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Como eu faço para conquistar aquela gatinha?

Vinte minutos e onze metros. Era o tempo e distância que eu tinha para conseguir conquistar a Ana Carolina, a menina nova da oitava B. Havia duas semanas que ela fora transferida de uma escola do interior de São Paulo para a nossa escola, chamando a atenção imediata do colégio todo. Parecia uma índia, a pele castanha, olhos levemente puxados para cima, maçãs do rosto fortes, cabelo escuro e liso...Continua>>>



Nordestino sim! Nordestinado não!

Nunca diga nordestinu, qui Deus lhi deu um destinu, causadô du padêcer Nunca diga qui é u pecado, qui lhi dexa fracassado, sem condição di viver.

Num guardi nu pensamentu, qui istamus nu sofrimento, pagando u qui devemus A providênça divina, não nus deu a triste sina di sofrê u qui sofremos.

Deus u autô da criação, nus dotô cum a razão, bem livre di preconceitos Mas, uns ingratos da terra, cum guerra, negam us nossus direitus. Continua>>>


Brasil de hoje não é igual ao da época deles

Em campanha no Nordeste, a Presidenta Dilma Rousseff deu o tom da postura que vai adotar no segundo turno, em que enfrenta Aécio Neves (PSDB) na corrida pelo Palácio do Planalto. A candidata à reeleição esteve em João Pessoa (PB), onde comparou as gestões petistas com a do PSDB a frente ao governo federal. 

"Quando eles dirigiam o país o salário era pequeno e desemprego alto. Eles elevaram os juros à estratosfera. O Armínio Fraga (ex- presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso e já anunciado como ministro da Fazenda de Aécio) conseguiu que os juros médios praticados no Brasil fossem de 25%. Hoje, são 11%.", declarou a Presidenta nesta quarta-feira (8).

Em seu discurso, Dilma  enalteceu as medidas de seu governo no combate à corrupção ao lembrar a diferença no número de investigações feitas pela Polícia Federal em seu mandato e no do ex-presidente FHC. "Defendo a PF autônoma, pois, no passado, diretor da PF era filiado ao PSDB. No meu governo, diretor da Polícia Federal não é filiado a partido nenhum. No governo do meu adversário, o Ministério Público era escolhido fora da lista. Nunca tivemos o engavetador geral da República. Eles (PSDB) tiveram a pachorra de engavetar todas as investigações", disse.

A Presidenta ainda citou a última crise econômica para confrontar os números da sua administração com a dos adversários. "Eles quebraram esse país três vezes. Na crise de 1998 e 1999, eles se ajoelharam ao FMI (Fundo Monetário Internacional) porque não tinham dinheiro para honrar as contas do país. A dívida era de R$ 162 bilhões e eles tinham R$ 38 bilhões. Hoje, somos credores líquidos, o mundo nos deve R$ 77 bilhões, inclusive o FMI, porque temos R$ 376 bi de reservas. Nossa  inflação é metade da deles.  Enfrentamos crises e não desempregados nem arrochamos salários.", enfatizou.

"(Eles) Conseguiram uma verdadeira e fantástica maldade com os jovens: eles aprovaram uma lei que proibia o governo federal de investir em escolas técnicas. Em oito anos, eles fizeram 11. Hoje, em quatro anos, fizemos 208 para oito milhões de estudantes. O Brasil de hoje não é igual ao Brasil da época deles. As Universidades chegaram. Os jovens fazem doutorado, mestrado", continuou a Presidenta em referência ao PSDB.

Ao lado do governo Ricardo Coutinho (PSB), que mais cedo havia oficializado o apoio à candidatura petista, Dilma defendeu a criminalização da homofobia e uma reforma política. "O Brasil precisa de uma reforma política. Ninguém aguenta mais e ninguém tem forças para fazer a reforma política sem a participação popular. E eu sou a favor de um plebiscito que defina o tipo de financiamento de campanha", finalizou.



Abaixo, outras frases de Dilma:



Agradeço aos cidadãos da Paraíba o voto que me deram nessa eleição.

Eu só posso agradecer essa honraria que me deram

Eu carrego esses votos com imensa honra, 

Grandes brasileiros, homens e mulheres, perceberam que o Brasil sem o Nordeste não era o Brasil inteiro

Estou aqui porque aqui Paraíba é um estado essencial para o Brasil.

Eu acredito que a Paraíba é essencial para o Brasil ser uma nação rica e soberana. Eu estou falando do Nordeste do Brasil

Estamos (ela e o governador) estamos juntos e misturados

Vamos combater a mentira e o ódio

Quero lembrar a vocês que nessas eleições vamos assistir duas coisas: a mentira e a desinformação

A mentira e a desinformação pra tentar impedir que o povo faça a escolha do desenvolvimento e não do retrocesso

O sentimento é a esperança que temos no Brasil

Nós vamos combater a mentira. A nossa palavra chave é verdade 

Quando o outro projeto, o projeto tucano do PSDB, dirigiu o nosso país, muitos de vocês ainda eram muito jovens


Os jovens estavam condenados a não ter oportunidades.Aconteceu que o Lula fez 214

Só por isso, fizemos o Pronatec. Fizemos uma parceria com o sistema S.

A maioria dos matriculados no Pronatec são mulheres

Eles vivem falando que fizeram o Bolsa Família. Os programas deles são micro para um Brasil que é macro.

