Mensagem para vida inteira



Dois amigos resolveram fazer uma longa viagem, sem destino definido, tipo deixa a vida nos levar...
No decorrer da viagem, um deles ofendeu o outro. Então o ofendido escreveu na areia da praia, próximo a arrebentação: 
Hoje meu melhor amigo me ofendeu!
E prosseguiu em sua caminhada. O amigo sem entender, mas com receio de perguntar seguiu com o amigo. Um pouco adiante o mesmo amigo que recebera a dita ofensa escorregou e caiu em um rio, o amigo pulou e o resgatou.
Ao descansarem do episódio, o amigo então já em segurança, gravou em uma pedra a seguinte frase: 
"ESTOU FELIZ POIS HOJE MEU MELHOR AMIGO SALVOU A MINHA VIDA." O outra não se conteve e perguntou:

- Amigo, me explique uma coisa. Lá atrás na praia, na areia, próximo da arrebentação você escreveu: Hoje meu melhor amigo me ofendeu, e agora escreveu numa pedra: (ESTOU FELIZ POR QUE HOJE MEU MELHOR AMIGO SALVOU A MINHA VIDA.)
 
- Amigo, quando recebemos de alguém que amamos uma ofensa ou desagravo, devemos gravar na beira da praia do mar do esquecimento para que nas idas e vindas da maré, as ondas possam apagar as lembranças desagradáveis. Quanto as coisas boas que essa pessoa nos faz, gravamos na pedra da lembrança, para que nem mesmo as ondas do tempo possam apagar.

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Os fundilhos dos moralistas, por Fernando Brito

Jair Bolsonaro dispensa comentários. É um espertalhão que descobriu no marketing de sua brutalidade e intolerância a maneira de sair da obscuridade dos medíocres e projetar-se para uma camada de gente de visão tão larga e profunda que acha que o vizinho gay ou o garoto que fuma um baseado são as grandes desgraças do Brasil.

As reportagens da Folha sobre o "Bolsofamília" – os 15 imóveis comprados, alguns em condições estranhas –  por ele e pelos três filhos parlamentares – evidenciam, porém, algo curioso.

Nada mais igual aos  "políticos" que ele costuma achincalhar  do que o próprio Jair Messias Bolsonaro.

Vai fazer 30 anos de mandato . Elege os filhos. Aposentou-se aos 33 anos. Acumula o soldo da reserva aos vencimentos de parlamentar, o que o põe acima do teto constitucional. Recebe auxílio-moradia, mesmo tendo apartamento próprio em Brasília. Convenhamos, é dose para quem diz ser o "antipolítico".

Tenho dito e repetido aqui: quando encontrar um moralista, pé atrás e mão na carteira.

Há outra evidência no caso. É a de que, quando a imprensa quer "fazer campanha", sai de baixo. A matéria  publicada agora à tarde com "as 32 perguntas sobre patrimônio que a família Bolsonaro não responde" é um daqueles casos em que a pauta vira reportagem.

Bolsonaro, porém, fechou-se em copas e nem o discurso furibundo desta vez soltou, esperando que passe a "onda" e ele possa, esquecidos os seus, apontar as obscuridades de outros. Minha opinião: pode ter impressionado um ou outro, os fanáticos ficara mais açulados e perigosos.

Disse já na primeira reportagem que os efeitos sobre o núcleo fanático de seus eleitores será pequeno ou até estimulador. Mas basta uma queda de três ou quatro pontos no próximo Datafolha para produzir um pânico de barata voadora num agrupamento sem densidade, sem representatividade e com o ódio como traço de união.

Assim é o jogo da mídia.

Por conta de muitos – Bolsonaro entre eles – passamos a viver um clima onde todos são suspeitos até que provem o contrário – às vezes, nem assim.

É bom Luciano Huck já ir se acostumando com o que cairá sobre ele se voltar a ser "quase-candidato".

Mensagem da noite

Se alegre, sorria, cante, dance, sonhe, ame, seja feliz. 
Viva cada segundo como fosse o último - pode ser que realmente seja -.
E lembre-se: 
No final deste filme chamado vida, a gente sempre morre.




