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Cause uma boa impressão em qualquer lugar

Aprenda a agir em situações que exigem desenvoltura

O ditado “a primeira impressão é a que fica” deve ser levado à risca quando o objetivo é se tornar uma pessoa lembrada pela educação e pelo carisma. Saber se comportar em diferentes ocasiões e locais, seja em eventos coorporativos, sociais e até do ciclo familiar, é um diferencial que faz toda diferença.
“As empresas buscam perfis que tenham boa desenvoltura, saibam conversar e se comportar em diferentes situações. Isso ajuda a crescer e a fazer bons contatos”, afirma o consultor de RH Giovanni Falcão, da Top Quality. Por conta disso, um simples happy-hour ou a festa de final de ano da empresa podem contar na hora de receber uma promoção.
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Happy-hour: evento é oportunidade para fazer contatos e estreitar laços
Mas ter desenvoltura para navegar bem em diversas situações não é importante apenas no ambiente coorporativo.
“Gentileza, educação e bom humor cabem em qualquer lugar. Uma pessoa que consegue agregar essas qualidades, com certeza, terá mais sucesso pessoal e profissional", diz a consultora de etiqueta Célia Leão. Segundo ela, os brasileiros ainda têm muitas dúvidas de como devem agir diante de situações que exigem um pouco mais de traquejo social.
“Esse nosso famoso jeito caloroso de ser pode nos ajudar a conquistar simpatia, mas não nos prepara para termos um convívio social adequado em momentos que exigem sobriedade”, completa.
Para ajudar a entender os códigos de etiqueta e comportamento que farão de você uma companhia agradável, separamos a seguir dicas infalíveis para diferentes locais e ocasiões, confira!
Se você é o convidado
– O primeiro passo para frequentar qualquer ocasião é receber um convite. “Se não foi convidado, esqueça. Se sim, é impreterível que você ao menos responda se pretende ou não ir à festa”, explica Célia. O seu anfitrião precisa planejar o evento, por isso é importante saber quantas pessoas estarão presentes.
– Se o chefe ou colega lhe entregou um convite pessoal, isso mostra que você é uma pessoa importante. “Neste caso é de bom tom comparecer, mesmo que de maneira breve”, alerta Giovanni. Se o convite for afixado no mural da empresa ou enviado por meio eletrônico, para todos na empresa, a presença é dispensável.
– Mesmo que você não vá à festa, compre um presente simbólico e entregue ao colega. No caso de convite coletivo, o mais usual é realizar a famosa “vaquinha” e comprar um presente único em nome do departamento.
– Convites para happy-hour são uma boa oportunidade de socialização. Segundo Giovanni, é uma chance de socializar e criar um relacionamento que possa fortalecer os laços da equipe. Por isso, dizer não sempre que chamado para aquela cervejinha após o expediente pode ser entendido como uma atitude arrogante e pouco agradável. O mesmo vale para festas oferecidas pela empresa.
– Está com dúvidas do que vestir? Se o convite não especificar, pergunte ao anfitrião. Já se for um evento de trabalho, vista-se de acordo com os códigos de sua profissão.
Em eventos coorporativos
– Não seja o primeiro a chegar e nem o último a sair. Se for uma situação formal, como almoço com um cliente, pontualidade é essencial. Se for atrasar, avise!
– Na hora de pagar a conta, a responsabilidade é de quem convida. No entanto, é de bom tom que a outra parte se ofereça para pagar sua parte.
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Na festa da firma: nada de dancinha sensual no meio da pista
– É evidente que, em qualquer evento de trabalho, seu comportamento está sendo vigiado. Então cuidado com atitudes que possam gerar assunto na empresa, como sua bebedeira ou aquela dança sensual no meio da pista.
– Alguém está dando em cima de você ou está agindo de forma inconveniente. Use o humor para sair da situação e afaste-se da pessoa. Não entre em conflito.
– Para as mulheres: nada de colocar bolsa sobre a mesa e nem dar para o acompanhante carregar. Bolsas devem ficar no colo quando a mulher está sentada. Ao servir-se numa mesa ou quando estiver em pé, use a alcinha interna que as bolsas de festa têm.
O que comer
– Em qualquer situação, evite comer demais. “Seja em uma festa ou barzinho, coma moderadamente. Se você tem bastante apetite, faça um lanche antes ou após o evento, mas jamais exagere na frente dos outros”, alerta Célia.
– Alimentos que podem causar mau hálito estão proibidos, principalmente se o local for pequeno e as pessoas estiverem sentadas próximas umas das outras.
– Não gostou da comida ou ela leva algo que você não suporta? Então coma os acompanhamentos ou aquilo que você gostar. Jamais comente com o anfitrião. Também não vale ficar escolhendo o que pegar em uma bandeja, isso é indelicado com quem preparou a comida.
– Saladas, pães e grãos (como amendoim) são um perigo para deixar vestígios nos dentes. Procure o banheiro mais próximo para checar se nenhum restinho está estragando seu sorriso.
