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Briguilinas do dia passado a limpo

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- Veja que bela coxa de frango  eu encontrei na...

Artigo do dia

A Jararaca está viva. O monstro também As entrevistas concedidas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parecem estar abrindo os olhos do mundo. As falas Lula para a Folha de S. Paulo, El Pais, BBC de Londres e para o jornalista Glenn Greenwald estão servindo como contraponto sobre a realidade brasileira. Por coincidência, Lula recebeu carta do Papa Francisco e, quase ao mesmo tempo,

Carta de Lula ao Festival Lula Livre

Agradeço de coração a cada uma e a cada um de vocês, artistas e público, que nesse 2 de junho fazem da praça da República a Praça da Democracia. Embora tenha o nome de "Festival Lula Livre", sei que esse é muito mais que um ato de solidariedade a um preso político. O que vocês exigem é muito mais que a liberdade do Lula. É a liberdade de um povo que não aceita mais ser prisioneiro do ódio, da

Neymar, estuprador?


Cada uma pensa e comenta o caso do possível estupro praticado por Neymar, mas que é estranho esse caso, isso é. A mulher aceita o convite e o pagamento das despesas para ir se encontrar com ele em Paris, transa e depois conversa com ele intimidades durante 3 dias, vem para o Brasil e após vários dias do acontecido denuncia a violência. Quais as provas que apresenta? Nenhuma! 

Bem, para a coisa dar certo para ela basta que outro togado atue como o sejumoro. 

Vida que segue

Otimismo

- Veja que bela coxa de frango 
eu encontrei na outra lata de lixo!
- E tem quem duvide do presidente
quando diz que as coisas tão melhor
que nos governos petistas...
Cazo

Vida que segue

Artigo do dia


A Jararaca está viva. O monstro também
As entrevistas concedidas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parecem estar abrindo os olhos do mundo. As falas Lula para a Folha de S. Paulo, El Pais, BBC de Londres e para o jornalista Glenn Greenwald estão servindo como contraponto sobre a realidade brasileira. Por coincidência, Lula recebeu carta do Papa Francisco e, quase ao mesmo tempo, foi emitida nota pela Associação Americana de Juristas (sede nos Estados Unidos), a qual reconhece o ex-presidente como preso de consciência (político).
Exageros à parte, os dois fatos coincidem com a nota da Associação dos Juristas pela Democracia. Segundo a entidade, não “compete ao Poder Judiciário fazer acordos com os demais Poderes”, nem deixar “de lado o seu papel de guardião da Constituição”. A nota foi um repúdio ao reanunciado conluio de Bozo com o STF… Ah, ah! A gente já sabia do célebre “grande acordo nacional com o supremo com tudo”. Nas entrevistas, Lula reativa a memória desse velho complô, hoje maquiado pelo Bozo, mas repudiado pela associação de juristas. Nota, aliás, que deveria partir da Ajufe, que representa juízes federais…
Bozo fez questão de reafirmar o conchavo com o Judiciário, como se fosse uma resposta às entrevistas de Lula que, com veemência, denunciou para os quatro cantos do mundo o conventículo entre os golpistas e o Judiciário. Às pressas, Bozo disse que se depender dele, Lula não sai da cadeia e, mais apressado ainda, tornou público o óbvio: o STF sempre esteve no golpe.

