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Sonhos de uma elite no verão, por Fábio de Oliveira Ribeiro

O final de ano é feito de celebrações. E ninguém sabe celebrar melhor este momento do que a elite brasileira. Em cerimônias regadas a vinhos franceses e italianos, vodcas russas e whiskies escoceses, a nata da sociedade paulista, carioca e mineira (os "outros" são nordestinos demais ou sudestinos de menos) se dedica a alegres regabofes pagos com dinheiro público ganho mais ou menos honestamente. As carreiras de cocaína, servidas em bandejas de prata, dão um toque todo especial às ocasiões sociais que encerram mais um ano de pilhagem aos cofres públicos.

Suponho, porque o Brasil é um país que supera quaisquer suposições e porque cá a natureza dadivosa é capaz de produzir até supositores ou supositadores como se fossem os supositórios de uma realidade sempre indesejada pelos elitistas, que os intelectuais de direita frequentem ditas festas. Embriagados de prazer, de birita e de pó, alguns deles provavelmente se põe a filosofar sobre o que 2015 nos reserva quando encontram casualmente os verdadeiros barões da terra.

Enumerarei abaixo 10 hipóteses de teses altamente sofisticadas que devem estar circulando pelas cabeças que acreditam ser as mais pensantes do país:

1- Em 2015 poderia ocorrer a queda do avião presidencial brasileiro. Com tantos aviões caindo porque não pode cair aquele que carrega este povo abusado que ousou se fazer poder de saia, saiote e calcinha.

2- A crise persistente pode fazer Dilma Rousseff proibir o carnaval e aumentar em 200% o preço da cerveja. Revolução certa antes da Pascoa.

3- Esqueçam o TSE, que não manda em merda nenhuma. Logo, logo os nossos homens no STF declaram Aécio Neves presidente. E então ele poderá se comprometer a despetizar o Brasil com a mesma eficiência que teve ao destucanizar Minas Gerais.

4- Tem gente demais no planeta. Uma guerrinha mundial deve ocorrer em breve para limpar a área. Obama bem que poderia mandar nosso US Army invadir a Rússia e a China. Se fizer isto depois de ter admitido que os EUA não consegue nem mesmo ocupar Cuba ele será considerado um gênio. Entre as consequencias do conflito aquilo que o CRM mais deseja: os médicos cubanos serão remetidos para casa porque o Brasil será neutro e Cuba declarará guerra ao Tio Sam. "Vai prá Cuba" poderá, enfim, ser novamente usado contra os esquerdistas decrépitos.

5- Imaginando que pode transformar o inimigo em aliado, Putin invade a Manchúria e a Coréia, dois territórios de onde os russos acreditam que nunca deveriam ter saído. E os EUA conseguem enfim retomar e ganhar a guerra vergonhosamente perdida além do paralelo 38.

6- O Vietnam de alia a China contra os EUA. E os norte-americanos invadem a Argentina dizendo que não correrão o risco de levar outra surra dos vietnamitas. Bem feito para Cristina Kirchner, que tem agido como uma verdadeira discípula de Ho Chi Minh.

7- Lula morre de câncer e o cansado FHC encontra a Fonte da Juventude. Com FHC podendo disputar um 3⁰ e 4⁰ mandatos a imprensa poderá reencontrar o Eldorado perdido nos últimos 12 anos.

8- O MST se dissolve ou é comprado pelos ruralistas. Assim Kátia Abreu poderá abrir os cofres do BB e da CEF apenas para os latifundiários improdutivos como o dono da Rede Bandeirantes.

9-Perseguido na Itália, Berlusconi se muda para o Brasil e se naturaliza para poder entrar na politica. Enfim, nossos patrões-amigos poderão ter no Congresso seu próprio homem forte importado.

10-Os ingleses inventam uma maneira de produzir whisky 15 anos em 15 meses com água do Rio Negro. E então as Cestas de Natal que distribuirmos para os Vips ficarão mais chiques e baratas.