– Se você nunca provou caviar na vida evite fazer isso num momento em que precisa causar boa impressão. “Se não está acostumado com o sabor de algo e tem dúvidas se vai gostar, não coloque no prato. Desperdício de comida é feio e é indelicado” – orienta Célia.
– Salgadinhos e canapés são feitos para pegar com a mão. O guardanapo é para limpar os dedos e não para segurar a comida.
O que beber
– De novo a regra do “menos é mais” cabe aqui. Nada de exagerar na bebedeira, excessos com álcool denotam descontrole emocional e personalidade frágil.
– Destilados não são adequados para o dia. Além de fortes, pesam no estômago e são um convite para acabar com seu humor.
– Ao ser servido, jamais procure olhar o rótulo da bebida ou pergunte a marca. A não ser que seja um evento de degustação de vinhos, este tipo de pergunta é grosseira.– Se a festa é informal, em uma residência por exemplo, sem contar com serviço de garçom ou equipe, cuide de seu copo. Sejam eles de vidro ou descartáveis, não saia espalhando copos sujos por todos os cantos.
– Vinho tinto em excesso deixa seu sorriso manchado. Cuidado!
Sobre o que falar
– Se estiver em um evento com colegas de trabalho, fora do ambiente coorporativo, evite falar sobre a rotina da empresa. “Nada mais chato do que uma pessoa que só fala sobre trabalho o dia todo.” – diz Giovanni.
– Assuntos polêmicos como futebol, religião e política só cabem se você tiver intimidade mínima com seu interlocutor. Também não vale falar sobre o clima. Se não souber por onde começar, faça um elogio sobre a decoração, comida ou mesmo um comentário amigável sobre o anfitrião.
– Lembre-se: você está numa festa, não na delegacia. Não bombardeie as pessoas com perguntas como “onde você trabalha?”, “de onde conhece fulano?” ou “o que você estudou?”
– Não crie intimidade forçada. Não pega bem falar da relação complicada que você tem com seus pais para uma pessoa que não pertence ao seu círculo de amigos.
Em eventos íntimos
– Primeira vez na casa da (do) namorada (do)? Converse com ele e leve uma lembrança para os sogros. Sua simpatia vai aumentar muito com um vaso de flores e um vinho, por exemplo.
– Sempre se ofereça para tirar a mesa ou lavar a louça. No entanto, se o anfitrião disser não, não insista.
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Almoço íntimo: sempre se ofereça para ajudar o anfitrião
– Não se sirva de nada que não lhe é oferecido. “Você comeu um pedaço de torta e quer repetir? Só o faça se lhe for oferecido, afinal, você não sabe se a quantidade disponível é suficiente para todos os convidados e você não vai querer comer o pedaço do seu anfitrião, certo?”, ensina Célia.
– Foi convidado para um almoço ou jantar? Ofereça-se para levar uma sobremesa ou bebida. Mesmo que quem convide não aceite, leve algo, como uma caixa de bombons.
– Jamais frequente eventos íntimos, como chá de panela, de pessoas que não são próximas de você. Agradeça o convite e dê um presente, mas não vá.
Em visitas no hospital
– Visitas para recém-nascidos e doentes devem ser feitas no hospital, nunca em casa. É o local onde a pessoa tem apoio especializado e não precisa se preocupar com “receber bem”. O tempo é de 10 a 15 minutos. Mais que isso, só para familiares.]
– Não é obrigatório levar algo, mas é de bom gosto. Não arrisque com flores ou alimentos, pois muitos hospitais proíbem. Opte por um livro, revista ou lembrança simbólica.
Em viagens
– Ao se hospedar na casa de alguém, lembre que você não pode alterar a rotina de quem vive ali. Sendo assim, respeite os horários dos anfitriões. Nada de dormir tarde ou acordar cedo demais.
– Leve aquilo que você gosta de comer, como doces ou bebidas, em quantidade suficiente para todos da casa. Jamais chegue de mãos vazias.
– Cuide da limpeza e organização do seu quarto. Não abra armários ou a geladeira sem a permissão de seu anfitrião.
– Após retornar, envie um cartão ou lembrança de agradecimento pela estadia.
– Em viagens corporativas não se esqueça de cumprir horários e de vestir-se adequadamente para as atividades, porém com discrição e bom senso.
– Em viagens com a família da namorada/o, quem define as regras sobre o casal dormir ou não no mesmo quarto são os donos da casa. Em caso de dúvidas, pergunte.
Se você é o anfitrião
– Receber é uma arte. Certifique-se de conhecer os gostos de seus convidados e providenciar comidas e bebidas que agradem a todos.
– Lembre-se de pensar em lugares para sentar, talheres e utensílios e comida e bebida suficientes.
– Vista-se de maneira elegante, sem exageros. “Quem deve brilhar são seus convidados. Afinal, ninguém fica em casa com anéis de diamantes e rolex, não é?”, brinca Célia Leão.
– Avise seu convidado das principais rotinas da casa, bem como horários de refeições e sobre o que ele pode ou não fazer, apresentando-lhe todos os cômodos.
No final, o mais importante é ter em mente que a gentileza gera mais gentileza.
“Basta a pessoa ter em mente que seu espaço termina onde começa o do outro. Bom senso e uma pitada de solicitude deixam tudo mais fácil” – finaliza a consultora.
por Erisson Rosati especial para o IG