O Bolsa Família atingiu 50 milhões de pessoas. Com ele, atingia 5 milhões

Para nós, todos os brasileiros são importantes

Nós, além de colocar no orçamento políticas que equilibram relação regional, portanto colocar Norte e Nordeste no orçamento

No Brasil de hoje as pessoas melhoraram de vida

Brasil de hoje é um q as pessoas melhoraram de vida. Na época deles 52% era classe D e E. Hj, mais de 70% é A, B ou C

Houve uma imensa transformação social. Imensa e silenciosa

Por isso aqui, na Paraíba, investimos em infraestrutura, além de investimento em políticas sociais

Eles não dizem como vão fazer as coisas

Tem muita coisa a melhorar a fazer no Brasil. Eu e o Ricardo Coutinho queremos melhorar saúde, segurança e infraestrutura

A gente não mexe em time que está ganhando

Nós somos um governo que se preocupa com o social: igualdade de oportunidade para todos

Questão que considero fundamental: respeito a homens, mulheres, índios, negros e a qualquer orientação sexual

Temos que combater também a homofobia e criminalizar a homofobia sim

Não teremos democracia, se não criminalizamos a homofobia

É um absurdo querer romper com os BRICS


Alisson Matos, editor do Conversa Afiada




A imprensa marrom volta a carga

Em texto expelido no dia 07/10/2014, o ex-jornalista R. Noblat atribui minhas posições de esquerda ao fato de haver pertencido, no governo Dilma, ao Conselho de Administração da Itaipu Binacional, onde “ganhava algo como pouco mais de R$ 20 mil mensais”. Pena de aluguel barata na imprensa marrom, julga ele que isso é quantia de monta.

Jornalista fosse, ou pelo menos honesto, teria informado aos seus leitores que desse cargo pedi demissão para acompanhar, sem outra renda, a candidatura de Eduardo Campos. Não entende, não pode entender quem não sabe o que é ter opinião própria, o que seja compromisso ideológico.
A lamentar, apenas que um jornal como O Globo sirva de pasto a tamanha infâmia.

de Roberto Amaral -presidente do PSB


Grampo da PF prega PSB e PSDB à "Nova Política"

Investigações revelaram intensa atividade de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e corrupção de empresários e políticos ligados ao PSDB e ao PSB.


(*) Publicado originalmente no Blog da Noelia Brito


Grampos realizados pela Polícia Federal, com autorização da justiça, dentro das Operações “Farda Nova” e ”Zelador”, iniciadas ainda em 2007, para investigar ações do doleiro Jordão Emerenciano, com o “Jogo do Bicho” (objeto da Operação “Zebra”), acabou por flagrar a intensa atividade de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva, de políticos e empresários, dentro do governo Eduardo Campos e até do que nas conversas se chamou de negócios com “petróleo”.



Dentre os flagrados pelos grampos da Polícia Federal, destacam-se, pela desenvoltura com que operavam e direcionavam licitações e negócios de empresários em SUAPE, em troca de comissões que chegavam a 35% do valor contratado pelas mais diversas secretarias e órgãos do Governo do Estado de Pernambuco, o ex-vereador de Jaboatão dos Guararapes, Geraldo Cisneiros, hoje um dos coordenadores da campanha de Aécio Neves, em Pernambuco e extremamente ligado a tucanos da mais alta plumagem, o ex-deputado federal Bruno Rodrigues, hoje do PSB, mas quando das práticas criminosas filiado ao PSDB e o até hoje presidente da CEASA de Pernambuco, Romero Pontual, do PSB e ex-tesoureiro de campanha do Partido Socialista Brasileiro e do ex-governador Eduardo Campos.


Da “Operação Zelador” surgiu a Operação “Farda Nova”, onde Romero Pontual é apontado pelos agentes federais como integrante de uma “verdadeira quadrilha” destinada a fraudar licitação para compra de fardamentos para alunos da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco. Já ali, chama a atenção dos agentes federais, o fato de que Pontual fora “tesoureiro da campanha” do então governador Eduardo Campos:




Nos grampos, é possível acompanhar a desenvoltura com que o ex-tesoureiro de campanha de Eduardo Campos e do PSB, juntamente com o doleiro Jordão Emerenciano, direcionavam as licitações milionárias nos mais diversos órgãos do Estado de Pernambuco, para favorecer as empresas comprometidas com o esquema de corrupção de seu grupo: fardamento, combustível, merenda, medicamentos, empreiteiras, Petrobras, influência política, instalação de empreendimentos em SUAPE, nada ficava fora do esquema do que a própria Polícia Federal chamou de “Organização Criminosa”, que usava a própria sede da CEASA para reuniões de “negócios”:







Em um dos relatórios a que o Blog teve acesso, fica claro que o doleiro Jordão Emerenciano era uma espécie de Alberto Youseff dos esquemas de corrupção, em Pernambuco, que não poupava nem o FUNDEPE – Fundo de Pensão dos Servidores do Estado de Pernambuco, numa espécie de conluio com o então deputado federal do PSDB, depois filiado ao PSB, Bruno Rodrigues: “aparecem indícios de que o mesmo poderia estar envolvido na prática de crimes de tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, possível pagamento de propina a políticos dentre outros crimes contra o Sistema Financeiro, e operações ilegais de câmbio e corretagem, o que, pelo menos em tese, se constatado mediante investigação policial, formaria verdadeira Organização Criminosa”:




O relatório da Polícia Federal chega a comparar o esquema montado pelo doleiro Jordão Emerenciano juntamente com o ex-deputado Bruno Rodrigues com aquele arciculado pela Corretora Bônus Banval: “O esquema montado pelo DEPUTADO FEDERAL BRUNO RODRIGUES e por JORDÃO EMERENCIANO se assemelha ao esquema praticado pela BANVAL CORRETORA que se aproveita dos fundos de pensão para fazer operações(…):




A Polícia Federal flagrou, ainda, nos grampos, articulações do então vereador de Jaboatão dos Guararapes, Geraldo Cisneiros e do doleiro Jordão Emerenciano, junto  ao que chamaram de “caciques da política pernambucana ligados ao PSDB” para “aprovarem projetos e instalações de empresas no PORTO DE SUAPE”:

Outro fato que chama a atenção nos grampos da “Operação Zalador” é o próprio ex-governador Eduardo Campos ser flagrado cobrando Romero Pontual sobre a licitação da Saúde, apesar de Romero Pontual ser presidente da CEASA, órgão, portanto, totalmente dissociado da área a ele cobrada pelo ex-governador. Em outra conversa interceptada entre Romero Pontual e o ex-governador Eduardo Campos, observa-se que o assunto tratado é a licitação da “Educação”. Confiram:




Os grampos ainda apontam para a influência de Romero Pontual, juntamente com Jordão Emerenciano na Casa Militar, além de possível tráfico de influência do ex-deputado Bruno Rodrigues, junto ao governador de São Paulo, também do PSDB, que, na época, era o recém eleito senador José Serra:


Os grampos ainda apontam para vários contatos de Pontual com Antônio Figueira, à época presidente do IMIP, o que leva a crer que o contrato a que se referia o então governador Eduardo Campos, era a terceirização dos Hospitais e UPAS para a entidade presidida por seu futuro secretário de Saúde, que também aparece nos grampos da Operação Assepsia do Ministério Público do Rio Grande do Norte, que resultou na cassação da prefeita de Natal, Micarla, do PV.


O presidente da CEASA de Pernambuco, Romero Pontual, de acordo com as investigações realizadas pela Polícia Federal, nas Opreações “Farda Nova” e “Zelador”, mantinha rotina de almoços com o ex-governador Eduardo Campos, ao mesmo tempo em que manipulava os resultados das licitações e negócios nas mais diversas secretarias e órgãos do governo de Pernambuco, o que demonstra o alto grau de confiança e proximidade do Chefe do Executivo pernambucano com seu subordinado, chefe do esquema de achaques ao Erário, flagrado pela Polícia Federal:



O filho de Romero Pontual, conhecido como Romerinho, é dono de várias empresas fornecedoras de merenda escolar, entre elas a “Casa de Farinha”, fornecedora, por coincidência, de todas as prefeituras do PSB, inclusive para a Prefeitura do Recife, Ipojuca, São Lourenço da Mata, Paulista, Moreno e para o governo do Estado de Pernambuco.

As empresas de Romero Pontual Filho também já foram alvo de Operações da Polícia Federal. Em um trecho das gravações, os policiais flagram uma conversa entre pai e filho sobre um cheque que haveria para eles na sede da Construtora Moura Dubeux e que foi considerada uma “conversa obscura” pelos agentes federais:

O que causa estranheza é que tendo sido iniciadas em 2007, nenhuma dessas operações, apesar dos flagrantes de crimes gravíssimos, até agora resultaram nem no afastamento do senhor Romero Pontual e nem muito menos em processos ou prisões para os criminosos flagrados, pela própria Polícia Federal, com o conhecimento do Ministério Público Federal, em atos atentatórios contra o Erário.

Estelionato eleitoral tucano e midiático

O levanta-e-corta entre o MP e Sabesp


O levanta-e-corta entre MP e SABESP na crise da água

O cenário que conjecturamos há alguns meses começa a se delinear. No dia seguinte à reeleição de Alckmin, os Ministérios Públicos Estadual e Federal protocolaram uma Ação Civil Pública solicitando a redução da vazão de saída do Cantareira. Dois dias depois da reeleição de Alckmin, a SABESP, “em atendimento ao MP”, diz que irá realizar a mencionada redução, ainda em prazo a ser definido. Hoje, três dias depois da reeleição de Alckmin, a presidenta da SABESP, Dilma Pena, admite na CPI realizada na Câmara Municipal que falta água, sim, em São Paulo – e vale dizer que ela postergou por duas vezes o depoimento, fazendo-o apenas agora, após o sucesso de Alckmin logo no 1º turno. Não é preciso ser mais claro para explicar a mecânica do estelionato eleitoral promovido pela gestão Alckmin, apoiada pela imprensa e pelas instituições que deveriam fiscalizar o governo.

O compadrio entre MP e SABESP não começou nessa semana, como sabemos. Em Agosto, o parquet chegou a requerer explicações do Governo de São Paulo sobre a gestão da crise hídrica, demandando respostas em 15 dias. Alckmin não respondeu, e não houve repercussões, críticas ou comentários por parte do órgão fiscalizador. Acabou sendo um jogo de cena. O silêncio permaneceu até agora, curiosamente. A SABESP, a partir dessa manifestação mais recente, ainda poderá ser arvorar do argumento de que está apenas cumprindo uma decisão judicial – mais uma mostra de sua inimputabilidade e, em sentido prático, de sua falta de gestão e de capacidade de conduzir o problema da falta de água de uma outra maneira.

