"Eu acredito no Brasil. Não sigo a linha dos pessimistas, pois somos protagonistas", destacou o ministro das Comunicações, André Figueiredo, durante a palestra que realizou, nesta terça-feira (27), na 17 edição da Futurecom, em São Paulo. Com o auditório Brasil lotado, Figueiredo apresentou os planos do Ministério das Comunicações (MC) para a universalização do acesso à internet e as positivas influências para a sociedade a partir do processo de inclusão digital, que vem sendo promovido a partir do Programa Nacional de Banda Larga ( PNBL).
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por Zé Dirceu
Não combinaram com os Russos
Reza a lenda que, às vésperas de um jogo da Seleção Brasileira contra os russos, em 1958, o técnico brasileiro instruiu a equipe numa elaborada estratégia em campo. Depois de uma série de dribles, Garrincha deveria passar a bola para o Vavá marcar. Ao que o mestre das pernas tortas respondeu com malícia: “Vocês já combinaram tudo isso com os russos também?”.
A história pode ser transportada para o caso da Telefônica. Apesar das exigências das autoridades para que a operadora sanasse seus problemas de panes nos serviços de banda larga no Estado de São Paulo, o Speedy, a empresa foi alvo de novo apagão neste início de semana. O assunto levou o próprio ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a cobrar os investimentos que evitassem novas panes.
Aliás, a interrupção da 2ª. feira não foi nem a primeira, nem a segunda vez que a Telefônica interrompeu os serviços de banda larga. Em junho de 2009, um apagão no Speedy deixou boa parte dos 2,7 milhões de usuários sem Internet. Na ocasião, a operadora chegou a ser proibida pela ANATEL de comercializar os serviços entre junho e agosto de 2009, até que as falhas fossem apuradas e corrigidas.
Rotas alternativas
Para Bernardo, a empresa deve investir em rotas alternativas. Também tem de garantir uma gestão dos sistemas que evite panes semelhantes.
Segundo a empresa, o apagão do início da semana teria sido causado por dois equipamentos (roteadores) que fazem a conexão da rede brasileira com sites internacionais. Ainda assim, para Bernardo, o episódio foi “lamentável”. O ministro prometeu consultar o presidente da Agência Nacional das Telecomunicações (ANATEL), Ronaldo Sadenberg, sobre as providências que serão tomadas pela agência. "Tem que fiscalizar, tem que cobrar (...) Tem uma repercussão econômica", completou.
Segundo estimativas da consultoria Teleco, a Telefônica tem mantido os seus investimentos no Estado de São Paulo entre R$ 2,2 bilhões e R$ 2,4 bilhões por ano desde 2008. No primeiro trimestre deste ano, foram R$ 373 milhões, ou apenas 4,4% a mais que no mesmo período do ano passado. Ainda que vultosos, pelo visto, eles não têm dado conta do recado. O mercado vê a questão sob outro ponto de vista.
Falhas de procedimento
Para o presidente da consultoria, Eduardo Tude, São Paulo é um caso típico em que não apenas a rede cresce rapidamente, mas o seu uso também. “As pessoas estão dando novos usos à Internet e exigindo muito mais do serviço”, comenta. Segundo ele, panes como as da Telefônica no início da semana são causadas, não necessariamente por falta de investimentos, mas por problemas de procedimento. “Quando se expande uma rede muito rapidamente, e ela passa por sucessivos up grades, um novo equipamento que é adicionado pode ter incompatibilidade com o software e gerar uma falsa informação, que é transmitida para outros roteadores”, exemplifica.
Segundo ele, em 2009, quando a ANATEL suspendeu a venda do serviço Speedy por alguns meses, a punição levou a operadora a perder a segunda colocação em market share de acessos à banda larga para a NET. “No regime de competição, uma suspensão como a que foi aplicada, dado que a operadora apresentava falhas reincidentes, é prejuízo na certa”, comenta. O trâmite, explica o engenheiro com mestrado em telecomunicações, tem início com uma sindicância da Agência e pode chegar à suspensão da comercialização do serviço vendido pela operadora.