Respeito e educação com os outros é bom e todo mundo gosta

Na fila do supermercado, uma senhora me pede pra passar na frente, justificando que só tinha apenas um produto para pagar. Ao lhe indicar que perguntasse às três outras pessoas que estavam atrás de mim, ela me joga: 
- Você é uma grossa! e eu, para não desmenti-la, respondo: 
- Mas respeito filas".

Etiquetas misturadas


Certo dia uma forte ventania causou um grande alvoroço numa tradicional loja de departamentos. 

O gerente havia deixado as janelas abertas e o vento que por elas entrou soprou grande quantidade de etiquetas de preços que estavam prontas e ainda não colocadas, fazendo-as pousar em diversos artigos da loja de forma desordenada. 

No dia seguinte, os clientes ficaram surpresos ao encontrar meias a 49,90, ternos a 1,99, sapatos a 0,90 e um cachecol a 1.290,90! 

E a loja de departamentos de nossa vida? 

como a temos organizado? 

A que atribuímos altos valores e quais os artigos não temos valorizado? 

As pessoas que nos conhecem, que conosco convivem constantemente, encontram tudo em ordem ou a ventania da incredulidade tem feito trocas? 

Temos atribuído preços elevados às coisas materiais, incertas e passageiras ou, valorizamos o espiritual, crendo que ao lado de Deus todas as coisas são acrescentadas? 

Quando abrimos nossos corações e deixamos o Senhor nos dirigir, então podemos descansar e confiar que as bênçãos virão na hora e da forma de Deus. 

Quando nos apegamos às coisas desse mundo, perdemos o real valor das coisas importantes para nossa felicidade e supervalorizamos aquilo que nenhum valor tem. 

