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Até a The Economist tira sarro do Brasil

Golpe brasileiro é submetido a mais um vexame internacional; até mesmo a ultraconservadora revista inglesa The Economist, frequentemente citada pela mídia nacional, tirou sarro do impeachment aprovado na Câmara dos Deputados no último domingo; capa da revista que circula neste 21 de abril, data de Tiradentes, o herói traído na Inconfidência Mineira, fala justamente da traição do Brasil; revista diz ainda que os delitos fiscais atribuídos à presidente Dilma Rousseff são muito menores do que os de seus algozes e afirma que o vice-presidente Michel Temer dificilmente será percebido como alguém com legitimidade para governar o País; imprensa brasileira condena por tentar dizer na ONU o que o mundo inteiro já comenta: ela foi vítima de um golpe


A falácia do decano Celso de Mello

Há 157 dias está no Supremo o pedido de julgamento do presidente da Câmara Eduardo Cunha. O decano nunca se pronunciou.

No domingo, mais de 300 deputados deram o mais indigno show público já registrado na Câmara Federal. O decano se calou.

O país está prestes a ser governado por um vice-presidente envolvido na Lava Jato e por um presidente de Câmara que só não vai preso por leniência do Supremo. O decano se resguarda e nada diz.

Mas é capaz de sair a público garantindo manchetes, batendo boca com frases divulgadas em um grampo ilegal. Ou, como ocorreu ontem, criticar a presidente por denunciar o golpe do impeachment. Sustenta que não há golpe porque todos os procedimentos legais estão sendo seguidos.

Ouso dizer que o decano Celso de Mello, do STF, é um blefe.

Tem algumas das condições necessárias para um juiz: a idoneidade, a ponto de sequer receber advogados das partes, a vida asceta, o apego aos estudos.

Mas faltam-lhe virtudes essenciais a um grande juiz, especialmente a capacidade de discernimento e a isenção. E um deslumbramento ingênuo – e tolo – de não resistir aos holofotes da mídia, e dos celulares das redes sociais, para pronunciamentos "para a história".

Celso de Mello tem a erudição. É capaz de rechear um julgamento sobre roubo de pirulitos com dezenas de citações dos "saudosos" (ele sente saudades de todos os juristas mortos). Mas terá dificuldades de analisar o caso e fazer justiça. Ou, então, dificuldade em analisar um caso contrariamente às suas preferências pessoais.

Seu conhecimento enciclopédico não está a serviço do discernimento. Na economia, seria um cabeça de planilha: o sujeito capaz de montar planilhas complexas, séries estatísticas enormes, correlacionando índices de forma incorreta.

Tome-se a questão do golpe.

O papel do STF no impeachment pode ser sintetizado de maneira simples e irretorquível:

1.     O constituinte definiu o presidencialismo como forma de governo. Depois houve confirmação por plebiscito.

2.     O parlamentarismo permite o voto de desconfiança. Tendo maioria qualificada, a oposição vota e derruba o gabinete. Não haveria uma hecatombe política, nem um desrespeito ao voto do eleitor, porque caberia ao presidente negociar um novo gabinete com o Congresso.

3.     Já no presidencialismo não existe o voto de desconfiança.

4.     O que separa o presidencialismo do parlamentarismo, portanto, são exclusivamente as condições jurídicas para a aprovação do impeachment, previstas na Constituição. Caso contrário, bastaria juntar um número qualificado de deputados para derrubar o presidente.

5.     Se exige fundamentação jurídica constitucional, quem é o guardião da Constituição para conferir se os pré-requisitos estão presentes? O Supremo, é evidente. Se o Supremo não julgar a constitucionalidade do impeachment, na prática estará atropelando a vontade popular em dois pontos centrais: a forma de governo escolhida, o presidencialismo, e uma presidente eleita pelo voto popular.

Aí vem o decano e questiona as acusações de golpe, porque os procedimentos estão sendo seguidos. Por procedimentos, entendam-se os ritos definidos pelo Supremo. Ou seja, privilegia a forma em detrimento do conteúdo, do mérito.

Pergunto, qual o nome que se dá ao ato do advogado que foge das questões de mérito para se ater a questões de forma? Chicana, se não me engano.

Vou buscar o significado no Dicionário Informal:

"Jurídico: dificuldade criada, no decorrer de um processo judicial, pela apresentação de um argumento com base em um detalhe ou ponto irrelevante".

Aplica-se ao decano?

Voltando aos sofistas, sabe-se que duas paralelas só se encontram no infinito. A opinião de Celso de Mello encontrou-se com a de Dias Toffoli na celebração da legalidade do impeachment. Apenas os dois. Donde se conclui que o decano terminou convergente com a maior humilhação que o terrível Lula infligiu ao Supremo.

O legalista e o ex-militante tornaram-se parceiros no maior estupro cometido contra a Constituição brasileira desde a sua promulgação.

Paradoxalmente, o maior elogio que recebeu foi em forma de ofensa: os ataques de Saulo Ramos mostrando que, depois que deixou de ser seu assessor para se tornar MInistro do STF, Celso resistiu às suas pressões.

A chantagem pudinica

O de avelã venceu
kkkkkk

Eu dedico esse cordel aos ratos do stf

Trata logo de correr, gabiru

Que o gato vem correndo atrás de tu

Pois se ele te pegar

Ele vai te machucar

Não é negócio pra tu. (bis)
***
Gabiru não seja tolo

Troca o queijo pelo bolo

Que é melhor pra tu roer

Tu és um rato pacato

Mas cuidado com esse gato

Que vem atrás de tu
***
Trata logo de correr, gabiru

Que o gato vem correndo atrás de tu

Pois se ele te pegar

Ele vai te machucar

Não é negócio pra tu. (bis)
***
Gabiru desconfiado

Quando escutou o miado

Do gato devorador

Conhecendo que era fraco

Cuidou logo do buraco

Deu nos calo e se mandou.

