O PT assina embaixo.
Que estão esperando Carlos Sampaio e Álvaro Dias que ainda não começaram a recolher as assinaturas, que os filhos de Roberto Marinho mandem?
Manda meninos, agora vamos ver quem tem café no bule.
Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...
Oposição, que tal uma Cpi?
Quem for forte...
Se aguente!
Quem for fraco...
Se arrebente!
Esse recado é para os "filhos de Roberto Marinho".
Quanto a esse empregadinho deles - que está se achando -, não perco meu tempo respondendo.
Por que esse bafafa da escala da presidente em Lisboa?
Porque o inquérito sobre a sonegação da Globo continua.
Tentaram paralisar via lobby, não deu certo.
Agora tentam paralisar via chantagem, também não dará certo.
A presidente já avisou aos responsáveis pelos trâmites legais:
Cumpram a lei. E quem for forte, se aguente. Quem for fraco, se arrebente.
Gurgel confessa que acusou e o STF condenou Dirceu sem haver nenhuma prova contra ele
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acabou confessando que não havia nenhuma prova contra José Dirceu no julgamento da Ação Penal 470, do suposto "mensalão". "Em nenhum momento nós apresentamos ele [Dirceu] passando recibo sobre uma determinada quantia ou uma ordem escrita dele para que tal pagamento fosse feito ao partido 'X' com a finalidade de angariar apoio do governo", disse Gurgel.
As declarações do procurador confirmam que o julgamento da AP 470 no Supremo Tribunal Federal (STF) não levou em conta os argumentos da defesa. Ele acabou revelando que já estava tudo decidido antes do julgamento começar. Não havia provas, mas eles tinham que condenar Dirceu e seus companheiros, como exigia a mídia golpista e a oposição tucana. Na tentativa de justificar o comportamento abjeto de parte do STF em todo o processo, Gurgel foi se complicando cada vez mais ao revelar que não tinham prova nenhuma para apresentar. "Havia uma série de elementos de prova que apontavam para a participação efetiva de Dirceu", disse. Como assim, "elementos de prova?". Ou tinha prova ou não tinha. "O que tinha não era prova direta", admitiu o procurador.
Daí em diante ele começou a relatar o que eram os tais elementos de prova. "Fazia-se um determinado acerto com algum partido e dizia-se: quem tem que bater o martelo é o José Dirceu. Aí, ou ele dava uma entrada rápida na sala ou alguém dava um telefonema e ele dizia: 'Está ok, pode fechar o acordo'", disse.
É bom que se lembre que nesta época Dirceu era só o ministro da Casa Civil do governo Lula, ou seja, o coordenador político do governo. Avalizar acordos políticos da base aliada era sua tarefa. Mas, Gurgel concluiu que isso era uma prova de que ele "chefiava uma quadrilha".
Além da falta de provas ou evidências contra Dirceu, confessada agora pelo próprio Gurgel, outro fato desmoraliza ainda mais as decisões do STF. É que a acusação central da AP 470, de que houve desvio de dinheiro público, através do Visanet, para a compra de votos em apoio às propostas do governo Lula, não tem fundamento. Em primeiro lugar porque a Visanet é uma empresa privada com matriz nos EUA. Ela repassava recursos para o Banco do Brasil e outros bancos associados para a divulgação do uso de seu cartão. Não eram, portanto, recursos públicos. Ora vejam, o ponto central da acusação - dinheiro público - não existe. E mais, uma ampla auditoria do Banco do Brasil comprovou que os recursos repassados ao banco pela empresa americana foram totalmente usados na propaganda do uso do cartão Visanet.
A farsa do mensalão tinha "jurado" que esse dinheiro foi usado para comprar votos. É que, segundo os golpistas, os empréstimos do PT, assinados por José Genoino, eram falsos. Para Gurgel e Joaquim Barbosa, atual presidente do STF e relator da AP 470, a tal "compra de votos", chefiada por Dirceu, foi feita com os recursos que tinham sido repassados pela Visanet para o Banco do Brasil. "Esqueceram" de falar da auditoria que dizia o contrário, que tudo foi usado em propaganda. "Esqueceram" de ler o que constava dos autos. É neste contexto de falta do que dizer que apareceu a teoria do domínio do fato para dar sustentação à farsa promovida pela quadrilha togada.
