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Obama reforça a Dilma coordenação entre Brasil e Estados Unidos na questão do clima

O presidente Barack Obama, em telefonema na noite desta segunda-feira (7) à presidenta Dilma, reforçou a coordenação das posições do Brasil e Estados Unidos, na questão do clima. O objetivo dos dois países é alcançar um acordo ambicioso, justo e consistente com o limite de aumento de temperatura de 2º C neste século.
Os dois presidentes conversaram sobre os temas relativos à Diferenciação – atribuição de metas a nações desenvolvidas e em desenvolvimento de acordo com suas capacidades e responsabilidade pela mudança do clima –, um dos 4 eixos principais da COP21. O Brasil tem, neste eixo, o papel de cofacilitador.
Dilma e Obama ainda reforçaram a necessidade dos respectivos chefes de delegação seguirem coordenando suas posições com vistas ao sucesso das negociações do acordo de Paris.

Na Cúpula das Américas, Obama elogia Dilma e diz que Brasil é exemplo de combate a corrupção


Por Redação – com informações do Estadão
A presidente Dilma Rousseff ouviu finalmente do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, um tipo de pedido de desculpas, ainda que não tradicional, pela espionagem levada a cabo pela National Security Agency sobre o governo e empresas brasileiras. Ao responder se a crise estabelecida em 2013 pela descoberta da espionagem estava superada pela marcação da visita aos EUA para junho deste ano, Dilma revelou o que o presidente americano lhe falou durante a reunião bilateral de hoje: ele lhe ligará quando quiser saber algo do Brasil.
“O governo americano não disse só para o Brasil, mas disse para todos os países do mundo que os países amigos, os países irmãos não seriam espionados. E também tem uma declaração do presidente Obama: ele falou pra mim que quando ele quiser saber qualquer coisa, ele liga pra mim. (Eu) não só atendo, como fico muito feliz”, contou.
O encontro dos dois presidentes durou cerca de meia hora. De acordo com a presidente, os dois trataram dos temas de cooperação que o Brasil quer ver avançar na visita, entre eles cooperação na área de energias alternativas, educação, defesa e o programa Open Skies para a aviação civil.
Em discurso na Cúpula das Américas, a presidente ouviu elogios do presidente Barack Obama: “Vejam só o exemplo do Brasil, em combate a corrupção… Precisou-se que uma mulher chegasse ao poder para se começar a limpar a corrupção”, disse ele.
Descontraída, a presidente agradeceu quando foi elogiada pela elegância. E, ao ser perguntada se o presidente americano havia comentado sua nova silhueta – Dilma perdeu 16 quilos -, respondeu: “Olha, ele não elogiou. Mas eu gostaria que tivesse elogiado.”
Confira o artigo original Aqui

Voz da Rússia

"EUA quer derrubar Putin e impor sua ideologia", Fillippe de Valliers

O famoso político francês e líder do partido Movimento pela França, Philippe de Villiers, revelou ao jornal Le Figaro fragmentos da sua conversa com o presidente russo, Vladimir Putin, tida no Palácio de Livadia, na Crimeia.

Na sua ótica, “são absurdas as acusações lançadas à Rússia e ao seu presidente pelo Ocidente, enquanto a União Europeia está trabalhando para Washington”. Philippe adianta ainda que as sanções são “uma provocação e a humilhação dos povos que ainda tem dignidade”.

Em entrevista dada ao periódico Le Figaro salientou que os EUA estão deflagrando guerras por todo mundo para lidar com o problema de suas dívidas. Apelou para que a União Europeia não ceda à pressão e desenvolva a cooperação com a Rússia.

Philippe de Villiers se deteve na sua conversa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que se realizou na Crimeia. O encontro foi dedicado à assinatura de um protocolo sobre a criação conjunta de parques históricos, análogos ao famoso parque de recreio francês Puy du Fou, visando “pôr em destaque a história da Rússia e o significado da alma russa”.

Em palavras de Philippe de Villiers, fundador da companhia Puy du Fou, ele ficou pasmado com “o carismático líder russo que demonstra um vasto espectro de enfoques e atenção aos laços culturais” e que, ao mesmo tempo, “pretende manter a abertura da Rússia ao resto do mundo”. O presidente russo disse, por sua vez, que a Rússia se dispõe a receber investidores estrangeiros e franceses, frisando que encara a visita de Philippe de Villiers como “um sinal de diminuição da tensão”.