Peço desculpas aos leitores por não conseguir ser tão conteudístico quando Olavo Carvalho, filosoficado quanto Reinaldo Azevedo, textosexudo quanto Luiz Felipe Pondé, moralistadefurnas quanto Eliane Cantanhêde, histéricolerico quanto Lobão e profundático quanto Demétrio Magnoli. Para mim é mais fácil ser lógico do que ilógico, coerente do que irracional e patriota do que serviçal de potências estrangeiras. Além disto, há décadas que não consumo exageradamente bebidas alcoólicas e o mais perto que cheguei de cocaína foi consultando o verbete da mesma na Wikipédia. A pobreza da minha prosa pseudo-direitista deve ser, portanto, desculpada.    

Sergio Saraiva: Seremos capazes de construir uma nova ordem social sem confronto?

Em exatos 15 dias, entre os dias 15 e 30 de dezembro de 2014, quatro grandes jornalistas, Luis Nassif, Paulo Nogueira, Saul Leblon e o mestre Janio de Freitas escrevem artigos em que tentam racionalizar a insólita crise do governo petista. Três desses grandes jornalistas fazem duras criticas ao PT, um, pelo menos, vê esperanças em um rearranjo das forças progressistas.

Às vésperas da posse de Dilma Rousseff , vencedora da mais acirrada eleição pós-redemocratização, com o PT iniciando seu quarto mandato consecutivo e sendo tais jornalistas esteios do pensamento progressista na imprensa, tais artigos deveriam soar-nos estranhos. Por que então nos parecem tão sensatos?

O PT não é mais o PT.  O "PT de Lutas", o grande "PT de Lutas", com sua poderosa base sindical e movimentos populares, não resistiu ao "PT do Lula Lá" que assumiu o governo em 2002. O "PT do Lula Lá" estará subindo a rampa do Planalto com a vitória de Dilma em 2014, o "PT de Lutas" se debate em dúvidas e desencanto.

O desencanto parece ser patente a ponto dos vencedores das eleições presidenciais de 2014 agirem como perdedores e os perdedores cantarem vitória.

Não sem razão. A união de forças da direita sempre existiu, mas ela levar povo às ruas era coisa inaudita por mim em meus mais de meio século de vida. Acham-se fortes para não precisar respeitar decisões democráticas. Chamam para o confronto. Mas elas mesmas nunca foram confrontadas nos governos petistas.

E talvez seja esse confronto inevitável se deseja se construir uma nova ordem social no Brasil.

Por que, então, foi adiado de 2002 até hoje?

Porque inicialmente não havia força para isso e porque no momento certo não travou-se o bom combate.

Vejamos.

A esquerda havia que endurecer, mas apenas lhe restava a ternura.

O PT só foi forte na oposição, quando assume o poder federal, o faz sem poder contar com um movimento de esquerda robusto para confrontar as forças da direita.

Nesse ponto, na falta de confronto às forças reacionárias, retroagiu-se a um estágio anterior aos anos 80, quando um movimento sindical combativo e organizações sociais atuantes, principalmente organizações da Igreja ligadas a Teologia da Libertação, conquistaram junto à burguesia o respeito pelas classes operárias. Em muito, respeito por medo, respeito ainda assim.

Ocorre que entre essa época, os anos 80, e a chegada do PT à presidência, transformações na organização social do Brasil e do mundo minaram esse poder popular.

No mundo, o pontificado de João Paulo II imobilizou os movimentos da Teologia da Libertação e no seio da Igreja católica no Brasil assumiu o poder sua porção conservadora e reacionária paralisando os movimentos sociais que dela dependiam. A queda do Muro de Berlim simbolizou um momento de baixa para a ideologia de esquerda. No Brasil, os governos FHC, que conquistaram corações e mentes com a bandeira socialdemocrata e o engodo do "real forte", aliam-se ao conservadorismo do "Consenso de Washington" e protegido pelas mesmas forças que hoje se unem contra os governos petistas promovem com suas crises, através do desemprego e da precarização das relações trabalhistas o desmonte do sindicalismo, base do petismo.

Com os movimentos sociais manietados, com o sindicalismo enfraquecido e com os intelectuais de esquerda repensando a própria ideologia, em 2002, "Lulinha paz e amor" elege-se porque a esperança vencia o medo. O governo FHC cai de podre, literalmente, não é derrubado. As forças reacionárias não estavam acudas por um movimento de esquerda tal quais os que levaram a governos esquerdistas na Venezuela e na Bolívia. Estavam momentaneamente inviabilizadas politicamente.