A conta da Lei da ficha limpa chegou


TRF-4, o Irã os patos e as rabanadas
Em 2010, o Congresso Brasileiro aprovou a lei complementar 135, a “Lei da Ficha Limpa”, com apoio da esquerda. De 2008 a 2010, travei o bom combate para que o PSOL não votasse a favor dessa lei. Em uma sociedade de classes, reduzir direitos nunca é uma boa opção para quem defende o andar debaixo. Fiz esse debate até ser finalmente vencido em votação na executiva nacional do PSOL, onde apenas contei com mais um voto além do meu, algumas abstenções e grande maioria a favor da aprovação.
Delegar a uma casta como a do judiciário o poder de supervisionar a democracia brasileira, definindo por decisões de 4 juízes, 1 de primeira instância e 3 de segunda instância, em quem o povo pode ou não votar, nunca me pareceu uma boa ideia. A maioria do Poder Judiciário, pela sua própria origem de classe, tenderá a refletir os valores, a cultura e os interesses inerentes a essa condição. Mais de 400 mil presos provisórios, a maioria “pretos, pardos e pobres” em penitenciarias superlotadas são a prova quotidiana disso. Permitir restrição de direitos sem condenação transitada em julgado, exceção aberta com a “Lei da Ficha Limpa”, mostra como a fantasia da “neutralidade das instituições” contaminou a esquerda.
Os recentes arreganhos do judiciário avançando na criminalização dos movimentos sociais eram pedra cantada. Daqui até termos sindicalistas, dirigentes de movimentos sem teto e sem terra, dirigentes de trabalhadores rurais, ativistas ambientais e quilombolas afastados das disputas eleitorais por condenações de fancaria não faltará muito. Oligarquias que controlam o judiciário dos seus estados com mão de ferro podem afastar adversários incômodos da disputa dessa forma. Se alguém tinha dúvidas disso quando fizemos o debate de 2008 a 2010, o processo que Lula responde dia 24 em Porto Alegre, feito sob medida para afastá-lo da disputa eleitoral de 2018, é o “se situa” que faltava.
Toda a esquerda apoiou essa lei em 2010. Sob o aplauso fácil de um moralismo despolitizado, uma crença infantil que o judiciário seria melhor que os outros poderes da República, coisa que os fatos desmentem a cada dia, colocamos o escrutínio do povo sob tutela do único poder que não responde diretamente a ele porque não é eleito, mas concursado. Composto, portanto, pela “meritocracia” tal qual ela existe nestes trópicos.
No Irã, o Conselho de Guardiães, composto por 6 clérigos Xiitas indicados pelo Grão Ayattolah e 6 juízes indicados pelo parlamento, decide quem pode e quem não pode ser candidato. No Brasil, 4 juízes terão essa prerrogativa. É menos plural.
Naqueles dias de maio de 2010, os perus votaram pela antecipação do Natal.
As primeiras rabanadas serão distribuídas dia 24 em Porto Alegre.
por
José Luís Fevereiro
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Reforma trabalhista


Henfil, o vidente

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Concurso cultural: o que é esposa?

Uma revista francesa promoveu um concurso para premiar a melhor definição sobre "O que é  esposa"?

A resposta vencedora é um primor de síntese, gênio total.

Confira:

"Esposa é a mulher amada, amiga e companheira que sempre está ao teu lado, para ajuda-lo a resolver os grandes problemas que você não teria, caso fosse solteiro.

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Recordar é viver: lei da ficha limpa e Lula preso

O que escrevi quando a Lei da ficha limpa foi aprovada pelo STF

E agora?...
Quem tem dinheiro e poder vai comprar a Ficha Limpa nos tribunais e sujar a ficha dos adversários.

A aprovação desta lei popular, demagógica e inconstitucional ainda trará arrependimento a muitos, principalmente aos mais fracos - como sempre -. 

O Legislativo entregou de bandeja ao Judiciário - o mais corrupto dos poderes, na minha opinião - o poder de escolher quem serão os adversários dos candidatos deles.

É bom lembrar que Barrabás foi absolvido pelo clamor popular. 

Tá dito! 



Quando bolsominions me enchem o saco

- São Briguilino, qual a fórmula, o segredo da felicidade?

- Não discutir com coxinhas!

- Não concordo que este seja o segredo.

