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O Brasil e as urnas, por Marcos Coimbra

A bela vitória de Dilma Rousseff no domingo 26 encerra a mais longa e mais renhida disputa eleitoral de nossa história moderna. Estivemos a vivê-la nos últimos três anos. Logo após a curta fase de lua de mel com a presidenta, que mal chegou ao fim de 2011, nada aconteceu na política brasileira sem ter relação com a eleição concluída agora.

As oposições nunca perdoaram a ousadia de Lula em lançar Dilma como sua candidata à sucessão. Tinham certeza de que a derrotariam, apesar de conhecerem a popularidade do ex-presidente. Com a empáfia de sempre, julgavam que qualquer um dos nomes de seus quadros era melhor.

A derrota para Dilma doeu mais do que aquelas duas infligidas por Lula. Ela não era uma liderança carismática ou figura extraordinária. Perder para ela significava que poderiam perder outras vezes e que não era necessário um (ou uma) Lula para vencê-las.

Quando ficou evidente o fato de Dilma, ao longo do primeiro ano de governo, conquistar a simpatia da larga maioria da população, tornando-se uma presidenta com avaliação em constante crescimento, desenhou-se um quadro inaceitável para as lideranças antipetistas na política, na sociedade e nos oligopólios midiáticos conservadores. O desfecho que temiam era o ocorrido neste segundo turno: a sua reeleição e a continuação do PT no comando do governo federal.

Chega a ser cômica a queixa dos adversários dirigida à presidenta neste ano, chorosos da "desconstrução" sofrida na campanha. Em nossa história política, não houve uma chefe de governo tão sistemática e impiedosamente "desconstruída" quanto Dilma.

Em 2012, a oposição inventou o circo do julgamento do "mensalão", transformando irregularidades eleitorais praticadas por lideranças do PT, absolutamente comezinhas na vida política brasileira, no "maior escândalo" da história brasileira. Com o apoio de figuras patéticas no Judiciário, fizeram um escarcéu midiático para atingir a imagem do partido, de Lula e, por extensão, da presidenta. Mal encerrado o capítulo anterior, procuraram nova estratégia para prejudicá-la. Desta feita, buscaram atingi-la em sua qualificação gerencial e mostrar a sua "incompetência". A prova estaria no insucesso na luta contra a inflação.

A mesma orquestração utilizada para apresentar o "mensalão" como o "maior escândalo" de todos os tempos passou a ser feita para, a partir do início de 2013, convencer a sociedade de que vivíamos um surto inflacionário agudo e não a crônica inflação que nossa economia enfrenta desde 1994.

As manifestações de junho daquele ano, que começaram de forma legítima, caíram do céu como uma dádiva para as oposições conservadoras. Fizeram o possível para assumir seu controle e dirigi-las contra Dilma e o governo federal.

No início de 2014, julgavam preparado o palco para a derrota da petista, com a Copa do Mundo no centro da ribalta. O vexame de um fracasso retumbante na organização do evento seria a pá de cal.

Os pretensos entendidos em política foram afoitos ao decretar que Dilma estava fadada à derrota. Primeiro, ao acreditar que enfrentava níveis de rejeição impeditivos de qualquer possibilidade de sucesso. Segundo, ao supor haver na sociedade um "desejo de mudança" avassalador. Terceiro, ao acreditar na aniquilação do PT e sua militância depois da batalha do "mensalão".

A vitória de Dilma Rousseff mostra que a maioria da população soube compreender as dificuldades enfrentadas por ela em seus primeiros quatro anos. Indica que a desaprovação decorria do bloqueio da mídia conservadora e que os eleitores não se dispuseram a substituí-la por um sentimento apenas negativo. Revela que a sociedade valoriza e preza o amplo conjunto de iniciativas colocadas em movimento pelos governos petistas desde 2003.

A vitória de Dilma é uma vitória dela e de seu governo, que chega ao fim da eleição com níveis de aprovação inferiores tão somente aos de Lula em seu segundo mandato. E é uma vitória do ex-presidente, que se renovou na eleição e se reafirmou como a maior liderança política de nossa história (aceitem ou não aqueles que não gostam dele).

E é uma grande vitória do PT, de seus militantes e simpatizantes. O partido sai fortalecido da eleição em um sentido muito mais profundo. O partido reencontrou o ânimo de sua juventude.

Quem queria tirar Dilma Rousseff do poder, sepultar Lula e varrer o PT do mapa sofreu uma derrota vexaminosa.




Luis Nassif: Dilma e o desafio do terceiro turno

Ontem a boca do jacaré abriu. Essa é a imagem que os estatísticos usam quando as linhas de desempenho de dois candidatos abrem em direções opostas.
Na pesquisa Datafolha, Dilma abriu 7 pontos de diferença; 8 na do Ibope; 9 no Vox Populi. Em uma campanha em que tudo parece ter acontecido, apenas um evento totalmente imprevisível poderá mudar o rumo das eleições.