Precisamos parar de viver como se as etiquetas de preços estivessem trocadas!

Por diversas atribuímos valor maior a coisas matérias que nos dão felicidade momentânea que não acrescentam aprendizado em nada a nossa alma, saiba que o valor maior esta em Deus, as ações e atitudes que temos diante do próximo. Esta na hora de rever o real valor das coisas em nossa vida, pois as vezes o que tem um preço alto não vale nada e o que não tem preço vale muito mais.
Um forte abraço!!

Frescuras de etiqueta

Comporta-se de acordo com as normas ditadas por consultores(as) de etiqueta para mim não passa de uma grande besteira. Educação básica é mais do que suficiente para pessoa não ter de que envergonhar-se durante um evento social. Mas, se você gosta de seguir moda, comportamentos segue alguma dicas abaixo:
    1. Antes de começar a refeição, apoie o guardanapo de pano sobre as pernas. “Já o de papel deve ficar ao lado do prato”.
    2. Coloque pequenas porções de comida no garfo.
    3. Coma devagar. Dê intervalos, apoie os talheres na borda do prato, converse e, depois, volte a comer.
    4. Lembre-se: nunca fale de boca cheia!
    5. Cuidado para não fazer barulho ao tomar líquidos, como café ou sopa. 
    6. Jamais coloque os cotovelos sobre a mesa. “Apoie apenas os antebraços ou os punhos”.
    7. “Em festas com buffets, você pode repetir a comida sempre que quiser. Porém, em jantares formais, é preciso esperar que a anfitriã ofereça. E se ela não oferecer, não repita”.
    8. Caso você não goste do prato servido, seja discreto. Coma apenas o acompanhamento.
    9. Utilize o prato grande para comer o couvert ou aperitivo. O pequeno deve ser usado apenas para colocar o pão.
    10. O que fazer com uma espinha de peixe ou caroço de azeitona? Tire da boca discretamente, com a ajuda do garfo.
    11.  Durante a refeição, antes de levar o copo ou a taça à boca, passe levemente o guardanapo nos lábios. Depois, tome o líquido devagar, em pequenos goles.
    12.  Nada de palitos. Se estiver muito incomodado com algum resíduo nos dentes, peça licença e vá ao banheiro para usar o fio dental.
    13.   Ao terminar, posicione os talheres com os cabos voltados para você. “Imagine que o prato seja um relógio. Os talheres ficam na posição seis e meia”,.
    14. Não dá para segurar o espirro? Coloque a mão em concha sobre o nariz e os lábios e espirre sem fazer barulho, mantendo a boca fechada.
    15.  Caso precise ir ao banheiro durante o jantar, peça licença, discretamente, apenas à pessoa que estiver sentada ao seu lado.