- Você tem absoluta razão!

by Salvador Daqui

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Aparelhamento inverso


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Pressão da Globo sobre o judiciário, sim. Pressão popular, não? por Armando Rodrigues Coelho Neto
Na condição de capitã do mato do golpe de 2016, a Polícia Federal, que falava grosso com a legítima Presidenta Dilma Rousseff, hoje nem fino consegue piar com o impostor Michel Temer. Tornou-se abrigo natural do ideário que inspira em parte a obra “A Elite do Atraso” (de Jessé de Souza) e por assim ser, era muito comum ouvir dentro da Corporação, em todas as suas unidades Brasil afora, que o PT havia aparelhado a instituição. Neste GGN, mostrei por A + B que não só a PF, mas todas as instituições brasileiras estavam aparelhadas ao contrário, ou seja, cultural e instrumentalmente organizada para trabalharem contra aquele partido (e para destruir o projeto por ele representado). Um dos representantes de classe da PF chegou a emitir comunicado dizendo que “estava vigilante quanto à infiltração petista na entidade”. Só isso dá a ideia desse aparelhamento inverso.
O minoritário senso crítico remanescente na PF - composto por delegados da mais alta competência, por vezes perseguidos, e que por razões obvias não podem explicitar suas opiniões - encontra-se hoje sequestrado pelas facções golpistas. Em consórcio de ideias com esse minoritário grupo de policiais que ainda conserva noções de legalidade e direitos humanos, e inspirado numa entrevista do Ex-ministro da Justiça Eugenio Aragão, publiquei neste GGN o quanto membros do Ministério Público Federal vivem mais a serviço do corporativismo do que mesmo a serviço da sociedade. Nessa linha, ficou claro o alinhamento do MPF com a mesma elite do atraso, fato, aliás, marcante no Judiciário, capaz de projetar figuras como Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Bretas, Sejumoro, Carmens Lúcias. Engrossam a lista o juiz que usava o carro apreendido de Eike Batista, o outro que foi “desacatado” por uma guarda de trânsito e mais outro que mandou soltar o filho de uma desembargadora do Mato Grosso -  preso com 129 quilos de maconha...
Consolidado o golpe com participações de membros das facções golpistas instaladas nas três instituições antes referidas, majoritariamente composta pela elite do atraso, logo a seguir veio a notícia sobre o óbvio: “o grande acordo nacional com o supremo e tudo”. Restou, nessa conjuntura, aos integrantes das três armas militares verem-se forçados a prestar continência a um usurpador, cujos crimes (acusações) estão congelados por um parlamento predominantemente corrupto. Sim, faltavam eles, os militares. Ou não faltavam, já que, segundo cochichos com Renan Calheiros, os militares estariam “monitorando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)”. Tudo com o apoio da horda de paneleiros que repetia os mantras de guia da mais cínica sabotagem política da história, tendo a Farsa Jato como capitã do mato.
Noutras palavras, com a bênção da elite do atraso e a caterva representante da dita grande mídia, as instituições brasileiras se uniram em favor do golpe. Rasgaram a Constituição Federal e declararam guerra ao povo, contra qualquer coisa que pudesse representar redistribuição de renda, progresso econômico com inclusão e a redenção da sociedade a qual tais instituições deveriam servir. No melhor estilo lugar de pobre é na sarjeta, promoveram a destruição de governos progressistas, lideranças populares, indústria nacional, setores econômicos estratégicos, grandes empresas públicas e privadas, bancos oficiais, cultura e educação e seguem empenhados na extinção de direitos sociais. Abriram mão de preciosidades que sequer são de direita ou esquerda, tais como soberania, dignidade, nacionalidade.
