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O que muda no jogo erótico com a idade

Mulheres de vinte, trinta, quarenta, cinquenta e sessenta anos comentam



Se na juventude a palavra de ordem é ‘imediatismo', na maturidade o que vale é aproveitar cada momento da conquista, como contam mulheres de diferentes faixas etárias

por Giovana Tavaras - IG

Ansiedade, excitação, mistério e táticas de aproximação e sedução. Conquistar ou ser conquistado é uma experiência que mexe com a cabeça – e com o coração – de muitas pessoas. Aliás, o momento da conquista é a parte favorita e mais divertida para alguns. O prazer envolvido nesse jogo erótico com uma possível paquera e até com o próprio parceiro independe das idades dos envolvidos.
No entanto, a cada faixa etária, essa experiência vai mudando, de acordo com as mulheres entrevistadas pelo Delas, que estão na casa dos 20, 30, 40 e 60 anos. Da inexperiência no início da vida afetiva e sexual ao acumulo de aprendizado ao longo do tempo, o jogo erótico vai se transformando, deixando para trás o caráter de urgência e a necessidade de ter um resultado imediato, tão característicos da juventude.
Conquistar ou ser conquistado é uma experiência que mexe com a cabeça – e com o coração – de muitas pessoas. Mas ao longo dos anos o modo de lidar com isso vai mudando
Thinkstock Photos
Conquistar ou ser conquistado é uma experiência que mexe com a cabeça – e com o coração – de muitas pessoas. Mas ao longo dos anos o modo de lidar com isso vai mudando
Para Marcia Neder, psicanalista e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Psicanálise e Educação da USP, a maturidade também traz uma impaciência com quem não sabe o quer. Ou seja: tolerância zero com paqueras que emitem sinais trocados e que têm medo de se entregar, empatando tudo com o famoso ‘mimimi’. 
Para as mulheres, então, a boa notícia é que o jogo erótico fica ainda melhor com o passar dos anos e com a maturidade que só a experiência de vida proporciona. Sofrer e se decepcionar são situações que fazem parte desse aprendizado, como  contam as quatro entrevistadas a seguir.  “Eu vejo as mulheres mais velhas muito mais focadas e determinadas. Elas sabem muito bem em que jogo entrar, o que é cilada ou não, sem muita frescura. Se rolar, ótimo – e se não rolar, tudo bem também. Elas são muito mais livres e se sentem mais à vontade com a própria experiência sexual. Por isso, elas se jogam mais nos relacionamentos, se aproximam dos paqueras com muito mais facilidade e fazem esses jogos com mais disponibilidade, se entregando de verdade”, avalia Marcia, dizendo ainda que essa mudança de postura se dá porque a mulher madura já passou por poucas e boas na vida.  “Ela tem muitas marcas, já superou muitas dores e sabe que pode sobreviver às frustrações e rejeições.”
20 ANOS: A ERA DOS JOGUINHOS
Para a estudante Letícia Esteves, de 23 anos, os jogos de conquista e sedução têm dois lados – e um deles não é tão empolgante assim. Para ela, o maior problema está na necessidade de dissimular algumas intenções e ficar esperando o outro lado tomar a iniciativa.
Letícia Esteves:
Arquivo pessoal
Letícia Esteves: "Eu até curto o mistério, a fase do flerte, mas se vejo que o cara está perdido e sem reação, eu acabo tomando a iniciativa e sendo bem direta"
“Quando você começa a sair com um cara e está gostando dele, não pode dar tanto na cara, tem que ficar fazendo a indiferente, essas coisas. Para mim, seria muito mais fácil se as pessoas fossem apenas sinceras. Eu até curto o mistério, a fase do flerte, mas se vejo que o cara está perdido e sem reação, eu acabo tomando a iniciativa e sendo bem direta, mesmo. Sem enrolação”, conta Letícia.
A estudante acredita que a ingenuidade e a inocência também vão diminuindo com os anos, bem como a paciência para lidar com tantas ‘regrinhas’ de conquista. Por isso, ela prefere não perder muito tempo com os jogos. “O que eu detesto nisso tudo é que quem dá o braço a torcer sempre sai como perdedor, é como se a gente não pudesse demonstrar nossos sentimentos porque isso faz de nós fracas e desesperadas por um relacionamento.”
30 ANOS: LIDANDO COM ESTIGMAS
Essa faixa ainda é um estigma para muitas mulheres. Segundo a psicanalista Marcia, uma série de cobranças e conflitos passa a fazer parte do cotidiano delas. “Aos 30, essa mulher ainda está focando em alguns setores da vida, que não o amoroso, e buscando uma experiência sexual que não tinha na juventude. Ela também fica muito dividida coma questão da maternidade. É quando vai chegando perto do deadline. Se ela opta por ser mãe, passa a considerar um relacionamento mais sério, e não só os casuais. Aí o jogo é diferente”, atenta ela.
Renata Rolisola concorda que, com o passar dos anos, o foco é realmente outro. Hoje com 30 anos, a empresária se sente muito mais segura e bonita do que há 10 anos, mesmo acreditando estar com alguns quilinhos ‘a mais’. Para ela, um pouco mais de experiência já influencia a autoestima das mulheres e as expectativas em relação às paqueras e aos jogos de sedução.
Renata Rolisola:
Arquivo pessoal
Renata Rolisola: "Na verdade, o que faz a gente entrar em tantos joguinhos, mesmo contra a nossa vontade, é a insegurança de ficar sozinha"