Com a pane desta semana, na Agência, a informação é de que seus técnicos estão analisando o ocorrido e deverão instaurar um processo administrativo. Mas, fica a pergunta: será o bastante? Por onde anda a ANATEL, que, até aqui, pouco tem se pronunciado a respeito? Já a Paulo Bernardo, todo o nosso apoio.
por Zé Dirceu
PNBL chega às primeiras cidades em julho
Até julho, inclusão digital terá dado um passo decisivo no Centro-Oeste. As seis primeiras cidades do Plano Nacional da Banda Larga (PNBL) deverão contar com seus acessos à rede de fibras ópticas. A Telebrás informa que conclusão do primeiro trecho da rede nacional de telecomunicações (backbone), no Anel Sudeste, que ligará Brasília a Itumbiara (GO), deverá ocorrer nas próximas duas semanas. O trecho de 377 km de rede de fibras ópticas abrange Samambaia, no Distrito Federal, e cidades goianas como Pirineus, Bandeirantes e Morrinhos.
A Telebrás também informou que já teve início a construção de 18 Pontos de Presença no Anel Nordeste utilizando a rede fibras ópticas da Chesf e de Furnas. A medida permitirá a conexão de Paraíso do Tocantins (TO), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB) e Recife (PE), entre outras cidades.
O governo quer aprovar o quanto antes os projetos de instalação dos 28 Pontos de Presença na rede da Petrobras no Anel Sudeste. A estatal informa que as obras do PNBL em cinco municípios - Brasília (DF), Alexânia (GO), Senador Canedo (GO), Morrinhos (GO) e Araporã (MG) – estão prestes a começar.
R$ 1 bi por ano à Telebrás
Banda larga de qualidade e maior velocidade é a base da inclusão digital. Não é a toa que a presidenta Dilma Rousseff, anunciou a disposição de investir R$ 1 bilhão por ano na Telebrás, entre 2011 e 2014, para dotar o país de uma infraestrutura de banda larga de maior velocidade e qualidade.
É preciso correr com o PNBL. Não podemos perder o bonde em relação aos países desenvolvidos. Os Estados Unidos, por exemplo, querem chegar a 2020 com 100 milhões de domicílios conectados a velocidades de 100 Mbps.
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Celular
[...] TIM + Correios + Telebrás
O presidente mundial da Telecom Italia (dona da TIM), Franco Bernabè, apresentou ao governo federal duas propostas bilionárias: uma parceria com a Telebrás no plano de banda larga e outra com os Correios em uma empresa de telefonia móvel com a bandeira da estatal. Ambas com a infraestrutura da TIM.
A oferta da empresa italiana para banda larga prevê um preço ao consumidor inferior aos R$ 35 estipulados pelo governo para o seu projeto de inclusão digital, o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga).
“Tudo o que a Oi ofertar nós fazemos pela metade”, disse Bernabè à Folha, provocando a concorrente, que no ano passado apresentou proposta para comandar o projeto por R$ 27 bilhões.
A diferença é que a Oi se coloca como gestora, enquanto a TIM oferece parceria com a Telebrás.
Segundo o presidente da TIM, o também italiano Luca Luciani, o custo da telefonia móvel é muito menor que o da fixa: “A gente oferece por R$ 0,50 diário acesso a smartphone, o que dá R$ 15 mensais. Temos 8 milhões de usuários. Dá para fazer isso em escala global? Dá.”
Já a parceria com os Correios seria com base na decisão do governo de que a estatal deverá oferecer um celular próprio pelo sistema MVNO, que significa um operador virtual. A TIM entraria com a infraestrutura.
Em entrevista na embaixada da Itália, Bernabè disse que a sua empresa fez uma guinada estratégica em seus investimentos internacionais nos últimos anos. Depois de se desfazer de ativos na América Latina e Europa, concentrou-se no eixo Itália/Brasil/Argentina.
A empresa saiu de Chile, Venezuela, Bolívia, Peru e Cuba. Na Europa, da Alemanha, Espanha e Turquia. Hoje, o mercado brasileiro corresponde a 22% do faturamento global da Telecom Italia, de € 27 bilhões.
Segundo Bernabè, o Brasil deverá continuar recebendo investimentos estimados em R$ 8,5 bilhões até 2013.
“Há uma “brasilianização” forte da nossa empresa. Temos um plano ambicioso e um compromisso de longo prazo com o Brasil”, declarou, acrescentando que cerca de 40% dos novos investimentos da TIM estão indo para Norte e também Nordeste, onde já é líder.