Eis que revisitei uma entrevista do ministro do STF Dias Tofolli. Sim, aquele que, segundo a imprensa, sua esposa (advogada Roberta Rangel) teria recebido (?) pelo menos R$ 300 mil (2008 e 2011) da construtora Queiróz Galvão (envolvida no Petrolão). Pois bem, ele disse que juízes precisavam julgar de acordo ou em consonância ou com o anseio popular. Mas, ao mesmo a TV Globo e seu rancho, alimentados por compinchas da Farsa Jato, se encarregava de alimentar/formar a opinião pública conforme os interesses do golpe de 2016. Algo assim, o juiz não tem prova e de soslaio ou de forma escancarada, pede apoio da imprensa, dá a letra à sorrelfa e a mídia prepara o povo para aceitar a ilegalidade. Fechou o circo.
Rememoro, ainda, outro barnabé do judiciário, um certo ministro Barroso, que afirma que a “percepção social” sobre a corrupção e a realidade nacional continua a mesma e que finalmente o judiciário deixou de ser aquele que só pega menino pobre com cem gramas de maconha. A corrupção tornou-se sistêmica e não se lida mais com falhas pontuais... Claro! Corrupção é irmã siamesa da ganância, que é força motriz do capital, de um sistema no qual 99% da riqueza do mundo está na mão de 1% e a cada um minuto nove crianças morrem de desnutrição. E o mais grave: esse modelo é a grande referência da elite do atraso, cujos representantes fervilham nas instituições que apoiaram o golpe.
Hoje, o grande desafio é manter a aparência de democracia e da legalidade. Ninguém entende que Gilmar Mendes, que desenterrou o processo de cassação da chapa Dilma-Temer é o mesmo que salvou Temer. O que vale pra Delcídio não vale pro Aécio, o que vale pra Aécio não vale para parlamentares cariocas. Decisões monocráticas não servem para uns, mas valem para outros. Contudo, a aparência democrática “sobrevive” porque lá está o vice da Presidenta golpeada. Como outrora a ditadura se revestia de legitimidade "democrática" com a dicotomia MDB - ARENA (duas faces da mesma moeda golpista).
É, finalmente, nesse contexto que a grande imprensa (associada ao golpe) tenta cooptar o Exército Nacional, afirmando que este monitora o MST "com atenção", que as mobilizações populares "acenderam o sinal amarelo" e outras notas venenosas. Claro, fazer pressão sobre o Poder Judiciário é monopólio da imprensa golpista. Naquele que, dentre os três poderes, é o menos controlado e impermeável às demandas concretas do povo brasileiro (só tem olhos e ouvidos para as demandas da elite) ninguém esconde a intenção de promover não um julgamento, mas o justiçamento do ex-Presidente Lula.
A imprensa golpista sabe que o povo já tomou consciência de que foi enganado. Agora, tenta impedir que a soberania popular (revelada por pesquisas eleitorais) possa se aliar aos movimentos sociais, aos democratas e aos que desejam um julgamento limpo, baseado em provas, isento de ilações. Trata como “pressão” sobre o Judiciário. Mas, quando essa era formulada pela mídia golpista, incentivada por Sejumoro era legítima. E não havia quem exigisse/ sugerisse a atuação do Exército Brasileiro...
Cuidado golpistas! Exército, Marinha e Aeronáutica são corporações lastreadas na hierarquia e na disciplina e abrigam patriotas. Embora as forças do atraso apostem alto no conservadorismo de tais estruturas, é certo que as lideranças militares não compactuam com a entrega das riquezas naturais do Brasil, nem com a venda a estrangeiros do controle da Embraer, a aniquilação do projeto do submarino nuclear, a doação da base aérea de Alcântara. E, finalmente, mas não menos importante, é certa a grande insatisfação na caserna sua transformação paulatina de força de garantia da soberana nacional numa polícia militar de reserva - o que consiste na mais absoluta subversão do relevante papel que lhe foi conferido pela Constituição Federal.
Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista e advogado, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-integrante da Interpol em São Paulo
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O julgamento de Lula, por Aldo Fornazieri