Na segunda-feira começará o terceiro turno das eleições, o verdadeiro desafio de Dilma, que será administrar a vitória e preparar a conciliação.
No dia do debate na TV Record, escrevi o artigo "Todos perderam nesse circo de horrores"(http://goo.gl/Ur9EWf). Nele, admitia a eficácia da estratégia adotada pelo marqueteiro João Santana mas, também, o seu custo posterior: "No plano puramente eleitoral, liquidou a fatura. A tática adotada foi de profissionais, mostrando que o marketing político brasileiro tem o João Santana e a rapa. Minhas críticas à tática de Dilma se prendem a razões extra-eleitorais: o estímulo ao acirramento ainda maior dos nervos, as dificuldades futuras para a grande pacificação nacional".
Jogando toda a campanha na ofensiva, com as denúncias da Petrobras, quando exposto ao contra-fogo Aécio se perdeu, não tinha uma estratégia pronta. Sua reação foi descontrolada, passando a imagem de agressivo com mulheres. Ainda ontem, no horário gratuito, enquanto a campanha de Dilma era uma festa, Aécio ficou só, ele e a câmera, para exprimir sua indignação.
A campanha, que já se caracterizara por uma radicalização pesada, extrapolou. Desde 1964, nunca o ódio político chegou aos níveis de agora.
O suplente de senador por São Paulo, José Anibal, chamou de "vagabundo" o diretor da ANA (Agências Nacional de Águas) que, convocado pela Câmara Municipal de São Paulo, apresentou o quadro trágico do abastecimento de água no estado; Alberto Goldmann, coordenador de campanha de Aécio Neves, chamou Lula de "bêbado", o mesmo que Gilmar Mendes, juiz que perdeu todos os limites do pudor graças à cobertura que recebe da mídia.
Nos próximos meses haverá o chamado jus esperneandi, com a tentativa de transformar o caso Petrobras em um processo de impeachment da presidente.
Não se tenha dúvida que essa cartada será estimulada por grupos de mídia. Tem a seu favor o sucesso do julgamento do "mensalão" e o fato de que o episódio Paulo Roberto Costa deixou marcas profundas na opinião pública.
O STF (Supremo Tribunal Federal) de hoje tem muito mais responsabilidade institucional que o de alguns anos atrás. Mas, de qualquer modo, não se deve menosprezar a indignação pública com o episódio.
Vencendo as eleições, o melhor que Dilma teria a fazer seria se cercar de estrategistas para o terceiro tempo. Tem que apresentar um Ministério de primeiro nível, que de certa forma sinalize a conciliação com setores que se afastaram dela; atacar de cara a questão da reforma política.


E dar uma resposta definitiva ao caso Petrobras, medidas que garantam, daqui para frente, a blindagem total da companhia e das estatais em geral contra interferências políticas.
P.S: Neste blog o jacaré abriu a bocarra desde antes de ontem. Aqui a prova, confira!

Dilma rumo a vitória em 2014

por Ronaldo Macedo

Pessoal,
Mais uma vez o alerta, nada de salto alto, nada de já ganhou, vamos imaginar que o candidato da oposição esta na frete.
Nesse momento mais de 94% da população já se decidiu, a soberba é algo que faz com que os indecisos decida contra, vamos continuar conduzindo a campanha com paz e amor. vamos ganhar, mas não vamos tentar humilhar o candidato da oposição nesse momento, pois isso fará com que os indecisos o veja como vítima e votem nele na ultima hora.



Neste ultimo debate e até domingo, vamos postar material mostrando a Dilma como a mais preparada para fazer as mudanças que o Brasil precisa, como ela mesmo vem dizendo: Continuar o que esta funcionado bem, melhorar o que precisa e fazer mais.
Ela agora não deve ser vista como a candidata somente do PT, mas sim de todo o povo brasileiro.
No ultimo debate, a Dilma tem que ir serena, não entrar no jogo de provocação do candidato da oposição e aproveitar o momento para falar do seu futuro governo.
Portanto, nada de salto alto, nada de já ganhou e só comemorar no domingo, depois da apuração.

Paulo Nogueira: Aécio despencou no pior momento em que alguém pode despencar numa campanha eleitoral

...às vésperas da ida às urnas. Repete-se com ele no segundo turno o que acontecera com Marina no primeiro: parecia tão perto o grande prêmio e de repente ele está tão longe.
Pode ocorrer ainda uma virada? Sim. Mas as possibilidades são meramente matemáticas.
Imagine um jogo de futebol em que no primeiro tempo o placar seja 5 a 0. Lembrou o Brasil contra a Alemanha? Sim. Teoricamente, o jogo pode terminar 6 a 5 para a equipe que foi destroçada nos 45 minutos iniciais. Mas, na prática, é uma chance estatisticamente insignificante.
A ascensão de Dilma tem bases sólidas demais para sua candidatura desabe a esta altura. Sua aprovação aumentou expressivamente depois dos programas eleitorais, em que ela pôde mostrar obras que a mídia ignorou ao longo dos últimos quatro anos, ou por inépcia ou por má fé, ou por ambas as coisas.
Ao mesmo tempo, a rejeição a Aécio disparou. Mesmo com todo o antipetismo vigente no país, e alimentado pela mídia, Aécio é agora mais rejeitado que Dilma.
A agressividade dele nos debates contra Dilma aparentemente só agradaram os chamados pitbulls. A voz rouca das ruas, mostram as pesquisas, não achou bonito um candidato ser tão desrespeitoso com uma senhora mais velha que ele, e ainda mais sobrevivente de um câncer.
O ser humano é assim, desde sempre, e é incrível que a equipe de Aécio não o tenha orientado a ser menos grosseiro e mais civilizado.