Diz também que um diferencial brasileiro em relação a outros emergentes, como Índia e China, são as afinidades culturais e históricas entre Brasil e Itália. Citou até a forte comunidade italiana.
O executivo só foi reticente em relação à qualidade da mão de obra. “Pode ser realmente um problema, mas o Brasil tem uma população muito jovem, e a presidente Dilma Rousseff está cuidando disso.”por LEILA COIMBRA
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por LEILA COIMBRA
por Luis Nassif
A nova Telebrás e o PNBL
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Telecomunicação
[...] Banda larga a 35 reais
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje, em Porto Alegre, que entre as novas metas a serem estabelecidas pelo governo para os setores de telefonia e internet está a elevação para 70% do número de domicílios com internet no país até o final do governo e um custo máximo de R$ 35 ao mês na banda larga para os consumidores.
"Isso é o que vamos colocar como meta. Em Estados que possam reduzir o ICMS o valor deve ser menor", afirmou durante ato de assinatura de um protocolo de intenções com o governo gaúcho, relacionado ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), no Palácio Piratini.
A meta de oferecer banda larga a R$ 35 em 35 milhões de domicílios brasileiros é para 2014 e integra o PNBL. O ministro já havia dado detalhes sobre ela na semana passada, durante sua participação em audiência pública realizada na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados. O governo estima que, caso se concretize a redução tributária para o setor em negociação com os estados, o valor pode cair para R$ 15 em quase 40 milhões de domicílios.
O ministro admitiu que o prazo previsto inicialmente para mudanças previstas no PNBL, que era abril, será estendido para 30 de junho. Enquanto ele falava em Porto Alegre, a Anatel oficializava em Brasília o segundo adiamento da renovação dos contratos de concessão da telefonia fixa, para dia 30 de junho. A solicitação de adiamento aconteceu na semana passada. A presidente Dilma Rousseff exigiu novas condições ao Plano, que passou a abrigar as metas impostas às concessionárias. Dilma quer que a velocidade mínima de acesso à internet prevista no PNBL seja ampliada de 600 Kbps para 1 Mbps.
Sobre as mudanças nas regras para a concessão de canais de rádio e TV, o ministro disse que, por enquanto, o governo não está discutindo mudanças na lei, mas manteve a posição do governo. Segundo ele, o objetivo é aumentar a transparência.
"Queremos estabelecer critérios administrativos com o Congresso para as outorgas de rádio e TV", afirmou.
Após a assinatura do termo de intenções, Paulo Bernardo fez uma visita institucional à presidência da Assembleia Legislativa e palestrou para empresários durante reunião-almoço na sede da Federasul - Federação das Associações Comerciais e de Serviço do Rio Grande do Sul.
À tarde o ministro se encontrou com representantes da AGERT - Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e TV - , que fizeram solicitações em relação as atribuições das teles e ao novo marco regulatório do setor.
Internet
[...] Banda larga
Vamos acabar com esta conversa de kilobit, nosso objetivo é megabit, teria dito a presidente Dilma aos representantes das teles.
Mais velocidade a preço razoável.
É o que pretende o governo.
Banda larga
Dilma não abre mão da qualidade
O Estadão publicou a notícia de que a presidente Dilma Rousseff determinou a suspensão da decisão que seria tomada hoje sobre a terceira revisão do Plano Geral de Metas de Universalização de Telefonia. Diz o jornal que Dilma está insatisfeita com as propostas apresentadas pelas teles para o Plano nacional de Banda Larga.
O problema é que a proposta que ia ser apresentada era de baixa velocidade (600 kbps) e Dilma quer que as operadoras ofereçam pelo menos 1 Megabite por segundo aos usuários, pelo preço de até R$35.
do Tijolaço
Provedores
PNBL - plano nacional de banda larga - abre oportunidades para os pequenos
barateando o acesso à internet por todo o País
Dos cerca de um terço de brasileiros que têm um computador em casa, apenas 24% dispõem de uma conexão com a internet, segundo o Centro de Estudos sobre a Tecnologia da Informação e da Comunicação (Cetic). Entre os fatores que levam o país a essa grande exclusão está o desinteresse das grandes operadoras de telecomunicações em oferecer o acesso à rede aos consumidores da classe C nas periferias das grandes cidades e em municípios pequenos e remotos. Mas esse cenário pode mudar a partir do próximo mês, quando entra em operação o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), iniciativa do governo federal que tem o objetivo de massificar os serviços de internet rápida no país.