“Quando eu estava solteira, a minha preocupação maior era com a minha saúde e com a minha profissão. Então, se esse jogo rolar, rolou. Fico bem mais tranquila do que antes. Na verdade, o que faz a gente entrar em tantos joguinhos, mesmo contra a nossa vontade, é a insegurança de ficar sozinha. Eu penso que é melhor estar só do que mal acompanhada, por ter visto de perto casamentos falidos, como o do meu pai e da minha mãe, e relacionamentos desgastados. Hoje em dia, existe vibradorzinho, alguns programas do Netflix e HBO, e outras coisas para a gente se bastar”, comenta Renata com bom humor.
40 ANOS: APOSTANDO NO QUE VALE A PENA
Se aos 20 a paciência é quase inexistente para jogos e truques de sedução, aos 40 as coisas mudam de cenário. A experiência permite “selecionar” melhor, naturalmente, os jogos que valem a pena. Por isso, a tensão e o mistério do que antecede uma relação valem mais a pena do que simplesmente o seu objetivo: transar. Isso não quer dizer que vamos ficando mais puritanas com os anos, pelo contrário. Para a professora Gloria Marqueti, de 45, a ‘sem-vergonhice’ é maior nessa fase.
Quando a gente é nova, temos essa necessidade do prazer imediato. Com a maturidade, porém, dá para ver que existem muito mais coisas por trás do objetivo final e do sexo, em si. Esse jogo é muito legal. Não sinto mais o mesmo imediatismo da juventude, nem tanta preocupação. Nós precisamos parar de nos preocupar com coisas pequenas, e apenas aprender a curtir o momento. Cada fase e cada jogo têm a sua respectiva beleza. Nessa fase, acredito que tudo fica bem mais gostoso e envolvente”, pontua Gloria.
60 ANOS OU MAIS: TRABALHANDO COM A REALIDADE 
Jogar bem, para a representante comercial Dilma Cortês, não tem a ver só com o poder de sedução e conquista de cada um. Para ela, uma das maiores conquistas dos 60 anos em relação à juventude é sobre trabalhar com a realidade, e não com expectativas. “Hoje eu tenho outro foco, que são homens mais velhos, e sou realista. Não miro nos caras que são maravilhosos, por exemplo. Hoje estou saindo com um cara de 75 anos, e me sinto super bem com isso”, revela Dilma.
Dilma Cortês:
Arquivo pessoal
Dilma Cortês: "Me sinto segura porque já sei o que posso e o que não posso fazer"
O desprendimento também é uma característica marcante das mulheres que estão vivendo esse momento. Além de se sentir mais realista, Gloria acredita que segurança, autoestima e plenitude são os maiores diferenciais da maturidade. Para ela, estar solteira (mas com alguns ‘peguetes’, como ela gosta de dizer) e ainda ser avó de três crianças é motivo de orgulho, não de desespero ou preocupação.
Eu lido melhor com a rejeição e tenho menos medo de me jogar. Eu sei que eu posso ser assim, que não é errado me sentir bonita, charmosa e gostosa. E me sinto segura porque já sei o que posso e o que não posso fazer, além de ter a paciência de conquistar alguém devagarzinho. Pode não ser hoje, mas vai ser amanhã”, conclui Gloria.

