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STF: menos moral e ética no Bataclã

Seja qual for o resultado do julgamento da Ação Penal 470 - "mensalão" -, uma coisa é certa: 

Maria Machadão no Bataclã, tem mais respeito e autoridade que Ayres Brito, no STF.


Gabriela Cravo e Canela

A novela está indo para o espaço, o roteiro de Walcyr Carrasco etsá deturpando a obra de Jorge Amado, dando espaços absurdos para sub-enredos terciarios e folhetinescos, como o de Anabela e o Coronel Manoel das Onças, o da volta da Zarolha, vulgarizando a historia para ampliar o popularesco. 

A primeira Gabriela era infinitamente mais consistente e fiel à obra do autor, esta está virando um porno-chanchada de quinta categoria fazendo submergir o pano de fundo politico, que é central na obra de Jorge Amado.
Andre Araujo

Jorge Amado: hoje faria 100 anos


Hoje, completam-se 100 anos do nascimento de Jorge Amado, o romancista do povo, um dos maiores e seguramente o mais popular dos escritores brasileiros. Com mais de 30 livros publicados, a maioria traduzida em dezenas de países, sua obra é, antes de mais nada, uma declaração de amor a nossa gente e, sobretudo, uma denúncia das desigualdades sociais em nosso país.


Muitos de seus livros, é sempre bom lembrar, chegaram a ser censurados e banidos pela ditadura do Estado Novo (1937-1945). Os motivos? Jorge militou por mais de duas décadas no Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi deputado federal (de 1945 a 1947, quando opartido foi proscrito), e mesmo após seu afastamento do Partidão, em 1956, quando das denúncias contra o regime de Stalin, nunca deixou de defender a justiça e a igualdade social.

Nascido em Itabuna, no sul da Bahia, Jorge Amado teria todos os motivos para continuar a tradição familiar e ser um fazendeiro de cacau. Mas, aos 19 anos lançou seu primeiro livro “O país do Carnaval” e anos depois, na capital federal, à época o Rio de Janeiro, ingressou na faculdade de Direito, abraçando a militância política. Continua>>>