O governo Lula não assume em uma posição de força, só sua fraqueza poderia explicar Henrique Meirelles no Banco Central como fiador das forças de mercado.

Lula não é nosso Robespierre.

Por enfraquecido que tenha sido o início do governo, houve tempo para fortalecer a musculatura institucional, pois foi apenas em 2005, quando Lula e o PT já haviam se assenhoreado da máquina pública, que as forças reacionárias se sentiram fortes para desafiar-lhe o poder.

Mas Lula não é Robespierre, é um conciliador, quis-se por republicano, jamais confrontou as forças conservadoras. Elas, no entanto, sempre o tiveram como inimigo.

E, a partir do momento em que o presidente do STF em um gesto de atrevimento e audácia chama o presidente da República às falas e este não reage, e mais, em um outro episódio, entrega-lhe a cabeça do diretor geral da Polícia Federal ou quando permite que os principais quadros de seu partido sejam tratados como batedores de carteira por ventanista da oposição sem qualquer reação, perderam dele qualquer receio ou medo. O outrora poderoso PT era, agora, um tigre de papel.

Por que, em qualquer desses momentos, o enorme capital político de que dispunha e fora duramente amealhado, a militância do "PT de Lutas" e as organizações sociais a ele filiadas, não foi posto nas ruas para defender o governo que, em última instância, era o "seu" governo, ainda é coisa para a qual não tenho explicação.

Evitou se o confronto, mas o movimento social de apoio perdeu força de mobilização.

Lula se manteve por dois mandatos no poder por ser um gênio político e porque o país era tão injusto que uma mínima melhoria das condições de vida da população mais pobre – não passavam mais fome, e uma pequena recuperação do poder aquisitivo do proletariado que podia então assumir prestações de até 48 meses, pareceu ser uma revolução social.

De cima desse capital, o PT ganhou mais duas eleições.

Retornamos agora ao início do texto, por que, então, o desencanto parece ser patente a ponto dos vencedores das eleições presidenciais de 2014 agirem como perdedores e os perdedores cantarem vitória?

Porque, se a vitória em 2014 pode evitar que "um personagem medíocre e grotesco desempenhasse o papel de herói", do mesmo modo, o confronto, talvez necessário para o estabelecimento da autoridade dos vencedores para implantarem seu modelo de governaça, foi adiado mais uma vez. E lá se vai doze anos.

Seremos capazes de construir uma nova ordem social sem confronto?

Fernando Brito - Primeiro de Janeiro de 2015 é o primeiro dia de Janeiro2018

Dilma Rousseff quase termina a montagem de seu ministério com a habitual falta de novidades.

O que é um bom sinal porque, a esta altura, com a indicação de Joaquim Levy para a Fazenda é o suficiente para marcar as mudanças na política que a Presidenta quer sinalizar: a necessidade num ajuste das contas públicas que lhe permita seguir o mesmo rumo econômico de estímulo à empresas e ao emprego no Brasil, no fundo o que está lhe valendo toda – ou quase toda – o desgaste de ser apontada como má gestora na economia: a imensa massa de desonerações tributárias concedidas às empresas – sobretudo na carga fiscal e parafiscal sobre a folha de salários.

Não creio que sejam administrativos os problemas que a aguardam neste segundo mandato.

São políticos e é aí que se anunciam as maiores carências da equipe que Dilma montou, salvo raras exceções.

Mas é preciso ter claro o que se pretendeu neste processo e entender as limitações objetivas do que se tem pela frente.

Janeiro será o mês do primeiro enfrentamento ou da primeira composição: a eleição do Presidente da Câmara e a solução que se dará a Eduardo Cunha.

Enfrenta-lo e vencê-lo ou conseguir uma composição  extremamente difícil e custosa.

Não há possibilidade de pretender a primeira hipótese sem uma composição com o "baixo clero" parlamentar, o que tem seu preço.

De outra forma, este baixo clero vai obter, talvez maior, seu naco no Governo, a cada necessidade de aprovação parlamentar às medidas de governo sob a cobertura feroz de Cunha.