O grande liberal britânico Burke, um crítico desde sempre da Revolução Francesa, jamais aceitou a maneira como os homens da França trataram Maria Antonieta. Ele falou da “covardia” masculina francesa com cintilante indignação. Para Burke, a visão de uma mulher acossada pela força de um homem era um pecado irreparável. Um dos motivos de seu ódio da Revolução residiu no “déficit civilizatório” dos franceses.
Nossos liberais não devem ler Burke, e é uma pena para eles.
Agora, Aécio fica na seguinte situação. Se for agressivo, vai ser ainda mais rejeitado, sobretudo pelas mulheres — grupo que reúme o maior número de indecidos.
Se baixar o tom, as coisas tenderão a ficar exatamente como estão, com ele atrás.
Não há marqueteiro capaz de encontrar resposta para este dilema enfrentado por Aécio quando os brasileiros já começam a tirar seus títulos de eleitor da gaveta. 
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Um voto pela Dona Valdevina. Dois: o meu também afirmou o jornalista Fernando Brito

Eu poderia dizer: Três, o meu também. Mas prefiro dedicar a reeleição da presidente Dilma a Dona Valdevina!

Não peço desculpa por compartilhar algo que foi postado no Facebook e republicado por um pai coruja. O belo deve ser compartilhado e o orgulho de gente honrada também. Desfrutem desse belo texto abaixo:

do Tijolaço




Olha, eu cresci num bairro quase rural, e nele havia um açougue feio, sujo, mas era o que tinha (ficava do lado da loja de materiais de construção Telo) e lá, muitas vezes via gente humilde pedindo osso pra por na sopa.
Na sequência vinha gente rica e pedia o mesmo osso, só que pro seu cachorro.
Nesse estabelecimento havia aquele sem número de placas jocosas tipo “fiado só amanhã ” e uma que (estamos falando de 1997, 1998 – por aí) dizia “De Fernando em Fernando o Brasil vai afundando” referindo-se ao combo Collor/FHC .
Esse mundo existiu, não tão longe dos condomínios onde moravam as crianças que hoje acham que tem o que tem por um conceito abjeto de mérito.
Do lado da minha casa, grande, sólida, com teto e paredes de concreto, vivia a família da Dona Valdevina, numa casa de pau-a-pique, telhado de lona e na frente de uma vala negra e fedorenta.
Ela e a família dela não tiveram as mesmas oportunidades que eu, minha irmã e meus pais.
Medir é comparar, riqueza e pobreza com relação a quem?
Quem hoje desdenha de sua classificação de classe média deveria ter guardado na mente a imagem da dona Valdevina – 400km e mais de uma década depois, dedico meu voto a ela.
13.
O texto é do meu filho, perdoem o orgulho paterno.
A ele não dei carro, não dei apartamento, nem mesmo dei a atenção e o carinho que ele merecia, perdido em meio à luta política e e o duro trabalho para sobreviver.
Exatamente como ele faz hoje, adulto.
Aliás, ele é um dos responsável por ter nascido, cinco anos atrás, este Tijolaço, aguentando um chefe implacável e duro como o que fui para ele.
Mas que todo dia descobre que tem de aprender a amar e respeitar os jovens, que fica, com o tempo, sendo a única maneira de reter em nós a juventude.
Obrigado, cara, por você ser o que é, por sua própria conta.

Dilma: governos do PT criaram 23 milhões de empregos; os do PSDB desempregaram 11 milhões

Os tucanos não querem, ficam cada vez mais possessos, a irritação e o desespero entre eles estão incontidos, mas a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula não tem mesmo como fazer campanha sem estabelecer comparações entre os 12 anos de governos do PT (2003-2014) e os 8 do PSDB (1995-2002). Principalmente sem lembrar que em três governos petistas foram criados quase 23 milhões de empregos formais – com carteira assinada e todos os direitos sociais garantidos – e que nos dois governos tucanos eles conseguiram desempregar 11 milhões de trabalhadores.

Foi o que fez, ontem, a presidenta Dilma, em campanha em Uberaba, no Triângulo Mineiro.  "Nós sabemos quem é que, no passado, desempregou. Quem é que conseguiu bater o recorde de desemprego até 2002:  o governo FHC. Aliás, naquele período, só perdemos para a Índia – ela desempregou 41 milhões de pessoas; aqui no Brasil desempregaram 11 milhões de brasileiros", afirmou a presidente, em discurso aos mineiros.

A presidenta lembrou a política econômica que Armínio Fraga, o "ministro da Fazenda" anunciado pelo candidato Aécio Neves acena implantar no Brasil e que tem entre seus principais pontos o arrocho salarial, inclusive com o rebaixamento do salário mínimo que ele já disse ter crescido demais. "Está em jogo (nas eleições) o salário mínimo. O candidato dele (Aécio) a ministro da Fazenda acha alto demais e tem que reduzir. Nós não vamos permitir que o Brasil volte para trás", disse a presidenta.