Desprovido de "prova direta", Gurgel citou a teoria do domínio do fato, segundo a qual "o autor não é só quem executa o crime, mas quem tem o poder de decidir sua realização". "A teoria do domínio do fato vem para dizer que essas provas 'indicam' que ele [Dirceu] se encontrava numa posição de liderança nesse sistema criminoso. Então, é possível, sim, responsabilizá-lo a despeito da inexistência da prova direta. Prova havia bastante do envolvimento dele", disse o procurador. Gurgel não deixa dúvida que o desenterro dessa teoria – que teve origem no regime nazista – foi realizado para encobrir "a inexistência de 'prova direta'".
"O grande desafio desse processo era provar a responsabilidade do chamado núcleo político. Porque essa prova é diferenciada. (...) Pessoas do topo da quadrilha têm sempre uma participação cuidadosa e provas diretas são praticamente impossíveis", confessou o procurador. Mais claro do que isso impossível. Não havia prova, mas tinha que condenar.
Tinham que garantir a farsa jurídica. Aí nem o domínio do fato dava conta. Tiveram que fazer uma interpretação deformada da própria teoria do domínio do fato. Sim, porque mesmo o jurista social-democrata alemão, Claus Roxin, que revisou a teoria de Hanz Welzel, criada na Alemanha nazista em 1939, disse, em passagem pelo Brasil, que o domínio do fato não dispensa a necessidade de apresentação de provas. Mas, Gurgel não se preocupou com isso. Comemorou a farsa como "um marco, talvez um divisor de águas na história de responsabilizar pessoas envolvidas em esquema de corrupção no país".
Concluindo a entrevista na "Folha de S. Paulo", o procurador falou do resultado conseguido com o julgamento. Disse aquilo que vários juristas já vinham concluindo. Que tudo não passou de um julgamento político. "Era uma das primeiras vezes que se responsabilizava todo um grupo que dominava o partido do governo", festejou Gurgel. "Quando nos defrontamos em qualquer investigação com um esquema criminoso muito amplo, você tem que optar, em determinado momento, por limitar essa investigação". "Limitou" a investigação, claro, ao que exigia a mídia golpista: a criminalização do PT e do governo Lula. Já contra o apadrinhado da mídia golpista, o ex-senador do Dem, Demóstenes Torres, com provas abundantes de sua parceria com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o comportamento do procurador foi de abafar e engavetar o escândalo.
Em suma, o procurador e o relator da AP 470 usaram a "teoria" para substituir a necessidade de investigação e de apresentação de provas. Como disseram alguns analistas, a entrevista de Gurgel foi um verdadeiro tiro no pé do STF. O próprio Dirceu já está se embasando nas palavras que o procurador deixou escapar para reafirmar ua defesa e sua inocência.
Gurgel confessa que acusou e o STF condenou Dirceu sem haver nenhuma prova contra ele
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acabou confessando que não havia nenhuma prova contra José Dirceu no julgamento da Ação Penal 470, do suposto "mensalão". "Em nenhum momento nós apresentamos ele [Dirceu] passando recibo sobre uma determinada quantia ou uma ordem escrita dele para que tal pagamento fosse feito ao partido 'X' com a finalidade de angariar apoio do governo", disse Gurgel.
As declarações do procurador confirmam que o julgamento da AP 470 no Supremo Tribunal Federal (STF) não levou em conta os argumentos da defesa. Ele acabou revelando que já estava tudo decidido antes do julgamento começar. Não havia provas, mas eles tinham que condenar Dirceu e seus companheiros, como exigia a mídia golpista e a oposição tucana. Na tentativa de justificar o comportamento abjeto de parte do STF em todo o processo, Gurgel foi se complicando cada vez mais ao revelar que não tinham prova nenhuma para apresentar. "Havia uma série de elementos de prova que apontavam para a participação efetiva de Dirceu", disse. Como assim, "elementos de prova?". Ou tinha prova ou não tinha. "O que tinha não era prova direta", admitiu o procurador.