Papo de homem: Um olhar detalhado das lesões do sexo | Infográfico

Há quem diga que sexo bom é aquele que transita entre a tênue linha entre a dor e o prazer.
Há quem diga.
Empolgação, loucura momentânea, coisa de jovem, a ligeirinha. Desculpas não faltam e consequências dolorosas também não.
Para se prevenir, traduzimos um infográfico que mostra as principais contusões que o sexo pode causar, além dos lugares mais perigosos para uma trepadinha e os objetos que mais sofrem com a empolgação entre quatro paredes.
Cuidado, garoto. Cuidado, garota. De resto, vale tudo.

O que significam as coisas que nos excitam? Uma breve história do tesão!

As coisas que nos deixam excitados, e excitam aos outros, muitas vezes podem soar bastante misteriosas ou duvidosas. Examinados superficialmente, o suéter de pescador de ponto denso, as botas Wellington, ou um estacionamento são desvinculados de qualquer satisfação erótica saudável. Ainda assim sabemos bem que coisas desse tipo podem algumas vezes parecer essenciais ao sexo.
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A superficial improbabilidade dos elementos que provocam luxúria não é apenas uma característica fascinante da condição humana. É também a causa de problemas na intimidade. Como explicar para nossos amores as tantas coisas esquisitas que queremos? Por que as queremos? Podemos ficar intensamente perturbados com a direção de nossos próprios frissons. Na vida normal, podemos ser profundamente contra crueldade e violência, mas na fantasia nos descobrimos, para nosso horror, poderosamente excitados com a ideia de sermos, por exemplo, um invasor agressivo portando uma arma.
Sigmund Freud foi uma das primeiras pessoas que levou a sério nossa confusão e preocupação com relação ao sexo. Foi ótimo ele ter ajudado a levar o sexo a sério e ser tão honesto com relação a seus aspectos mais esquisitos. Mas isso teve um custo muito alto.
Suas análises sobre os motivos de nossa excitação, muitas vezes envolvendo explicações vindas da mais profunda infância, foram tão profundamente contrárias a quaisquer razões conscientes e compreensíveis que nos fizeram soar estranhos demais para nós mesmos, e isso, sem querer, criou incentivos para ainda mais repressão.
O sexo acabou, nas mãos de Freud, parecendo ainda mais perigoso e esquisito do que antes, e por isso ainda é bem difícil conversar sobre o assunto de forma razoável, digamos sentados prosaicamente numa cafeteria.
Não há por que adicionar ainda mais mistério ou vergonha. A sugestão que faço é que a excitação sexual é de fato muito fácil de compreender e não se contrapõe a razão. Ocorre em continuidade com as muitas coisas que queremos em outras áreas. Embora os entusiasmos eróticos possam algumas vezes soar estranhos (ou mesmo de mau gosto), eles são de fato motivados por uma busca pelo bem, uma busca por uma vida marcada por compreensão, simpatia, confiança, unidade, generosidade e bondade. As coisas que nos excitam são, no seu cerne, quase sempre soluções para coisas que tememos e símbolos de como gostaríamos que as coisas fossem.
À luz disso, analizemos alguns elementos comuns de excitação:

Óculos

A Ansiedade: Os óculos são símbolos de reflexão e seriedade. São usados por pessoas que parecem ter coisas importantes a resolver, talvez muitos pensamentos importantes na mente. Nossa preocupação é se esse tipo de gente tem tempo para nós. Podem ser importantes demais para nos dar atenção, ou atender a nossos desejos.
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O Erótico: Ainda assim, muitas sessões de sites eróticos contém pessoas de óculos. Por que? Porque quando convidamos os óculos para o sexo, uma ansiedade natural – e importante – está sendo trabalhada, e (temporariamente) resolvida: a preocupação que a reflexão e a seriedade por um lado, e a excitação corporal por outro, possam ser incompatíveis. A solução imaginada é que a pessoa de óculos acabe sendo não só reflexiva, mas extremamente interessada em sexo e no corpo. Sexo com óculos simboliza que a vida da mente não é separada do prazer sensual, que a sensibilidade e a seriedade podem ser adequadamente conciliadas com a intimidade, e até combinar bastante com ela.