Conforme comentei ontem, é provável que as ações mais impopulares só sejam tomadas após o 2º turno, considerando-se o eventual impacto que elas teriam na candidatura de Aécio Neves – algo admitido pelo próprio Alckmin. O problema é que, em um regime de obras de improviso, há maior suscetibilidade a falhas. A SABESP, então, terá de “segurar as pontas” ao máximo até, pelo menos, o final do mês. Para piorar o quadro, “São Pedro” não está sendo generoso, e Outubro, o primeiro mês da tão mencionada estação chuvosa, está com as piores vazões de entrada da história do Cantareira: 3,9 m³/s. Mesmo com todas as reduções de vazão de saída que já ocorreram, as represas estão perdendo, ao dia, 1,7 bilhão de litros de água – 500 milhões a mais do que a “pessimista” previsão de Mauro Arce, Secretário de Recursos Hídricos. Vale dizer, na verdade, que os próprios relatórios da SABESP, historicamente, consideram como chuvoso, efetivamente, apenas o período Dezembro-Março (é apenas aí, em geral, quando os reservatórios têm as suas perdas do resto do ano compensadas).

É curioso notar o verdadeiro curto-circuito de declarações contraditórias e desencontradas por parte dos próprios representantes do governo, bem como o completo desapego da imprensa em, apenas, dar uma estudada nos números que são apresentados. Como pode, a essa altura do campeonato, um superintendente da SABESP nos dizer que ainda há muito da primeira cota do volume morto a ser extraído e que é bastante improvável que a segunda cota venha a ser utilizada? Como pode a SABESP dizer em nota que há, ainda, 60 bilhões de litros de volume morto a serem retirados se o valor correto é 33? Como podem ainda fazer declarações sobre a chuva como se as precipitações previstas para o final deste mês pudessem vir a recuperar o nível dos reservatórios ao ponto de não mais precisarmos da segunda cota?

Alguns colegas do blog, com razão, aventaram a possibilidade de que a crise da água venha a ser utilizada por Aécio Neves contra o governo federal, naquilo que constituiria uma espetacular inversão de papéis e responsabilidades. Com a conivência (e o apoio) da mídia, isso é, realmente, uma possibilidade. Com efeito, o próprio MP deu um jeito, na Ação Civil Pública, de também responsabilizar a ANA pelo colapso do Sistema, e a SABESP deu a inacreditável declaração de que apenas segue as determinações dessa Agência Reguladora quanto às vazões de saída – quem acompanha minimamente o caso sabe que o Comitê Anticrise, formado por esses dois órgãos mais o DAEE, foi desconstituído após a SABESP se recusar a cumprir o acordo que já havia feito com a entidade federal a respeito das reduções de vazão. A tentativa de reescrever a história apenas 20 dias após esse acontecido nos mostra bem a sensação de controle da opinião pública que possui o Governo de São Paulo.

No entanto, é preciso ponderar o seguinte: ainda que, de forma sui generis, Alckmin venha a tentar expor a sua inimputabilidade por meio da transferência de culpa ao governo federal por uma crise que está totalmente em seu domínio, esse procedimento não poderá ser feito com relação a outras represas que estão sob a égide, inteiramente, da SABESP, como é o caso do Alto Tietê. Hoje, ele está com 11%, e nos próximos dias o volume morto das represas Biritiba-Mirim e Jundiaí, forçosamente, terão de ser extraídos. Na verdade, como cada reservatório está com cerca de 10 cm de cota de água, as bombas já estão sendo utilizadas – eu coloquei fotos ao final do post de ontem que comprovam isso (embora a grande mídia, é claro, não noticie).

Além disso, outras represas também estão secando, e poderão, muito em breve, se tornar um grande problema para o governo recém-reeleito. O Rio Claro, pequeno tanque, está perdendo quase 1% ao dia, e hoje está com 57%; o Alto Cotia, com 34% (mostrei em outro texto que ele já entrou em racionamento, em outra oportunidade, quando chegou a 28%); o Guarapiranga, com 49%. Em parte, a aceleração da redução de seus níveis ocorre por estarem ajudando o Cantareira. Como é improvável que este se recupere, esse auxílio continuará a ocorrer, sobrecarregando esses outros sistemas.

Na eventualidade de o colapso também ocorrer nos outros sistemas, é perfeitamente possível que a gestão tucana, incapaz de formular um discurso que contenha um mínimo civilizado de autocrítica, venha a querer incluir todas no eventual pacote de “transmissão de responsabilidades” para o governo federal. Não seria, também, nenhum conspiracionismo pensar que a grande imprensa, longe de informar, se limitará a reproduzir esses discursos. O que mais lamento, contudo, é que há quem tenha ficado efetivamente feliz com o estelionato eleitoral, apenas porque significou mais uma vitória do PSDB no Estado. E há, também, quem não tenha juízo de assumir suas obrigações constitucionais, os seus encargos legais. O estadismo, esse compromisso com as decisões que se toma e com as virtudes da ação política, deveria não depender de ideologia. Pelo visto, estava enganado.



Literatura gastronômica

Duas mulheres conversam sobre livros. Uma diz:

- Gosto de livros em que a gente não sabe o fim e tudo pode dar em perfeição ou tragédia.

- Por exemplo?

- Livro de receita.


Nordestino sim! Nordestinado não!

Nunca diga nordestinu, qui Deus lhi deu um destinu, causadô du padêcer
Nunca diga qui é u pecado, qui lhi dexa fracassado, sem condição di viver.