Por sua vez, o político e empresário da França salientou que o projeto russo se reveste de grande importância para sua companhia por poder atrair “eminentes artistas, pianistas, dançarinos e arquitetos russos, oriundos de um país da grande cultura e de sensibilidade impressionante”.

No parecer de Villiers, tal colaboração se vê como um gesto de paz: “Todas as pessoas amantes da paz que se preocupam com o destino da Europa e da Rússia, desejam pôr fim ao fomento da tensão. Eles compreendem que as sanções são uma provocação e a humilhação dos povos que ainda não perderam a sua dignidade. E isto se refere à Rússia”, acentuou.

Na sua conversa com Putin, Villiers realçou que o futuro da Europa “deve ser definido no continente europeu e não americano”, já que a União Europeia “não pode passar sem a Rússia”. Em suas palavras, todos os dias, ele costuma ouvir dos seus compatriotas uma frase interessante: “Na França de hoje, precisamos de um político como Putin em vez de Hollande”. Dito de outra maneira, os franceses necessitam de um líder patriota que possua uma visão clara da situação e esteja pronto a tomar decisões”.

De Villiers lembra que o presidente russo tinha recebido 63% dos votos nas eleições democráticas, razão pela qual desfruta de uma enorme popularidade em Moscou e na Crimeia.



“Os EUA se portam de forma absolutamente insensata, querendo transformar, à maneira da OTAN, o mundo inteiro e jogando fogo em toda a parte. Washington deseja arrastar a Ucrânia para a Aliança Atlântica e derrubar Putin para tomar sob seu controle a Rússia e implantar nela a sua ideologia de multiculturalismo, globalismo e consumismo. Os EUA tentam impor seu próprio modelo social, sobretudo, nos países tradicionais com as fortes raízes que lhes opõem a resistência”, enfatizou.

O homem de negócio francês ressaltou “estar lutando pela paz e amizade entre a Rússia e a França”. Mas a direção da União Europeia, infelizmente, não trabalha hoje para si, mas sim para os políticos norte-americanos: “A Europa se transformou em 51ª estrela da bandeira nacional dos EUA. Eu acuso os EUA de estarem deflagrando guerras pelo mundo inteiro, pelo que só dessa maneira podem resolver o problema da sua tamanha dívida, gerada pelo globalismo, preconizado por seus dirigentes”, acentuou.




Finalizando a entrevista concedida ao Le Figaro, Philippe de Villiers se pronunciou de novo pelo desenvolvimento da cooperação com a Rússia, criticando duramente a situação política no seu país: “O nosso atual rumo político me provoca náuseas, bem como a muitos outros franceses. Os círculos políticos da França, privados de trâmites ideológicos, perderam qualquer ligação com a sociedade francesa, se transformando numa cloaca fedorenta. Parece haver uma briga de galos numa pilha de estrume. Não quero voltar para esse estábulo. Que os galos resolvam seus litígios. Viva a amizade entre a Rússia e a França!”

Pelo fim do massacre em Gaza

Colabore com adesão à petição: "Governo de Israel, queremos o fim do massacre em Gaza", assinado, entre outros, por:
David Harvey, Mike Davis, Frei Betto, Chico de Oliveira, Antonino Infranca, Domenico Losurdo, Erminia Maricato, Istvan Mészáros, Leandro Konder, Maria Rita Kehl, Michael Löwy, Vladimir Safatle, Miguel Urbano Rodrigues, Ricardo Antunes e Ruy Braga.
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O genocídio na Palestina

E o Nobel da Paz
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Sanção americana contra a Rússia

Em resposta a Putin por ter apoiado a autonomia da Crimeia,
Barak Obama proibiu diplomatas russos de visitarem a Disneylândia

AdsumP

Um pedido de cautela, da Rússia

Abaixo a tradução:
Eventos recentes envolvendo a Síria me impeliram a falar diretamente com o povo norte-americano e com seus líderes políticos. É importante fazê-lo num tempo no qual a comunicação entre as sociedades é insuficiente.

As nossas relações passaram por estágios distintos. Estivemos uns contra os outros durante a Guerra Fria. Mas também já fomos aliados, e derrotamos os nazistas juntos.

A organização universal internacional – as Nações Unidas – foi estabelecida para evitar que devastações como esta acontecessem novamente.

