Lula Marques/Folha
A presidenciável de Lula foi à Câmara nesta quarta (3). Falou para os deputados numa reunião conjunta de seis comissões.
Disse que, a despeito da crise, o PAC não será apenas mantido, mas
reforçado. O orçamento do programa, disse ela, será tonificado em 26% para 2010.
O diabo é que a chefe da Casa Civil lida com um bolo de recusos que não está inteiramente sob a gerência do Estado.
Eis de onde virá o dinheiro do PAC, segundo Dilma:
Empresas estatais: 56%;
Setor privado: 17%;
Governo federal: 7% da seguridade social e 16% do financiamento direto;
Estados e municípios: 4%.
A receita do Brasil contra a crise, disse Dilma, contém três ingredinetes: preservação do PAC, investimentos no pré-sal e manutenção dos programas sociais.
De novo, a ministra manuseia dados que independem da vontade oficial. Conta, por exemplo, com a subida no preço do petróleo, essencial para viabilizar o pré-sal.
"É desconhecimento do mercado achar que o petróleo vai ficar em US$ 40 o barril, isso vai subir e o pré-sal vai ajudar o Brasil na retomada do crescimento".
Nesta quarta (3), o barril do petróleo no mercado futuro de Nova York era negociado na faixa dos US$ 47.
Dilma tachou de "estarrecedora" a insinuação tucana de que a Petrobras passa por dificuldades financeiras."Qual é o problema de, num momento de dificuldade de crédito no mundo, a Petrobras recorrer a um banco que emprestou a taxas mais convidativas?..."Referia-se ao empréstimo de RS$ 2 bilhões contraído pela Petrobras junto à Caixa Econômica Federal. "O estranho seria a Petrobras emprestar para a Caixa".
De resto, Dilma disse que a situação
fiscal do governo brasileiro é de "fazer inveja a Margaret Thatcher".
Acenou com a hipótese de cortes no Orçamento: "Sempre há o que cortar. Se as empresas acham, o governo também pode achar".
Escrito por Josias de Souza
Dilma acha normal a Petrobrás pegar dinheiro emprestado na Caixa Econômica Federal para pagar impostos (sinal que não tem caixa), Já Lula não concorda. Democracia é assim mesmo. Só os lulopetista é que ficam perdidos sem saber o que dizer ou para que lado vão correr, já que não têm opinião própria.