Dos cerca de um terço de brasileiros que têm um computador em casa, apenas 24% dispõem de uma conexão com a internet, segundo o Centro de Estudos sobre a Tecnologia da Informação e da Comunicação (Cetic). Entre os fatores que levam o país a essa grande exclusão está o desinteresse das grandes operadoras de telecomunicações em oferecer o acesso à rede aos consumidores da classe C nas periferias das grandes cidades e em municípios pequenos e remotos. Mas esse cenário pode mudar a partir do próximo mês, quando entra em operação o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), iniciativa do governo federal que tem o objetivo de massificar os serviços de internet rápida no país.
O instrumento dessa mudança, que pretende oferecer o acesso em banda larga por preços inferiores a R$ 35 mensais, é a Telebrás, empresa estatal desativada no final da década de 90 e que foi ressuscitada para cuidar da infraestrutura da rede do PNBL. Com a estatal presente no mercado - ela deve passar a operar agora em abril -, os pequenos provedores presentes na periferia e em municípios longínquos veem a oportunidade de levar a internet a esses locais onde hoje há uma grande demanda reprimida, sem depender das operadoras. Como não têm rede própria, os pequenos provedores querem aproveitar a rede da Telebrás para não mais depender dos preços cobrados para utilizar a rede das grandes operadoras, que privilegiam as regiões de maior potencial econômico.
"O PNBL vai estimular o crescimento e o aparecimento de novos provedores", diz João José Ranzani, presidente da Unotel, empresa que oferece soluções de acesso à internet a esse segmento. Para Ranzani, o fato de a Telebrás priorizar o atendimento ao provedor, e não à ponta consumidora final, pode beneficiar bastante essas pequenas empresas.
O modelo de negócio oferecido pela estatal aos provedores é baseado na contratação do link de acesso com preço de R$ 230 por cada megabit (Mb) comercializado, sendo distribuído a até 10 usuários, com o preço da mensalidade de até R$ 35 por uma conexão de 512 Kbps (Kilobits por segundo). Já os valores cobrados pelas grandes operadoras por megabit varia de R$ 200 a R$ 400 em grandes cidades do país. Mas, em Manaus, na região Norte, o valor cobrado dos provedores chega a até R$ 4 mil por megabit.
A Unotel - que, segundo seu presidente, já trabalha com um modelo parecido com o da Telebrás no atendimento aos provedores -, oferece a possibilidade de contratação a partir de 4 Mb, a preços diferenciados por região do país. O presidente da empresa explica que, por conta da maior dificuldade em levar a infraestrutura até o destino final, o usuário doméstico, os valores para o Nordeste também são mais altos do que os do Sudeste.
Para reduzir os custos, a empresa pretende investir em Fortaleza como um ponto de presença de onde fará a distribuição de seus links de acesso para clientes em outros estados do Nordeste. "Queremos crescer 60% até o fim do ano nessas áreas porque é onde queremos aumentar a presença de nossos produtos e serviços, principalmente através de canais que repassarão a pequenos provedores de regiões com pouca oferta de banda larga para usuário final", afirma Ranzani.
Contrato230 reais é o valor que deverá ser cobrado pela Telebrás dos pequenos provedores por cada megabit comercializado, com a obrigação destes oferecerem acesso por menos de R$ 35 mensais.
"O PNBL vai estimular o crescimento e o aparecimento de novos provedores", diz João José Ranzani, presidente da Unotel, empresa que oferece soluções de acesso à internet a esse segmento. Para Ranzani, o fato de a Telebrás priorizar o atendimento ao provedor, e não à ponta consumidora final, pode beneficiar bastante essas pequenas empresas.
O modelo de negócio oferecido pela estatal aos provedores é baseado na contratação do link de acesso com preço de R$ 230 por cada megabit (Mb) comercializado, sendo distribuído a até 10 usuários, com o preço da mensalidade de até R$ 35 por uma conexão de 512 Kbps (Kilobits por segundo). Já os valores cobrados pelas grandes operadoras por megabit varia de R$ 200 a R$ 400 em grandes cidades do país. Mas, em Manaus, na região Norte, o valor cobrado dos provedores chega a até R$ 4 mil por megabit.