Uniformes

A Ansiedade: Muitas vezes tememos que a autoridade venha a nos ser hostil, que não entenda nossas necessidades ou não nos compreenda de forma geral. Simplesmente dificultaria nossa vida e a encheria de tédio. Todas as coisas que queremos fazer seriam então proibidas e nos seria exigido sermos versões domesticadas e desinteressantes de nós mesmos.
worldscrews.blogspot.com
O Erótico: Uma fantasia sexual envolvendo pessoas em uniformes é uma solução imaginada para medos com relação a autoridade. Todos os tipos de uniformes são capazes de causar excitação: mais frequentemente ternos executivos, mas também os trajes de médicos, enfermeiros e pilotos… São profissões que nos intimidam e assustam, e portanto em nossos jogos sexuais convidamos o uniforme para reduzir o poder delas sobre nós. O uniforme representa a autoridade, mas a autoridade agora está do nosso lado, nos dando exatamente o tipo certo de atenção. O piloto, em vez de estar impassível aos controles da aeronave, está vidrado em ficar comigo, não é mais inimigo, mas um colaborador.
O ideal que reconhecemos, quando ocorre no contexto erótico, é que a autoridade pode ajudar em vez de causar obstáculos, pode inspirar confiança, em vez de nos intimidar. Estamos, como que se imaginando uma utopia em que força, organização, limpeza e ordem surgem para nos deixar mais confortáveis, mais relaxados e mais autênticos.

Escravidão

A Ansiedade: Somos ensinados desde jovens que precisamos nos tornar independentes. Vivemos numa cultura individualista que constantemente reprova a dependência e nos leva na direção de um ideal de maturidade autossuficiente.
Venus Erotic Fair 2012
O Erótico: E ainda assim, em termos das identidades sexuais, muitos entre nós ficamos profundamente excitados com a ideia de passividade e submissão absolutas, como uma válvula de escape das exigências extremamente exaustivas da vida adulta. Ser um “escravo” significa que a outra pessoa saberia exatamente o que você deve fazer, tomaria responsabilidade completa, retiraria todo seu poder de escolha. Isso pode soar horripilante porque a maior parte dos feitores que podemos imaginar (ou mesmo apenas nossos chefes reais) são terríveis. Eles não têm nossos interesses em seus corações. Não seriam gentis. Então queremos ser independentes em parte porque não parece haver ninguém disponível e bom o bastante para ser merecedor de nossa submissão.
Mas a esperança profunda no cenário erótico é que enfim poderemos estar com alguém que é digno de nossa lealdade e devoção completas.
É uma característica comum a todas as fantasias sexuais que elas não, – é claro – resolvam de fato os problemas nos quais embasam sua excitação. Mas não devemos nos preocupar com se a fantasia resolve ou não o problema na realidade. O que buscamos aqui é simplesmente uma forma de explicar e simpatizar com o desejo.

Dominação

A Ansiedade: A vida moderna demanda extrema polidez e decoro. Temos que  controlar nosso temperamento mandão. É claro, na esfera privada seguimos pela vida muitas vezes considerando que sabemos o que é melhor para os outros, ou pensando que alguém talvez mereça um tratamento bem mais duro. Em nossos corações, podemos gostar de ser mandões, muito exigentes e insistentes. Podemos querer forçar a obediência absoluta daqueles que nos desafiam. Mas é claro, no mundo real, isso se torna difícil pelo fato de que poucas pessoas confiam o suficiente em nós para que exerçamos tal poder; simplesmente não somos capazes de alçar ao status que nos permitiria exercitar o poder como gostaríamos.
Dungeon Dwellers And Domination Enthusiasts Descend On DomconLA
O Erótico: A fantasia é que alguém reconheça nossa força e sabedoria, reconheça nossos talentos e nos coloque totalmente em controle. O decoro não é mais necessário, não é mais preciso cuidar o que se fala. Na fantasia sexual, alguém se coloca em nossas mãos, como sempre esperamos que acontecesse. Essa é uma tentativa de lidar com o problema muito delicado e real de quando alguém tem o direito de exercer poder sobre outra pessoa. E agora, no jogo sexual, em vez de a situação estar carregada de ansiedade – porque podemos estar equivocados quanto aos desejos do outro, porque pode haver ressentimento, porque podemos machucar alguém – as ordens só se deparam com o deleite da pessoa em quem são exercidas.

