Depois depoucos dias, manda um telegrama ao marido que dizia: " POR FAVOR ENVIE URGENTE DOCUMENTOS PARA O DIVORCIO,ENCONTREI UM COMPANHEIRO IDEAL. POSSUI AS MESMAS CARACTERÍSTICAS DO NOVO VECTRA DA CHEVROLET." O marido desesperado corre a uma concessionária e pergunta ao vendedor quais as características do carro. O vendedor responde: "É MAIS POTENTE, MAIS COMPRIDO,MAIS LARGO, MAIS RÁPIDO NA SUBIDA, MAIS BONITO E NÃO BEBE MUITO." O marido compreende imediatamente o que sua esposa quis dizer. Duas semanas depois, é ela que recebe um telegrama dizendo: " MANDEI OS PAPÉIS DO DIVÓRCIO ASSINE RÁPIDO!!!!!!! ENCONTREI UMA COMPANHEIRA IDEAL, REÚNE TODAS AS QUALIDADES DA NOVA CHEROKEE." Curiosa, a mulher vai a uma concessionária, e pergunta sobre o tal carro. O vendedor responde: "É MAIS RESISTENTE, SUPORTA MAIS PESO,TEM LUBRIFICAÇÃO AUTOMÁTICA, A CARROCERIA É NOVA E MAIS ARREDONDADA, É MAIS BONITA E CONFORTÁVEL, POSSUI AIR-BAG, É MAIS SILENCIOSA,NÃO VAZA ÓLEO E ACEITA ENGATE NA TRASEIRA". |
Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...
Divórcio
PT: 31 anos de orgulho
|
Artigo semanal de Delúbio Soares
UM HOMEM CHAMADO DIÁLOGO
O Brasil é outro país, absolutamente diverso daquele que o presidente Lula herdou em 2003. Oito anos depois do duro início de governo, onde Lula e sua equipe assumiam uma massa falida advinda de três quebradeiras, enorme descrédito internacional, impressionante ausência de auto-estima de nossa gente e de generalizada desconfiança no país.
Da abertura econômica no governo Collor e uma entrada imensa de recursos em nosso mercado interno, operando o início da modernização industrial, com o Brasil vivendo excepcional momento no início dos anos 90 e mais a fabulosa soma de bilhões de reais com a venda das empresas telefônicas do sistema Telebrás e outras estatais privatizadas, nada restara. Como um Rei Midas ao contrário, o governo de FHC acumulara derrotas, achatara salários, perseguira aposentados, injetava bilhões no Proer, descurava da educação e da saúde, administrava mal e apenas para a elite, e quebrava o país. E o governo dos tucanos recebeu o Brasil, em 1994, em condições infinitamente melhores do que as destinadas ao governo petista em 2003.
Teria sido fácil para Lula, homem combativo e líder carismático, vindo de uma eleição consagradora, apontar o dedo e denunciar o fracasso de seu antecessor ou a herança maldita que lhe era deixada. Nada disso foi feito. Lula optou pela concertação e o diálogo, pela reconstrução e o trabalho, pelo entendimento amplo e o diálogo democrático. Avesso à perseguição, ele mesmo marcado pelas injustiças de que foi vítima, o presidente Lula olhou para o futuro e se lançou na tarefa de governar unindo os brasileiros e dialogando democraticamente. Não governou com ódio e perseguições, mas com generosidade e perspectiva histórica.
Muitas palavras podem definir o governo de Lula e do PT: trabalho, inovação, humanismo, competência, generosidade, comprometimento, brasilidade, democracia... Mas a que, certamente, melhor expresse a forma magnânima e generosa com que Lula governou por dois mandatos o nosso país é a palavra diálogo. Não houve voz que fosse calada por iniciativa do poder central, nem quem quisesse fazer-se ouvir que não recebesse a devida atenção do presidente e de sua equipe. O Brasil viveu tempos de absoluta liberdade de expressão e de democracia levada às últimas conseqüências. Só encontramos similitude no qüinqüênio de outro Estadista, Juscelino Kubitschek.