A Unotel - que, segundo seu presidente, já trabalha com um modelo parecido com o da Telebrás no atendimento aos provedores -, oferece a possibilidade de contratação a partir de 4 Mb, a preços diferenciados por região do país. O presidente da empresa explica que, por conta da maior dificuldade em levar a infraestrutura até o destino final, o usuário doméstico, os valores para o Nordeste também são mais altos do que os do Sudeste.
Para reduzir os custos, a empresa pretende investir em Fortaleza como um ponto de presença de onde fará a distribuição de seus links de acesso para clientes em outros estados do Nordeste. "Queremos crescer 60% até o fim do ano nessas áreas porque é onde queremos aumentar a presença de nossos produtos e serviços, principalmente através de canais que repassarão a pequenos provedores de regiões com pouca oferta de banda larga para usuário final", afirma Ranzani.
Contrato230 reais é o valor que deverá ser cobrado pela Telebrás dos pequenos provedores por cada megabit comercializado, com a obrigação destes oferecerem acesso por menos de R$ 35 mensais.
do Tecnoguia
Telebras levará banda larga a Brasília e mais 115 cidades neste ano
O presidente da Telebras, Rogério Santana, anunciou ontem que a estatal levará internet rápida, até o fim do ano, para Brasília, mais 15 capitais e 100 outros municípios das regiões Sudeste e Nordeste. A Telebras utilizará a rede de fibra ótica das empresas do setor elétrico, na primeira fase da implantação do Plano Nacional [...]
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Telebrás quer banda larga barata
Conversa rápida com Rogério Santana, presidente da Telebrás:
- O senhor gostou da entrada dos portugueses (PT) na banda larga ?
- Se eles ofertarem com um preço competitivo, vai ser ótimo, respondeu Santana.
- Eles substituiriam a Telebrás ?
- Não, eles entram na última milha.
- A chegada de um novo player não o entusiasmou ?
- Sim ! Um novo concorrente com mais dinheiro aumenta a concorrência e baixa o preço.
- Então, o senhor está dando um recado para os espanhóis, também ?
- Para todas as empresas, respondeu Santana.
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Principal objetivo do PNBL é aumentar a concorrência
Estimular a concorrência, eis o principal objetivo da Telebrás, empresa estatal escolhida como gestora do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que pretende executar um ambicioso programa para elevar o número de residências atendidas pela banda larga de 12 milhões para 40 milhões em 2014. “Nosso papel será utilizar a fibra óptica do governo brasileiro para gerar uma nova rede de transporte de comunicação de dados, que concorrerá com as redes privadas existentes, no sentido de oferecer aos pequenos provedores um meio mais barato, neutro, incentivando a concorrência”, diz Rogério Santanna, presidente da Telebrás.
Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, o PNBL receberá cerca de R$ 13 bilhões até 2014. Desse total, R$ 7,5 bilhões correspondem a linhas de crédito do BNDES, sendo R$ 6,5 bilhões para a compra de equipamentos de telecomunicações de tecnologia nacional e o restante para micro, pequenas e médias empresas. O objetivo é atingir cem cidades em 2010, levando a esses municípios o que se chama tecnicamente de “backhaul” (a infraestrutura básica que permite acesso à internet). Nessa primeira etapa, serão usados 11.357 km da rede de fibras ópticas do governo. Em 2014, serão 25 capitais com 30.803 km de fibras.
Segundo o plano, o acesso será oferecido por pequenos provedores privados, usando, principalmente, a tecnologia sem fio de terceira geração (3G). “A Telebrás não pretende vender serviços no varejo, a não ser que ninguém queira fazer isso”, explica Santanna. “O que queremos é estimular a concorrência, sobretudo nas cidades do interior, nas periferias das grandes cidades e nas regiões condenadas à desconexão eterna.”
O presidente da Telebrás diz que a concorrência se dá em apenas 174 cidades. “Em outras 2.135 cidades há um operador monopolista e nas demais cidades ninguém tem interesse em oferecer o serviço, porque são muito pequenas. A saída, portanto, é introduzir a concorrência, dando um papel à Telebrás de utilizar as fibras ópticas do governo, que estão em maior parte ociosas, para criar uma nova rede de transporte de dados em alta velocidade para ser explorada comercialmente por pequenos provedores privados.”