Violência

Two boys wrestling
A Ansiedade: Na infância se podia saltar por aí e se bater um pouco uns nos outros e tudo bem – era até bem divertido. Mas na idade adulta somos infinitamente mais circunspectos. Toda violência é proibida. Temos horror à força, seja exercida contra nós, seja exercida por nós mesmos.
O Erótico: Mas, sonhando acordado: pode ser legal levar um tapa, levar uma pancada de alguém; pode ser legal que a coisa fique selvagem, e que se reaja com força. Seria violento, haveria uma pontada de ferocidade. E ainda assim, magicamente, ninguém realmente se machucaria. Ninguém se desapontaria. A outra pessoa aceitaria nossas possibilidades extremas, violentas. Não ficaria chocada. Não precisaríamos ser tão cuidadosos; e depois poderia haver amor e aconchego, pelo menos até a próxima.
É a fantasia de que a violência não fosse mais ruim para nós mesmos e para os outros; que nossa raiva e agressão pudessem ser exercidas de forma segura, e que isso não nos faria infelizes, mas que de fato lhes daríamos boas-vindas a elas – e que a fúria de outra pessoa não destruiria nossas vidas, mas que, de fato, nos traria um frisson benévolo.

Sexo em público/ao ar livre

A Ansiedade: Ficamos facilmente embaraçados no que diz respeito ao reino público; sentimos que temos que nos resguardar, nos comportar bem: seja nos elevadores, praças, shopping centers ou nas garagens do mundo. E mesmo a natureza é reconhecida como bastante hostil – um âmbito frio e perigoso no qual os inimigos nos espreitam.
tibet-babao
O Erótico: Surge então o desejo de que fiquemos tão confortáveis no mundo, em público e na natureza, quanto em casa. Seria uma solução para o tipo de opressão de fazer sexo no elevador, nas pilhas de livros da biblioteca, ou atrás do posto de gasolina, no parque, etc. O sexo ao ar livre é prazeroso pelo mesmo motivo que os piqueniques o são: são formas de domar o mundo ao sobrepor o mundo doméstico sobre ele. Qualquer atividade que se limitou a quatro paredes se torna mais prazerosa quando realizada fora destas, já que isso simboliza uma conquista de nossas ansiedades – é uma forma de se imaginar mais a vontade no mundo do que normalmente nos encontramos.
* * *
Podemos analisar quase todos os “fetiches” (timidez, casaquinhos de malha, sapatos sem salto, botas, charutos, meias 7/8, meias listradas, etc.) e encontrar estruturas parecidas: uma ansiedade e uma esperança correspondente, nas quais uma carga erótica se conectou.
Encarados assim, poderemos explicar os cenários sexuais em termos bastante racionais e razoáveis, tanto para nós mesmos quanto para as outras pessoas em nossas vidas. Poderemos trazer as pessoas para nossas histórias: explicar como se formou nosso medo de que a sensibilidade e a seriedade precisavam desdenhar o corpo. Explicar como, quando éramos adolescentes, havia certas instâncias que realmente pareciam tornar essa ideia problemática, e como acabamos buscando uma solução para isso, e porque os óculos entraram na história.
Ao falar dessa forma, a esperança é que os gostos sexuais se tornem menos embaraçosos e um pouco menos ameaçadores – e nossas soluções eróticas um pouco mais razoáveis, e, a seu próprio modo, um bocado mais lógicas.
* * *
Este texto foi originalmente publicado no Philosophers Mail e traduzido por Eduardo Pinheiro sob autorização do autor.
Alain de Botton

Pensador com uma visão afiada sobre as questões mais urgentes de hoje, escritor de livros e ensaios, fala de educação, notícias, arte, amor, viagens, arquitetura e outros temas essenciais da "filosofia da vida cotidiana". Também é fundador da School Of Life, escola dedicada a uma nova visão de formação humana.

Poesia da noite



Tua voz seduz, tua presença arrepia, tua ausência enlouquece...
Em sonhos fiz amor com você em todos os lugares, de todas as formas.
Com você dividir os meus desejos, anseios e medos.
Fiz de você o meu cúmplice.
Você foi homem, menino, moleque.
Pelos teus olhos fui levada há um canto de encanto, magia e sedução.
Pela tua voz conheci os perigos da paixão.
Pelo teu sorriso viver novas emoções e sentimentos.
Ousei seduzir sem te tocar, fui seduzida sem ser tocada.
Quem ama não faz sexo, faz amor ! 

by Leônia Teixeira

Ensaio sensual com mulheres obesas

" Que os padrões de beleza determinados pela mídia e pela sociedade como ideais são preconceituosos e causam estragos na vida e auto-estima de muitas pessoas, isso todos nós sabemos. Ainda sim, muita gente que defende uma quebra de paradigmas continua agindo com preconceito mascarado, como ensaios feitos com mulheres GG nos quais as barrigas, seios ou outras partes dos corpos das modelos ficam escondidos por algum pano, roupa ou mesmo jogo de luz", Jaque Barbosa 

