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Com todo desrespeito
Mensagem da Vovó Briguilina
Com todo respeito
A corja rouba e os idiotas aplaudem
"Enquanto todos os olhares se voltavam à perda do grau de investimento do País, a Câmara dos Deputados aprovava na correria de sempre, no mesmo dia e na mesma hora, uma reforma eleitoral cujo texto e extensão só se conheceram depois de consumada a votação. Os deputados oficializaram o obscurantismo.
Graças à reportagem de Daniel Bramatti, sabe-se agora que a Câmara, entre outros retrocessos, tornou legal a lavagem das doações ocultas de campanha. Transformou em lei o que era um truque, um jeitinho. A partir das próximas eleições, não será mais possível saber, por exemplo, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), elegeuse com dinheiro da Ambev, da Rima Industrial e da Telemont Engenharia. Ou que o relator da reforma, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi apadrinhado pelo banco BMG.
A nova legislação proíbe a doação direta de empresas a candidatos. A partir de agora, a pessoa jurídica que quiser investir na política terá de, obrigatoriamente, pagar pedágio para o partido. Todo o dinheiro doado passará por seus comitês financeiros. De lá, seguirá lavadinho e anônimo para os políticos. Na prestação de contas do candidato só aparecerá que o dinheiro veio do seu partido. E, na do partido, que ele deu tanto para o candidato, sem declarar o nome do doador original.
A mudança está no 12.º parágrafo do artigo 28 da nova lei: "Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores".
O efeito prático da reforma obscurantista aprovada com o voto de mais de 300 deputados é que: 1) a empresa saberá se a quantia que doou foi a mesma que o candidato que ela pretendia financiar recebeu, 2) o partido saberá de quem recebeu o dinheiro e para quem repassou essa grana, 3) o candidato saberá quanto recebeu do partido e poderá conferir com o empresário doador se o valor bate. Mas o eleitor e a Justiça eleitoral não saberão mais qual empresa financiou qual candidato. A sociedade ficará no escuro.
Essa mudança fundamental da legislação poupa os políticos do constrangimento de o público ficar sabendo que são financiados pela indústria de armas, ou que fazem parte da bancada do bife (financiada pelo frigorífico JBS), da cerveja, das mineradoras, das empreiteiras, dos bancos, das seguradoras – e por aí vai.
Para os financiadores, também é conveniente porque fica mais difícil de estabelecer uma ligação direta entre a empresa e um ou mais políticos. Assim, quando esse político assinar um contrato com aquela empresa, aprovar uma lei que a beneficie, barrar uma convocação de seu dono para depor em uma CPI, ninguém poderá afirmar com certeza que ele está retribuindo o favor pelo dinheiro que recebeu da empresa durante a campanha eleitoral."
José Roberto de Toledo
São todos transviados
- Não
Parodiando o The i-piaui heraldLevy espera quitar a dívida externa até o final do anoPURGATÓRIO - Crucificada após anunciar a volta da CPMF, acuada com a baixa popularidade e desacreditada pelos fariseus, a presidente Dilma Rousseff teve uma iluminação. "Irmãos, um milagre aconteceu. Daqui pra frente, nada de CPMF ou qualquer imposto novo. Encontrei Jesus e, de quebra, a solução divina para ressuscitar as contas públicas", discursou, altiva, enquanto comandava uma sessão de descarrego em Joaquim Levy e Nelson Barbosa.
Em seguida, Dilma anunciou que transformará o Estado brasileiro em uma imensa igreja evangélica. "Em vez arcar com impostos e não ver retorno na saúde, na educação ou na moradia, o brasileiro de boa fé agora pagará dízimo à União", discorreu, subindo o tom. "Tenho certeza de que o povo entenderá essa cobrança como um investimento na vida eterna", completou o pastor Joaquim Levy, "com retornos e garantia de prosperidade ainda nesta vida".
Inspirada pelo Espírito Santo, Dilma evocou o Direito Divino para enquadrar os três Poderes. "O STF, que anda moroso, passa a ser vigiado pelo Tribunal da Inquisição, comandado pelo chefe da Casa Civil. E os deputados e senadores que quiserem derrubar alguma medida provisória minha devem ser libertados do mal, já que só podem estar possuídos", concluiu.