Santana afirma que a meta é reduzir também o custo de acesso da banda larga no Brasil. No PNBL há dois preços: R$ 35 para o plano comum, com velocidade entre 512 e 784 kbps (quilobits por segundo) e R$ 15 para o plano com incentivos, com velocidade de até 512 kbps e com limitação de downloads. “Com isso, as operadoras vão sair da zona de conforto onde vivem atualmente. O Brasil tem o mais caro serviço telefônico do mundo. Mesmo se tirarmos as pesadas taxas de impostos, algumas delas anacrônicas, como o ICMS de 44%, ainda assim teremos uma conta telefônica muito cara.”
Para as operadoras de serviços de telecomunicações, a entrada de novos competidores no mercado brasileiro é sempre um instrumento positivo. Mas as regras atuais do mercado de telecom, estabelecidas desde 1998 quando o setor foi privatizado, não devem ser desobedecidas e qualquer alteração no modelo atual precisa ser discutida no Congresso Nacional.
“Qualquer novo competidor pode adquirir licença na Anatel e prestar serviços em qualquer ponto do território nacional. Mas é preciso seguir as regras existentes”, diz Eduardo Levy, presidente-executivo do Sindicato das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil). Segundo a entidade, “a entrada de competidores com eventual tratamento privilegiado para a obtenção de licenças, espectro radioelétrico, financiamento e tratamento tributário diferenciado distorce as práticas saudáveis de funcionamento de um mercado competitivo.”
Em 2009, as operadoras investiram R$ 17 bilhões. “A perspectiva é que os investimentos continuem crescendo este ano, havendo ou não desoneração tributária ou uso dos fundos setoriais que acumulam recursos de mais de R$ 36 bilhões e não são utilizados em qualquer programa de incentivo às empresas do setor.” (G.C.)
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PNBL - Universalização exige participação do Estado
Anamárcia Vainsencher
A discussão se o Estado deve ou não entrar como ator em um plano nacional de banda larga não é invenção brasileira. O Estado tem desempenhado papel de peso em iniciativas do gênero na Austrália e, mais recentemente, nos Estados Unidos. Do mesmo modo, não é invenção brasileira a dúvida sobre a participação das operadoras móveis em um tal plano. É o que reconhecem tanto executivos de operadoras como especialistas.
Para Christian Wickert, diretor de planejamento de assuntos corporativos da Claro, a cobertura 3G – e com ela, a oferta de acesso à internet em alta velocidade – terá de chegar aos rincões remotos do país e às áreas urbanas desassistidas. Porque isso foi o acordado entre as empresas e o órgão regulador, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), quando do leilão e compra de frequências, em 2007.
O diretor de assuntos regulatórios da TIM Brasil, Mario Girasole, não reclama da presença do Estado. Em junho, durante o 1º Fórum Íbero-Americano para o Desenvolvimento da Banda Larga, organizado pela Associação Íbero-Americana de Centros de Investigação e Empresas de Telecomunicações (Ahciet), em São Paulo, passou ao largo das críticas feitas por vários executivos. Ao falar sobre o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), além de mencionar o baixo poder aquisitivo da população, frisou que a implementação do plano deve considerar como têm sido conduzidos projetos similares em vários países do mundo. “Vemos que há intervenção do Estado. A privatização das telecomunicações ocorreu num momento de euforia do capitalismo e isso já passou. Há um novo momento que abre espaço para a presença do Estado.”
Dá para existir um modelo em que os três protagonistas – Estado, empresas e consumidores – ganhem, emenda Rogério Takayanagi, diretor de marketing da TIM. Cada um com sua função: ao governo cabe reduzir impostos sobre serviços e equipamentos, às operadoras diminuir custos com o compartilhamento de infraestrutura, o que permitirá a expansão do 3G até as localidades mais distantes.
Segundo Girasole, quatro pontos são essenciais para alavancar o PNBL: intervenção do governo que leve ao compartilhamento de meios entre as operadoras, imprescindível para a redução de custos mas que não está acontecendo; criação de uma estrutura tarifária que promova a disseminação do serviço; estabelecimento de nova política para melhor utilização do espectro; ação do Estado para utilização de fundos setoriais e desoneração de produtos e serviços.