Como propor uma fantasia sexual para seu parceiro(a)


Estávamos assistindo televisão na cama, relaxados, falando sobre o nosso dia de trabalho. Como namorávamos há poucos meses, eu resolvi perguntar, como quem não quer nada, o que ele gostaria que eu fizesse para satisfazê-lo. A partir deste dia, começamos a tratar o assunto com naturalidade e a buscar novidades pela internet.
O relato é de Fernanda Palmieri, 30 anos, bancária. Ela contou que até então evitava falar sobre o assunto, com medo de um julgamento negativo do novo namorado, mas, depois da conversa, se surpreendeu e passou a frequentar um sex-shop e sites eróticos para aperfeiçoar sua vida sexual.
Segundo Maura de Albanesi, diretora do instituto de psicologia avançada AMO, quem não tem fantasia normalmente não tem libido. É uma coisa normal e natural, mas, pra isso, tem que quebrar os tabus. Uma coisa é imaginar sexo com várias pessoas na mesma cama, outra é colocar em prática. Mas, há sempre uma forma de se realizar sem ferir o pudor do companheiro.
Maura diz que o uso de apetrechos e variar posições é algo que dá pra negociar com facilidade e ajuda a sair da rotina. Sexo é uma brincadeira de adulto, quanto mais confiança melhor, explica.
Flávia Gomes, 30 anos, analista de tecnologia, diz que basta insinuar o que ela tem vontade e seu namorado já entra na onda. Ela conta que ele gosta de brincadeiras a dois, logo não precisa de meias palavras para entrar no assunto. Muitas vezes ele ri, pois é meio patético mesmo, mas ele sempre leva numa boa. Uma vez estávamos no cinema, para ver um filme. Resolvemos sentar nas últimas fileiras, pois a sessão era à tarde e havia poucas pessoas. No começo fiquei super encanada, mas acabou rolando e ninguém percebeu.
Porém, ainda existem mulheres que têm medo da avaliação do parceiro e acabam se contentando com o papai-mamãe. Mas é possível falar sobre o assunto sem ofender e sem impor sua vontade.
Pensar em outra pessoa é errado?

5 mitos sobre a hora H

Quando o assunto é sexo, o que mais escutamos são teorias. Basta sentar em uma roda de amigos que a conversa vem à tona, no entanto, o difícil mesmo é saber o que é ou não real.


Mas, cá entre nós, na hora H é tudo bem diferente do que é falado por aí.
De acordo com a escritora e especialista em sexo, Tracey Cox, grande parte dessas hipóteses deve ser reavaliada. Para isso, ela listou em seu blog no site do jornal Daily Mail os mitos mais comuns na hora do sexo e dá alguns conselhos sobre o que fazer quando você se deparar com tais situações. Dá só uma olhada!

O sadomasoquismo em alta


NYT
Getty Images
Práticas sadomasoquistas nunca estiveram tão presentes nos meios de comunicação
Em uma noite de sexta-feira, um pequeno grupo de pessoas fazia fila diante da entrada sem identificação do Paddles, um clube na West 26th Street, em Nova York. Dois homens na casa dos 60 anos estavam discutindo o mercado imobiliário e algumas mulheres de 20 e poucos estavam enviando torpedos de última hora antes de descer dois lances de escada para o subterrâneo onde funciona o clube.
O Paddles é um "espaço seguro" para viver fantasias eróticas, especificamente BDSM (bondage / disciplina, dominação / submissão, sadismo / masoquismo), OTK (sigla para "over the knee", de joelhos, para descrever o espancamento consensual), e uma série de outras siglas que descrevem práticas sexuais até recentemente desconhecidas do público geral.
Mas, certamente devido ao grande sucesso da trilogia "Cinquenta Tons", de E.L. James (65 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, de acordo com o Publishers Weekly), as pessoas atraídas por estas práticas sexuais estão como nunca no centro das atenções.
Em fevereiro, "kink", documentário dirigido por Christina Voros e produzido por James Franco, estreou no Festival de Cinema de Sundance. (A Hollywood Reporter classificou-o como "um filme simpático sobre pessoas aparentemente razoáveis que fazem coisas terríveis uns aos outros diante da câmera por dinheiro.")
Frases como "palavra de segurança" são cada vez mais parte da cultura pop. Em "Shameless", série do canal Showtime, Joan Cusack interpreta uma mãe às voltas com um amante mais jovem e sua coleção de "brinquedos".

