Copia de uma escultura grega no Museu do Louvre - França.
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Hermafrodita De Hermes e de Afrodite o filho esbelto e amado, de Salmacis oscula o corpo melodioso, e a ninfa treme e ondeia o moço deslumbrado, com um prazer que chega até a ser doloroso... Ela – dócil, a arfar, como, ao vento, as searas... Ele – forte, a arquejar, como, com cio, um touro... O cabelo da ninfa inunda as duas caras, e há beijos musicais sob essa chuva de ouro... Enleandos um ao outro, a asa de uma mosca não caberia não! entre esses corpos belos, que se enroscam, sensuais, febris, como se enrosca no tronco a vide em flor, e a hera nos castelos. Dos dois corpos a união, entre lascivos ais, cada vez, cada vez se torna mais completa, e aquelas coxas cada vez se agitam mais: uma brancas, de luar, outras rijas, de atleta... Num doido frenesi, entrar parecem querer ela – no corpo dele, ele – no corpo dela! Choram, gemem, dão ais... e no auge do prazer, começam a gritar para o céu que se estrela: – «Ó deuses! atendei esta súplica ardente: se é verdade que ouvis as vozes que vos chamam, os nossos corações, fundi-os num somente, fundi num corpo só nossos corpos que se amam!» Chegou ao vasto Olimpo a rogativa louca; e Zeus, o grande Zeus, cuja força é infinita, as duas bocas transformou numa só boca, e dos dois corpos fez um só: HERMAFRODITA! L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 ! |