Os fundadores das Nações Unidos entenderam que as decisões que afetam a guerra e a paz devem ser tomadas apenas por consenso, e com o consentimento norte-americano o veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança foi preservado no Estatuto das Nações Unidas.

A sabedoria profunda dessa decisão sustentou a estabilidade das relações internacionais por décadas.

Depois dessa é capaz do Laguardia cortar os pulsos

[...] Lula é um herói. Porque Lula é um ex-operário e sempre será um ex-operário. 


Lula teve de se superar, teve de vencer o seu próprio passado de retirante do Nordeste para se tornar um vencedor na vida. Não interessa se você gosta ou não dele, se acha que ele é honesto ou desonesto, se conclui que ele fez um bom ou um mau governo. O que interessa é que Lula emergiu do pântano, da base da pirâmide, e se elegeu presidente do Brasil. Leia mais>>>

Na Casa Branca, tudo bem...

Lula é maior que Obama

por David Coimbra

Olhe para esse Barack Obama. Observe como ele se movimenta, como pisa num palco com segurança e mira a plateia com serenidade, até com alguma superioridade. Ouça-o discursar, escandindo bem as sílabas e virando a cabeça para um lado e para outro, demonstrando domínio absoluto do ambiente. Esse homem elegante, reeleito presidente dos Estados Unidos, ele não está nesse cargo por condescendência. Ele não foi eleito e reeleito por ser negro. Não. Ele foi eleito e reeleito porque era o melhor candidato. Pegue Lula como contraponto.
Lula é um herói. Porque Lula é um ex-operário e sempre será um ex-operário. Lula teve de se superar, teve de vencer o seu próprio passado de retirante do Nordeste para se tornar um vencedor na vida. Não interessa se você gosta ou não dele, se acha que ele é honesto ou desonesto, se conclui que ele fez um bom ou um mau governo. O que interessa é que Lula emergiu do pântano, da base da pirâmide, e se elegeu presidente do Brasil.
Barack Obama não é um herói. Barack Obama pode ser um grande estadista, pode ser um presidente histórico, mas herói ele jamais será por sua trajetória pessoal. Porque Obama estava preparado para ser o que é. Ele teve condições para se transformar num legítimo presidente dos Estados Unidos. Isso significa uma grande vitória, do tamanho da vitória de Lula.
Só que a vitória de Lula foi pessoal, foi a vitória heroica de um homem só, enquanto a vitória de Obama é uma vitória da sociedade americana. É uma vitória dos Estados Unidos. Com suas políticas ações afirmativas, com suas leis de equilíbrio social, os Estados Unidos deram condições a negros como Obama de estudar nas melhores escolas, de se alimentar bem e de ascender na comunidade até se empoleirar no ponto mais alto, no topo da tal pirâmide social, no cargo de presidente da República.
Há mais brancos do que negros nos Estados Unidos. Há muita discriminação e racismo nos Estados Unidos. A sociedade continua estratificada nos Estados Unidos. Mas, nos Estados Unidos, todos têm chances de vencer na vida. O Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, é um país miscigenado e de elástica tolerância racial. Tanto que as políticas afirmativas de cunho racial, por aqui, foram aplicadas com tamanho atraso que se tornam discriminatórias. Como definir alguém, no Brasil, como negro, pardo ou branco, se todos estamos misturados? Há racismo no Brasil, claro que há, em toda parte do mundo há racismo, mas o grande drama do brasileiro é a discriminação social.
Por isso Lula é um herói. Porque Lula venceu, e continua vencendo, a discriminação. Lula foi torneiro mecânico, perdeu um dedo na prensa, fala errado, bebe cachaça. Lula é um pobre, sempre será um pobre, mesmo que esteja rico. Ele venceu por ele mesmo. Obama não precisou vencer por ele mesmo. O sistema americano venceu, com a vitória do Obama. Lula, ao se eleger presidente, mostrou que é um gigante, talvez seja maior do que Obama. Os Estados Unidos, ao elegerem Obama, mostraram que o país não precisa de gigantes. Porque o verdadeiro gigante é o país.

Presidente dos EUA responde carta de menina que sofre bullying por ser filha de casal gay


Uma troca de cartas entre o presidente norte-americano reeleito, Barack Obama, e Sophia Bailey Klugh, uma menina de dez anos, está causando comoção na internet.  
Sophia é filha de um casal gay e é incomodada por colegas na escola por essa razão.