Lula colocou o Estado a serviço dos mais pobres. Fez com que a "plebe ignara", a "ralé", os despossuídos do poder público, os deserdados do Estado brasileiro, os esquecidos de sempre, os olvidados de séculos, a massa preterida, fosse a razão e a meta de seu governo benfazejo. Essa massa que move os países e protagoniza a história, pela primeira vez no Brasil foi atendida em seus reclamos e necessidades, com programas sociais que atenderam as suas demandas e melhoraram substantivamente sua condição de vida; com crédito farto e barato, que colocou fim à agiotagem, que impulsionou o consumo, que movimentou a indústria e reaqueceu o comércio; com o fim do desemprego, flagelo que castigou os trabalhadores e suas famílias; com a reinserção do Brasil no mercado internacional, abrindo fronteiras para nossos produtos e gerando riqueza no mercado interno; com a estabilidade econômica, que garantiu a paz social e o início de um ciclo virtuoso; com o Pro-Uni, abrindo as portas das universidades aos filhos do povo, aos negros e aos indígenas, levando-os às salas de aula e garantindo um futuro mais promissor; com o Bolsa Família, afastando de milhões de lares humildes a chaga da fome, devolvendo cidadania e resgatando brasileiros abandonados pelos poderes públicos ao longo de séculos.
Em dois mandatos apenas, sem fugir das regras do jogo democrático, valorizando nossas instituições e dialogando direto com trabalhadores e empresários, bancários e banqueiros, lavradores e fazendeiros, operários e industriais, sem preconceito e com o espírito aberto e desarmado, o presidente Lula consagrou seu governo às reformas mais profundas já testemunhadas pela sociedade brasileira, tirando da pobreza e elevando à classe média mais de 30 milhões de irmãos brasileiros. Dialogou sempre, até a exaustão, transigiu quando necessário, não transigiu quando princípios estavam em jogo, conversou com quem quis ser ouvido, falou com franqueza e destemor aos brasileiros, saiu pelo mundo ostentando a bandeira de um país renascido após anos de cabeça-baixa e descrédito. Lula fez do entendimento, da concertação e do diálogo a marca de seu governo vitorioso, revolucionário e democrático. E entregou seu legado à uma mulher competente, gestora qualificada e com amplas possibilidades de ampliar as conquistas de seu governo, a presidenta Dilma Rousseff.
Poderia desfiar números e enumerar vitórias. Dos 1,5 milhões de automóveis produzidos em 2002 aos 4 milhões em 2010. Ou dos 19 milhões de celulares em 2003 para os mais de 200 milhões até meados de 2011, com a média de mais de um aparelho por cidadão brasileiro! Mas prefiro recordar que o comércio vive uma época de vendas nunca dantes alcançadas. A indústria trabalha em regime de turnos que ocupam às 24 horas do dia para atender as encomendas. Jamais se consumiu tanto material de construção, tantas bicicletas, tantas televisões, tantas geladeiras, tantas máquinas de lavar. Os computadores saíram da classe média alta para freqüentar a vida da grande massa trabalhadora, com a tecnologia da informação ao alcance do filho do trabalhador, ajudando-o em seus estudos e trazendo-lhe a informação em tempo real.
Experimentamos uma revolução das mais efetivas e profundas que o continente latino-americano, quiçá o mundo, experimentou. Nenhuma gota de sangue, mas muita alegria, realização de sonhos, lágrimas de emoção e transbordante alegria. Sem confrontação ou ressentimentos, sem medo e com absoluta harmonia entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com as Forças Armadas profissionalizadas e cumprindo o seu papel constitucional, com liberdade de expressão absoluta e uma oposição vigilante e intransigente. Somos uma democracia no que de melhor ela teme oferece. Devemos ao espírito conciliador, ao coração sem ódio e a visão de Estadista de Luiz Inácio Lula da Silva.
por Zé Dirceu
Até quando o Governo, o Congresso Nacional e o Ministério Público Federal vão permitir que as Forças Armadas repetidamente se comportem como se fossem um poder à parte da ordem constitucional do país? Até quando elas se comportarão como se fossem, em muitos casos, um governo e um Estado à parte, seja pela existência de leis e regulamentos totalmente inconstitucionais, seja pela violação dos mais elementares direitos dos seus praças e oficiais dentro das próprias corporações militares?