Daí em diante ele começou a relatar o que eram os tais elementos de prova. "Fazia-se um determinado acerto com algum partido e dizia-se: quem tem que bater o martelo é o José Dirceu. Aí, ou ele dava uma entrada rápida na sala ou alguém dava um telefonema e ele dizia: 'Está ok, pode fechar o acordo'", disse.
É bom que se lembre que nesta época Dirceu era só o ministro da Casa Civil do governo Lula, ou seja, o coordenador político do governo. Avalizar acordos políticos da base aliada era sua tarefa. Mas, Gurgel concluiu que isso era uma prova de que ele "chefiava uma quadrilha".
Além da falta de provas ou evidências contra Dirceu, confessada agora pelo próprio Gurgel, outro fato desmoraliza ainda mais as decisões do STF. É que a acusação central da AP 470, de que houve desvio de dinheiro público, através do Visanet, para a compra de votos em apoio às propostas do governo Lula, não tem fundamento. Em primeiro lugar porque a Visanet é uma empresa privada com matriz nos EUA. Ela repassava recursos para o Banco do Brasil e outros bancos associados para a divulgação do uso de seu cartão. Não eram, portanto, recursos públicos. Ora vejam, o ponto central da acusação - dinheiro público - não existe. E mais, uma ampla auditoria do Banco do Brasil comprovou que os recursos repassados ao banco pela empresa americana foram totalmente usados na propaganda do uso do cartão Visanet.
A farsa do mensalão tinha "jurado" que esse dinheiro foi usado para comprar votos. É que, segundo os golpistas, os empréstimos do PT, assinados por José Genoino, eram falsos. Para Gurgel e Joaquim Barbosa, atual presidente do STF e relator da AP 470, a tal "compra de votos", chefiada por Dirceu, foi feita com os recursos que tinham sido repassados pela Visanet para o Banco do Brasil. "Esqueceram" de falar da auditoria que dizia o contrário, que tudo foi usado em propaganda. "Esqueceram" de ler o que constava dos autos. É neste contexto de falta do que dizer que apareceu a teoria do domínio do fato para dar sustentação à farsa promovida pela quadrilha togada.
Desprovido de "prova direta", Gurgel citou a teoria do domínio do fato, segundo a qual "o autor não é só quem executa o crime, mas quem tem o poder de decidir sua realização". "A teoria do domínio do fato vem para dizer que essas provas 'indicam' que ele [Dirceu] se encontrava numa posição de liderança nesse sistema criminoso. Então, é possível, sim, responsabilizá-lo a despeito da inexistência da prova direta. Prova havia bastante do envolvimento dele", disse o procurador. Gurgel não deixa dúvida que o desenterro dessa teoria – que teve origem no regime nazista – foi realizado para encobrir "a inexistência de 'prova direta'".
"O grande desafio desse processo era provar a responsabilidade do chamado núcleo político. Porque essa prova é diferenciada. (...) Pessoas do topo da quadrilha têm sempre uma participação cuidadosa e provas diretas são praticamente impossíveis", confessou o procurador. Mais claro do que isso impossível. Não havia prova, mas tinha que condenar.
Tinham que garantir a farsa jurídica. Aí nem o domínio do fato dava conta. Tiveram que fazer uma interpretação deformada da própria teoria do domínio do fato. Sim, porque mesmo o jurista social-democrata alemão, Claus Roxin, que revisou a teoria de Hanz Welzel, criada na Alemanha nazista em 1939, disse, em passagem pelo Brasil, que o domínio do fato não dispensa a necessidade de apresentação de provas. Mas, Gurgel não se preocupou com isso. Comemorou a farsa como "um marco, talvez um divisor de águas na história de responsabilizar pessoas envolvidas em esquema de corrupção no país".
