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Caso HSBC pode ser o maior caso de sonegação do Brasil

Senador comemora "conquista enorme" do compartilhamento de dados pela Justiça francesa, autorizado nesta semana, e diz que agora a investigação "só não avança se não quiser"

Responsável pelas mais incisivas críticas sobre a possibilidade de a Comissão Parlamentar de Inquérito do HSBC encerrar seus trabalhos sem cumprir seu papel, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) diz estar animado com a chance de “ressurreição” das investigações, e lamenta a obstrução dos trabalhos ocorrida em 2015.
O parlamentar contou ao iG que ficou sabendo da notícia do compartilhamento de dados ainda na quarta-feira (13), e que de lá pra cá conversou com o presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-PA), e com o relator, Ricardo Ferraço (sem partido-ES), sobre a retomada das investigações.
Senador acredita que CPI poderá analisar e descobrir irregularidades nas transações dos correntistas brasileiros que abriram conta na filial do HSBC em Genebra

Senador acredita que CPI poderá analisar e descobrir irregularidades nas transações dos correntistas brasileiros que abriram conta na filial do HSBC em Genebra
O senador acredita que agora a CPI poderá analisar e descobrir irregularidades nas transações dos correntistas brasileiros que abriram conta na filial do HSBC em Genebra, na Suíça. De acordo com as investigações internacionais, mais de oito mil brasileiros podem ter tido contas com movimentações suspeitas no banco entre 2005 e 2007.
A CPI só não avança agora se não quiser. É a chance de ressurreição da CPI"


iG teve acesso ao documento da Justiça da França, encaminhado em 8 de janeiro ao Brasil por meio da Coordenação Geral de Recuperação de Ativos do ministério da Justiça.

CPI do HSBC

PT tira casquinha dos denunciados e o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) informa que pedido de quebra de sigilos será prioridade 

Da Redação do Vi o Mundo
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O site do PT foi rápido ao preparar uma arte (acima) com os símbolos de todas as empresas de mídia que tiveram nomes de seus executivos e jornalistas ligados ao escândalo do HSBC.
O redator do texto que acompanha a ilustração parece ter tido imenso prazer em apontar a hipocrisia de alguns dos integrantes da lista:
A lista mais recente, divulgada pelo jornalista Fernando Rodrigues e pelo site do jornal “O Globo”, contém o nome do já falecido empresário Otávio Frias, fundador do Grupo Folha, e de seu filho, Luís Frias, um dos donos do Uol, como beneficiário de conta no paraíso fiscal.
O material também revela o nome de Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da Globo, morta em 2011, com nada menos que US$ 750,2 mil.  O material caiu como uma bomba dentro da organização que tentou desviar a atenção do caso relacionando o ex-marido de Lily, Horácio de Carvalho, morto em 1983, aos recursos.
Quatro integrantes da família Saad, da Rede Bandeirantes, também mantinham contas  no HSBC, em Genebra. São eles, João Jorge Saad, a empresária Maria Helena Saad Barros, Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet.
A conta de José Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da Abril, que edita a revista Veja, um dos mais raivosos meios de imprensa contra o governo e o Partido dos Trabalhadores,  também foi revelada.
O apresentador do SBT, Carlos Massa, conhecido como Ratinho, manteve a bagatela de US$ 12,4 milhões nos cofres suíços, enquanto desfere discurso contra políticos em seu programa de tevê.
Mona Dorf, jornalista ligada à Rádio Jovem Pan, que mantém programa no qual profere libelos contra a corrupção, mantinha US$ 310 mil na conta no paraíso fiscal.
Falta apenas o PMDB indicar seus integrantes na CPI, criada por requerimento do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
A justificativa oficial fala em investigar o HSBC, não os correntistas:
Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do § 3º do art. 58 da Constituição Federal e do art. 145 do Regimento Interno do Senado Federal, a criação de comissão parlamentar de inquérito, composta por onze Senadores titulares e seis suplentes, para investigar, no prazo de cento e oitenta dias, irregularidades praticadas pelo HSBC na abertura de contas irregulares, em que mais de U$ 100 bilhões foram potencialmente ocultados ao Fisco de mais de 100 países, dentre os quais há cerca de 8.000 brasileiros, com uma estimativa preliminar de mais de U$ 7 bilhões que se furtaram a cumprir suas obrigações tributárias, evidenciando a potencial prática de crimes que vão de evasão de divisas a inúmeras fraudes fiscais, e que podem estar associadas a um incontável número de outras redes criminosas.
Isso é relevante, já que tudo indica que os barões da mídia atuarão através de seus lobistas para tentar circunscrever as investigações.
No entanto, falando ao jornalista Fernando Rodrigues, que sentou sobre a lista durante longas semanas, o senador Randolfe prometeu que um de seus primeiros requerimentos depois de instalada a CPI será para a quebra do sigilo fiscal das pessoas que já tiveram seus nomes revelados.
O próprio senador destacou, em sua página no Facebook, o trecho mais relevante da entrevista:

Psdb assina a CPI do Suiçalão








Psol obtém assinaturas para criar CPI da listagem do HSBC




O senador Randolfe Rodrigues (Psol) anunciou ter coletado as assinaturas necessárias para investigar os correntistas do HSBC que depositaram dinheiro na Suiça. A maioria das pessoas e empresas que fazem uso desse artifício são sonegadores, contraventores, traficantes de drogas e armas.

Coincidentemente nenhuma senador do Psdb assinou o pedido. Nem essa notícia foi manchete no Jornal Nacional. Muitas pessoas desconfiam que a Rede Globo e tucanos graúdos tem muito dinheiro na Suiça.

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