Num guardi nu pensamentu, qui istamus nu sofrimento, pagando u qui devemus
A providênça divina, não nus deu a triste sina di sofrê u qui sofremos.

Deus u autô da criação, nus dotô cum a razão, bem livre di preconceitos
Mas, uns ingratos da terra, cum opressão e cum guerra, negam us nossus direitus.

Num é Deus quem nus castiga, nem é a seca qui obriga sofrermus dura sentença
Num somus nordestinadus, somus injustiçados, tratadus cum indiferença.

Sofremus im nossa vida, uma bataia renhida, du irmão contra u irmão
Nós somus injustiçadus, nordestinus explorados, mas nordestinadus não.

Há muita genti qui chora, vagando distrada afora, sem lar, sem pão
Crianças isfarrapadas, famintas, escaveradas, morrendu di inanição.

Sofre o netu, o fio i u pai, pra ondi o pobri vai sempri incontra o mermu mal
Esta miséra campeia, desdi a cidadi a aldêa, du sertão a capitá.

Aquelis pobris mendigus, vão a procura di abrigo, cheius de necessidadi
Nessa miséra tamanha, si acabam na terra estranha, sofrendu fomi e saudadi.

Mas num é u Pai Celeste, qui fais sair do nordesti, legiões de retirantis
Us grandis mártirios seus, num é permissão di Deus, é culpa dos guvernantis.

Já sabemus muito bem, di onde nasci e di ondi vem, a raiz du grandi mal
Vem da situação crítica, desigualdadi política, econômica e social.

Somenti a fratenidadi nus trais a felicidadi, precisamus dá as mãus
Pra qui vaidadi e orgulhiu, guerra, questão e barulhu, dus irmãus contra us irmãus.

Jesuis Cristu, u Salvadô, pregou a paiz i u amô, na santa dotrina sua
U direitu do banqueiru é u direitu du trapeiro qui apanha os trapos na rua.

Uma veiz qui u conformismu, faiz crescê u egoísmu i a injustiça aumentá
Em favô du bem comum, é devê di cada um, pelus direitus lutá.

Porissu vamu lutá, nós vamus reinvidicá o direitu i a liberdadi
Procurando im cada irmãu, justiça, paiz i uniãu, amor e fraternidadi.

Somenti u amor é capaiz, i dentro di um país faiz, um só povu bem unidu
Um povu qui gozará, porqui assim já nãu há opressor nem oprimido.

Patativa do Assaré




Como eu faço para conquistar aquela gatinha?

Vinte minutos e onze metros. Era o tempo e distância que eu tinha para conseguir conquistar a Ana Carolina, a menina nova da oitava B. Havia duas semanas que ela fora transferida de uma escola do interior de São Paulo para a nossa escola, chamando a atenção imediata do colégio todo.

Parecia uma índia, a pele castanha, olhos levemente puxados para cima, maçãs do rosto fortes, cabelo escuro e liso e bem grosso, reto. Uma franja cortada bem rente às sobrancelhas negras que davam ainda mais destaque aos olhos verdes. Era uma divergência de claro e escuro que deixava intrigada todas as turmas de todas as séries. Quando a Ana Carolina chegou ao colégio, o sossego acabou. Inclusive o meu.
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Minha vã filosofia

As pessoas preconceituosas e racistas são profundamente infelizes
Neno Cavalcante


do Internauta


São Paulo- Agora, três dias após a reeleição do tucano Geraldo Alckmin, é informado que vai começar o racionamento d'água.

Então, você que votou no Geraldo, passe no diretório do Psdb mais próximo e retire seu brinde:

Uma canequinha azul e amarela e uma bacia azul super-faturada, pra você tomar banho de canequinha...Seu bem informado



Papo de homem

Como eu faço para chegar naquela gatinha?

Vinte minutos e onze metros. Era o tempo e distância que eu tinha para conseguir conquistar a Ana Carolina, a menina nova da oitava B. Havia duas semanas que ela fora transferida de uma escola do interior de São Paulo para a nossa escola, chamando a atenção imediata do colégio todo.

Parecia uma índia, a pele castanha, olhos levemente puxados para cima, maçãs do rosto fortes, cabelo escuro e liso e bem grosso, reto. Uma franja cortada bem rente às sobrancelhas negras que davam ainda mais destaque aos olhos verdes. Era uma divergência de claro e escuro que deixava intrigada todas as turmas de todas as séries. Quando a Ana Carolina chegou ao colégio, o sossego acabou. Inclusive o meu.

Imagine só, duas semanas de ansiedade e apoquentação. Eu, no ápice dos meus treze anos, ainda não tinha analisado com tamanho afinco os detalhes da minha própria natureza. Um metro e meio, magrela, nariz com buracos saltados para os lados e cheio de sardas. Não haveria menina no mundo que poderia me notar. Pelo menos era isso que eu achava.

Não por mim, eram as estatísticas. Em mais de uma década de existência, a única figura de alma feminina a me cortejar foi a Peteca, cadela que a gente tinha e que adorava me lamber quando eu chegava suado do futebol. Ela morreu — não por conta das lambidas dos meus suores, mas de velha mesmo — e, desde então, a vida tocou sem que eu ou elas tivéssemos qualquer contato mais íntimo.