O Brasil precisa tremer
Em entrevista no Estadão (02/01/18), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que uma eventual condenação de Lula seria ruim para o país, para a memória. E acrescentou: "mas não acredito que a população vai tremer nas bases por causa disso. Não acho que o País vai tremer em função disso". FHC manifestou uma sabedoria intrínseca às elites brasileiras de todos os tempos: façam elas o que quiserem com as instituições, com a democracia, com a república; dêem quantos golpes puderem dar, assaltem quantas vezes quiserem os cofres públicos, elas, as elites, sempre contam com a passividade do povo. Contam com a naturalização dessa passividade ideologicamente construída, que, de fato, foi recorrente nos momentos decisivos da nossa história.
Pois chegou a hora de fazer o Brasil tremer, de fazer o povo tremer, para dizer não à arrogância e ao arbítrio desmedido das elites. Não se trata de fazer nenhuma revolução, mas de restaurar e defender a democracia, vilipendiada por essas mesmas elites. No Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, da França e de tantos outros países, não tivemos nenhuma revolução política democrática e nenhuma revolução social capazes de estabelecer os direitos, as regras sólidas do jogo democrático, a igualdade perante a lei, um senso reduzido de desigualdade, a justiça e o equilibro social e a dignidade dos cidadãos. Esse estado iníquo de coisas se prolongará pelos séculos vindouros se o povo não se erguer e subordinar as elites predatórias à sua soberania.
No Brasil, a vontade popular nunca foi soberana. Sempre foi usurpada pelas elites, acostumadas a saquear o tesouro público, privatizando-o, e a manter o povo na pobreza. Não por acaso, existem mais de 50 milhões de pobres e mais 114 milhões de remediados, totalizando 80% da população. Segundo o IBGE, metade da população brasileira tem renda menor que um salário mínimo. Em contrapartida, apenas seis pessoas concentram a metade da riqueza do País. Isto é aceitável? É este o País que queremos no século XXI? Isto não é causa de indignação e revoltas justas que precisam se traduzir em ação? Isto não é manifestação da impiedade e da crueldade dos ricos e poderosos?
Qualquer liberal autêntico dos séculos pregressos, desde John Locke, justificaria a rebelião contra este estado de coisas inaceitável. Se se quiser ser liberal que se seja, mas que não se seja golpista, corrupto, predatório, sonegador fiscal e sonegador de direitos e da democracia. Se se quiser ser de esquerda, que se seja, mas que não se seja uma esquerda de gabinete, dos aparelhos burocráticos, de pessoas aburguesadas que fazem parte do sistema de dominação que está aí. As esquerdas não podem ser o flanco esquerdo do neoliberalismo, a cereja do bolo dos grandes capitalistas globais, tomados pela falsa consciência ambientalista e social, enquanto continuam a produzir a destruição do planeta e a pobreza e a miséria das pessoas.
FHC diz ainda que se o julgamento terminar em condenação, tem que aceitar. Pois, não tem que aceitar. É mais do que a pessoa do Lula. É mais do que o líder Lula. Neste julgamento, não há provas e não há provas porque não há crime. O julgamento é puramente político, é um julgamento para decapitar as esperanças do povo, é um julgamento para condenar o próprio povo, é um julgamento para encarcerar a democracia. A condenação não pode ser aceita e o Brasil precisa tremer. Se Lula for condenado, que se formem comitês de defesa da democracia por todo o País e que não se aceite eleições ilegítimas.
O julgamento é um jogo de cartas marcadas. Não há imparcialidade e nem isenção. Portando, não há Justiça. O presidente do TRF-4 e alguns de seus assessores já manifestaram o seu pré-julgamento condenatório. Moro não poderia ter julgado Lula porque o caso do triplex nada tem a ver com a Petrobras como o próprio juiz reconhece. Portanto, Moro não é o juiz natural para julgar o caso. Há uma ilegalidade de origem em todo esse processo Trata-se de um conspiração política para levar o golpe até as últimas consequências, visando manter a exploração despudorada, a miséria do povo, a naturalização da passividade e a entrega da riquezas públicas a interesses privados e estrangeiros.
Se as lideranças políticas e sociais e os ativistas progressistas e democráticos não proclamarem e não convocarem o levante popular, as gerações das pessoas que vivem hoje, e que se dizem progressistas e de esquerda, merecerão que em suas lápides se inscreva: "Aqui jaz um covarde". Seremos cobertos de opróbrio e de vergonha até o fim de nossas vidas, pois capitulamos sem lutar. Não mereceremos lembranças boas das gerações futuras e bem que mereceremos ser condenados a um esquecimento eterno. O que está em jogo, antes de tudo, é uma questão de dignidade pessoal e da dignidade do povo.
O direito à desobediência e à vingança