Concluindo a entrevista na "Folha de S. Paulo", o procurador falou do resultado conseguido com o julgamento. Disse aquilo que vários juristas já vinham concluindo. Que tudo não passou de um julgamento político. "Era uma das primeiras vezes que se responsabilizava todo um grupo que dominava o partido do governo", festejou Gurgel. "Quando nos defrontamos em qualquer investigação com um esquema criminoso muito amplo, você tem que optar, em determinado momento, por limitar essa investigação". "Limitou" a investigação, claro, ao que exigia a mídia golpista: a criminalização do PT e do governo Lula. Já contra o apadrinhado da mídia golpista, o ex-senador do Dem, Demóstenes Torres, com provas abundantes de sua parceria com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o comportamento do procurador foi de abafar e engavetar o escândalo.
Em suma, o procurador e o relator da AP 470 usaram a "teoria" para substituir a necessidade de investigação e de apresentação de provas. Como disseram alguns analistas, a entrevista de Gurgel foi um verdadeiro tiro no pé do STF. O próprio Dirceu já está se embasando nas palavras que o procurador deixou escapar para reafirmar ua defesa e sua inocência.
“Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez. Fracassa de novo. Fracassa melhor.”
O texto abaixo foi publicado otiginalmente no blog Saque e Voleio, de Alexandre Cossenza.
"Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez.
Fracassa de novo. Fracassa melhor."
A frase, tatuada no braço esquerdo do tenista suíço diz mais do que todas linhas deste post. Siga adiante ciente disto, caro leitor. Porque há pouco mais a dizer sobre o mais novo campeão de Grand Slam. A coroação de Stanislas Wawrinka, neste domingo, é nada mais do que uma celebração de fé, luta, persistência, uma dúzia de adjetivos que, como escrevi linhas acima, não reproduzem a relação entre a frase de Samuel Beckett e o título do Australian Open.
Contra Novak Djokovic, eram 14 derrotas seguidas, incluindo um traumatizante quinto set lá mesmo, em Melbourne, pouco mais de um ano atrás. Contra Rafael Nadal eram 12 reveses. Nenhuma vitória, nenhum set vencido. Seis tie-breaks perdidos.
"Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez."
E Wawrinka tentou. E tentou. E tentou. E, enfim, conseguiu. E não foi em uma primeira rodada de ATP 500 nem em uma quase relevante final de aquecimento. Foi em Melbourne, na Rod Laver Arena, para conquistar um título de Grand Slam.
Não foi de um dia para o outro, claro. Talvez o Australian Open de 2013 tenha acordado o mundo para o potencial de Wawrinka. Sim, o suíço já havia sido top 10 lá em 2008, mas ninguém via, até então potencial para vencer um Slam. E talvez aquele torneio do ano passado tenha despertado o próprio Wawrinka, ainda que grandes resultados não tenham aparecido imediatamente depois. Mas o jogo estava lá esse tempo inteiro. O saque, o forehand angulado, os voleios… Tudo funcionava. Talvez não com a consistência necessária, mas estava tudo ali.
"Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez."
E o backhand? Nunca esteve melhor, mais pesado, mais contundente. Obsceno, eu diria, só para discordar logo depois. Nu artístico descreveria melhor o que Wawrinka faz com o golpe. Nem Djokovic, nem Berdych, nem Nadal. Nenhum dos três encontrou uma solução para a esquerda de Stan.
A coroação, ironia do destino, veio com a manifestação de mais um dementador. Depois fazer de um primeiro set brilhante e de atropelar um Nadal abalado fisicamente na segunda parcial, Stan desandou a errar. Talvez pelos nervos por causa do título que se aproximava, talvez pela incerteza sobre a lesão do oponente, Wawrinka perdeu o terceiro set por méritos próprios. E depois de quebrar o rival no quarto set, falhou espetacularmente. Errou três bolas fáceis e cedeu a quebra.