    A Classe C é mais fiel a marca do que a elite


    Eles já são 53% da população do Brasil e até 2014 serão 60%. Eles são a novidade e estão fazendo com que as empresas corram para entender como querem ser servidos, o que querem consumir, a quais valores são fieis. A nova classe C movimenta a economia brasileira e faz com que o País passe com mais calma pela crise em relação a americanos e europeus. Especialista nesses novos consumidores, o presidente do instituto Data Popular, Renato Meirelles diz que essa transformação ainda está em curso e que as empresas que melhor entenderem as demandas desses brasileiros terão mais chances de serem líderes.
    Meirelles fala sobre falsas impressões a respeito da nova classe média, diferenças entre essa classe no Brasil e em outros países e sobre erros e acertos das empresa até agora para lidar com esse novo público.
    Terra - Quando falamos em nova classe C, falamos de quem? É um corte apenas monetário? É também social?
    Renato Meirelles -O Brasil mudou muito nos últimos anos. Quase 40 milhões de pessoas passaram a fazer parte da classe C ou do que a gente convencionou a chamar de nova classe média. Para entender quem é essa família, pensa em uma em que a renda familiar é algo em torno de R$ 2,5 mil. 53,9% dos brasileiros fazem parte da classe C, são quase 104 milhões de pessoas que passaram a ter nos últimos anos poder de compra. Mas não é só em dinheiro que nós estamos falando. Estamos falando de pessoas que passaram a viajar de avião pela primeira vez, que passaram a estudar mais, que passaram a frequentar ambientes como não frequentavam antes, como restaurantes, cinemas shopping centeres. E é um brasileiro que tem um jeito próprio não só de comprar, como de enxergar o mundo. A classe C é mais otimista do que as outras classes sociais, acredita mais que a vida vai melhorar. E isso acontece porque como a vida dele melhorou mais do que a dos outros brasileiros nos últimos tempos, ele é mais otimista de que esse ciclo vai continuar acontecendo. A classe C tem mais amigos do que a elite. A classe C tem 70% a mais de amigos do que têm as classes A e B - e isso faz toda a diferença, porque ela faz mais propaganda boca a boca. 69% da classe C faz propaganda boca a boca contra 19% das classes A e B. Então nós estamos falando de um jeito de enxergar o mundo muito diferente.
    Terra - Quais as principais diferenças no processo de consumo da nova classe C em relação ao daquela antiga classe média?
    Renato Meirelles - O pessoal da antiga classe C comprava o que cabia no bolso, ele não tinha muito poder de escolha. Ele não tinha crédito, ele não tinha muita chance. Então, o que cabia no bolso ele corria e comprava. Hoje ele pode escolher, porque todo mundo tem crédito e mais dinheiro no bolso. Então, se ele pode escolher, ele faz mais pesquisa de preço. Porque a classe C não pode errar. Como o dinheiro é muito contado, na prática ele prefere pagar um pouco mais caro por marcas que ele tem certeza que vão entregar um produto de boa qualidade. Vou dar um exemplo: uma mulher da classe A vai ao supermercado, vê uma marca de arroz que ela não conhece, mas que está em promoção. Ela compra o arroz, mas na hora que vai fazer, percebe que o arroz é ruim. O que ela faz? Joga fora o arroz. A mulher da classe C não. Como o dinheiro é contado, se ela descobrir que esse arroz é ruim, ela vai ter que comê-lo o mês inteiro. Então ela é mais fiel às marcas do que a mulher da elite, diferente do que pensa o senso comum. Mas não é pelo status, é pelo aval de qualidade que a marca dá. É a garantia de que ele não está jogando dinheiro fora.
    Terra - As empresas precisaram mudar seus produtos ou processos de comunicação com o consumidor dada a ascensão dessa nova classe média? Quais foram essas principais mudanças?
    Renato Meirelles
     - As empresas têm uma grande dificuldade de falar para as classes C e D porque sua estrutura de marketing, na grande maioria dos casos, veio da elite. Então, são pessoas que pensam como elite. Isso faz com que ele não saiba se comunicar. Ele acredita que a aspiração da classe C é ser classe A e B. Mas não é. O cara da classe C acha que o rico é perdulário, que o rico joga dinheiro fora, que o rico não tem valores familiares consolidados. Exatamente por isso ele acaba preferindo ter como aspiração o vizinho que deu certo e não o ricaço. Ele quer ser aquele cara que há 10 anos começou a entregar água no bairro e hoje tem uma distribuidora. As aspirações têm mais a ver com os exemplos próximos que deram certo do que com as classes A e B.
    Terra - Quais foram os setores da economia que mais se beneficiaram com a ascensão da nova classe média?
    Renato Meirelles - O primeiro foi automóveis. O gasto com automóveis, e não só aquisição, mas também manutenção foi o que mais cresceu. Educação cresceu muito. E também higiene e cuidados pessoais. Porque higiene e cuidados pessoais cresceu tanto? Porque a mulher da nova classe média foi para o mercado de trabalho. E ao ir para o mercado de trabalho, o investimento na própria aparência deixa de ser visto como gasto e passa a ser visto como uma forma de se dar melhor, ganhar mais dinheiro no mercado de trabalho. Como ela foi para o mercado de trabalho, ela sabe que ir ao salão toda semana não é mais gasto, mas investimento para continuar melhorando de vida.
