Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

A percepção da necessidade de uma frente ampla de esquerda, por Luis Felipe Miguel no seu Facebook

Nessa altura do campeonato, todo mundo está percebendo a necessidade de uma frente ampla de esquerda, para unificar a resistência no Brasil. Mas há três obstáculos que precisam ser superados.
1) Os setores mais à esquerda precisam aceitar que não existe frente de esquerda sem o PT. O PT conciliou demais da conta, chafurdou na lama, incorreu em práticas lastimáveis, foi oportunista, aliou-se a alguns dos nomes mais sujos da política brasileira e, pior ainda, permitiu que alguns deles se tornassem petistas. Foi muitas vezes brutal com as organizações à sua esquerda e deixou um rastro de ressentimentos mais do que justificáveis. Ainda assim, o PT continua sendo uma parte importante da esquerda brasileira, por seu peso nos movimentos sociais, pelas lideranças que tem, por seu peso eleitoral. Sem ele, não há frente de esquerda.
2) O PSOL precisa saber que não vai ser o PT do futuro. A proposta de uma frente de esquerda só progride se nenhum de seus integrantes tiver o projeto de hegemonizar o campo da esquerda. A estratégia de parte do psolismo parece ser aproveitar o vácuo da crise do PT para se tornar o grande polo da esquerda brasileira. Isso implica priorizar a competição interna, que é um grande erro no momento. De resto, o PSOL já nasce como um PT a meio do caminho, como partido eleitoral, sem o lastro nos movimentos sociais que o velho PT tinha. Isso faz com que seu projeto de hegemonização da esquerda seja, por um lado, implausível e, por outro, muito pouco alvissareiro.
3) O PT precisa entender que uma frente de esquerda não é uma tábua de salvação para o próprio PT. Na boca de muitos dirigentes petistas, a ideia de frente ampla parece com uma proposta de toda a esquerda se unir para salvar o PT. Mas o PT não tem mais condições de ocupar a posição que ocupou na esquerda brasileira nas últimas décadas. Vai ter que aprender a conversar de igual para igual com as outras forças, vai ter que aceitar que não é mais a estrela em torno da qual todos os outros orbitam. Tudo indica que as bases das organizações da esquerda, nesse momento, estão vendo com mais clareza do que suas lideranças. Na resistência ao golpe e, agora, nas eleições municipais, essas bases demonstraram o entendimento de que era hora de unir forças. Agora, na reta final de campanha, o movimento de concentração de votos nos candidatos mais competitivos do campo democrático mostra essa clareza. Os eleitores estão fazendo o que os chefes partidários não conseguiram fazer. Tomara que entendam a lição. Tomara que mesmo os que estão sendo beneficiados pelo movimento entendam - que Haddad, Freixo e Raul, chegando ao segundo turno e, como espero, à vitória, não se esqueçam que estão lá também por força de eleitores de Erundina, de Jandira e Molon, de Luciana, que foram sábios e que precisam ser ouvidos.



O golpe do horário da votação é apenas mais um do golpista mor

Michel Temer é um presidente clandestino e foragido, obrigado a truques baratos para não ser visto em público por mais gente do que sua família ou seus amigos.

Chegou às 7h30 para votar no domingo, 2 de outubro, na PUC, em São Paulo, meia hora antes da abertura dos portões. Deu uma carteirada.

O horário que sua assessoria de imprensa havia divulgado era 11h.

A mudança foi para despistar os manifestantes que prometeram espera-lo. Além da fraude na agenda, ele estava com um esquema de segurança extra, com três carros.

A reportagem do G1 conversou com funcionários do estacionamento. Reproduzo um trecho:

"Deixaram ele, que subiu o elevador e depois saíram do estacionamento para não pagar", disse um empregado. O estacionamento custa R$ 5. "Em seguida os carros entraram novamente, pegaram ele e saíram".

Temer não foi ao final da Olimpíada e não irá a lugar nenhum que tenha algo parecido com povo. Locomove-se com envergadura (sic) em ambientes controlados, como o evento da revista Exame na semana passada.

É sintomático que tenha dado um chapéu no dia de depositar seu voto na urna. Mais uma trapaça, esta anedótica, para um golpista.

Assim ele vai se arrastando. Daqui a pouco estará dizendo que "o cheirinho do cavalo é melhor do que o do povo".

O Brasil já teve todo tipo de gente na presidência: incompetentes, alcoólatras, violentos, demagogos, rudes, afáveis, estadistas, ditadores. Covarde desse jeito, é a primeira vez. E olha que estamos falando do Carlos Magno.

Sobre o Autor

Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas

Temer, cadê você?


Temos um presidente que precisou ser muquiado nas cerimônias dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos por medo de vaias transmitidas ao vivo para dezenas de países.

Que tem evitado ao máximo eventos abertos que apresentem o risco de protestos, preferindo os ambientes controlados – climaticamente e ideologicamente – de auditórios recheados de empresários, por exemplo. E que já chegou a se abaixar no próprio carro oficial, talvez com medo de ser visto.

Neste domingo (2), em mais um lance do tipo Mestre dos Magos, Michel fingiu que iria votar em determinado horário, divulgou a agenda, mas antecipou-se em três horas sem avisar, a fim de fugir de uma manifestação anunciada contra ele por estudantes na PUC-SP.

Um presidente da República deveria não ter medo de um grupo de jovens reclamando contra ele. Mais do que isso, deveria encarar atos de forma natural, como parte de uma democracia. Mas Michel não pensa assim. Talvez porque falte-lhe a fé depositada por eleitores para garantir essa convicção.

Vendo isso, tenho uma certa saudade de políticos como Mario Covas, Brizola e mesmo outros que seguem vivos, de um tipo que não fugia da realidade, mesmo que desfavorável a eles. Pelo contrário, conseguiram até ressignificar esses confrontos a seu favor.

Afinal, uma política que permanece apenas nos gabinetes, palácios e escritórios é uma política raptada por determinada elite – burocrática e/ou econômica – para fazer valer seus próprios interesses. Ignorar o contraditório das ruas já se mostrou mortal para outros mandatários.

Por fim, aos líderes políticos, econômicos e sociais que gostam mais do cheiro da antiga naftalina do que de gente, vale um lembrete:

''Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.''

Manifesto Comunista? Não, Constituição Federal do Brasil, artigo 1o, parágrafo único.

por Leonardo Sakamoto

A melhor do dia


Eu saindo para votar, discretamente para não chamar atenção
by 
Recebido por imeiu 



Charge genial


Antes da eleição é sempre assim que os Gloibopes e Datafraudes trabalham.
.






Fernando Haddad desmente Ibope e Datafolha mais uma vez

E para quem não cai nas mentiras dos comprados institutos de pesquisas eleitorais (Datafolha e Ibope), é mais uma grande alegria ver eles serem desmentidos nas urnas. Prova cabal quê o Povo não é bobo e joga eles (institutos) e grande e caduca imunda imoral mídia na lata de lixo.