Nadal não tinha como jogar de igual para igual. O jogo estava na raquete do suíço, que fez o patronus, colocou a cabeça no lugar e quebrou o espanhol outra vez. O placar mostrava 5/3. Mais quatro pontos, e Stanislas Wawrinka tornou-se, aos 28 anos, campeão do Australian Open.
"Fracassa de novo. Fracassa melhor."
PS: – A frase citada no primeiro parágrafo é a tradução oficial do trecho retirado da prosa "Worstward Ho", do irlandês Samuel Beckett, publicada em 1983, seis anos antes da morte do escritor. A versão tatuada no braço de Wawrinka é a original, em inglês, que diz: "Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail Better."
Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, é um homem criativo
Em entrevista à imprensa, em Londres, Barbosa afirmou que "pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena."
É uma teoria válida, só que não consta na Constituição, nem no Código Penal. O curioso é que Barbosa jamais reclamou da imprensa condenar previamente os réus e exercer uma absurda pressão sobre os próprios juízes. Não, Barbosa não disse nada sobre isso. Ao contrário, Barbosa usou a mídia para se projetar.
A frase de Barbosa reflete bem o seu autoritarismo tacanho. Uma das funções de uma imprensa livre, num regime democrático, é justamente dar voz àqueles que são perseguidos ou condenados pelo Estado. Esse "ostracismo" enquanto penalidade tácita, não inscrita no código penal, é muito usado na China e na Coréia do Norte. Lá, a imprensa não contesta nenhuma condenação judicial, e nenhum réu tem espaço na mídia para reclamar sua inocência ou criticar as autoridades.
Numa democracia é o contrário. O filme mais cotado para vencer o Oscar é a história de um dos maiores criminosos da modernidade. O filme O lobo de Wall Street conta uma história real, a de Jordan Belfort, um golpista do mercado financeiro que ludibriou milhões de pessoas em todo mundo. Muita gente hoje não tem aposentadoria ou vive em dificuldades financeiras por causa dos golpes de Belfort. O sujeito é um verdadeiro escroque.
E, no entanto, jamais passaria pela cabeça de um juiz da Suprema Corte americana, tão idolatrada por Joaquim Barbosa, afirmar algo tão esdrúxulo como o que ele falou: que a imprensa não deveria dar espaço a um criminoso, porque isso "faz parte" da pena.
Ora, em primeiro lugar, é estranho que o ministro da Suprema Corte dê tantas entrevistas e ocupe um espaço político que ele não deveria ocupar. A Constituição diz, claramente, que é vedado ao juiz exercer qualquer atividade político-partidária. O Código de Ética da Magistratura diz a mesma coisa. E a longa tradição do Judiciário ocidental sempre orientou juízes a só falarem nos autos.
A afirmação de Barbosa é autoritária e ultrapassada, mas reflete também o seu desconforto diante da avalanche crescente de críticas que tem aparecido contra seu desempenho. E não apenas de réus condenados, mas de juristas consagrados. Celso Bandeira de Mello, por exemplo, falou que Barbosa mereceria um impeachment. Barbosa defenderá também "ostracismo" para os juristas que o criticam?
por Fernando Brito
Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, é um homem criativo
Em entrevista à imprensa, em Londres, Barbosa afirmou que "pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena."
É uma teoria válida, só que não consta na Constituição, nem no Código Penal. O curioso é que Barbosa jamais reclamou da imprensa condenar previamente os réus e exercer uma absurda pressão sobre os próprios juízes. Não, Barbosa não disse nada sobre isso. Ao contrário, Barbosa usou a mídia para se projetar.
A frase de Barbosa reflete bem o seu autoritarismo tacanho. Uma das funções de uma imprensa livre, num regime democrático, é justamente dar voz àqueles que são perseguidos ou condenados pelo Estado. Esse "ostracismo" enquanto penalidade tácita, não inscrita no código penal, é muito usado na China e na Coréia do Norte. Lá, a imprensa não contesta nenhuma condenação judicial, e nenhum réu tem espaço na mídia para reclamar sua inocência ou criticar as autoridades.