Prostituta: apenas um corpo

Usada para seu deleite,
Apenas um corpo...
Sem sentimento,
Sem lágrima,
Sem nada,

Apenas um corpo...
Um pouco embriagada,
Para suportar seu peso,
Contra minhas coxas,
Friccionando seu sexo,

Apenas um corpo...
Ouvindo seu êxtase,
Sentindo seu suor,
O toque voraz de suas mãos,
O urro animal.

Apenas um corpo...

Espero o momento,
Seu sorriso,
Seu carinho,
E nada...
Apenas os trocados em cima da mesa
E o tilintar das moedas caindo no chão...

Ligo ou não ligo?


Dia estressante no trabalho, tudo que podia dar errado deu era encomenda que não chegou, relatórios que quase no finalzinho perdi por conta de um vírus de computador e se para piorar não bastasse tudo isso ainda falta de luz não dando tempo para entregar tudo no prazo, Sai exausta e chateada das cobranças do patrão que até aceito!
Pois deveria estar tudo pronto para hoje.
Para relaxar liguei para Bia, queria tomar um chopp na saída, fiquei no Amarelinho esperando por ela, pedi um chopp enquanto ela não chegava, meu telefone toca e vejo a mensagem:
 " Desculpa amiga, mas o Dinho passou aqui no meu trabalho e vou para casa direto ".
Pronto, pensei eu: dia perfeito !
Quando é pra me fhuder, me fhodo mesmo !!!
Na verdade nem isso, já que o Murilo e eu brigamos por MSN hoje e com certeza não vai me pedir desculpas pela cabeça dura dele.
Paguei o chopp e resolvi ir pra casa...
Entrei no metrô, lotado como sempre afinal nesse horário é complicado.
Consegui, encostar na lateral perto da porta, bem no cantinho, como sou miudinha então caibo em qualquer lugar.
Foi quando o metrô parou na próxima estação e entrou uma enxurrada de gente...
Do nada apareceu uma morena linda, um pouquinho mais alta que eu, que ficou de frente para mim, tipo olhos nos olhos mesmo...
Nossa fiquei sem graça, pois fiquei ouriçada com a respiração dela...
Não sei bem o que senti,
Devido o empurra empurra os seios dela ficou de encontro aos meus, e não sabia se era ela ou o vai e vem do metrô que fazia aquele balanço roçando um biquinho no outro...
Nossa que sensação indescritível e gostosa, não conseguia disfarçar estava adorando aquele metrô lotado, Ela sorriu pra mim e disse: 
-Tá cheio né? Desculpa ficar colada em você mas é que não dá pra trocar de posição...E respirou profundo bem perto de mim, meu rosto estava tão perto do dela que dava para alcança-la com um beijo, fiquei inebriada com seu perfume amadeirado que entorpecia meus sentidos, balbuciei debilmente algumas palavras que na verdade só saiu um: 
- Não, está tudo bem, para mim tá confortável.
( Confortável, como pude dizer aquilo a uma estranha? Não sou lésbica, apesar de já ter ouvido dizer que toda mulher é umas em maior outras em menor grau, mas todas são, enfim fiquei envergonhada por dizer aquilo),
Ela sorriu maliciosamente e friccionou mais seus seios contra os meus...
Disfarçadamente como se ajeitasse ela passa de raspão sua mão pelo meu sexo, que sensação louca fiquei molhada na hora que acho que dei até um gemidinho, suspirei profundo, ela sorriu e me fitou nos olhos, a boca carnuda, vermelha, o cheiro do perfume,
Eu já não ouvia nada a minha volta, parecia ser apenas eu e ela, nunca senti tanto desejo...,
Interrompendo meus devaneios ela me disse: 
- Desço aqui, mas gostaria de te conhecer, o que acha?
Nervosamente meio que gaguejando disse: 
- Claro, meu nome é Mônica e dei meu cartão a ela.
Ela me olhou sorrindo e me deu o dela e desceu.
Cheirei o cartão o mesmo perfume que ela estava usando...
Seu nome era Alma das Rosas, Advogada.
Agora estou na dúvida. Ligo ou não ligo?

Com um anjo ou seria um demônio?