Trata logo de correr, gabiru

Que o gato vem correndo atrás de tu

Pois se ele te pegar rato

Ele vai te machucar

E não é negócio pra tu. (bis)

Por Luciano Hortencio

A globo e seus merdinhas quer provar que o golpe não é golpe

Hoje ouvi três mininistros do STF (letras maiúsculas para Instituição), para os merdinhas puxa saco dos marinhos, nem vou perder tempo em pergunta. Afirmo:

Se o impeachment da presidente Dilma Honesta Rousseff chegar lá para estes e mais alguns vermes do tribunal julgar, eles vão condenar.

Mas, se lá chegasse o impichimento do traíra, pelos mesmos motivos, esses imundos absolveriam.

Como eu respeito as Instituições, tenho o dever de nominar quais são estes três indivíduos que estou falando nessa postagem - é que tem mais -. São eles:
2º Celso de Melo
3º Dias Tofolli
e o terceiro adivinhe...
Gilmar Mendes é Or concu

Óbvio que nenhum deles responderá, julgam-se Deus.

Mas se por acaso ao menos vissem este recado, eles iriam ironizar as virgulas, os pontos, e principalmente o or concur. Estariam absolutamente corretos. O que eu quero dizer é:

Cunha tem eles no bolso e por isso pode manda-los tomar no cu.

Oraite?

Ou estes vermes não são capivaras?

A Globo quer provar que o golpe não é golpe.

É uma atitude típica de golpistas. Não há registro na história da humanidade de autores de um golpe que tenham admitido que estavam dando um golpe.

A Globo, experiente nisso, em 1964 afirmou que a derrubada de João Goulart era uma "revolução", uma vitória da "democracia" e mentiras do gênero.

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Durante muitos anos, depois da derrubada de Goulart, a palavra "revolução" foi adotada irrestritamente por toda a imprensa que tanto sabotara e desestabilizara a democracia.

Hoje, ninguém mais – nem a própria Globo – ousa falar em "revolução".

Só que 2016 não é 1964. Naqueles dias, não existia o contraponto digital.

Agora, não. Os sites verdadeiramente independentes – aqueles não controlados pela plutocracia – venceram o duelo de narrativas. Fora das empresas dos Marinhos, Civitas, Frias etc, o golpe é tratado como deve ser: como golpe.

Não que os sites independentes sejam fabulosos, extraordinários, superpoderosos. Não, não são.

É que eles estão falando a verdade, e a imprensa mente descaradamente para fingir que o estupro da democracia é um sexo consensual.

Foram anos para a revolução desaparecer do dicionário nacional. Durante muito tempo, 31 de Março, o dia do golpe, era objeto de espetaculosas comemorações pelos golpistas. Desfiles militares multiplicavam-se pelo país.

Já faz tempo que ninguém dá a menor atenção ao dia 31 de Março. Sumiu da vida dos brasileiros. Porque era um golpe, e nada além disso.

Até hoje, mais de dois séculos passados, o 14 de Julho é comemorado intensamente pelos franceses. É o aniversário da Revolução de 1789.

Aquilo foi uma revolução real. Não fosse, teria tido o mesmo destino da quartela de 64 saudada pela Globo como revolução.

O golpe de 2016 nem se concretizou – e torçamos para que não se concretize – e já é universalmente conhecido como um golpe.

Escrevi universalmente no sentido literal. No resto do mundo, em que a Globo é impotente como um eunuco, também a definição de golpe já se consagrou.

Tem sido tragicômico o esforço inútil dos caciques da imprensa e seus índios em desmentir jornais e revistas do exterior.

Se havia alguma chance de vender ao mundo a ideia de que não é golpe, o espetáculo horripilante da votação de domingo na Câmara liquidou o assunto.

Os correspondentes estrangeiros não são idiotas. Eles viram o que se passava: bufões corruptos justificando com asneiras inimagináveis seu voto para derrubar uma mulher honesta, sob o comando do rei do crime Eduardo Cunha.

Não poderia haver melhor retrato do golpe, e nem propaganda mais devastadora contra os golpistas.

Uma mulher que desde antes de assumir o segundo mandato foi impedida de governar pela oposição e pela mídia está sendo acusada de imobilismo, num triunfo do cinismo. Eu prendo você e acuso você de não se mexer. É mais ou menos o que aconteceu com Dilma perante os plutocratas golpistas.

Ao contrário de 1964, os golpistas já em 2016 são forçados a conviver com a qualificação que lhes cabe, golpistas. E não há nada que a imprensa pode fazer.

Não adianta a Globo destacar em seus veículos, como hoje, que "juízes do STF" dizem que não é golpe. Você vai ler e descobre que se trata do decano do reacionarismo Celso de Mello e do velho militante político de direita Gilmar Mendes.

Golpe é golpe, e a Globo não vai mudar isso. É algo infinitamente maior que ela.

Há uma maravilhosa justiça poética em ver, de imediato, golpistas serem reconhecidos no Brasil e fora como o que são: golpistas. Ou, para usar a palavra dura e justa empregada por Jean Wyllys em seu histórico voto na Câmara, "canalhas".

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