Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...

EU E O TEMPO

O tempo é como o vento que sopra e embaraça o cabelo, ele passa sem que a gente o veja, com um detalhe que faz enorme diferença: não o percebemos.
Ainda que me esforce, não consigo dimensionar a ação do tempo e do que ele fez em mim.
Ele foi impiedoso, às vezes. Mas piedoso, sempre.
Sei que ele – o tempo – é intransigente e não costuma pedir licença para passar e agir.
Ninguém o detém.
E ele passa... e deixa suas marcas em nós.




De imediato, ele nos deixa as lembranças, as marcas e recordações de fatos e acontecimentos, de casos e episódios que, de alguma forma vivenciamos, nos marcaram e nos envolveram, dos quais fomos ou não protaganistas.
Todavia, ele – o tempo – se encarrega de apagar, tão sutil e despercibidamente de nossas mentes aquilo que imaginávamos impossível esquecer.
E isso vale para as alegrias e para as tristezas.
Para as nossas vitórias e para os infortúnios.

O tempo nos auxilia na superação das derrotas e faz secar, pouco a pouco as nossas lágrimas.
Alguém disse, certa vez, que o sol é o melhor desifentante.
Eu digo que o tempo é o melhor calmante.
O bálsamo infalível dos que tem a grandeza, a dignidade,a paciência e humildade de esperá-lo.
Ele acalma e acalanta nossas almas.

A brisa que suavisa e refrigera o coração que arde nas dores sentimentais das desilusões...
O tempo é o melhor remédio para os que sofrem perdas “agudas” e “irreparáveis” e que sempre acham que não resistirão a próxima noite.
O tempo já me ministrou grandes e pequenas lições das quais, não por culpa sua, pouco o quase nada aprendi.

Ele tem sido excepcionalmente bom e justo para comigo.
De um espetacular e milagroso encontro fui fecundado e ganhei de presente a vida. E com o tempo transpus, no devido tempo, cada passagem - várias passagens. Elas me modificaram substancialmente, por dentro e por fora. Física e intelectualmente. Huamana e espiritualmente.
Já fui esperma, ovo ou zigoto e embrião. Fui feto e bebê.
Até que o tempo me fez ser criança, adolescente e depois, adulto.
Um homem. Um seu sobrevivente.

Eu e o tempo: aquele resiste a este e este por sua vez, vai dando chance àquele de escrever a sua história – contada através da linha da vida e do tempo...
Enquanto há tempo.

Petrobras - A 5ª maior empresa do mundo




 A Petrobrás se transformou esta semana na quinta maior empresa do mundo em valor de mercado, de acordo com levantamento da agência de notícias Bloomberg. Segundo o levantamento, a estatal brasileira atingiu o valor de US$ 208 bilhões, ultrapassando as chinesas China Mobile, maior empresa de telecomunicações do mundo, e China Construction Bank, do ramo financeiro. 


A liderança do ranking permanece com a petroleira americana ExxonMobil(US$ 350 bilhões). 


Em reportagem publicada ontem, a Bloomberg credita o bom desempenho da Petrobrás às perspectivas de crescimento por conta do pré-sal.


Apenas este ano, a estatal brasileira já ultrapassou empresas de porte em diversos setores, como Berkshire Hathaway, Procter & Gamble, IBM, Johnson & Johnson, BP, General Electric, Royal Dutch Shell, JPMorgan Chase & Co., BHP Billiton, Walmart e HSBC.


À sua frente, além da Exxon, com US$ 350,5 bilhões em valor de mercado, estão as chinesas Petrochina e Industrial & Commercial Bank of China e a americana Microsoft.

A arrogâncio e o bumerangue

A democracia é indispensável para haver alternância no poder. Ou pelo menos para torná-la possível. Ou pelo menos para que aconteça sem rupturas graves da institucionalidade. Mas a alternância é também uma condição preliminar para haver democracia real. Quem veio antes: o ovo ou a galinha? A pergunta não faz sentido. Há todo um sistema, produto da evolução, que faz a galinha nascer do ovo, antes de ela própria botar ovos. Um modelo circular.

A política é um ecossistema. Quando está em equilíbrio, nenhuma espécie adquire, "naturalmente”, protagonismo tal que possa destruir esse equilíbrio. Que é necessariamente dinâmico. E involuntário. Cada elo da cadeia alimenta-se de alguém e serve de comida a outro alguém. Se uma determinada população alcança protagonismo excessivo, o sistema se encarrega de colocar as coisas no lugar. Sem pedir licença.