O que tem acontecido não são apenas os continuados "acidentes" em treinamentos, com a morte de soldados e suboficiais. Como é o caso, agora, da aluna do curso de 3º sargento, Daiana Pereira Fernandes, que morreu após passar mal em treinamentos no campo de Gericinó, na Vila Militar, subúrbio do Rio. O que tem acontecido é a violação de direitos constitucionais - repito - básicos.
Lamentável por si só a morte da aluna e as precedentes, além dos incidentes constantes que não atingem essa gravidade. Outro, dos piores aspectos nessa situação, é que foi criada toda uma estrutura "jurídica e administrativa" para violar estes direitos constitucionais. Criou-se e ainda se mantém uma justiça militar que persegue os que se opõem a caducos e ultrapassados regulamentos disciplinares e ao entulho autoritário que sobreviveu à redemocratização do país.
Espero que o PT e o Congresso Nacional convoquem as famílias dos soldados mortos em treinamentos, as dos que são expulsos como desertores por exigirem o respeito a seus direitos e o cumprimento da Constituição, e as dos que são obrigados a pedir baixa por lutarem por mudanças, ou por criticarem esta estrutura legal e administrativa, herança da ditadura.
Estas mudanças democráticas sugeridas não têm nada a ver com a subversão do príncipio de hierarquia e disciplina que as Forças Armadas exigem em todo mundo, condição para a sua própria existência. Muito menos representam ameaça à função constitucional dos militares, ou desprezo e negação de seu papel e de sua importância.
Elas têm a ver fundamentalmente com a Constituição e com os direitos básicos nela inscritos solenemente pela Assembléia Nacional Constituinte (de 1988) e impositivos para todos sem exceção.
A fofoca e Sócrates
- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos?
- Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria que você passasse por um pequeno teste. Chama-se "Teste dos 3 filtros".
- Três filtros?
- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar o que vais me dizer.
O primeiro filtro é o da Verdade. Estás completamente seguro de que o que me vai dizer é verdade?
- Bem... Acabo de saber...
- Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me contar?
Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno?
- Não, pelo contrário.
- Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de ruim sobre ele, que não sabes se é verdade!
Ora veja! Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, que é o da Utilidade. O que queres me contar vai ser útil para mim?
- Acho que não muito.
- Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, não ser bom e pode não ser útil, então para que contar?
Este episódio demonstra porque era tão estimado.
É amigos!! Muitas vezes ouvimos fofocas de diversas pessoas e devemos realmente usar os três filtros para que não cometamos injustiças. Será que o que estamos ouvindo é Verdade? Será que isto é agir com Bondade? Será que é Útil? Pois bem, que possamos usar esses filtros em nossa vida. E aí amigos aceitam o desafio?
Velho Sábio
Origem tucana
Judiciário, o mais corrupto dos poderes
por
Jânio de Freitas
João e Janete Capiberibe poderiam comprar muitos votos, mas os dois de que são acusados de ter comprado não são base para cassação entre os esclarecimentos pendentes, e de futuro tão incerto quanto o seu passado, os devidos por um alto tribunal, a propósito dos danos e desvios que causou à vida de duas pessoas, ficam muito bem na posição de precedência. Afinal de contas, há quase dez anos os sucessivos integrantes do Tribunal Superior Eleitoral são alertados para as estranhezas do caso, sem que lhe dedicassem mais do que o corriqueiro, com grande probabilidade de errado e injusto, em duas ocasiões.
Inflação - Uma questão latente
A divulgação pelo IBGE de que o IPCA de janeiro ficou em 0,83% disseminou uma onda de alardes que, a bem da verdade, não faz sentido. Afinal, é preciso tranquilidade para analisar o cenário, identificar as razões e nuances inflacionárias para então selecionar os meios de intervenção adequados.
A estabilidade econômica do país, pautada em sólidos fundamentos e alimentada pelas boas perspectivas de crescimento sustentado são os fiadores dessa necessária tranquilidade.
Infelizmente, não é esse o comportamento do mercado e da mídia nos últimos meses.
Há certo grau de fatalismo na observação sobre a inflação e recrudescimento da velha fórmula de enfrentar o problema com corte de gastos, Selic maior -falam em frear as expectativas- e apenas repor o salário mínimo.
Os objetivos são diminuir a demanda e o consumo, reduzir o crescimento e brecar o ritmo de geração de emprego e de ampliação da renda.