Problemas grandes não haviam. Eu gostava de jogar bola e Super Mario, ler histórias em quadrinhos. Mas o chacoalho foi forte quando vi passar pela entrada da escola, logo cedinho, aquela menina de meias brancas até os joelhos e saia negra como os cabelos. Naquele momento e em todos os outros que se seguiram até então, eu daria embora a minha bola de capotão, venderia o meu Super Nintendo pelo preço mais acessível só para ter dois minutos de coragem para explicar para ela, a Ana Carolina, que o destino era indolente e que, agora, os meus desígnios e toda a minha ventura estavam apontados para ela. Mesmo sem fazer a menor ideia do que seria indolente, um desígnio ou ventura.

Estava há duas semanas pensando em como falar com ela, em como vencer meus medos e ter um dedo de fala com aquela menina. Todo cuidado era pouco e, no ano passado, tive provas suficientes de que cautela era a primeira opção.

Quando eu estava na sétima série, teve uma vez que dois garotos estavam apaixonados pela mesma garota, a Nicole. Cabelos dourados, empetecada de branco e rosa, tinha o cheiro doce e motorista que a levava para tudo que é canto. Nessa disputa, eles decidiram levar, no mesmo dia, um presente cada um para dar a ela. Com os mimos nas mãos, ela haveria de escolher um dos dois.

Um deles era o Denis, um garoto de porte atlético e cabelos espetados. Era pouco mais alto que eu, mas ágil, sempre era um dos melhores nas brincadeiras e nos jogos. O outro era o Antônio, um menino de doze anos que esticara cedo, medindo já quase um metro e oitenta. Tinha ossos largos e uma bochecha grande e caída, assim como os olhos que pareciam sempre cansados. Desengonçado ele era em qualquer atividade, desde saltos e rodopios até a mais simples tarefa de caminhar.

No dia seguinte, ambos estavam com suas melhores mudas do uniforme escolar, nada daquelas calças com tampos de couro nos joelhos. Nas mãos, ambos com embrulhos delicados, amarrados com fitinhas brilhantes — um de papel branco e fira rosa e o outro com laminado roxo amarrada em dourado — e sorrisos na cara. Fora, primeiro um e depois o outro, até a mesa dela entre as aulas de ciências e português, e depositaram suas lembrancinhas na carteira. Antônio foi antes e , dentro do pacote, uma caixinha de maquiagem com massas coloridas para decorar os olhos e boca. Minutos depois, o presente do Denis foi aberto também. Outra caixinha de maquiagem com massas coloridas para decorar olhos e boca. Idênticas.

Com duas caixas iguais e uma maturidade de menina que nunca recebeu um não como resposta, a única alternativa que a Nicole viu de demonstrar quem ela preferia foi juntar a caixinha e o papel de presente que lhe fora dado pelo Antônio e jogar pela janela do terceiro andar da escola. Voltou para a sua mesa e foi ver quais cores melhor combinariam com seu tom de pele.

Eu é que não queria ver um presente meu despejado pela janela com todo mundo olhando.

Tinha que ter o approach perfeito. Conversei sobre o assunto com três pessoas. Meu analista me disse que era normal o nervosismo e que eu deveria abdicar de minhas aspirações vitoriosas, pois só uma vida sem anseios me daria um cotidiano sem frustrações e, logo, cada lampejo de felicidade seria aproveitado com todo o zelo desse mundo. Disse que eu deveria me retirar de dentro dessa armadura heroica e, munido do manto da derrota, sabiamente eu me encontraria sem medo para o embate com a morte, digo, com a menina.

Achei tudo aquilo meio estranho e não levei pra frente. Falei também com meu amigo, o Lúcio, e ele me contou que a Ana Carolina disse que gostava de alguém da escola, um menino que ela não sabia o nome e que adorava ver ele jogando futebol. Disse que eu deveria jogar como nunca e fazer muitos gols e me profissionalizar e, jogando na Europa, certamente seria eu o escolhido. Achei meio aleatório demais e não quis dar cabo no plano.

Conversei também com um tio meu, que foi gentil e sentou pra me dar conselhos. Me perguntou quem eram as pessoas que eu mais gostava e eu disse que eram meu pai e minha mãe. Ele disse, então, para que falar com a menina como falaria com eles, que a sinceridade faria dar tudo certo. Acho, hoje, que ele queria dizer algo sobre abertura, acolhimento, uma conversa real e verdadeira que conectaria as duas pessoas em um desenrolar de fatos e conversas genuínas e, com essa proximidade profunda, ficaria mais fácil de seguir com a conquista. Mas, naquela idade, achei bem confuso pedir leite com bastante Toddy ou um carrinho de controle remoto pra menina que eu estava apaixonado. Também deixei de lado esse conselho.

Os vinte minutos do intervalo se passaram e os onze metros agora diminuíam, já que ela vinha em minha direção, conversando e rindo com as novas amigas. As pernas começaram a tremer a a garganta era de uma secura só. Ela disse para a as amigas seguirem que ela iria tomar água do bebedouro na entrada do corredor das classes. Dois metros de mim.

Filmes românticos passaram pela minha cabeça, uma poesia que eu estava tentando decorar, o grito dos Thundercats, a ideia de correr até a Sibéria por pura vergonha. Era agora ou nunca e eu teria que dar o tiro certeiro, a cantada perfeita, a chegada meticulosa, a manha mais manhosa, o delírio amoroso que derreteria qualquer coração.

Saiu o banal.

— Oi.





Jader Pires
É escritor e editor do Papo de Homem. Lançou, nesse ano, seu primeiro livro de contos, o Ela Prefere as Uvas Verdes e outras histórias de perdas e encontros.