- Alô Lucas vai me pegar no aeroporto mesmo? Chego no Rio por volta das 19 horas, vou dormir na sua casa tá?
- Claro minha amiga, ah e sem essa de dormir heim!... Quero saber de tudo ao vivo, pela net não vejo essa carinha sapeca sua...
- Ok, querido já vi que será uma noite longa, bjs baby...
( Lucas é meu amigo intimo, homossexual assumido e como ele mesmo se define uma pintosa, rs... Ah e ama saber todas as aventuras dos amigos, pra mim ele tá reunindo tudo e vai acabar escrevendo um livro de contos eróticos rs... )
- Aqui amiga, to aqui !!!
Vejo Lucas aos pulos no aeroporto, ele vem correndo e me abraça. Pegamos as malas entramos no carro e vamos conversando como foram os negócios da empresa onde trabalho e como foi a viagem a Portugal.
Chegamos no apartamento de Lucas em Copacabana, e disfarçando corro para um banho mas não adianta ele vem atrás de mim e começa a falar...
- Nada disso mocinha, não adianta disfarçar quero que me conte tudo sobre o tal anjo português que você conheceu nesta viagem.
- Ok baby, eu conto.
Tomo um banho rápido enquanto ele prepara um lanche e nós dois nos jogamos na cama...
- Foi assim Lú, depois que cheguei e me instalei no hotel que a empresa reservou tive que ir ao coquetel da fusão com os diretores brasileiros e portugueses, chegando lá fui apresentada a vários empreendedores, advogados e tudo mais e lá vi um anjo em meio a multidão, não estava social como os outros e se destacava com aquela jaqueta de couro e um jeans apertado, perguntei ao Carlos meu amigo de trabalho que vive lá e foi um dos responsáveis pela fusão da empresa quem era aquele gajo que me disse: - Aquele ali? Aquele é o Dy, fotógrafo da nossa coleção de lingeries.
Ele foi acenando para o Dy que veio sorrindo até nós.
- Dy essa é a Alma, nosso contato jurídico do Brasil. Ela quem cuida de toda papelada chata. Alma este é o Dy fotógrafo da nossa coleção que passa várias horas entediantes fotografando modelos lindas.
Carlos saiu e nos deixou a sós, conversamos um pouco sobre a fusão e moda da qual não entendo nada, rs... Mas num convite inesperado me chamou para caminhar lá fora, aceitei afinal estava um porre aquela festa. Andamos um pouco pelos arredores, a conversa estava animada e comecei a falar que não tinha coragem de tirar fotos de lingerie, ele sorriu e me perguntou porque se eu era tão bonita e coisa e tal, as palavras me deixaram vulneráveis nunca tinha conhecido um gentleman.
- Se deixares tiro fotos suas...
As palavras tocaram meu interior pois sempre tive vontade de um book sensual, faltava coragem e oportunidade. Não deixei escapar e aceitei, passamos no meu hotel para pegar minhas lingeries, e fomos de carro para sua casa, pra minha surpresa frente a uma praia linda, ele me mostrou o banheiro e me troquei meio sem jeito vim caminhando enrolada na toalha, ele estava só de jeans e me disse... 

- Espero que não se importe mas não consigo fotografar todo vestido. Fiz que não com a cabeça e ele veio até mim tirar a toalha, seu toque me deixou arrepiada ele notou e sorriu maliciosamente, me colocou em várias posições e fotografava sem parar, o clima me excitava mais e mais, toda vez que me tocava explodia por dentro. Tirou meu sutiã liberando os seios para uma foto mais ousada, não dava para disfarçar a excitação os biquinhos rosados estavam duros de tesão, quando se aproximou novamente num ato louco meu agarrei-o pela mão e fiz tocar meu corpo, ele veio e me beijou loucamente eu me derretia e fui como uma louca Leia mais>>>

A puta de dois homens


Ah lá vai ela a puta de dois homens
Insaciável e louca...
Na rua apontada como vadia,
Passa rebolando e nem ai pra comentários...
Segura, ainda manda beijinho para as línguas afiadas no outro lado da rua
Olha com desdém e deboche, rs...
Ela é maravilhosa !
Quem me dera poder ter me deitado com ela...
Ela é vadia eu sei !
Mas é isso que me desperta anseio por toca-la,
Ah puta, se ao menos você me visse !
Felizes foram eles que puderam tocar seu corpo,
E te possuir ardentemente...
Agora falam mal de ti, como se tivessem sidos usados ?
E tu gargalha?
Ao invés de se defender ainda brinca com isso?