    Terra - Por que a classe média cresceu tanto nos últimos 10 anos? Qual foi a fórmula que permitiu esse fenômeno que não tinha sido aplicada antes?
    Renato Meirelles - Tem um conjunto de fatores. Um primeiro aspecto é o demográfico. É o que os demógrafos chamam de bônus demográfico. É um fenômeno que acontece uma vez na história de cada país, que é quando a maior parte da população está concentrada em idade economicamente ativa. É isso que fez a Coreia do Sul virar a Coreia do Sul. O bônus demográfico atuou entre as décadas de 60 e 90. Os especialistas dizem que o PIB da Coreia cresceu, em média, 1,6% ao ano apenas pelo fenômeno do bônus demográfico. Isso está acontecendo no Brasil. Isto já aconteceu nas classes A e B, está acontecendo na classe C e vai acontecer nas classes D e E. Se o Brasil não entrar em guerra e não matar metade de seus homens isso não vai mudar. Outro aspecto que explica isso é a conjunção histórica dos últimos anos de você ter estabilidade da economia e depois o processo de distribuição de renda, que aconteceu nos últimos 10 anos - quando quase 40 milhões de pessoas passaram a fazer parte da classe C. O terceiro fator tem a ver diretamente com a melhora dos níveis educacionais. Cada ano de estudo impacta em 15% a mais no salário médio das pessoas. E os jovens da classe C estão estudando mais. Na classe A 10% dos jovens estudaram mais que seus pais, enquanto na classe C, 68% dos jovens estudaram mais que os pais. Isso na prática significa uma mudança gigantesca nas chances que elas têm para o mercado de trabalho.
    Terra - Há algum paralelo do que acontece no Brasil nesses últimos 10 anos em outro país? Alguma experiência que sirva de aprendizagem para as empresas brasileiras?
    Renato Meirelles
     - Nessa velocidade não.
    Terra - E as empresas estrangeiras que pensam em aproveitar o aumento do consumo interno no Brasil? Precisam se preparar para lidar com um novo consumidor, para chegar ao um novo País?
    Renato Meirelles - As empresas têm que entender que a classe média brasileira é diferente da americana, da europeia. É uma classe média mais jovem, que está aprendendo a consumir uma certa categoria de produtos. Eu canso de fazer pesquisa em que muitas pessoas estão indo viajar de avião pela primeira vez e não sabem o que é check-in. Que têm dinheiro para colocar o filho em colégio particular, mas não entende nada de método pedagógico, não sabe direito como escolher o colégio particular do filho. O desafio dessas empresas é serem parceiras desse consumidor na hora que ele mudar de vida.
    Terra - Na sua opinião, o mercado interno, pelo lado do consumidor, ainda está em transformação ou essa migração de classes já se consolidou?
    Renato Meirelles - Ele vai continuar crescendo. Hoje você tem 53,9% da população fazendo parte da classe C e a ideia é que cheguemos a 2014 com quase 60% da população fazendo parte da classe C. É um caminho sem volta, a não ser que aconteça uma guerra mundial ou uma grande crise econômica em proporções muito maiores do que a que vivemos nos últimos tempos. Não tenho nenhum indicador de que essa classe C não vá continuar crescendo e as empresas que souberem aproveitar as oportunidades desse novo mercado têm muito mais chance de ser líder amanhã.
    Terra - A atual crise econômica teve em sua raiz uma espécie de nova classe média, os mutuários americanos que não poderiam ter acesso a crédito, mas que o tiveram depois de bancos facilitarem esses empréstimos. Como a nova classe média brasileira lida com acesso ao crédito?
    Renato Meirelles - Desde a crise do Lehman Brothers o Data Popular tem se aprofundado no estudo de semelhanças e diferenças do processo de endividamento dos americanos e dos brasileiros. O que vimos é que o crédito para consumo dos americanos é quase sete vezes maior que o crédito para consumo para os brasileiros. Estamos anos-luz atrás dos americanos do ponto de vista de endividamento. Quando você pega a crise do subprime e o processo de endividamento, vemos que o grosso eram hipotecas - que é diferente de financiamento para compra de primeiro imóvel. Ou seja, ele hipotecava uma casa que já era dele para comprar outras coisas. O processo de financiamento do crédito imobiliário brasileiro é para compra da primeira casa - e isso tem uma série de implicações. Ele não vai hipotecar a primeira casa, porque a casa é o grande sonho do brasileiro. Segundo, é um crédito que gera emprego, diferente do crédito americano. Ele não estava construindo casas ao hipotecar o imóvel. Ela já estava construída. No crédito brasileiro, é isso que tem sido responsável pelo boom - mais gente comprando casa nova, que significa mais emprego nas classes D e E, os operários da construção civil, e mais emprego significa mais renda e isso fecha o ciclo virtuoso do consumo. Na prática, o financiamento habitacional no Brasil ajuda a economia e não superendivida consumidores, como foi o caso dos Estados Unidos. 