Não há como fazer campanha sem essas comparações
Ela pediu o voto dos mineiros garantindo que, reeleita, fará "muito mais" pelo Brasil, na educação, saúde e segurança pública, além de consolidar e ampliar o enaltecer o programa de habitação do governo federal, Minha Casa, Minha Vida. "Construímos três milhões e seiscentas mil casas no país, oito mil aqui em Uberaba, 20 mil em Uberlândia. E aqui (Uberaba) serão feitas mais 12 mil", disse.
A presidenta estava acompanhada no palanque pelo governador eleito pelo PT no 1º turno, Fernando Pimentel, que também assinalou: "Minas não tem rei, não tem imperador, não tem dono. O soberano em Minas é o povo, que me elegeu e vai dar, em Minas, a vitória para Dilma. Com o pulso firme para continuar governando o Brasil", afirmou. "O governo do capital financeiro é o outro candidato", completou. O PSDB governa Minas há 12 anos e foi esmagadoramente rechaçado nas urnas, agora, no 1º turno.
Antes do comício no Triângulo Mineiro, ontem, a presidenta participou esta semana de carreata em Itaquera, Zona Leste paulistana, de comício com 35 mil pessoas em Petrolina (PE) e de carreata com 50 mil pessoas no Recife – eventos cujas imagens apareceram ontem no seu programa de propaganda eleitoral na TV.  O programa mostrou, ainda,  artistas que apoiam o PT e compareceram ao ato realizada no histórico TUCA, o teatro da PUC-SP. Ao falar no programa, a presidenta repetiu a questão do emprego, assinalando que seus 4 anos desse 1º mandato geraram 5,7 milhões de novos empregos com carteira assinada.
do blog do



Pesquisas e delacao premiada tiram sono de Aécio


A candidatura do senador Aécio Neves (PSDB), que concorre à Presidência da República, começou a viver o seu pior pesadelo neste segundo turno das eleições. A campanha de Neves acordou com a notícia de novas delações premiadas sobre a participação de parlamentares tucanos na roubalheira promovida por uma quadrilha especializada, na Petrobras, ao longo de mais de uma década. Não bastasse este ruído matinal, os coordenadores de campanha do político mineiro foram dormir com os números da última pesquisa Datafolha, que colocam a candidata adversária, presidenta Dilma Rousseff, "numericamente à frente" na corrida presidencial.

O desempenho de Dilma Rousseff foi impulsionado, pela melhoria de seu desempenho no Sudeste – região de maior densidade populacional do país –, onde ela alcança 52% das intenções de votos válidos, sem contar os votos nulos e em branco. Neves aparece com 48%. Segundo a pesquisa, trata-se de "um empate técnico no limite máximo da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos". O empate, porém, somente ocorre se for considerada uma combinação de dois extremos da margem de erro: "A probabilidade maior é que Dilma esteja mesmo na frente", começa a admitir o Datafolha.

No Rio de Janeiro, onde Dilma ultrapassou o adversário tucano, a tendência é a candidata petista liderar a virada nos quatro Estados do Sudeste, nos próximos dias, após o comício que realizará, na noite desta quarta-feira, na Cinelândia, Centro da capital. Na Região Sudeste, Dilma subiu de 34% para 40% no intervalo de apenas 11 dias. Outro avanço relevante no período foi entre as mulheres, de 42% para 46%. Na TV e nas redes sociais, Dilma explorou o fato de que Aécio ser agressivo com as mulheres, após chamar a presidenta de "leviana", com o dedo em riste, no debate organizado pela rede de TV SBT.

Nas faixas de renda, Dilma vence entre os mais pobres (até 2 salários mínimos) de 55% a 34% dos votos totais. Na faixa seguinte (2 a 5 salários), a dianteira de 11 pontos de Aécio registrada na pesquisa anterior recuou para três (46% a 43%, um empate técnico). O tucano vence apenas entre os grupos mais ricos e, mesmo nesta faixa, começa a ser ameaçado pela rejeição, que é numericamente maior que a rejeição de Dilma: 40% dos eleitores dizem que não votam no tucano "de jeito nenhum". Com Dilma, a taxa é de 39%. O Datafolha ouviu 4.389 eleitores. Todas as entrevistas foram feitas na véspera.

Bordão da Petrobras
Quando iniciou sua campanha, um dos bordões do candidato Aécio Neves era o da corrupção na Petrobras, após as delações do ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, que apontaram a participação de políticos de legendas que integram a base aliada ao governo da presidenta Dilma Rousseff. Na noite passada, porém, um auxiliar do doleiro Alberto Youssef disse, em depoimento à Justiça federal, que outros parlamentares do PSDB receberam propina do esquema; além do senador Sérgio Guerra, morto em março deste ano.