A democracia está bem de saúde quando se nota algum equilíbrio entre o governo e a oposição. Esta bate e aquele apanha. O poder é um bicho muito forte. Uma fera insaciável. Os governos sempre buscam meios de matar a oposição. E isso depende pouco de que grupo está no manche, ou das intenções autodeclaradas. Em Brasília, o PSDB é um bichinho manso que acusa o PT de querer sufocar a oposição. Já nos estados o PSDB trata mesmo é de governar na paz dos cemitérios. E é bom nisso, reconheça-se.

Governos precisam apanhar. O poder não se autorregula, não faz parte da sua natureza. Ele precisa ser controlado. E é natural que resista a sofrer controles. Luiz Inácio Lula da Silva reclama dia sim outro também do Congresso Nacional, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, do Judiciário. Mas quem inaugurou a moda de propor, por exemplo, amarras à ação do Ministério Público foi Fernando Henrique Cardoso.

O PT é acusado de querer perpetuar-se no poder. E leva jeito mesmo de desejar. São as ilusões da teoria torta de que um “líder certo” vale mais do que a própria democracia. Mas quem verbalizou primeiro a necessidade de um “projeto” de duas décadas foi o tucano Sérgio Motta, então ministro das Comunicações de FHC. Presidente que aliás implantou a reeleição de ocupantes de cargos no Executivo, a começar pela própria.

Nesta semana, Lula explicitou o desejo de transformar a eleição num plebiscito. FHC fez isso com sucesso duas vezes. A primeira em 1994, quando reorganizou a base política que servira a um Fernando Collor recém-deposto e se lançou como o candidato ideal para “evitar a vitória de Lula e do PT”. Nos bastidores, e nem tão discretamente, além de soprar as brasas do antipetismo, cuidou de convencer o então prefeito paulistano, Paulo Maluf, a desistir de qualquer pretensão presidencial. Maluf na época estava bem. Foi antes da ruína definitiva dele, com Celso Pitta.

Quatro anos depois, os operadores de FHC trataram de esmagar na convenção do PMDB a possível candidatura de Itamar Franco. Episódio protagonizado por personagens que hoje circunstancialmente navegam com Lula. Os arquivos da imprensa estão aí para exibir a qualidade política e simbólica daquele episódio. Não chegou a ser um exemplo de etiqueta, ou da “superioridade civilizatória" que os tucanos gostam de alardear quando lhes convém.

O PT não é mais nem menos moderado no exercício do poder federal do que foi o PSDB. A diferença é que, na oposição, o petismo se dispunha a resistir politicamente, a criar uma alternativa. Não chega a ser novidade que o PSDB tenha abdicado disso. Não por generosidade, que como vimos não faz parte do seu DNA. Mas talvez pela aposta, lá atrás, de que o PT se afundaria sozinho no poder. Aposta que como se sabe deu errado. Arrogância intelectual que acabou virando bumerangue.


Aceite-me Como eu Sou... Uma História Real

Esta é a história de um soldado que, finalmente voltava para casa, depois de ter lutado no Vietnã. Ele ligou para os pais em São Francisco:

- Mamãe, Papai, estou voltando para casa, mas antes quero pedir um favor à vocês. Tenho um amigo que eu gostaria de levar junto comigo. - Claro, eles responderam. Nós adoraríamos conhecê-lo também! Há algo que vocês precisam saber antes, continuou o filho. Ele foi terrivelmente ferido em combate. Pisou numa mina e perdeu um braço e uma perna. Pior ainda é que ele não tem nenhum outro lugar para morar.

- Nossa!!! Sinto muito em ouvir isso, filho! Talvez possamos ajudá-lo a encontrar algum lugar para morar!
- Não mamãe, eu quero que ele possa morar
na nossa casa! - Filho, disse o pai, você não sabe o que está pedindo? Você não tem noção da gravidade do problema? A mãe concordando com o marido reforçou:

Alguém com tanta dificuldade seria um fardo para nós. Temos nossas próprias vidas e não queremos uma coisa como essa interfira em nosso modo de viver. Acho que você poderia voltar para casa e esquecer esse rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo!
Nesse momento o filho bateu o telefone e nunca mais os pais ouviram uma palavra dele.

Alguns dias depois, os pais receberam um telefonema da polícia, informando que o filho deles havia morrido ao cair de um prédio.
A polícia porém acreditava em suicídio.

Os pais, angustiados voaram para a cidade onde o filho se encontrava e foram levados para o necrotério para identificar o corpo. Eles o reconheceram e, para o seu terror e espanto, descobriram algo que desconheciam: “O FILHO DELES TINHA APENAS UM BRAÇO E UMA PERNA!”