Provérbio do Dia

Garantida a reeleição, Alckmin começa distribuir água como ração

Hoje, quando tem apenas 5,6% do nível total da capacidade de armazenamento do Cantareira, a Sabesp decide efetivamente dar o primeiro passo para enfrentar a crise hídrica que assola São Paulo.

É bom lembrar que essa decisão foi tomada após garantida a reeleição do tucano Geraldo Águaemim e a divulgação de uma Ação Civil Pública.

Mesmo com a notícia de que vai restringir a retirada de água do sistema Cantareira, é bom frisar que um destaque na matéria da Folha é uma fala do superintendente de Produção de Água da Sabesp, Marco Antonio Lopez de Barros, à rádio CBN, dizendo que "quanto maior a redução, maior a possibilidade de recuperação do sistema com as chuvas que se avizinham". Isso mais parece uma tentativa de tapar o copo com a peneira. A Agência Nacional de Águas já considerou o plano da Sabesp muito fraco diante da enormidade do problema e, para ajudar, a redução ainda é considerada uma hipótese e que "ela não seria de imediato", segundo nota da própria empresa. Leia mais>>>



Palmério Dória: Contra ratos não há argumentos





2º turno campanha começa pelo Nordeste

A presidente Dilma inicia campanha do 2º turno, hoje quarta-feira (08) visitando quatro capitais do Nordeste. Na região a candidata do PT obteve quase 60% dos votos e apenas não venceu em Pernambuco. O empenho será para também ser vencedora no Estado. A equipe está confiante que é possível conseguir o objetivo. Leia mais>>>


Rodrigo Vianna: A implosão de Marina Silva: a candidata do “novo” já negocia reeleição com Aécio




O tucano-marinismo forma um bloco único: essa é a realidade cada vez mais evidente
Marina Silva já havia implodido nas urnas. Agora, implode também sua imagem, e o capital que poderia carregar para 2018.

O PPS apoiar Aécio é parte do jogo. O partido sempre foi próximo dos tucanos. Mas e a “Nova” Política de Marina? O eleitor vai engolir mais esse vai-e-vem da ex-ministra?

Marina – que era de esquerda e se apresentou como alternativa, criticando o “toma lá dá cá” – agora já negocia com Aécio Neves nos bastidores. Pode até virar ministra?

Ou coisa pior: Aécio estaria oferecendo a ela “acabar com a reeleição”, assim Marina poderia ser candidata em 2018. Uai, mas não foram os tucanos que aprovaram a reeleição na época do FHC? Marina vai aceitar essa mudança de regras, na canetada, só pra acertar a vida dela?

Não é apoio a Aécio. É apoio em troca de mudança nas regras políticas para beneficiar a aliança tucano-marinista. Nova política? Sei…

Alguns amigos, jornalistas, blogueiros (e até militantes que votam em Dilma) acham que o PT “exagerou” nas críticas a Marina. Discordo dessa análise.

Marina tinha que ser confrontada, porque a partir de agosto ela virou a candidata da direita e dos liberais. Não havia como enfrentar aquela onda com meias palavras. Se o PT errou, foi por não ter enfrentado antes a adversária.

Marina e o PSDB formam um bloco único: o tucano-marinismo. Dilma, Lula e o PT precisam enfrentar os adversários em bloco. Não há escolha, nem meias-palavras.

Maior prova do que Marina significava são os movimentos que ela faz agora. A imprensa amiga do PSDB espalha a notícia de que Marina vai apoiar Aécio porque está “magoada” com a “violenta campanha movida pelo PT”.

Hehe… Marina vai apoiar Aécio porque a afinidade dela com o PSDB é hoje muito maior do que com o PT. Marina foi confrontada e criticada em agosto e setembro exatamente porque essa afinidade já era evidente.

Falo nas afinidades na Economia e nas Relações Internacionais. Marina defendeu “independência do Banco Central”, criticou Mercosul, colocou o Eduardo Gianetti e Neca Setúbal para falar nos jornais.

A consequência lógica era o apoio a Aécio. Não deve haver susto nem surpresa.
O caminho para quem apóia Dilma é procurar os eleitores de boa-fé – que acreditaram na “nova” Política de Marina – e perguntar: vocês não acham que Marina traiu a confiança de seu eleitorado?

Quem apóia Dilma não deve temer esse debate. O apoio a Aécio facilita as coisas, é didático.

Marina vai transferir votos para Aécio em São Paulo? Sim, de forma consistente. Ela teve 5,5 milhões de votos em São Paulo. Calculo que 4 milhões – pelo menos – irão para Aécio, consolidando a onda antipetista no Estado.

Mas e no Nordeste? Bem, no Nordeste Marina teve 6,5 milhões de votos. Tirando Pernambuco, onde a transferência para Aécio deve ser forte, o povo nordestino que votou em Marina não vai embarcar na canoa tucana.

É ali, no Nordeste, que a aproximação entre Marina e Aécio ficará mais claramente definida como traição.

Dilma deve ficar com 4,5 milhões dos votos marineiros no Nordeste, Aécio com 2 milhões. Esse movimento compensará São Paulo.

O PT não vai conquistar esses votos falando bem de Marina. Vai conquistá-los mostrando que o apoio de Marina a Aécio é uma traição ao povo nordestino que confiou nela.

O tucano-marinismo é um bloco. E assim precisa ser enfrentado. Em bloco.