A informação foi passada aos jornalistas por Haroldo Nater, advogado que defende o empresário Leonardo Meirelles, acusado de ter feito remessas ilegais para o doleiro. Meirelles não foi autorizado pelo juiz Sergio Moro a citar nomes, mas ofereceu indícios de quem seria um dos parlamentares do PSDB. Segundo Nater, ele era da mesma região de Youssef que operava em Londrina, no Paraná.
O juiz também não autorizou a menção a nomes de deputados e senadores porque eles têm direito a foro privilegiado e somente o Supremo Tribunal Federal (STF) tem poder para investigá-los. Meirelles, ainda segundo seu advogado, soube desses pagamentos porque frequentava o escritório de Youssef na região em São Paulo. Meirelles é um dos donos da Labogen, uma das empresas que foi usada pelo doleiro para remeter US$ 444,7 milhões ao exterior, o equivalente hoje a R$ 1,1 bilhão.

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi o primeiro a indicar a presença de altos líderes na hierarquia tucana no saque aos cofres da Petrobras. Ele citou Guerra em seu acordo de delação premiada como beneficiário de propina para esvaziar a CPI da Petrobras, no final de 2009. À época, Guerra era presidente do PSDB.

A força que Dilma carrega

Dilma une o PT, derrota massacre ideológico promovido pelos meios de comunicação e recebe apoio de antigo eleitores de Marina Silva. 

A liderança de Dilma Rousseff na eleição presidencial está longe de expressar uma guinada repentina do eleitorado e muito menos uma sucessão de jogadas — algumas efetivamente geniais — do marketing de João Santana. 
A vantagem de Dilma expressa o esforço da maioria Continua>>>

Desesperado com queda nas pesquisas, Aécio agora as desqualifica de forma patética

Está tudo muito bom…
Pelas pesquisas – nunca antes feitas e divulgadas com tanta intensidade quanto nessas vésperas do 2º turno domingo próximo  – e pela reação dos tucanos, a oposição e seu candidato ao Planalto, senador Aécio Neves (PSDB-MG) entraram em “parafuso”, mergulharam no mais profundo desespero. Continua>>>

Coração Valente x O jovem Aécio


Aécio tenta se descolar da imagem da elite e vender o papel de homem do povo, mas as evidências tornam o trabalho do tucano cada dia mais difícil. Em 1977, quando tinha 17 anos, o jovem Aécio Neves fazia intercâmbio no Estados Unidos
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 e, ao passar um fim de semana na pequena cidade de Franklin, Nova Jersey, tornou-se uma espécie de celebridade local por ser brasileiro, a ponto de um jornal da comunidade, Franklin-News, divulgar uma nota sobre a vida do menino rico do Rio de Janeiro.



A entrevista é esclarecedora de muitas formas, e mostra, principalmente, como era a vida da elite carioca naquela época. Falando sobre sua vida no Brasil, Aécio adolescente afirma que  “todo mundo no Rio tem uma ou duas empregadas domésticas, uma pra cozinhar e a outra pra limpar". E ainda acrescenta “eu nunca arrumei minha própria cama”.
O jovem, que conseguiria um emprego indicado pelo pai na Câmara dos Deputados apenas 2 anos depois da entrevista, diz como lamenta estar fora do Brasil durante o carnaval, para ele, “a melhor época do ano. As festas duram por quatro dias, com todo mundo dançando, comendo e bebendo até de madrugada, voltando pra casa pra dar um mergulho e depois retornando para as ruas”.
Na parte mais emblemática da conversa, Aécio descreve como via as mulheres brasileiras na época – uma visão que ainda é partilhada por muitos. “As mulheres do Brasil têm vida fácil. A maioria não trabalha, porque não precisa. Então, passam a maior parte do tempo na praia e passeando no shopping”. Vale lembrar que, enquanto Aécio vivia a boa vida nos Estados Unidos, o Brasil ainda vivia sob o regime da ditadura militar. Apenas sete anos antes, uma jovem Dilma, de apenas 19 anos de idade, era presa e torturada pelo regime.
Em 1977, enquanto o jovem Aécio fazia intercâmbio nos EUA - e achava que todo mundo tinha duas empregadas domésticas e que as mulheres, no Brasil, tinham a vida fácil -, a jovem Dilma cursava economia na UFRGS e tentava reconstruir sua vida depois dos três anos de prisão política e das torturas de que fôra vítima.
Quatro décadas depois, a jovem que lutava pela liberdade e redemocratização do país é a presidenta da república que, junto com Lula, mais atuou pela mudança na vida dos brasileiros, tirando 36 milhões de pessoas da pobreza extrema
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. O jovem Aécio fez carreira na política, graças à influência do pai e do avô, e hoje concorre contra Dilma pelo cargo mais importante do nosso país. Mas pouca coisa mudou para Aécio, de lá pra cá: ele continua defendendo o interesse das minorias mais ricas do nosso país. Pra ele, como disse na entrevista de 37 anos antes, “o carnaval é a única época em que as classes mais baixas se unem às mais altas” no nosso país.

 Nestas eleições, vamos decidir entre dois projetos e dois governantes radicalmente diferentes. Isso é fato, o resto é história...



Desesperado com queda nas pesquisas, Aécio agora as desqualifica de forma patética

Está tudo muito bom…Pelas pesquisas – nunca antes feitas e divulgadas com tanta intensidade quanto nessas vésperas do 2º turno domingo próximo  – e pela reação dos tucanos, a oposição e seu candidato ao Planalto, senador Aécio Neves (PSDB-MG) entraram em “parafuso”, mergulharam no mais profundo desespero.



