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Era uma vez...

Dois irmãos, a irmã Luz e o mano Escuridão. O mais engraçado é que quando um aparecia, o outro sumia. Que coisa! 

Recado amoroso

Minha saudade tem o teu nome...Lú!

FOGO,ÁGUA E CONFIANÇA


Micro e pequenas empresas empregam mais


O aumento da escolaridade e melhor preparo dos empreendedores, a diminuição da carga tributária, as mudanças na legislação e o crescimento da economia com distribuição da renda nacional de 2003 em diante formaram o ambiente para uma mudança importantíssima no universo das micro e pequena empresas brasileiras. 

Até 2005 metade dos novos negócios fechava nos dois primeiros anos de vida. 

De 2005/2006 em diante, de cada 10 micro e pequeno empreendimentos, 7 sobrevivem a esse período. A melhora no indicador da ‘mortalidade infantil’ da micro e pequena empresa é uma conquista dos nossos governos, do PT: os dois do ex-presidente Lula e agora o da presidenta Dilma Rousseff. Além de representar um enorme contingente de brasileiros empreendedores, as micro e pequena empresas formam o principal segmento de empresas empregadoras. 

O fato de elas estarem sobrevivendo aos dois primeiros anos de vida certamente tem impacto importante na diminuição do desemprego e no aumento da renda nacional. É um ponto fundamental dos programas de governo do PT que deixou de ser discuso e está sendo implementado na prática, com resultados concretos e mensuráveis. Continua>>>

Um dia no Céu GLHBT


Sonhei que fui ao Céu GLHBT e um anjo me mostrava  as diversas áreas lá existentes. Entramos numa sala de trabalho cheia de anjos gays, lésbicas, heterossexuais, transsexuais e travestis. O  anjo parou no 1º departamento e disse: 
       
-Esta é a Recepção. Aqui, são recebidas as orações com petições a Deus. Olhei  e vi muitos anjos  organizando pedidos e  bilhetes escritos por  pessoas de todo o  mundo. Seguimos até chegarmos à 2ª seção.

-  Esta é a área de Embalagem e Entrega. Aqui, as graças e bênçãos solicitadas são  processadas e entregues  às pessoas que as pediram, disse o Anjo. Notei  que, também ali, estavam  todos muito ocupados,  trabalhando intensamente,  tal era a quantidade  de bênçãos solicitadas  e que deveriam ser  enviadas. Finalmente,  paramos em frente a  uma pequena área e, para minha surpresa,  havia só um anjo  sentado  ali, desocupado, não fazia nada. 

-  Esta é a Seção do Reconhecimento -  disse-me calmamente meu  amigo, que pareceu embaraçado.
- Como é isso? Não há nenhum trabalho acontecendo por aqui? - Perguntei.  
- É tão triste. As pessoas recebem as bênçãos que pediram, porém poucos enviam confirmação de reconhecimento. 
- E como se confirma que recebemos as bênçãos de Deus? -Perguntei.
- Simples, basta dizer,  Grato Senhor. Respondeu  o anjo E quais bênçãos devem ser reconhecidas? - Perguntei. 
  • Se tens alimento em  sua geladeira, roupas  nas suas costas, um  teto sobre sua cabeça e um lugar para  dormir... Você é mais  rico que 75% dos  moradores deste mundo.
  • Se tens dinheiro no  banco, em sua carteira  e algumas moedas sobrando  em casa, você está  entre os 8% mais  bem sucedidos do mundo! 
  • Se tens teu próprio  computador, você é  parte do 1% do  mundo que tem essa  oportunidade.  
  • Se você acordou hoje  de manhã com mais  saúde que doença...és  mais abençoado que  os muitos que nem  sequer sobreviverão a  este dia. 
  • Se nunca experimentaste  o temor da batalha,  a solidão da prisão,  a agonia da tortura,  nem as dores de  sofrimento de fome,...estás  à  frente de 700  milhões de pessoas  no mundo. 
  • Se podes ir a uma  igreja, Mesquita ou  Sinagoga, sem o temor  de apanhar, ser preso,  torturado,...és abençoado  e invejado por mais  de 3 bilhões de  pessoas, que não podem  reunir-se com outros  de sua fé.  
  • Se teus pais estão  vivos e casados, és  uma raridade.  
  • Se podes manter a cabeça erguida e sorrir, não és a norma, és um raro exemplo a tantos que estão em dúvida e em desespero. 
Ao ler esta mensagem, recebeste uma bênção dobrada, alguém pensou em ti, como um ser muito especial, e és mais  abençoado que dois bilhões de pessoas no mundo que absolutamente não sabem ler. O que podes fazer? Tenha um bom dia, conte tuas bênçãos e, se teu coração assim quiser, passe esta mensagem a outros, para lembrá-los de como são abençoados.  Ah, por alguns instantes, pare o que está fazendo e envie ao Departamento de Reconhecimento Divino a seguinte mensagem:

Cirurgia de rim

Duas amigas se encontram...