Para Francisco Soares, diretor de relações governamentais da Qualcomm, sem iniciativa do governo, via subsídios, a banda larga móvel não chegará a áreas urbanas subatendidas na periferia das grandes cidades, nem à rural. No próximo leilão da faixa de 450 MHz, propõe, que o item preço não seja o mais importante, mas a cobertura e a qualidade do atendimento.
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DEM contra a banda larga
do Tijolaço
O DEM, partido do vice de Serra, vai entrar hoje na justiça contra a reativação da telebras, responsável pela implementação do Plano Nacional de Banda Larga, que pretende dar acesso rápido e barato á internet a 40 milhões de usuários.
O líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen, disse nesta terça-feira que o partido apresentará uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), utilizada para contestar atos do poder público que tenham causado lesão a preceito fundamental. A intenção é impedir que a Telebrás volte a atuar como empresa e passe a controlar o mercado de banda larga.
- Queremos suspender a possibilidade de a Telebrás voltar a ser empresa – explicou Bornhausen.
Sem a Telebras, as teles ficam com o monopólio das redes de internet e, para implementar o plano, o Governo terá de subsidiá-las em impostos e entregar a rede de 16 mil quilômetros de fibras opticas que já montadas nas torres de transmissão de energia do sistema Eletrobras (Furnas, Chesf) e da rede mantida pela Petrobras. E elas vão continuar nos impingindo o serviço caro e ruim que fornecem.
Ontem mesmo tinha pedido a um colaborador para melhorar a conexão de meu escritório. A Virtua, da Net, cobrava 270 reais por seis Mb, mas não instalava – centro do Rio, viu? – e a Oi mandava primeiro comprar outra linha de telefone para, depois, “ver o que podia fazer”.
Se depender do partido do Indio do Serra, nossa internet vai continuar a ser por tambores ou por sinais de fumaça. E os lucros das teles vão continuar crescendo a jato.
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Telebrás, Banda larga e as verdadeiras razões das teles
A Folha traz matéria hoje dizendo que as teles vão perder R$ 20 bi com a Telebrás. É a manchete. Só que abaixo afirma que, segundo o presidente da Telebrás, com a intra-gov do governo elas vão deixar de faturar entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões. É que a estatal vai passar a ser a rede de telecom das grandes redes de administração direta.
Vamos por partes. As teles não estão contra o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Estão contra a Telebrás porque ela será uma das peças de regulação do mercado. E elas não querem que o mercado de venda de capacidade de rede no atacado, para outros provedores de telecom, seja regulado. Se a Telebrás entra nele, hoje monopólio delas, vai mudar a política de preços. Já anunciou isso.
E tanto isso é verdade que entraram na Justiça contra regulamento da Anatel que trata do preço da venda de capacidade do backhaul, o trecho da rede que liga o backbone à entrada da cidade. Aí está o verdadeiro motivo de conflito. A perda do mercado dos serviços de governo, como o atendimento à rede do Datasus e do Serpro, é mais cortina de fumaça, porque os valores cairam muito nos últimos anos, graças à concorrência. Ainda bem. Continua>>>
Vamos por partes. As teles não estão contra o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Estão contra a Telebrás porque ela será uma das peças de regulação do mercado. E elas não querem que o mercado de venda de capacidade de rede no atacado, para outros provedores de telecom, seja regulado. Se a Telebrás entra nele, hoje monopólio delas, vai mudar a política de preços. Já anunciou isso.
E tanto isso é verdade que entraram na Justiça contra regulamento da Anatel que trata do preço da venda de capacidade do backhaul, o trecho da rede que liga o backbone à entrada da cidade. Aí está o verdadeiro motivo de conflito. A perda do mercado dos serviços de governo, como o atendimento à rede do Datasus e do Serpro, é mais cortina de fumaça, porque os valores cairam muito nos últimos anos, graças à concorrência. Ainda bem. Continua>>>
Delação premiada
Jorge da Mota e Silva, no Correio Brasiliense
Preliminarmente, registro que, durante cinco anos, cinco meses e cinco dias, me impus silêncio total sobre as críticas infundadas que a mídia nacional publicou e ainda publica contra a Telebrás. Período em que tive a honra e o privilégio de presidi-la. Não ocuparei espaço para relatar o que foi feito durante a minha gestão. Tenho certeza de que serei lembrado pelo que não deixei que fizessem: fechá-la. Lutei quase solitariamente, tive apenas o apoio da diretoria, dos conselhos de Administração, Fiscal e de empregados dedicados.