O candidato Aécio está patético. Ele usou fartamente as pesquisas quando elas o colocavam em 1º lugar, particularmente nas duas últimas semanas pós primeiro turno, dia 5 passado. E as desqualifica agora que elas o situam em 2º lugar e ele não para de cair. Dois outros tucanos de alta plumagem, o ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman e o ex-deputado José Aníbal (agora 1º suplente do senador eleito José Serra), desesperados apelam para a ignorância.
Hoje os jornais registram que Aníbal chamou de vagabundo – isso mesmo! – o presidente da Agência Nacional de Água (ANA), Vicente Andreu. O termo, um xingamento, dá bem uma ideia do caráter do tucano…E xingou simplesmente porque Andreu compareceu a uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo para falar sobre a crise da falta d’água, do racionamento e rodízio impostos no Estado pelo governo tucano do dr. Geraldo Alckmin.E que todo tucano que se preza faz de tudo para esconder.
Tucanos abandonam termos políticos e partem para a ignorância e apelação
A ida do presidente da ANA a audiência pública na Assembleia, aliás, não tem nada de ilegal e não é ato de campanha eleitoral ao contrário do que quer fazer crer o ex-deputado José Aníbal (PSDB-SP).
O outro tucano, ex-governador Goldman, conforme registra hoje o Painel político da Folha, acusa a campanha da presidenta Dilma de sacanagem – isso mesmo! – por levar ao conhecimento do Brasil o descalabro administrativo deles, tucanos, em São Paulo,  na gestão da água que agora falta em todo o Estado. Fato, aliás, que nossa mídia, tão ciosa da liberdade de expressão e de imprensa escondeu e continua escondendo do Brasil.
Hoje no Bom Dia Brasil, da Rede Globo, por exemplo, o destaque era o risco de falta d’água em Brasília e… Pouso Alegre (MG)! Essas são reações típicas de quem está acostumado a ganhar eleição e tudo o mais graças ao apoio da mídia e agora está perdendo.
Globo fala da falta d’água…não de São Paulo, mas em Pouso Alegre
Outra excelente notícia hoje vem da economia. Mais especificamente da avaliação que o povo faz da economia. Segundo o Datafolha o povo a considera muito bem e eficazmente conduzida pelo governo. De acordo com a pesquisa, apesar do terrorismo econômico da Rede Globo e congêneres e da mídia em geral nacional e internacional – esta, alimentada pela nossa imprensa – o povo espera menos inflação, que o desemprego continue caindo, e mais, que a situação econômica melhorará.
Esta pesquisa é um desmentido cabal, portanto, às previsões catastrofistas dos sabichões tucanos da Casa das Garças e filiais (o maior ninho de economistas tucanos no país, no rio, agora tem filial também nos Jardins, em São Paulo), muitos deles com empregos milionários na banca privada e com espaço ilimitado na mídia.
Vide Armínio Fraga, basta contar quantas entrevistas ele deu nos últimos dias. Ministro da Fazenda anunciado por Aécio – que tudo indica, é o “Presidente Porcina”, o que quase foi sem nunca ter sido – Armínio abre a boca e tem espaço garantido na mídia. Apesar da situação levantada pelo Datafolha em matéria econômica, a Globo insiste com a inflação de volta e coloca seus experts para assustar o povo. É assim que somos obrigados a ver e ouvir a jornalista Mirian Leitão dizer que precisamos de chuva para o mato e o capim crescerem. Capim, Miriam?
do blog do



Paulo Nogueira: A força que carrega Dilma

Dilma une o PT, derrota massacre ideológico promovido pelos meios de comunicação e recebe apoio de antigo eleitores de Marina Silva

A liderança de Dilma Rousseff na eleição presidencial está longe de expressar uma guinada repentina do eleitorado e muito menos uma sucessão de jogadas — algumas efetivamente geniais — do marketing de João Santana. A vantagem de Dilma expressa o esforço da maioria dos brasileiros em recuperar seus direitos para governar o país.

É sempre prudente aguardar por surpresas de última hora, mas o avanço de Dilma tem a consistência das conquistas obtidas a frente de todos. Dilma cresceu nos debates pela TV, a frente de milhões de telespectadores. Seu avanço foi reforçado por Lula e seu prestígio imenso de mais popular político da história. Também cresceu pela força social profunda que há três décadas se organizou na militância do Partido dos Trabalhadores e de milhares de entidades que gravitam a sua volta em bairros, nas empresas, nas escolas, e também na máquina do Estado.

A unidade entre o partido e a candidata, que jamais foi consolidada no primeiro turno, constitui a força imensa que caminha em direção as urnas de domingo.

O último levantamento do DataFolha mostra que os eleitores não apenas preferem Dilma por uma ou outra razão, mas também concordam com suas teses, o que torna difícil saber o que veio primeiro, o ovo ou a galinha, a ideia ou o fato.