Não deveria ser assim o início de um Governo eleito pela maioria absoluta da população, que a esta altura deveria estar unicamente concentrado na realização daqueles objetivos expressos no voto popular e contando, para isso, com o apoio dos demais poderes e instituições nacionais.

Mas é, porque o Governo Dilma se defronta, agora desde a sua sagração pelo eleitor, com uma indisfarçada oposição – não raro à conspiração – que visa a uma só coisa: derrubá-lo.

Disseminou-se – e muito além da mídia, que é seu tambor – um udenismo (dizê-lo golpista é pleonasmo) que pensa em relação a Dilma aquilo que resumia a frase de Carlos Lacerta em 1950:

"O Sr. Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar."

Não comparo, obviamente, Dilma a Getúlio Vargas.

Comparo Lula.

Só há, hoje, uma maneira de evitá-lo em 2018.

Derrubar ou transformar o Governo Dilma em um desastre total.

A radicalização de direita não vai abrandar.

A de esquerda não é a resposta.

Mas o silêncio também não, e muito menos.

E é por isso que a carência de polêmica – que não é exclusiva do Presidenta, mas igualmente do PT – é o que mais faz falta hoje para que se possa entender o Governo, sem o que é impossível defender um Governo sob permanente e feroz ataque.

PS. Se, para muitos, os nomes dos novos ministros diz pouco, um deles, a mim, diz muito. O de Carlos Eduardo Gabas, a quem conheci quando fui para Brasília e a quem aprendi a respeitar e admirar como pessoa e como administrador. Eficiente, focado, justo e prudente sem deixar de ser firme e ético e, ao mesmo tempo, de imensa simplicidade pessoal, a qual temo ofender com este simples comentário. Desde Lula, depois com Dilma, sempre foi colocado onde era preciso ter alguém capaz de juntar seriedade administrativa com ótima capacidade de relacionamento. Em poucos meses, desenvolvemos absoluta confiança mútua nos  assuntos administrativos que juntos tivemos de tratar, a qual, de minha parte, prossegue na política, que jamais Gabas vi confundir com politicagem. Ser ministro de direito não é novidade para quem já o foi, tantas vezes, na prática e por interinidade. Não lhe subirá a cabeça de soldado político e não desejo a ele nada que seja diferente de ser o que sempre o vi ser.

Mensagem da tarde

De uma feminista complexada

Salma Ferraz, doutora em língua portuguesa, reuniu citações que considera absurdas, dos mais diferentes autores e personalidades e publicou seu Dicionário Machista: Três Mil Anos de Frases Cretinas contra as Mulheres (Jardim dos Livros). A maioria das frases julgadas por ela "cretinas", são apresentadas fora do contexto original. O que revela a cretinice da autora.

Veja algumas frases publicadas no livro da complexada  Salma Ferraz:

"Os homens distinguem-se pelo que fazem; as mulheres pelo que levam os homens a fazer."
Carlos Drummond de Andrade

"As mulheres são muito simples. Nunca conheci uma que não entendesse um tapa na boca".
Humphrey Bogart

"As mulheres são um sexo puramente decorativo. Elas nunca têm nada a dizer, mas o dizem de forma encantadora."
Oscar Wilde, em O Retrato de Dorian Gray

"O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris."
Millôr Fernandes

"Pouquíssimas são as mulheres capazes de abrigar dois conceitos ao mesmo tempo."
Woody Allen

"Existem umas feias potáveis. Mas algumas só servem mesmo para fazer sabão."
Vinicius de Moraes

"Fraqueza, teu nome é mulher."
William Shakespeare, em Hamlet

"A mulher pode ser definida como um homem inferior."
Aristóteles

"Os homens têm autoridade sobre as mulheres pelo que Deus os fez superiores a elas e porque gastam de suas posses para sustentá-las."
Alcorão

"Se o homem dissesse uma coisa e a mulher outra, a vida seria uma desgraça. Só o homem deve dizer algo, e a mulher se dispor a fazê-lo."
Mahatma Gandhi

"Para mim, elas podem trabalhar em qualquer lugar, desde que eu encontre o jantar pronto quando chegar em casa."
John Wayne