Na carta que escreveu a Obama, ela disse que o democrata é seu herói e que ficou muito feliz por saber que ele concorda que dois homens podem se amar.

Além disso, Sophia perguntou ao presidente o que ele faria se estivesse em seu lugar.

O presidente respondeu que os Estados Unidos celebram a diversidade e que ela tem muita sorte de ter pais que a amam tanto.

Ele também aconselhou a menina a lembrar aos colegas que é preciso "tratar os outros da mesma forma que desejamos ser tratados".

As cartas de Shofia e Obama


Presidente dos EUA responde carta de menina que sofre bullying por ser filha de casal gay 

Uma troca de cartas entre o presidente norte-americano reeleito, Barack Obama, e Sophia Bailey Klugh, uma menina de dez anos, está causando comoção na internet.

Sophia é filha de um casal gay e é incomodada por colegas na escola por essa razão.

Na carta que escreveu a Obama, ela disse que o democrata é seu herói e que ficou muito feliz por saber que ele concorda que dois homens podem se amar.

Além disso, Sophia perguntou ao presidente o que ele faria se estivesse em seu lugar.

O presidente respondeu que os Estados Unidos celebram a diversidade e que ela tem muita sorte de ter pais que a amam tanto.

Ele também aconselhou a menina a lembrar aos colegas que é preciso "tratar os outros da mesma forma que desejamos ser tratados".

Confira a tradução das correspondências:
 
Carta de Sophia:

“Querido Barack Obama,

Aqui é Sophia Bailey Klugh, sua amiga que te convidou pra jantar. Se você não se lembra, tudo bem. Eu só queria te dizer que estou muito feliz por você concordar que dois homens podem se amar, porque eu tenho dois pais e eles se amam. Mas na escola as crianças acham que isso é nojento e esquisito, e isso realmente machuca meu coração e meus sentimentos. Então venho até você, porque você é meu herói. Se você fosse eu e tivesse dois pais que se amam, e garotos na escola falassem mal de você por causa disso, o que você faria?

Por favor, responda!

Só queria dizer que você realmente me inspira, e espero que você ganhe e continue sendo presidente. Você faria deste mundo um lugar melhor.

Sua amiga Sophia.

P.S.: Diga oi pras suas filhas por mim!”
 
Carta de Obama:

“Querida Sophia,

Obrigado por me escrever uma carta tão reflexiva sobre a sua família. Lê-la me deixou orgulhoso de ser seu presidente e mais esperançoso ainda sobre o futuro da nossa nação.

 Na América, nenhuma família é igual. Nós celebramos essa diversidade. E reconhecemos que ter dois pais ou uma mãe não importa, o que importa é o amor que manifestamos um pelo outro. Você tem muita sorte em ter dois pais que te amam tanto. Eles têm sorte em ter um filha tão incrível como você.

Nossas diferenças nos unem. Você e eu somos abençoados por viver num país em que nascemos iguais, sem distinção pela nossa aparência externa, onde crescemos, ou quem nossos pais são. Uma regra boa é tratar os outros da mesma forma que desejamos ser tratados. Lembre seus amigos da escola desta regra se eles disserem algo que te machuque.

 Mais uma vez, obrigado por abrir mão de seu tempo para me escrever. Sinto-me honrado por ter seu apoio, e inspirado pela sua compaixão. Desculpe por não poder ter ido jantar com você, mas eu certamente direi a Sasha e Malia que você disse oi.
Atenciosamente, Barack Obama.”
Fonte: R7

O clima entre Brasil e EUA

A presidente brasileira voou para Nova York, onde discursará na sessão de abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas. 

Quando estiver deixando a tribuna poderá esbarrar no  presidente americano, o segundo orador a  se pronunciar. 

É claro que em vinte minutos tudo  muda, como acontecem as coisas em diplomacia, mas ontem o quadro era esse. 

Traduzindo
Dilma e Obama nada tem a conversar  depois da grosseira carta do Departamento de Estado ao Itamaraty, semana passada, quando os Estados Unidos ameaçaram retaliar se o Brasil não atenuar barreiras aos produtos americanos  de exportação. 