Ignorando o massacre ideológico promovido pelos meios de comunicação para manter a candidata do PT na defensiva desde o início do ano, 56% dos brasileiros acreditam que ou a inflação deve permanecer como está (35%) ou até pode cair (21%). Para uma minoria de 31%, irá aumentar. Para 44%, a economia vai melhorar, enquanto 15% (15%!) acham que vai piorar. Para uma maioria de dois terços de eleitores, o desemprego deve ficar como está (35%), o menor nível da história, ou pode até diminuir (31%).

Quatro meses antes, em junho, antes do horário político, antes dos debates, quando o ponto de vista dos adversário do governo era oferecido sem contestação nem debate, a convicção dos brasileiros era outra.

A rigor, nada mudou na economia de lá para cá. O crescimento até piorou um pouquinhos. Mas, há quatro meses, 59%, achavam que a inflação iria subir. Para 48%o, o emprego iria cair.

O que mudou foi a política. Na medida em que teve a oportunidade de ouvir o debate sobre assuntos da vida cotidiana, libertando-se do pensamento único, o eleitor avaliou propostas, examinou projetos — e mudou de ideia.

O crescimento recente de Dilma é explicado pelos coordenadores da campanha como a conquista de eleitores que votaram em Marina Silva no primeiro turno, deixaram-se seduzir por Aécio Neves no segundo — quando ele passou à frente — e mudaram mais uma vez de candidato, preferindo mudar-se para o PT. Não é um apoio instável mas tem sua lógica.

Ao lembrar os escândalos escondidos pelo PSDB, Dilma questionou o caráter politico-eleitoral das denúncias de Aécio. Ao debater política econômica, lembrou as experiências dos brasileiros com recessão e desemprego — temores que o adversário não soube responder. A visão, no comitê de Dilma, é que os eleitores que apostavam na “nova política ” de Marina não tinham razão para sustentar Aécio. Novidade por novidade, Dilma falou em plebiscito para sustentar uma reforma política ambiciosa, ao contrário de teses triviais, feijão-com-arroz da velha política, como debater reeleição e voto distrital.

O desempenho de Dilma no debate da Band foi impecável. No segundo debate, no SBT, quando Aécio Neves assumiu uma postura particularmente agressiva contra uma presidente de 67 anos, Dilma permitiu que se destruísse sozinho. No terceiro debate, Dilma enquadrou as discussões em torno de questões políticas, terreno que lhe é favorável. Não ganhou todos os conflitos mas manteve uma postura de responsabilidade, segurança. Nenhuma questão importante ficou sem resposta.

Na base do partido, um dirigente do PT no bairro de Vila Mariana, em São Paulo, avalia que “a postura da Dilma nos debates fez toda a diferença. Os militantes ficaram valentes.” Já nos dias seguintes ao primeiro debate, desembarcaram meio milhão de estrelinhas vermelhas no Diretório Estadual do PT, em São Paulo. Menos de 12 horas depois, 80% desse material, o mais duradouro símbolo petista, já havia sido levado para comícios, festas e outras atividades, e era preciso encomendar mais. Nas bancas do centro do Rio de Janeiro, os panfletos e os bottons colantes — que precisam de reposição diária — também escasseavam mais depressa do que se previa. Em vários locais, faltavam bandeiras — num sinal de que a mobilização já atingira um patamar superior ao que os próprios organizadores esperavam. Na internet, os sites do partido disparavam. Os dias seguintes foram de uma avalanche, que multiplicou votos e adesões.

Na segunda-feira, ato no Teatro da Universidade Católica, edifício histórico da resistência democrática contra a ditadura, foi uma demonstração de crescimento de Dilma numa cidade onde seu nome enfrentou uma hostilidade surpreendente para uma legenda que fez três prefeitos depois da transição democrática.

Na USP, dias antes, um dos centros das organizações de ultraesquerda que pregam o voto nulo, voto branco, abstenção ou Dilma, como se fossem alternativas descartáveis e equivalentes, dirigentes da CUT se apresentaram para lembrar que está em jogo “a unidade contra a política de retrocesso social e concessões ao imperialismo,” como falou um antigo líder estudantil, Julio Turra, que há 40 anos discursava no mesmo ambiente.

Depois de fazer, nos últimos anos, campanhas terceirizadas, apoiadas no prestígio universal de Luiz Inácio Lula da Silva, numa boa publicidade, no desempenho favorável da economia e na ausência absoluta de adversários capazes de representar sequer uma ameaça crível a seus candidatos, em 2014 a máquina petista foi colocada diante de uma disputa em que é preciso bater na porta do eleitor, disputar voto a voto, argumentar, ouvir e convencer — sabendo que em nenhuma hipótese o triunfo estará garantida com antecedência. Altos funcionários de Ministério pediram férias de seus cargos, em Brasília, para percorrer férias, bares e locais de trabalho, num esforço para encontrar argumentos a altura do momento.

Depois de passar três décadas com o compreensível currículo de partido da mudança, palavra naturalmente mágica num país com as necessidades do nosso, o PT se viu na posição de partido da ordem, senha de ingresso no poço sem fundo do cemitério político nacional. O ano de 2014 foi um curso da aprendizado, interno e externo. Para dentro, serviu para avaliar com mais frieza o que se fez, com mais veracidade e menos triunfalismo. Para fora, foi a hora de enfrentar um embate contra um candidato que tentava crescer no próprio terreno da mudança. Foi preciso voltar ao início de tudo, num debate que nunca se fizera: mudar para que? Com quem? Para chegar onde? “Ganhamos quando mostramos quem é sincero quando fala em mudança,” afirma um assessor de ministério em campanha — de férias — pelo Rio de Janeiro.