Só agora, quando deixo a presidência, dou esse grito sufocado por tanto tempo, para repor o verdadeiro papel que teve a empresa ao longo desses 38 anos de existência. A grande transformação das telecomunicações brasileiras deu-se após a sua criação em 1972. As redes de fibras óticas, a criação da Embratel, o uso dos satélites, as transmissões a cores pelas televisões, a modernização do sistema, integrando o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, foram conquistas, sim, do monopólio estatal. Muitos de boa ou má fé teimam em dar como exemplo de anacronismo a estagnação da telefonia fixa, fruto de políticas adotadas pelos governos, que para manter o famigerado superávit primário impôs restrições aos investimentos, mesmo que houvesse recursos próprios das empresas estatais.
Mas eis que surgem novamente, com as garras aguçadas, os cavaleiros do apocalipse. Os gênios que criaram o atual modelo das telecomunicações, que um brilhante jornalista classifica de privataria. Não a privatização em si, mas o formato. Quem não se lembra da célebre frase estamos no limite da irresponsabilidade, em conversa gravada entre o então presidente do BNDES e um diretor do Fundo Previ (naquela época já se grampeavam as conversas telefônicas)?
O grande argumento da privataria era a busca da livre concorrência para o setor. A abertura para o capital privado, o melhor para o Estado, os exemplos de outros países etc. Hoje, os arautos do modelo da privatização, quase todos a serviço das teles, como lobistas, consultores ou empregados diretos, ganhando polpudos pro labores, querem mais incentivos do governo para levar aos brasileiros o que já deveriam ter feito ao longo desses 12 anos de gordas tarifas e perdão de obrigações assumidas nos contratos de concessão que não cumpriram. Querem sempre mais. Não bastou a distribuição que receberam, em 1998, de ativos da Telebrás da ordem de R$ 31 bilhões e, mais adiante, quase R$ 8 bilhões em compensações tributárias. Agora querem também ditar as políticas públicas de telecomunicações.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está apenas corrigindo distorções que são flagrantes no atual modelo das telecomunicações, estendendo o braço do Estado a milhões de brasileiros ávidos em participar das conquistas da tecnologia, através do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), a preços compatíveis com as suas condições econômicas.
Não é possível falar de modernização das telecomunicações no Brasil sem desfraldar a bandeira da Telebrás. Tanto é assim que, até hoje, após 12 anos, a Anatel acha imprescindível ao seu funcionamento a permanência de técnicos cedidos pela Telebrás, de reconhecida competência, que prestam relevantes serviços àquela agência reguladora.
É importante destacar que todo o arcabouço jurídico e legal que criou a Telebrás permanece inalterado. A lei que a criou, em 1972, continua em vigor. Obedece também à legislação que regula as sociedades anônimas, seu estatuto e regimento, possuindo mais de 2 milhões de acionistas, com papéis negociados na Bovespa. Não está incluída no Programa de Desestatização, sob a responsabilidade do Ministério do Planejamento. Ficou todos esses anos sem operacionalidade, fruto do modelo que deixou para a viúva apenas os ossos da privatização, representados pelo passivo judicial das ações nas áreas dos direitos civil, tributário e trabalhista.
Não seria justo terminar sem prestar a minha homenagem ao melhor dirigente que, durante 12 anos, presidiu a empresa e fez o seu logotipo ser reconhecido e respeitado internacionalmente, nas bolsas de valores de Nova York e Frankfurt. José Antônio de Alencastro e Silva será sempre lembrado pelos que reverenciam a honradez e o cumprimento do dever. Prestou grandes serviços ao Brasil, exemplo de dedicação e competência deixado na história das telecomunicações brasileiras.
Começa agora um novo tempo com o Programa Nacional de Banda Larga. A palavra chave é concorrência. Não ao monopólio privado. Essa, a minha delação. O prêmio é a volta da Telebrás.
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