Numa democracia é o contrário. O filme mais cotado para vencer o Oscar é a história de um dos maiores criminosos da modernidade. O filme O lobo de Wall Street conta uma história real, a de Jordan Belfort, um golpista do mercado financeiro que ludibriou milhões de pessoas em todo mundo. Muita gente hoje não tem aposentadoria ou vive em dificuldades financeiras por causa dos golpes de Belfort. O sujeito é um verdadeiro escroque.
E, no entanto, jamais passaria pela cabeça de um juiz da Suprema Corte americana, tão idolatrada por Joaquim Barbosa, afirmar algo tão esdrúxulo como o que ele falou: que a imprensa não deveria dar espaço a um criminoso, porque isso "faz parte" da pena.
Ora, em primeiro lugar, é estranho que o ministro da Suprema Corte dê tantas entrevistas e ocupe um espaço político que ele não deveria ocupar. A Constituição diz, claramente, que é vedado ao juiz exercer qualquer atividade político-partidária. O Código de Ética da Magistratura diz a mesma coisa. E a longa tradição do Judiciário ocidental sempre orientou juízes a só falarem nos autos.
A afirmação de Barbosa é autoritária e ultrapassada, mas reflete também o seu desconforto diante da avalanche crescente de críticas que tem aparecido contra seu desempenho. E não apenas de réus condenados, mas de juristas consagrados. Celso Bandeira de Mello, por exemplo, falou que Barbosa mereceria um impeachment. Barbosa defenderá também "ostracismo" para os juristas que o criticam?
por Fernando Brito
JB - o mais perfeito especimen de jagunços, por Francisco de Assis
Este é o refrão que sugiro para a cantoria nas ruas.
JOAQUIM BARBOSA
SEU COVARDÃO
VEM CÁ PRÁ RUA
DISPUTAR UMA ELEIÇÃO
Psicopata desvinculado da realidade, e ainda por cima leitor do Globo e da Veja, até deve sonhar que seria coroado Rei Joaquim pelo povo. O problema é que um mero empregado da Casa Grande, e apenas cumpre ordens. E a direita escravocrata brasileira não vai querer trocar do cargo atual o mais perfeito especimen de jagunço que encontrou em mais de 500 anos de história de dominação do Brasil.
É lá no STF, a postos para o golpe a ser tentado em 2014, que ele deve ficar.
Se não conseguirem, pois "maiores são os poderes do povo", restará a este senhor se arrastar com a sua coluna vergada para a Casa Grande até o final de seu mandato no supremo, prestando mais alguns serviços sujos, tais como manter, em sessões de tortura judicialescas, as suas patas e caninos sobre os "seus" presos petistas, segurando suas cabeças para a Globo exibir como troféu até as eleições, e inocentar seus patrõezinhos mafiosos na corja política do PSDB, DEM e agregados.
Para em seguida se aposentar, mergulhando na mediocridade de um dos rodapés mais fétidos e vergonhosos da história brasileira.
E, quem sabe, virar sócio de Gilmar Mendes na Casa Grande de alguma fazenda do Mato Grosso, para comandar seus jagunços menores, completando a grande metamorfose de sua vida.
O tempo de celebridade de Joaquim Barbosa está chegando ao fim
João Paulo Cunha disse que, ao sair em férias sem assinar o seu mandato de prisão, o ministro Joaquim Barbosa fez "pirotecnia para ter mais dois minutos de repercussão''. Ouvido, o presidente do STF eriçou-se:
"Esse senhor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, pelos 11 ministros do STF. Eu não tenho costume de dialogar com réu. Eu não falo com réu'', disse Barbosa, ao desembarcar em Londres. "Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu.''
