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O futuro

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Em algum lugar se perdeu, por Fernando Horta

O jogo dos tempos é um dos grandes desencontros da história. O homem só tem o presente. O passado o é por retenção, seja da memória ou da história. O futuro não é ainda, surge somente por projeção. Ao falar do passado, temos, nas palavras de Paul Ricoeur, um “presente-ausente”. O passado não está mais ali, embora dele falemos. Este processo de falar sobre o que já não existe configura um dos espaços da memória e, quando mediado por uma narrativa de alguém diferente de mim, chama-se História.
Parece simples, afinal nada soa mais inexorável ao ser humano do que o tempo. Contudo, a política é capaz de jogar com os tempos de forma a tornar confusa a orientação de todo um grupo de pessoas. Quando eu articulo um discurso de cunho nacionalista, que rememora símbolos, cores, personagens e etc., eu trago o passado de volta através de memórias que foram coletivamente construídas. Os sentidos sociais da memória atuam como mediadores de um tempo que não existe e que, quase sempre, nunca existiu para os que se valem deles.