, com três cartuchos carregados com 14 balas em cada um."

Bravata feia, Dr, Janot.

Em primeiro lugar, a esta altura, o senhor deveria estar – e deve estar, mesmo – contando com proteção policial 24 horas por dia, saiba ou não de ameaças.

Se sabe, então, é pior ainda, porque deveria estar procedendo judicialmente contra quem as faz ou insinua.

Em segundo lugar, que anunciar que está com uma pistola e um paiol de munição na mesa de cabeceira é de uma tolice sem par, algo que só serve para informar um suposto possível  autor de atentado e dificultar reação a ele.

Se alguém pensa em atacá-lo, agora tem uma vantagem dada assim, de graça. Vai saber que não pode deixa-lo reagir.

O senhor é Procurador Geral da República, não Wyatt Earp, um cowboy que dá cem tiros de uma vez. Nem o Brasil um OK Corral.

Este tipo de arroto de valentia só expõe uma instituição que deveria se pautar pela prudência e pelo recato, agindo quando tem de agir e calando sobre todo o resto.

E não pretendendo ser uma corporação de valentes arrogantes. Valentia é fazer o que se tem de fazer, não gargantear.

É como aquela cena ridícula em que ele segura um cartaz dizendo ser ele a esperança do Brasil.