Alimentando o grão-troll Fhc


Aponta-se como combater os trolls, e então... alimenta-se o maior e mais gorduroso dos trolls da direita, ele, FHC, o troll de todos os trolls, não por acaso, o capo de tutti capi da privataria, do apagão, do desemprego, do arrocho e da compra do Congresso para a própria reeleição.
E cujo objetivo agora, ao desqualificar os nordestinos e nortistas, eleitores de Dilma, atua abjetamente como um criminoso xenófobo, racista e secessionista. Que a presidente Dilma, e não a candidata, denuncie esta tentativa criminosa de divisão dos brasileiros, sabe-se muito bem com que propósitos, e não caia na provocação deste energúmeno, que se diz tão bem informado, tão crente na Globo e na Veja, que chegou a acreditar durante 18 anos numa jornalista da Globo que lhe dera, na cocheira, a informação de que seria pai biológico de novo (Quá, quá, quá).
Não seria preferível destacar "umas conversinhas" com Aécio Neves, como por exemplo:

- Toda vez que falar em educação, lembrar ao Arrocho sua Lei 100, a sua lei dos 100 mil profissionais da educação desempregados, enganados para que ele fosse reeleito em Minas em 2006.

- Toda vez que falar em saúde, lembrar ao Arrocho os 4 bilhões desviados para a COPASA, o antro e o cofre da corrupção tucana em Minas. E os 400 bilhões que o PSDB tirou da saúde nacional, derrubando a CPMF.

- E tantas otras cositas más, como se ilustra na matéria abaixo.

PERFIL DO ARROCHO: MAU E MACHISTA
Ele “bate” em mulher e fala fino com o Eduardo Jorge e o Pastor Everaldo.

Publicado em 07/10/2014, no Conversa Afiada,
em http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/10/07/perfil-do-arrocho-mau-e-machista/

 De um amigo navegante:

Acho que seria importante bater na tese de que o Arrocho tem um duplo discurso (como sofistas antigos): diz que vai fazer campanha de alto nível e enfia o dedo machista no nariz de Luciana Genro quando ela menciona um fato conhecido: ELE CONSTRUIU UM AEROPORTO ILEGAL em terras de parentes e lhes deu a administração.

A CHAVE ficou com o Titio.

Ele é machista.

Traço de mineiros que conservam um mandonismo curtido em séculos de uma Escravidão feroz.

(Muita gente esquece que o regime servil nas minas das Gerais foi tão cruel e perverso quanto nas plantações de cana. Só que é um mandonismo, dissimulado entre os morros, que não ganhou a Literatura.)

Arrocho é da aristocracia mineira, da região das minas – e o pai foi da Arena.

E Arrocho é mau.

Perverso.

E “bate” em mulher (metaforicamente, claro).

Agrediu a Dilma, a Luciana e a Bláblá.

E falou fino com o Pastor Everaldo e o Eduardo Jorge…

Aquela lorota de que a perversa é a irmã dele, que controla o PiG de Minas como os tucanos o de São Paulo, é leréia, como se diz em Minas.

Os dois são igualmente perversos e vingativos.

Na frente, bela viola, o Anastasia, calmo, elegante, sereno, pontual.

Por trás, o caldeirão ferve.

Imprensa livre ?

Quá, quá, quá !

Repare bem, amigo navegante, como o semblante dele se fecha, o sorrisinho de aeromoço se esvai, os olhos faiscam, os lábios se apertam quando ele parte pra cima sem escrúpulos.

(Ele mente com a mais completa desfaçatez: quando disse à Bláblá de que não provas da compra da reeleição … Estão todas lá no PRÍNCIPE DA PRIVATARIA, do Palmério Dória: quem comprou, quem se vendeu, por quanto, como recebeu a grana do Serjão !)

O Cerra consegue ser mau com a mesma cara – um Apolo !

O Arrocho, não: ele muda de cara.

O Médico e o Monstro estão um dentro do outro e a parte que se sobressai predomina com a rapidez com que o William Bonner interrompe a Dilma: no ato !

Você quase não percebe a transição, de tão súbita.

A Dilma já deve ter sacado isso: poucos políticos carregam a maldade tão à superfície quanto Arrocho.

Aquela roupa de playboy da Zona Sul do Rio, hedonista, que não quer nada, é leréia.

Ele nunca trabalhou na vida – cadê a Carteira do Trabalho, senador ? -, mas ele quer.

E vai lutar pelo poder com as armas do Cerra: todas.

Os dois tucanos se odeiam porque sabem que são iguais.

E servem aos mesmos patrões.

Não se pode deixar esquecer como o PiG o protege e o PT engole.

Toda vez que o Aécio falar a palavra “corrupção”, genérica, lembrar o aeroporto de Claudio, acusação concreta.

Fala em aperfeiçoar os programas sociais, mas reduzir a participação do Estado: quem vai financiar os programas?

O João Dória? O FHC? O Merval?

Agressivo e deselegante, machista, diz que a Dilma é teleguiada do marqueteiro e agradece o apoio do Bornhausen.

Os pés do Arrrocho tem mais barro do que os da Bláblá, que lhe IMPÔS RIDÍCULAS CONDIÇÕES.

Só que a Bláblá é frágil, usa umas calças “o defunto era maior”, se vitimiza num teatro manjado.

Ele, não.

Terno azul-marinho, camisa branca, gravata Hermès, como um banqueiro.

Ele é um mineiro elegante – e verdadeiramente macho.

Muito diferente do Diadorim…

Paulo Henrique Amorim, na companhia de leitor de Guimarães Rosa