Nossa resposta foi igualmente dura, porque, afinal, eles taxam muito mais aquilo  que mandamos para lá. Continua>>>

Artigo semanal de Delúbio Soares


DILMA, ALTIVEZ E FIRMEZA 
A visita da presidenta Dilma a Harvard, uma das mais prestigiosas universidades do mundo, tornou-se histórica pelos contornos que adquiriu.
Debatendo com dezenas de estudantes no centro de estudos políticos, Dilma falou com objetividade e firmeza sobre o que chamou “os Brasis” de antes e depois do presidente Lula. Abordando a questão econômica, nossa presidenta deixou claro que o país está bem preparado para fazer frente à crise internacional. Relembrou os sólidos fundamentos da economia de um país que cresce de forma consistente e, por obra dos governos seu e de Lula, vem resgatando a enorme dívida social e construindo uma sociedade mais justa e solidária.
Dilma recordou que durante 20 anos o Brasil aplicou apenas processos de consolidação fiscal, o que chamou de “ajuste fiscal radical”, e “a extrema dificuldade de sair do processo de estagnação, de crescimento baixo, de ausência de políticas sociais”. Tratou-se de uma crítica absolutamente procedente às políticas neoliberais do governo do PSDB que antecedeu o presidente Lula. Foi uma das páginas mais tristes de nossa história em vários aspectos, mas especialmente no descaso para com as camadas mais sofridas da população e na ausência absoluta de qualquer compromisso institucional, preocupação humanista ou políticas sociais para os excluídos.

Nossa presidente, com a altivez e firmeza que a caracterizam, recordou ainda que, antes da chegada de Lula ao poder em 2003, o Brasil dependia do Fundo Monetário Internacional (FMI). Hoje, é credor da instituição, que – por sua vez - faz empréstimos aos países europeus em crise, endividados e mergulhados em brutal recessão. E disse mais: que o Brasil e seus parceiros no BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) são os responsáveis por 56% do crescimento econômico global.

Nossa presidente citou os 40 milhões de brasileiros que deixaram a linha de pobreza nos últimos 9 anos, garantindo dinamismo à nossa economia, bastante menos dependente da situação internacional. E recordou uma frase do presidente Lula: “se não fosse por isso, um espirro aqui for levava a uma pneumonia no Brasil”.

Esta nova classe média “emergente” leva à necessidade de mudar a noção de que os serviços públicos devem ser voltados exclusivamente à população de baixa renda. E Dilma anunciou que isso significa que o Estado brasileiro vai ser cobrado no sentido de assegurar uma qualidade do serviço público que jamais teve antes: “o Brasil melhorou. Essas pessoas se tornam críticas, são capazes de reivindicar, e nós temos de dar a resposta”.

Os que tiveram a oportunidade de ouvir nossa presidenta, tem  absoluta certeza de seu comprometimento com a educação como eixo deste novo processo social e econômico. Dilma – dando continuidade ao que Lula já realizara - elegeu a educação como fator fundamental para que a nação brasileira possa ter um processo sustentado de desenvolvimento e de inovação. Um dado fundamental e que corrobora essa constatação foi a importantíssima parceria firmada durante sua exitosa visita aos Estados Unidos com o internacionalmente consagrado Massachusetts Institute of Technology, o MIT.  Lá irão estudar jovens brasileiros beneficiados pelo programa “Brasil Sem Fronteiras”, que tem como meta enviar 100 mil pós-graduandos ao exterior até 2014.

“O que caracteriza o século 21 é assegurar que seja possível essa trajetória em que o Brasil tem de correr muito para estar à altura dos desafios que se nos apresentam no caso da ciência, tecnologia e inovação”, afirmou Dilma diante de uma platéia que não economizou aplausos e demonstrações de simpatia e respeito.

A Chefe da Nação tem conseguido traduzir de forma objetiva e sem rodeios a postura firme de um país que se tornou a sexta economia mundial, superando a Grã-Bretanha e conquistando mercados crescentes para suas exportações. Nossa presidenta tem colocado, de maneira absolutamente transparente e incisiva, nossa disposição inarredável de ocupar o espaço que nos cabe no cenário internacional, sem qualquer subserviência, mas com responsabilidade redobrada.