Língua em riste, o ministro alvejou também a imprensa: "Eu acho que a imprensa brasileira presta um grande desserviço ao país ao abrir suas páginas nobres a pessoas condenadas por corrupção. Pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena.''
Beleza. Mas João Paulo não teria dado entrevista se estivesse na cadeia. E só não foi preso porque Barbosa se absteve de assinar o mandado. Portanto, cabe observar: o presidente do Supremo presta um grande desserviço ao país ao sair em férias sem cumprir a obrigação de enviar à polícia os papéis necessários à prisão de pessoa condenada por corrupção. Magistrados devem agir com presteza. Faz parte do trabalho.
por Josias de Souza
O Lacerdinha mor do Brasil
É um pessoal que se acha sem ideologia, pois, para o lacerdinha autêntico, ideologia é coisa de esquerdista comedor de criancinha. A direita Miami acredita que todo esquerdista é comunista de carteirinha e que sonha com uma sociedade no modelo da Coreia da Norte.
O ideal da direita Miami é comer hambúrguer na Flórida, visitar a Disney todos os anos, ler a Veja, ver BBB, copiar e colar artigos de colunistas que falam todo dia da ameaça vermelha – e não é o Internacional nem o América do Rio -, esbaldar-se em shoppings sem rolezinhos, salvo de patricinhas e mauricinhos, e denunciar programas governamentais, exceto de isenções de impostos para ricos, como esmolas perigosas e inúteis.
A direita Miami tem uma maneira curiosa de raciocinar.
– Se você é esquerdista, por que vai à Europa?
– Não entendi a relação – balbucia o ingênuo.
– Se você é esquerdista, por que tem plano de saúde?
A direita Miami contabiliza as mortes produzidas pelo comunismo, no que tem razão, mas jamais pensa nas mortes produzidas pelo capitalismo no passado e no presente. Mortes por fome, falta de condições sanitárias e doenças evitáveis não impressionam os lacerdinhas. Não parece possível à direita Miami que se possa recusar o comunismo e o capitalismo brasileiro. A social-democracia escandinava, por exemplo, não chama atenção dos sacoleiros de Miami. É uma turma que quer muito Estado para si e pouco para os outros. De preferência, muito Estado para impedir greves, estimular isenções fiscais para grandes empresas e reprimir movimentos sociais.
O mais curioso na direita Miami é que, embora defenda o Estado mínimo na economia, salvo se for a seu favor, gosta de Estado robusto em questões morais como consumo de drogas e de sexualidade, aquelas que, mesmo criticando, costuma praticar e exigir tratamento diferenciado quando o Estado flagra algum dos dela em conflito com a lei. A direita Miami fala ao celular, dirigindo, sobre a sensação de impunidade no Brasil e, se multada, denuncia imediatamente a indústria da multa.
A direita Miami é contra cotas, Bolsa-Família, ProUni e todos esses programas que chama de assistencialistas e eleitoreiros. Vive de olho no impostômetro e, para não colaborar com a excessiva arrecadação dos governos, faz o que pode para sonegar o que deve ao fisco. Roubar do Estado que gasta mal parece-lhe um dever moral superior.
Um imperativo categórico.
A direita Miami vive denunciando Che Guevara, mas nunca fala de Pinochet. Se dá uma melhorada na economia dos camarotes, pode torturar e matar. As vítimas são esquerdistas mesmo. A direita Miami adora metrô em Paris, quando vai até lá, apesar de achar que tem muito museu chato e pouco shopping bacana, mas é contra estação de metrô no seu bairro. Tem medo que atraia “marginais”. A última moda da direita Miami é o sertanejo universitário. Quanto mais a tecnologia evolui, mais a direita Miami se torna primária. O que lhe falta, resolve com silicone.