Dilma consolida vantagem


Turma do pessimismo perde o jogo
Enquanto o IBOPE esconde suas pesquisas encomendadas pela Globo (isso bem na semana em que Dilma vira o jogo), o DataFolha publica mais um levantamento que mostra dois fatos:
1) Dilma consolida vantagem sobre Aécio Neves, que agora chega a 47% x 43%, com 6% de brancos/nulos e 4% de indecisos;
2) é o otimismo com a Economia parece puxar a virada de Dilma.
Impressionante constatar que  pessimismo com a Economia brasileira foi “construído” numa perversa tabelinha entre os grupos financeiros (que querem derrotar Dilma, pra ter de volta um governo favorável aos bancos) e os grupos midiáticos – com a Globo à frente. Continua>>>

*Ibop - o jacaré abriu abriu a bocarra



O Ibop sinaliza que dobrou a diferença de Dilma Rousseff (PT) sobre Aécio Neves (PSDB) na última semana. Houve crescimento da petista e queda do tucano.



Dilma tem hoje praticamente a mesma vantagem que tinha nesta época no segundo turno da eleição de 2010.
Se a eleição fosse hoje o resultado seria>>>

Rodrigo Vianna: Dilma consolida vantagem


Turma do pessimismo perde o jogo
Enquanto o IBOPE esconde suas pesquisas encomendadas pela Globo (isso bem na semana em que Dilma vira o jogo), o DataFolha publica mais um levantamento que mostra dois fatos:
1) Dilma consolida vantagem sobre Aécio Neves, que agora chega a 47% x 43%, com 6% de brancos/nulos e 4% de indecisos;
2) é o otimismo com a Economia parece puxar a virada de Dilma.
Impressionante constatar que  pessimismo com a Economia brasileira foi “construído” numa perversa tabelinha entre os grupos financeiros (que querem derrotar Dilma, pra ter de volta um governo favorável aos bancos) e os grupos midiáticos – com a Globo à frente.
Os comentários diários de Miriam Leitão e de Sardenberg,  único locutor gago do rádio e da TV brasileira (eles falam na Globo, CBN,no jornal, na internet – um bombardeio impressionante), somados às entrevistas com as mesmas fontes (“especialistas”) que pregam sempre a mesma receita de “corta, esfola e demite”: tudo isso foi criando um cenário de pessimismo. Parecido com o que se criou com a Copa do Mundo.
Na Copa, quando a bola rolou, o Brasil viu que o terrorismo era só isso: terrorismo eleitoral mesmo; tudo funcionou bem fora de campo. Na Economia, dá-se o mesmo: Dilma – só agora – teve tempo na TV e no rádio para oferecer um contrapeso aos pessimistas. Durante 2 meses apenas! Bastou isso pra reverter o pessimismo.
O DataFolha da véspera da eleição mostra que a maioria acredita que inflação vai cair ou ficar como está, e que a Economia vai bem. Ou seja: o terrorismo midiático – construído pra levar Aécio ao poder – parece estar perdendo o jogo.
Maior demonstração de que Dilma – se ganhar – precisa enfrentar a mídia. Deve propor a regulação, deve esquartejar a Globo; e precisa fazer também o embate diário, com entrevistas, presença permanente, com disputa do imaginário e do terreno simbólico.
Governo “técnico” é governo derrotado, acuado pelos locutores gagos a pela agenda neoliberal.
Quanto às intenções de voto, note-se que é entre as mulheres – principalmente – que Aécio sai derrotado. Dilma já possuía ampla vantagem entre os mais pobres (quem ganha menos de 2 salários mínimos). Agora, empatou com Aécio na segunda camada (2 a 5 salários mínimos).
Dilma consolida vantagem, pode até abrir um pouco mais: 53% a 47%, quem sabe, nos votos válidos. Isso na pesquisa.
Acredito que, na urna, as abstenções podem fazer com que o resultado seja mais apertado.
Minha previsão – ao início do segundo turno – era de uma diferença na casa de 1 milhão de votos (a favor de Dilma). A crise da água – que não pode ser comemorada, vai provocar a desgraça de milhões de paulistas – deve fazer com que Aécio ganhe por uma diferençar menor em São Paulo.
Com isso, Dilma (que terá vitória estrondosa no Norte e Nordeste) pode abrir vantagem um pouco maior no quadro nacional. Mas resultado final será apertado. E a vitória não está garantida.
Aécio e seus aliados na Globo seguirão batendo até domingo. Há pequenos golpes e contratempos no meio do caminho, e há um debate mediado por Willian Bonner e comandado por Ali Kamel.
Eleição não se ganha de véspera, ainda mais com diferença tão pequena.
E ainda mais e mais: com a Globo, a Bolsa, os bancos e os Estados Unidos apostando tudo no candidato tucano.
A batalha é dura, e não acabou.