Há, contudo, que considerar as peculiaridades no âmbito interno e os movimentos internacionais -ou seja, contextualizar o debate sobre os riscos inflacionários. Não podemos nos esquecer que o mundo ainda enfrenta dificuldades decorrentes da maior crise econômica desde 1929.
Precisamos lembrar também que se tivéssemos enfrentado essa grave crise com as fórmulas que o mercado e a mídia queriam, teríamos mergulhado em uma recessão e no desemprego que poderia nos custar uma década de avanços.
Aliás, diga-se, já sabíamos que essa opção por manter a economia aquecida -via crédito fácil e aumento do consumo- teria efeitos colaterais, que de longe são preferíveis à recessão vivida pelos EUA e Europa até hoje.
O momento é de retirada das ferramentas anticíclicas introduzidas durante a crise, como o enxugamento do crédito. Isso vem sendo feito pelo governo, que também sinaliza com cortes de gastos para complementar esse processo -que não podem atingir os investimentos.
Mas o tom do mercado e do noticiário é quase um desejo para que criemos problemas mais profundos, como a baixa atividade econômica e o desemprego. O fato é que, se não quisermos fantasiar da assombração à inflação, é imprescindível diagnosticar que parte dela advém das commodities precificadas internacionalmente, sobre as quais uma Selic maior não terá efeitos.
Fundamentalmente, portanto, o caminho é fortalecer o vetor produtivo, para que no médio prazo haja convergência entre demanda e oferta, objetivo que passa pela reforma tributária, por políticas de desenvolvimento tecnológico e industrial, mas também por avanços em infraestrutura e educação.
A alternativa desbotada da alta dos juros tem efeitos muito nocivos, como valorizar ainda mais o real e aumentar o serviço da dívida interna, anulando o esforço fiscal do corte de gastos. Enfim, debater os riscos inflacionários no Brasil é tarefa que requer cuidado com os determinismos econômicos e boa dose de questionamento às teses do mercado.
No fundo, precisamos primeiro responder: será mesmo necessária a descontinuidade, mesmo que conjuntural, das políticas de fortalecimento do nosso mercado interno?
O estilo Dilma
A majoração do piso de R$ 510 para R$ 545 não proporciona ganho real para os assalariados, pela simples razão de que o PIB não cresceu no recessivo ano de 2009 (a rigor, retrocedeu 0,2%). Para fazer bonito diante da arquibancada, a presidente poderia, como pleiteavam os sindicatos, sacar a descoberto, antecipando uma parte do robusto aumento que virá em 2012, graças ao desempenho da economia no ano que passou, concedendo um mínimo de R$ 580. Mas Dilma, em mais de uma frente de atuação, parece menos preocupada em fazer bonito do que em fazer a coisa certa. Nem sempre conseguirá, às vezes nem tentará, mas ela decerto está ciente do que poderia significar um recuo já na primeira batalha do seu mandato. Para não deixar dúvidas sobre o que esperar dela, quando está convencida de que a sua posição é a correta, a presidente não só mandou avisar que não há mais o que discutir sobre o mínimo, como ainda tratou de apressar a votação da matéria – o que deverá ocorrer já no começo da semana que vem – e avisou os líderes parlamentares governistas de que emendas ao projeto não serão toleradas. A direção do PT, por sua vez, estuda fechar questão em torno da proposta para enquadrar os companheiros recalcitrantes.
Se, apesar de tudo e contra todas as expectativas, o Congresso aprovar um mínimo superior a R$ 545, o Planalto advertiu que a diferença será compensada por um golpe de tesoura maior do que o previsto no Orçamento, alcançando em primeiro lugar as preciosas emendas parlamentares. Dilma bateu o martelo um dia depois de Lula, na sua primeira manifestação sobre uma questão do governo de sua sucessora, considerar "oportunismo" a insistência dos sindicalistas em alterar as regras do jogo. O ex-presidente foi instado a falar pelos jornalistas que o acompanharam a Dacar, no Senegal, para a abertura do 11.º Fórum Social Mundial. Mas a decisão de Dilma estava tomada de antemão – e não dependia do beneplácito do padrinho. A crítica de Lula caiu mal entre os dirigentes sindicais. Na semana passada, alguns invocaram o seu nome para constranger a presidente que, segundo eles, estaria se desviando da rota do seu mentor. O mais vociferante tem sido o deputado Paulo Pereira da Silva, do PDT paulista, que controla a Força Sindical. "O Lula está com problema de memória", atacou, invocando as promessas do então presidente às lideranças sindicais, em meados de outubro, de que haveria aumento real do mínimo em 2011. À época, o tucano José Serra insistia em que, se eleito, o piso iria para R$ 600.