    Evite estes 10 comportamentos no trabalho


    1. Falar mal da empresa em que você trabalha ou noutra que trabalhou
    2. Tratar de assuntos particulares constantemente
    3. Fazer críticas em público
    4. Grosseria
    5. Mal-humorado
    6. Fofocar
    7. Impontualidade
    8. Abusar da boa vontade dos colegas
    9. Mentir
    10. Vestir-se mal

    O que pensa Paulo Coelho sobre a elegância


    Às vezes eu me surpreendo com os ombros curvados; e sempre que estou assim, tenho certeza de que algo não está bem. Neste momento, antes mesmo de procurar a razão do que me incomoda, procuro mudar minha postura - torná-la mais elegante. Ao colocar-me de novo em posição ereta, dou-me conta de que este simples gesto me ajudou a ter mais confiança no que estou fazendo.

    Elegância é geralmente confundida com superficialidade, moda, falta de profundidade. Isso é um grave erro: o ser humano precisa ter elegância em suas ações e em sua postura, porque esta palavra é sinônimo de bom gosto, amabilidade, equilíbrio, e harmonia.

    É preciso ter serenidade e elegância para dar os passos mais importantes na vida. Claro, não vamos ficar delirando, preocupados o tempo inteiro com a maneira como movemos as mãos, sentamos, sorrimos, olhamos ao redor; mas é bom saber que nosso corpo fala uma linguagem, e a outra pessoa - mesmo inconscientemente - está entendendo o que dizemos além das palavras.

    A serenidade vem do coração. Embora muitas vezes torturado por pensamentos de insegurança, ele sabe que - através da postura correta, pode tornar a equilibrar-se. A elegância física, a qual estou me referindo neste artigo, vem do corpo, e não é uma coisa superficial, mas a maneira que o homem encontrou para honrar a maneira com que coloca seus dois pés sobre a terra. Por isso, quando às vezes você sentir que a postura o está incomodando, não pense que ela é falsa ou artificial: ela é verdadeira porque é difícil. Ela faz com que o caminho sinta-se honrado pela dignidade do peregrino.

    E por favor, nada de confundi-la com arrogância ou esnobismo. A elegância é a postura mais adequada para que o gesto seja perfeito, o passo seja firme, o seu próximo seja respeitado.

    A elegância é atingida quando todo o supérfluo é descartado, e o ser humano descobre a simplicidade e a concentração: quanto mais simples e mais sóbria a postura, mais bela ela será.

    A neve é bonita porque tem apenas uma cor, o mar é bonito porque parece uma superfície plana - mas tanto o mar como a neve são profundos e conhecem suas qualidades.

    Caminhe com firmeza e alegria, sem medo de tropeçar. Todos os movimentos estão sendo acompanhados pelos seus aliados, que o ajudarão no que for necessário. Mas não esqueça que o adversário também está observando, e conhece a diferença entre a mão firme e a mão tremula: portanto, se estiver tenso, respire fundo, acredite que está tranquilo - e por um destes milagres que não sabemos explicar, a tranquilidade logo se instala.