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Sábado de Aleluia

Depois de ter sido o Traíra da presidenta Dilma Rousseff
Michel Temer vira o Judas do Povo brasileiro

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Depois de trair a presidente eleita Dilma Rousseff e o programa vitorioso nas urnas, Michel Temer, aprovado por apenas 5% dos brasileiros, segundo pesquisa CUT/Vox Populi, ganhou o apelido de "Judas do povo brasileiro", como neste protesto na Praça dos Três Poderes.

Ele é também um dos personagens mais citados nas delações da Odebrecht; dois executivos da empreiteira o apontaram como responsável direto por uma propina de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 126 milhões; na história bíblica, Judas traiu Jesus Cristo por 30 moedas.


  

*Michel Temer - Corrupto, Traíra, golpista, corrupto e mentiroso



Por Marcelo Auler

Na mesma sexta-feira (24/06) em que Michel Temer, presidente interino que assumiu o cargo por meio de um golpe, lamentou-se perante jornalistas da herança maldita que teria recebido, o seu todo poderoso ministro da Fazenda, o banqueiro Henrique Meirelles, adorado pelo chamado “mercado”, desmentiu-o.

Pela manhã, em entrevista à Rádio Estadão, Temer afirmou:

“Recebi uma herança mais complicada do que eu imaginava”

Já a nota oficial do Ministério da Fazenda abordando a obre a saída do Reino Unido da União Européia teve um tom totalmente diferente:

“A situação do Brasil é de solidez e segurança porque os fundamentos são robustos”.

Corroborando a fala do ministro da Fazenda, a nota oficial divulgada pelo Banco Central afirma também que:

“a economia brasileira tem fundamentos robustos para enfrentar movimentos decorrentes desse processo, especialmente, [um] relevante montante de reservas internacionais, o regime de câmbio flutuante e um sistema financeiro sólido, com baixa exposição internacional.”

A conclusão é que o presidente interino, às voltas com negociações de cargos para garantir votos que tentem lhe manter na cadeira para a qual ele não foi eleito, não sabe do que se passa na economia brasileira. Está dando palpites errados.

Veja o que disse o presidente interino na Rádio Estadão:

“Eu realmente recebi uma herança um pouco mais complicada, digamos assim, do que aquela que eu imaginava. Você sabe que nestes anos todos em que eu participei como vice-presidente eu tive pouca atuação em termos de políticas públicas, do governo e particularmente em relação a conhecer, digamos assim, a intimidade operacional e financeira do governo (…) Foi uma realidade muito problemática, digamos, foi uma herança desconhecida”.

Leia a íntegra da nota do Ministério da Fazenda:

“A situação do Brasil é de solidez e segurança porque os fundamentos são robustos.
O país tem expressivo volume de reservas internacionais e o ingresso de investimento direto estrangeiro tem sido suficiente para financiar as transações correntes.
As condições de financiamento da dívida pública brasileira permanecem sólidas neste momento de volatilidade nos mercados financeiros em função de eventos externos.
O Tesouro Nacional conta com amplo colchão de liquidez. A dívida pública federal é composta majoritariamente de títulos denominados em reais
Além disso, o governo anunciou medidas fiscais estruturantes de longo prazo.
A recente melhora nos indicadores de confiança e na percepção de risco do país reflete essas ações.
Nesse contexto, o Brasil está preparado para atravessar com segurança períodos de instabilidade externa.”





Veja agora o Comunicado do Banco Central do Brasil:

“O Banco Central do Brasil está monitorando continuamente os desenvolvimentos nos mercados global e doméstico em razão da decisão manifestada pelos cidadãos britânicos no plebiscito de ontem e, caso necessário, adotará as medidas adequadas para manter o funcionamento normal dos mercados financeiro e cambial.
A economia brasileira tem fundamentos robustos para enfrentar movimentos decorrentes desse processo, especialmente, relevante montante de reservas internacionais, o regime de câmbio flutuante e um sistema financeiro sólido, com baixa exposição internacional”.

Agora tire as suas próprias conclusões!

O título é de inteira responsabilidade de Joel Leonidas Teixeira Neto

Frases

o Traíra tem todas as características de um vice, exceto a honestidade da presidente Dilma Rousseff.


Joel Neto

O belo papel de Marta Suplicy

Admiro, gosto demais dos artigos do jornalista Paulo Moreira Leite. Abaixo republico mais um texto dele. Em respeito a ele. Porque a personagem principal de mim só terá desprezo. Confira:

Fui eleitor de Marta Suplicy sempre que ela se candidatou a cargos majoritários e nunca tive motivos para arrependimento. Até onde se pode avaliar, Marta teve uma atuação coerente como liderança de um partido que, com falhas e defeitos conhecidos, construiu um compromisso real com os trabalhadores e a população mais pobres.
Marta também demonstrou coragem para defender os direitos das mulheres e dos gays, confrontando preconceitos de uma cultura patriarcal e provinciana.
Ao trocar o Partido dos Trabalhadores por uma vaga de candidata a prefeita de São Paulo pelo Partido Socialista Brasileiro, Marta Suplicy assumiu um discurso agressivo e fora de medida para quem permaneceu 33 anos no partido. Pela melodia e regularidade, o radicalismo nas críticas não é fruto do acaso. Deixa claro quais votos Marta pretende conquistar e até onde pretende ir para tentar derrotar Fernando Haddad e dar sua contribuição ao massacre ideológico sofrido pelo PT.
Prefeita de São Paulo, deputada e senadora, nos últimos oito anos Marta foi ministra do Turismo e depois da Cultura. Nos dois casos, foram nomeações de caráter político, que sempre representam generosas oportunidades para o ocupante reforçar o próprio cacife político.
Como lembrou o colunista Carlos Melo (Estadão, 5/3/20/15): “A senadora não pode fugir à responsabilidade.”
Na conjuntura atual, bem diferente daquela de ascensão de Lula e do PT, em que Marta construiu a carreira política, ela deixou de ser objeto de críticas. As mesmas forças que passaram três décadas em seu encalço, inclusive pela divulgação de anedotas ofensivas e vergonhosas, agora fazem o possível para não criar embaraços de nenhum tipo.
Em 2015, num país polarizado, onde é possível enxergar vestígios dos velhos conflitos entre classes sociais nas disputas entre tucanos e petistas, Marta precisará de ajuda e compreensão para convencer os eleitores que não só mudou de partido — o que teria ocorrido também se tivesse por exemplo preenchido a ficha do PC do B — mas foi muito além e trocou de lado.
A partir de agora ela caminhará de braço dado com as mesmas forças que a chamaram de Martaxa, batalham pelo impeachment de Dilma, estimulam a caçada a Lula e, em São Paulo, combateram os CEUS como artigo de luxo, e o Bilhete-Único como desperdício.
Em 2016, seu papel será somar o respeitável cesto de votos que possui num frentão anti-Haddad, anti-PT, anti-Lula e anti-Dilma. Seu novo partido não só integra a parte sólida da base de sustentação do governo Geraldo Alckmin e do PSDB paulista. Tem um horizonte nacional, planeja unificar-se com o PPS — tropa de choque do impeachment e da Lava Jato — e enxerga 2016 como uma etapa intermediária para 2018.
Considerando a própria origem, no berço mais aristocrático da elite brasileira, a mudança de Marta pode ser interpretada — sociologica e politicamente — como uma volta às origens. A cena é a seguinte: a companheira de viagem — que desempenhou um papel elogiável e relevante em vários momentos — tomou o rumo de casa.
Como todos se recordam, a grande contribuição programática do PSB para a campanha presidencial de 2014 foi relançar a velha bandeira da independência do Banco Central, a mais cara reivindicação do capital financeiro. Rachada, sua bancada no Congresso assegurou 21 votos preciosos para a aprovação do PL 4330, da terceirização. Se tivesse votado contra, o projeto deteria sido derrotado.
Marta também tem invocado razões éticas para a mudança de partido. Parece uma alegação eleitoralmente conveniente em tempos de Lava Jato, mas cabem duas observações.
Não convém, para quem deixou o PT há menos de uma semana, fingir que este partido é o único que enfrenta o problemas éticos mais graves e profundos do que seus adversários. Um eleitor mais atento logo irá se perguntar o que ela fez ali, durante três décadas de campanhas financeiras, eleições — e denúncias sem fim. A verdade é que hoje nem os jornais dos grandes grupos de comunicação, adversários assumidos do governo federal, deixam de reconhecer que a oposição tem recebido um tratamento benigno e mesmo generoso nas poucas vezes em que denúncias que podem comprometer seus dirigentes chegam à Justiça e ao Ministério Público. Depois do mensalão PSDB-MG, do metrô paulistano e do helicóptero com 400 quilos de cocaína, prepara-se uma nova operação-abafa nas delações da Lava Jato, conforme Folha de S. Paulo de hoje. Nem o PSB está a salvo dessa situação, convém recordar. O doleiro Alberto Yousseff disse em depoimento que, por recomendação do corrupto confesso Paulo Roberto Costa, entregou uma propina de R$ 10 milhões a Eduardo Campos, então líder máximo e chefe absoluto do PSB, para que ele “não criasse problemas na construção” da usina Abreu e Lima, em Pernambuco. Outro fato é que até hoje não se esclareceu a compra do jato em que Eduardo Campos viajava no momento em que ocorreu a tragédia que lhe tirou a vida.
Psicanalista de profissão, Marta entrou no PT pelo andar de cima, como celebridade de um programa de edudação sexual da TV Globo e na condição de primeira dama na casa de Eduardo Suplicy. Teve acesso a Lula e logo frequentou o altar das grandes decisões do Partido. Podia falar e era ouvida.
Fora do PT, está livre dos ataques desleais, preconceituosos e deselegantes que a perseguiram por três décadas. Seus deslizes serão perdoados. Os pecados mais graves serão esquecidos.

Não porque suas ideias passaram a ser aceitas — o que seria ótimo — mas porque a política bem feita precisa de prioridades.
Justamente por ter sido quem se tornou, Marta Suplicy hoje é um instrumento precioso para elite dirigente avançar na meta que se propôs a partir de quatro derrotas presidenciais: derrotar, por todos os meios, inclusive ilegais, o partido que, de modo muito parcial, num processo com muitas falhas e que merece correções, construiu a mais ampla política de distribuição de renda e combate à desigualdade da história do país.