Preso sem provas, numa fraude processual, Lula é preso político. De dentro de uma cela localizada num prédio que ele próprio construiu, mas que as Macabéas e Moscas Azuis da PF não reconhecem, Lula mostrou sua força. Sabe o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Do preço da cesta básica ao do barril de petróleo. Sabe de A a Z, do Donald Trump à Questão Palestina, de temas amenos às reservas nacionais, de forma a revelar sua força política e disposição de luta. Sua desenvoltura perante os repórteres realça a pobreza e a incompetência da Mula Sem Partido que o golpe levou ao poder. Com fôlego, altivez, persuasão e grandeza, Lula mostra que a jararaca está viva (Ciro Gomes que se mate!)
A jararaca está viva, mas o monstro Bozo também. A Mula-Mor Sem Partido que gere o hospício do Planalto Central ressurge como monstro da lagoa. Em pouco tempo, sob as barbas de uma Polícia Federal e um Tribunal Eleitoral omissos, Bozo reativou seus robôs e levou muita gente para as ruas. Nem fracasso nem vitória, Bozo mostrou ter força e que, apesar dos ouvidos moucos de Deus, há muitos evangélicos orando por ele.
Foi um ato menor que as manifestações pró-golpe de 2016. É possível que os antipetistas natos, ou os contaminados pelo ódio fabricado contra o PT, que outrora ajudaram a lotar as ruas, tenham ignorado o apelo do asno que ajudaram a eleger. Mas, foi um movimento de expressão, sobretudo para um “presidente” desmoralizado, cujo grande inspirador é um ser abominável cuja fala mais célebre é “toda piroca dentro do seu… se torna invisível”. Mesmo assim foi ele quem indicou o nome para a pasta da Educação.
Fracasso, desemprego, recessão, laranja, abacate, goiabeira, conge, conja, ventrículo, milícia, incompetência e esquizofrenia não pesam na balança dos bolsopatas.
O monstro Bozo está bem vivo e reativou em tempo recorde seus robozinhos financiados pelo além. A máquina do golpe mostrou uma capacidade de organização rápida que a esquerda já perdeu. Mostrou que tem dinheiro para bandeirolas, mortadela e outras “cositas más”. Provou que na hora em que quiser, pode colocar evangélicos e fascistóides nas ruas. No vácuo alienante, leva até franco-atiradores.
Apesar dessa realidade, há muita gente superdimensionando um monstro ferido, que não só levou gente pra rua, como também provou que o grande acordo nacional com supremo e tudo está intacto. Mas a dita esquerda, em especial o PT, não se deu conta do risco que corre.
A grande massa, o povão não trabalha com os dados que trabalhamos. Não faz grandes análises de nada, e, querendo ou não, precisa de interlocutores para que possa processar o que empiricamente apreende. O gás subiu? Pois é, político é tudo igual. Deus proverá… Para quem tem fome de manhã o futuro é a janta.
No dia 30 de maio estive no Largo da Batata para acompanhar a manifestação contra o corte de verbas para a educação. Por ironia, o homem que mais construiu faculdades e escolas técnicas está na prisão, e o que tem desprezo pelo saber virou “presidente” da Nação.
A expressiva passeata seguia pela pista direita da Av. Faria Lula em direção à Av. Rebouças. Segui pelo outro lado da calçada na mesma direção, exibindo minha bandeira com o dístico Lula Livre. Pedi a um amigo para filmar, querendo documentar as reações de quem vinha em sentido contrário. Só nós sabemos as caras de desprezo que vimos, os dedos médios em gestos obscenos, o torcer de bocas. Na Rebouças, o desdém de corretores de plantões, de seguranças, motoristas de taxi e de ônibus… “Os capitalistas de busão foram um show à parte”, disse um amigo… Sei que a jararaca está viva, mas o monstro também.


Armando Coelho Rodrigues Neto - jornalista, escritor e ex-delegado (aposentado) da Polícia Federal
Vida que segue

Carta de Lula ao Festival Lula Livre

Agradeço de coração a cada uma e a cada um de vocês, artistas e público, que nesse 2 de junho fazem da praça da República a Praça da Democracia. Embora tenha o nome de “Festival Lula Livre”, sei que esse é muito mais que um ato de solidariedade a um preso político. O que vocês exigem é muito mais que a liberdade do Lula. É a liberdade de um povo que não aceita mais ser prisioneiro do ódio, da ganância e do obscurantismo.

Esse ato é na verdade um grito de liberdade que estava preso em nossas gargantas. Mais que um grito, um canto de liberdade. O canto dos trabalhadores que não aceitam mais o desemprego e a perda de seus direitos. O cantos dos estudantes, que não aceitam nenhum retrocesso na educação. O canto das mulheres, que não aceitam abrir mão de nenhuma conquista histórica. O canto da juventude, que não aceita que lhe roubem os sonhos, e da juventude negra em particular, que não aceita mais ser exterminada. O canto dos que ousam sonhar, e transformam sonhos em realidade.

Boa parte de vocês que aí estão, artistas e público, felizmente não viveram os horrores da ditadura civil e militar instalada em 1964, essa que alguns querem implantar de novo no Brasil. Foi um tempo em que a luta contra a censura podia ser traduzida em canções que diziam assim: “Você corta um verso, eu escrevo outro”.

Foi com muita luta que conseguimos acabar com a censura neste país. E não vamos aceitar essa outra forma de censura, que é a tentativa de acabar com as fontes de financiamento da arte e da cultura. Que não vamos aceitar a tentativa de censurar o pensamento crítico, estrangulando as universidades.

Se eles arrancam nossas faixas, nós escrevemos e botamos outras no lugar. E vamos continuar ocupando as ruas em defesa da educação, da saúde, públicas e de qualidade; das oportunidades para todas e todos; contra todas as formas de desigualdade e de retrocesso.

Nossos adversários querem mais armas e menos livros, menos música, menos dança, menos teatro e menos cinema. E nós insistimos em ler, escrever, cantar e dançar, insistimos em ir ao teatro e fazer cinema.

Nada mais perigoso para nossos adversários que um povo que canta e é feliz. Que faz da arte e da cultura instrumentos de resistência. Vamos então à luta, sem medo de sermos felizes, com a certeza que o amor sempre vence.

Um abraço, com muita saudade e a vontade imensa de estar aí,

Lula