Os pais nessa história são como nós, achamos fácil amar aqueles que são perfeitos, bonitos, saudáveis, divertidos, mas não gostamos das pessoas que nos incomodam ou não nos fazem sentir confortáveis
Sempre é bom refletirmos sobre nossas atitudes. O perfeito não existe.

Para nunca esquecer

Meu filho e eu somos antes de tudo grandes amigos. Apenas uma vez, repreendi-o com mais veemência. Caminhávamos na praia, linda manhã de sol, quando alguém pôs na pauta das conversas amenas o tema da violência. Meu filho, que é uma unanimidade entre os que o conhecem, pela ternura que é mesmo a maior marca do rapaz inteligente e cativante que é, faz uma afirmação em nada condizente com a generosidade do seu coração singular, e de tudo o que tenho ouvido desde ele quase menino: - "Bandido morto é um bandido a menos." Havia sido assaltado a mãos armadas, ameaçaram-no de matar, quase o fizeram, quando, no nervosismo das circunstâncias, encontrara dificuldades para tirar o cinto de segurança: - "Vai morrer, está demorando muito!", dissera-lhe um dos assaltantes, o revólver no ouvido. O desfecho, felizmente, não foi este. Levaram-lhe o carro, todos os pertences, chamaram-no de 'vagabundo'. Meu filho tem 21 anos e vai para o terceiro ano do curso de medicina. Destaca-se entre os colegas, pelas notas e pelo desempenho geral como acadêmico de um curso prestigiado, para cujo ingresso tivera de 'vencer' tantos concorrentes. Mas, nas circunstâncias aqui referidas, era apenas "um vagabundo". Repreendi-o, como disse: - "Filho, que está dizendo? E Deus, por que não está no seu coração neste instante?" Fui áspero com o meu filho, pela primeira vez.

Há poucos dias, mal começava a manhã, saía para o trabalho e presenciei uma cena que ainda repercute em mim. A poucos metros de onde me encontrava, por ambas as portas da frente, um carro de luxo era abordado por dois assaltantes. Não tive tempo, sequer, para acompanhar os detalhes de como as coisas se davam naquele instante. Apenas ouvi estampidos, dois, três, não sei dizer com precisão. Mas os tiros, na contramão do que pressupõe o leitor, vinham de dentro para fora do carro. O segurança do proprietário daquele carro elegante, atirara com uma precisão dos clássicos dos policiais americanos. E vi, a poucos passos de onde me achava, que um dos assaltantes correra com a rapidez de um velocista olímpico. Com a agilidade de um atleta de corrida com obstáculos, saltava tudo o que encontrava pela frente. Em segundos, desapareceu, tal qual um mágico de circo.

Só então pude ver, em estertores que levaram não mais que cinco, dez segundos, que um dos rapazes, quase adolescente, fechava em sangue e gemidos o livro da sua história. Na quase meninice dos seus dezenove anos, afirmariam os jornais na manhã seguinte ser esta a sua idade, morria com o abandono de um solitário, com a insignificância de um ser absolutamente desprezível para uma sociedade indiferente e fria, que não percebe o abismo de diferenças que separa a vida da morte. Lembrei do assalto de que fora vítima meu filho, lembrei do drama que vivera naquele instante, lembrei da dor incomunicável que teria de carregar se tivesse demorado um pouco mais para liberar o cinto de segurança do seu carro. Pensei, em segundos que me pareciam a eternidade, a aflição por que tivéramos de passar havia poucos dias.

Mas, já a caminho do trabalho, não conseguia deixar de pensar no que tivera de presenciar naquela manhã de sol, tão bonita como todas as manhãs desses meses de sol em Fortaleza. Havia em mim, num tipo de obsessão que me doía por dentro, perguntas que não se permitiam calar. Ali, na gratuidade de um instante, morrera um jovem de dezenove anos. Qual a realidade de sua existência em casa, se casa tivesse? Que educação recebera dos pais, se os tinha? Como fora a sua infância, com que brinquedos pudera brincar? Em que escola estudara, se houvera para ele uma escola? Meu filho, vai iniciar o terceiro ano de faculdade, estou certo de que será um grande médico. Mora bem, possui seu automóvel, veste roupas de 
griffe, namora uma moça linda, que também estuda para ser médica em pouco tempo. E aquele quase menino que morrera a poucos passos de mim? Por que o fado reservara-lhe o protagonismo de uma cena tão dramática, tão trágica, tão triste, de que jamais vou esquecer?