Além de exprimir seu desapontamento com Lula, os sindicalistas passaram a fazer ameaças rombudas a Dilma. "Derrotar aliados é uma coisa ruim. Fica um rescaldo para o futuro", disse Pereira da Silva. Mas as consequências, além de virem sempre depois, como diria o Conselheiro Acácio, podem ser tanto menores quanto maior a coragem exibida no embate pela autoridade que as sofreria.
Editorial – O Estado de S.Paulo
Governo federal anuncia "corte" de 50 bi no orçamento e pig, tucademos e agiotas comemoram
A muito, muito tempo mesmo a selic deixou de ser uma questão tecnica e passou a ser política.
Tenho certeza que viverei o bastante para eleger um presidente da república que bata de frente mesmo com o "mercado" e reduza drasticamente o pagamento de juros para esta corja imunda.
Inda veremos isto acontecer.
por Cesar Maia
|
PIG, Lula não levou o AeroLula prá casa dele?
Apreciem abaixo mais um texto da série Inveja não mata. Mas, maltrata!
por Josias de Souza
Em vôo de carreira, Lula 'saboreia' sua popularidade
Joel Silva/Folha
Convertido pelas contingências num sem-avião, Lula aventurou-se no primeiro vôo de carreira desde que deixou a Presidência.
Deu-se nesta quarta (9). O ex-soberano embarcou no vôo de número 1206, da Gol. Chegou à pista de Congonhas (SP) por uma trilha alternativa.
Foi, primeiro, à Base Aérea, onde costumava pousar quando voava nas asas do AeroLula. Uma van conduziu-o, junto com seus acompanhantes, até o avião.
Acomodou-se na poltrona oito, corredor. Ao centro, a mulher, Marisa Letícia. Na janela, a nora, Marlene Araújo.
Assessora de Lula, Clara Ant foi ao seu lado, em assento contíguo, separado pelo corredor. À frente dela, o presidente do PT-SP, Edinho Silva.
Os demais passageiros entraram no avião depois. Súbito, um deles reconheceu Lula. Estacou, freando o movimento da fila no corredor.
A notícia sobre a presença se disseminou. Testemunhas da cena, os repórteres Daniela Lima e Joel Silva relatam, na Folha, a azáfama que se seguiu.
Lula foi filmado. Abraçado ora a passageiros ora a aeromoças, fez pose para mais de três dezenas cliques fotográficos. Distribuiu dezenas de autógrafos.
Afagou crianças. Levou uma menina ao colo. Sitiado, comemorou os efeitos do assédio sobre a alma: "É prazeroso".
Surpreendida pela presença dos repórteres, a assessora Ant apresssou-se em informar que o chefe não daria entrevista.
Lula logo a desmentiria. Falou: "Todo político devia evitar aquele conselho do assessor que fala: 'a coisa tá ruim, não vai para a rua'..."
"...Quando tá ruim é que tem que ir para a rua. Quando está bom pode ficar em casa".
Acrescentou: "Eu nunca tive medo de ir aos lugares. Se tem uma coisa que não me assusta é o povo".
A caminho de Brasília, Lula recebeu um presente. Um dos passageiros deu-lhe o livro "Ainda Existe Esperança", do argentino Enrique Chaij.
Outro passageiro cedeu-lhe um jornal do dia. Lula concentrou-se numa notícia sobre a encrenca do reajuste do salário mínimo, iniciada ainda na sua gestão.
Uma aeromoça ofereceu ao ex-soberano um pacotinho de biscoitos salgados. Lula refugou. Serviu-se apenas de água. Sem gelo.
No mais, alimentou-se de sua popularidade. Estátua de de si mesmo, saboreou o culto à sua personalidade.
Degustou cada abraço, cada tapinha nas costas, cada aperto de mão, cada foto, cada autógrafo. "É prazeroso".
Joel Silva/Folha
- Siga o blog no twitter.