É preciso dizer ao povo que ele tem o direito de não aceitar um julgamento que é uma farsa porque aqueles que julgam não são juízes justos, mas golpistas, representantes das elites predatórias aquartelados nos tribunais. É preciso dizer que o próprio STF não tem moral porque rasgou a Constituição para proteger Aécio Neves e outros criminosos. É preciso dizer ao povo que ele tem o direito e o dever de não abrir as portas da misericórdia e do perdão para aqueles que sempre o fazem sofrer, para aqueles que lhes tiram o pão, o leite, o remédio, a moradia, a educação, o salário e a cultura. Para estes predadores não pode haver o dia do perdão, mas o dia da vingança.
É preciso dizer ao povo que ele tem o direito à vingança justa, pois a vingança pode ser o instrumento da justiça quando se vive sob a égide da injustiça. O oposto da justiça não é a vingança, como acredita a esquerda mi,mi mi, mas a injustiça. O povo tem direito de odiar. De odiar aqueles que o relegaram a uma vida indigna, cheia de misérias, de sofrimento, de dor, de falta de assistência e de oportunidades, enquanto esses exploradores se banqueteiam às custas do suor, do sangue e das aflições dos trabalhadores e dos pobres. Aqueles que vivem definhando e penando não podem amar aqueles que lhes tiram o alimento e os direitos para se regozijarem na riqueza e na luxo. Aqueles que pranteiam seus mortos, vítimas da violência, que são milhares, aqueles que padecem os sofrimentos dos seus doentes desassistidos, que são milhões, não podem amar os políticos que lhes negam segurança e atendimento, pois eles são criminosos que precisam ser castigados. O Brasil é o país que mais mata no mundo, mais do que os países em guerra. A miséria, o abandono, a desassistência, a falta de direitos, a exclusão e um Estado violento, predatório e injusto são fábricas da morte.
As universidades, as ONGs, os sindicatos, as igrejas e parte das esquerdas não podem continuar sendo instrumentos da difusão da ideologia da naturalização da passividade. Enquanto os pobres continuam sendo punidos por um Judiciário iníquo, pregam a impunidade de bandidos e celerados de colarinho branco. Pregam uma concórdia falsa, uma harmonia que nunca existiu, um amor pueril, ao gosto da ideologia dominante.
Essas elites que estão ai dominando, na política, no Judiciário, no alto funcionalismo público, nos tribunais, nos bancos, na indústria (claro que há exceções e todos esses lugares), estão a serviço de uma ideologia que quer perpetuar e naturalizar a tragédia e pobreza no Brasil. Eles têm os corações vis, dominados pelo egoísmo e pela cobiça. Tal como esse governo, esse Judiciário e esse Congresso, são despudorados. Os integrantes da congregação do golpe anuncia os seus crimes e suas violações em comunicados oficiais, sem rubor e sem que ninguém os molestem significativamente. Não temem a punição, pois diante de um sistema corrompido, somente o povo poderia puni-los. Enquanto o povo não for capaz de lhes impor medo, continuarão na sua soberba desenfreada e na senda de crimes sem punição.
Por isso, os líderes autênticos precisam chamar o povo a agir, a manifestar a sua ira em atos e aos gritos, pois o povo, no seu silêncio, está irado, mas desesperançado. A ira do povo é santa e por isso deve se transformar em potência e poder, pois só ela poderá plantar as árvores que produzirão os frutos da justiça, da igualdade, da dignidade e da liberdade. Não podemos aceitar a submissão e a passividade eternas, que foram ideologicamente construídas e naturalizadas como instrumentos de dominação de elites pervertidas. Fazer tremer o Brasil e não aceitar a condenação do Lula, não é só por Lula, é pelo povo, é pelo Brasil. Os ceifadores da esperança devem sentir medo de que chegue o dia em que pagarão pelos seus crimes nas mãos de um povo irado.
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Judiciário fura-fila


TRF-4 furou a fila e passou "julgamento" de Lula na frente de outros sete (07)

A politização do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder absoluto em todas as pesquisas de intenção de voto, é cada vez mais evidente; o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) passou o julgamento de Lula na frente de outras sete ações da Lava Jato que chegaram à corte antes do que o recurso do petista; no caso de Lula, o recurso começou a tramitar no TRF-4 no dia 23 de agosto; foi o processo da Lava Jato que chegou mais rápido ao tribunal depois da condenação, em 42 dias, e o segundo mais célere a tramitar na segunda instância;  representantes do tribunal tentam minimizar importância da ordem cronológica, dizendo que ela não é obrigatória, apenas preferencial.
Brasil 247
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Enigma nacional



Enquanto isso o príncipe da privataria tucana ainda é ouvido e protegido pela quadrilha de Curitiba. Corja!
degrad

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