Em tempo: Juremir Machado da Silva, nascido em 29 de janeiro de 1962, em Santana do Livramento, graduou-se em História (bacharelado e licenciatura) e em Jornalismo pela PUCRS, onde também fez Especialização em Estilos Jornalísticos. Passou pela Faculdade de Direito da UFRGS, onde também chegou a cursar os créditos do mestrado em Antropologia. Obteve o Diploma de Estudos Aprofundados e o Doutorado em Sociologia na Universidade Paris V, Sorbonne, onde também fez pós-doutorado. Como jornalista, foi correspondente internacional de Zero Hora em Paris, trabalhou na IstoÉ e colaborou com a Folha de S. Paulo. Atua como colunista do Correio do Povo desde o ano 2000. Tem 27 livros individuais publicados, entre os quais Getúlio, 1930, águas da revolução, Solo, Vozes da Legalidade e História regional da infâmia, o destino dos negros farrapos e outras iniquidades brasileiras. Coordena o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUCRS. Apresenta diariamente, ao lado de Taline Oppitz, o programa Esfera Pública, das 13 às 14 horas, na Rádio Guaíba.
Joaquim Barbosa - "Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu"
Faz parte da minha vida a transparência. Meus sigilos estão a disposição de quem queira analisar. Quero ver os que me condenaram colocarem os deles a disposição do povo brasileiro. Eu não tenho apartamento comprado por 20 dólares através de empresa com sede em apartamento funcional não.
Saul Leblon - A velha senhora, a turbulência cambial, está de volta à América Latina
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Porto de Mariel gera mais de 150 mil empregos no Brasil
“É importante ressaltar que US$ 800 milhões foram gastos integralmente no Brasil para financiar exportação de bens e serviços brasileiros para construção do porto e, como consequência disso, gerando algo em torno de 156 mil empregos diretos, indiretos e induzidos, quando se analisa que a partir de cada US$ 100 milhões de bens e serviços exportados do Brasil, por empresas brasileiras, geram-se algo em torno de 19,2 mil empregos diretos, indiretos e induzidos”, explicou Hueb.
“O Porto de Mariel é importante para aumentar a inserção caribenha do Brasil. Evidentemente o Brasil tem uma inserção maior no nosso entorno regional, que é a América do Sul. O Brasil tem historicamente uma inserção menor na América Central e também no Caribe. Provavelmente, com a vinda de empresas brasileiras para se instalarem no Porto de Mariel, que é um porto que oferece uma série de vantagens fiscais, mais ou menos como o modelo das zonas de processamento de exportação (ZPE) no Brasil, com sistema de drawback, sem limite de remessas para múltiplos de dividendos, haverá uma maior presença comercial do Brasil, não só em Cuba, mas em toda a região. Essa que é a importância para o Brasil do Porto de Mariel”, diz.
“Desde o momento que se decidiu fazer, há cinco anos atrás, isso tem implementado grandemente a presença brasileira no país, nas exportações. Com a obra de Mariel, mais, praticamente, 500 empresas se beneficiaram com essa obra, onde essa obra vai representar um momento diferente comercial de Cuba para o mundo… eu acho que nós usaremos também Mariel para o crescimento das nossas exportações”, afirma.
Pode ter certeza que seria assim
"mensalão tucano" tem tratamento diferenciado no Judiciário
Visite MobilizaçãoBR em: http://www.mobilizacaobr.
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Aécio Neves está certo
O país dos tucademospiganalhas era o Brazil
Aécio Neves (PSDB) afirma: "Dilma falando de um País que infelizmente não é o nosso"
"Não vai ter Copa", é movimento político da Rede, Psol e PSTU
"Um bando de irresponsáveis", diz dono do fusquinha incendiado
Que devem responder na Justiça por tentativa de homicídio contra cinco pessoas
Durante os protestos contra a Copa do Mundo no centro de São Paulo neste sábado (25), um grupo de terroristas - infiltrados - colocou fogo em um fusca nas proximidades da Praça Roosevelt por volta das 20h. O proprietário do veículo, um serralheiro de 55 anos que não quis se identificar, estava voltando da igreja junto com mais quatro pessoas no carro, dentre elas uma criança de quatro anos, quando o fato aconteceu.