"A mulher é sempre um vir-a-ser até que encontre alguém que a faça ser."
Mário de Andrade

"Na verdade, o que eu gostaria era de estar casada e lavando as meias do meu marido."
Madonna

"Além de casar, o que a mulher mais gosta é de ser enganada de vez em quando."
Jane Austen

"Chamar uma mulher de galinha é uma ofensa. Coitada da galinha, que vive à disposição do galo, na hora que ele quiser, como uma odalisca num harém."
Carmen Miranda

Petrobras desnudará o Judiciário

Com o anúncio de proibir a contratação de 23 grandes empreiteiras, a Petrobras revelará ao País que o Judiciário - o mais corrupto dos poderes - de fato só serve para proteger os corruptores.

Anotem:

As empreiteiras que entrarem com processos contra a decisão da Petrobras terão ganho de causa. Pior os corruptos togados darão ganho de casa aos grandes ladrões do erário público - nosso suado dinheirinho dos impostos - é surrupiado através licitações e também com pagamento de indenizações.

Corja!!!


Ladies e Gentlemen

Porque Cristiano Ronaldo não merece ganhar a bola de ouro

Corremos o risco de ver um absurdo no futebol logo no começo de janeiro, mais precisamente no dia 12.

Neste dia, Cristiano Ronaldo poderá ganhar a Bola de Ouro, como o melhor jogador de 2014.

Pode e deve, a rigor.

Ladies & Gentlemen: em pleno ano de Copa do Mundo, premiar um jogador que não jogou nada e foi desclassificado miseravelmente na primeira fase é um acinte.

Copa do Mundo é Copa do Mundo. O resto é menor, bem menor, incluída a Champions League.

Os mais afoitos podem retrucar: “Mas o time não ajudou.” Devolvo: ele não ajudou o time.

Messi, numa equipe nem pior e nem melhor que Portugal, levou-a ao vice-campeonato. Por um detalhe a Argentina não foi campeã: Messi teve a chance na prorrogação, mas a bola que sempre obedece a seus comandos daquela vez se rebelou e saiu para fora.

Entre Cristiano Ronaldo e Messi, Messi sem dúvida.

Mas em ano de Copa o vencedor da Bola de Ouro tem que ser campeão do mundo. Isso quer dizer que o prêmio tem que ir para o jogador que faz companhia a Messi e Cristiano Ronaldo na lista tríplice da Fifa: o goleiro alemão Neuer.

Ladies & Gentlemen: goleiro é em geral uma função desprezada. Desde garotos, os piores da turma são cruelmente empurrados rumo ao gol.

Ninguém gosta de ser goleiro. Você ganha menos do que os outros e em geral só é reconhecido pelas falhas, ou como diz Boss, pelos chickens. (Nota da tradutora: frangos.)

Mas Neuer reinventou a arte de ser goalkeeper. Ele não se limita a defender. É também uma espécie de líbero, um último zagueiro que sabe desarmar adversários e entrega a bola aos jogadores de seu time com classe, calma e precisão.

Trata a “little fat” (nota da tradutora: gorduchinha) como uma amiga ou, mesmo, uma namorada.

E principalmente: é campeão do mundo.

Nada mais justo que a Bola de Ouro ser entregue ao inovador arqueiro alemão.

Sincerely.

Scott




Tradução: Erika Kazumi Nakamura

Sobre o Autor

Aos 53 anos, o jornalista inglês Scott Moore passou toda a sua vida adulta amargurado com o jejum do Manchester City, seu amado time, na Premier League. Para piorar o ressentimento, ele ainda precisou assistir ao rival United conquistando 12 títulos neste período de seca. Revigorado com a vitória dos Blues nesta temporada, depois de 44 anos na fila, Scott voltou a acreditar no futebol e agora traz sua paixão às páginas do Diário.

Mensagem do dia



Não gosto de quem - sempre - se vitimiza. 
Tem gente que nunca tem culpa de nada.
É invejado, ofendido, caluniado, mas nenhuma vez se quer, esteve errado. 
Conheço contadores de estórias que nunca possuíram culpa no cartório. 
Sejamos mais culpados.

by Lucas Teixeira Xavier