 Eleita com 56% dos votos, Dilma Rousseff tem a aprovação de 77% dos brasileiros com apenas um ano de governo. Tem enfrentado com coragem e determinação toda sorte de desafios, correspondendo às melhores expectativas de nosso povo. Ainda agora enfrenta o abuso das altíssimas taxas de juros praticadas pelos bancos e recebe total apoio da cidadania, cansada da exploração e da usura. Não deixa críticas sem respostas e nem dúvidas sem esclarecimentos. Em suma: a presidenta que nós, os brasileiros, escolhemos em 2010, derrotando o que de pior existe no conservadorismo e na incompetência administrativa, tem dado continuidade ao excelente governo do estadista Lula e ampliado suas conquistas e realizações.

O mesmo presidente Barack Obama que afirmou que “Lula é o cara”, agora constatou que tem“muita sorte em ter uma parceira do nível de Dilma”.  Nossa presidenta é a imagem do novo Brasil que o mundo admira, respeita e aplaude.

Tudo com dantes no quartel de Abrantes?

Não faz muito tempo um Ministro das Relações Exteriores brasileiro se sujeitou a tirar os sapatos para entrar no EUA. Hoje a presidente do Brasil em conversa com o presidente dos States fala: 

“Como podemos fazer acordo na área de Defesa se o Congresso americano não respeita contratos?”...

E os 5% que sofrem de tocal e complexo de vira-latas ainda vem com a conversa fiada que o governo Lula e Dilma é a continuação do governo tucademo de FHC. Ingenuidade, ignorância ou má-fé?...

por Zé Dirceu

Obama e o novo mundo
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Barack Obama
A julgar pelos pronunciamentos do presidente Barack Obama, e seu atual giro europeu, parece que os Estados Unidos estão dispostos a não abandonar o poder imperial que passaram a exercer após a queda do Muro de Berlim (9 de novembro de 1989) e a dissolução da União Soviética (concluída em 1991 por Mikhail Gorbatchev).

Não aceitam o mundo multipolar pós era George W.Bush, nem a ascensão dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e nem a nova realidade de um mundo em mudanças, como por exemplo na América do Sul e, agora, no Oriente Médio e no Magreb (países com populações rebeladas no Norte da África).

Em seu discurso desta 4ª feira no Westminster Hall, o mais tradicional salão do Parlamento britânico, ao dizer que os emergentes não põem em xeque a liderança anglo-americana, o presidente norte-americano deixou claro que os EUA não aceitam os novos papéis de países como a China, Índia, Brasil, potências emergentes (as duas primeiras, nucleares).

E a reforma da ONU e do sistema financeiro global?

De Obama e dos EUA, nada de reforma do Conselho de Segurança (permanente) da Organização das Nações Unidas (ONU), do sistema financeiro internacional, nada de devolver à ONU o seu papel nas decisões mundiais. Ao contrário. A ONU apenas tem relevância para aprovar suas decisões já tomadas e legitimar e legalizar suas guerras.

Nem mesmo a independência e o reconhecimento de um Estado Palestino os EUA aceitam. Querem que seja o Plano Obama e não que a Assembléia Geral das Nações Unidas, que reconheceu o Estado de Israel em 1948, reconheça agora o Estado Palestino.

No caso do Irã, o Brasil sentiu na pele essa regressão americana. Mesmo com o conhecimento e o consentimento prévio de Barack Obama, o plano do então presidente Lula, de um acordo entre o Irã e a Turquia para o enriquecimento do urânio iraniano, foi simplesmente descartado por Washington.

Comportamento de Obama encerra lições para o Brasil

Mais que isso, e pior: o plano foi desqualificado e o presidente Lula e a nossa diplomacia sofreram uma violenta campanha internacional, como se fossem cúmplices de um crime ou de um plano diabólico do Irã.

Aquela situação, a protagonizada agora por Obama e suas posições externadas esta semana na Europa, encerram várias lições para o Brasil aprender em relação à nossa política de defesa e de relações exteriores.

Reflexões de Fidel


A insustentável posição do império

Ninguém pode garantir que um império em agonia não arraste o ser humano para o desastre.
Como se sabe, enquanto existir a vida de nossa espécie, cada pessoa tem o sagrado dever de ser otimista. Eticamente outro comportamento não seria admissível. Lembro-me bem um dia, quase 20 anos, disse que havia uma espécie em perigo de extinção: o homem.
Antes de um seleto grupo de governantes burgueses, bajuladores do império, incluindo a massa imensa de bem-alimentados, da Alemanha, Helmut Kohl, e outros de sua estirpe,  que fizeram coro a Bush pai -  menos alienado de seu próprio filho George W. Bush – não poderia deixar de expressar aquela verdade que via como muito real, ainda que ainda mais distante que hoje, o mais honestamente possível.
Ao ligar a TV em torno de 12:15 horas de hoje (ontem), porque alguém me disse que Barack Obama faria o seu discurso sobre política externa, prestei atenção às suas palavras.
Eu não sei por que, apesar das pilhas de despachos e das notícias que ouço todos os dias, em nenhum deles vi a notícia de que ele falaria a essa hora. Posso assegurar aos leitores que não são poucos os disparates e mentiras, que leio, ouço ou vejo em imagens todos os dias, entre verdades e fatos dramáticos de todos os tipos. Mas este caso foi algo especial. O diria dizer o cara, nesta hora, neste mundo agoniado com os crimes imperiais, os massacres e os aviões sem pilotoes jogando bombas mortíferas, que nem mesmo Obama, agora o dono de certas decisões de vida ou morte, imaginaria  como um estudante de Harvard faz só algumas dezenas de anos?
Ninguém suponha que, é claro, que Obama é o dono da situação, só lida com algumas palavras importantes que o velho sistema deu originalmente ao “presidente constitucional” dos EUA. Neste momento, após 234 anos da Declaração da Independência, o Pentágono e a CIA controlam os principais instrumentos que o  poder imperial criou: a tecnologia para destruir a humanidade, em questão de minutos, e os meios para penetrar nessas sociedades, enganar e manipulando descaradamente o tempo necessário, pensando poder do império não conhece limites. Confiança para lidar com um mundo dócil, sem qualquer perturbação, todo o tempo futuro.
É absurda a idéia, em que fundamentam o mundo de amanhã, como o  “reino da liberdade, justiça, igualdade de oportunidades e direitos humanos”. Por que são  incapazes de ver o que realmente acontece com a pobreza, a falta de serviços básicos educação, saúde, emprego e algo pior: a satisfação das necessidades básicas como comida, água, abrigo e muitas outras.
Curiosamente, alguém poderia perguntar, por exemplo, o que acontece com as 10 mil mortes por ano causadas pela violência relacionada às drogas, principalmente no México, ao que se pode adicionar os países da América Central e vários dos mais populosos do sul do continente?
Eu não guardo em mim qualquer intenção de ofender essas pessoas, o objectivo é apenas para destacar o que acontece com os outros quase diariamente.
Uma pergunta  tem-se de fazer quase que imediatamente: o que acontece na Espanha, onde as massas protestavam nas principais cidades porque até 40% dos jovens estão desempregados, para citar apenas uma das causas das manifestações desse povo combativo ? Será que eles vão começar a bombardear este país da Otan?
No entanto, a esta hora, em 4:12 da tarde, não foi publicado na versão oficial em espanhol do discurso de Obama.
Espero que me perdoem por esta reflexão improvisada. Eu tenho outras coisas que me ocupar. 

por Leonardo Boff

Os riscos da arrogância do Império



Conto-me entre os que se entusiasmaram com a eleição de Barack Obama para presidente dos EUA, especialmente vindo depois de G. Bush Jr, presidente belicoso, fundamentalista e de pouquíssimas luzes.
Este acreditava da iminência do Armaggedon bíblico e seguia à risca a ideologia do Destino Manifesto, um texto inventado pela vontade imperial norte-americana, para justificar a guerra contra o México, segundo o qual os EUA seriam o novo povo escolhido por Deus para levar ao mundo os direitos humanos, a liberdade e a democracia.
Esta excepcionalidade se traduziu numa histórica arrogância que fazia os EUA se arrogarem o direito de levar ao mudo inteiro, pela política ou pelas armas, o seu estilo de vida e sua visão do mundo.
Esperava que o novo presidente não fosse mais refém desta nefasta e forjada eleição divina, pois anunciava em seu programa o multilateralismo e a não hegemonia. Mas tinha lá minhas desconfianças, pois atrás do Yes, we can (“sim, nós podemos”) podia se esconder a velha arrogância.
Face à crise econômico-financeira apregoava que os EUA mostrou em sua história que podia tudo e que ia superar a atual situação. Agora por ocasião do assassinato de Osama bin Laden ordenada por ele (num Estado de direito que separa os poderes, tem o Executivo o poder de mandar matar ou não cabe isso ao Judiciário que manda prender, julgar e punir?), caiu a máscara. Não teve como esconder a arrogância atávica.