- Você está maravilhosaaa! Como emagreceu!

- Pois é...perdi mais de 20 quilos. Tive de extrair um rim!

- Cruz credo, eu não sabia que um rim pesava tanto!

Avenida Brasil: a paixão pelo ódio

A novela apenas reflete a sociedade que somos

Recém-chegada de Paris, a psicanalista Betty Milan parou para ver a novela. E flagrou exatamente a alternância de poder entre Carminha e Nina, quando a audiência de Avenida Brasil bateu todos os recordes em São Paulo, com 45 pontos de média no Ibope. Com olhar de estrangeira, ficou impressionada. Registrou ali o que entende de mais negativo na sociedade do País: a paixão pelo ódio. “É um traço de nossa cultura, provavelmente de origem mediterrânea”, diz, “mas me pergunto se era o caso de colocar em cena algo que avalize a perversão.” Em ritmo de ensaio para sua peça A Vida É um Teatro, que reestreia em agosto, a também escritora explicou essa ira toda do povo brasileiro e por que não considera novela um exemplo de arte.
O que essa novela espelha da sociedade brasileira?
A começar, o gosto pela violência, que a novela explora para emplacar. Depois o gosto pela vingança, próprio do machismo, cuja ética é tão contrária à mulher quanto ao homem, mas que pode estar tão implícito na conduta feminina quanto na masculina. Nina é tão machista quanto Carminha, as duas se espelham o tempo todo. As duas, por sinal, são mulheres originárias do lixão, onde a sobrevida implica força e, portanto, é o padrão masculino que prevalece. Como eu digo em E o que É o Amor?, o machismo é uma ética infeliz e assassina. Sua história é a que se lê em Tragédia Brasileira, de Manuel Bandeira. Misael, funcionário público, conhece Maria Elvira, tira-a da prostituição, instala e trata. Ela arranja namorado. Ele, para evitar escândalo, muda de bairro, muda 17 vezes, até um dia matá-la a tiros. Misael indubitavelmente fez de tudo para escapar ao imperativo machista, mas não teve como.

O nome ‘Avenida Brasil’ remete a uma avenida que corta 27 bairros do Rio e tem intersecções com várias rodovias. Sua temática aludiria ao País urbano?

Apesar da palavra “avenida”, acho que a novela não diz respeito ao urbano ou ao rural. Veríamos essa mesma cena no campo. Apego-me mais à palavra Brasil e ao que há de mais negativo na cultura brasileira, que é a paixão pelo ódio.

O brasileiro gosta de odiar?
É um traço da nossa cultura, provavelmente de origem mediterrânea. São três as paixões humanas: a do amor, a do ódio e a da ignorância, que é a paixão do não saber, de negar a realidade. A paixão do ódio, o machismo cultiva. Como exemplo temos as peças de Nelson Rodrigues e os romances de Graciliano Ramos. Pense no que diz Jonas em Álbum de Família: possuir e logo matar a mulher que se ama. Ou pense em Paulo Honório, em São Bernardo, que considera que matar Madalena é ação justa. Ele então não a supõe infiel?

O cotidiano dos emergentes é o grande eixo da novela, que tem atraído de A a Z. As classes já misturaram seus gostos?

Não acho que o cotidiano dos emergentes seja elemento forte de identificação. A identificação resulta do gozo sádico do espectador, gozo que a imprensa e a televisão exploram desde sempre – lamentavelmente, porque esse gozo sustenta o gosto pela vingança. Mãe Lucinda pode dizer que a vingança só leva à vingança, procurando fazer Nina mudar de ideia, mas é com esta que o espectador mais se identifica. Porque, de um modo ou de outro, todos somos injustiçados e o gozo sádico nos tenta.
Por que a vingança lhe parece tema central? Por que não a traição ou a chantagem?
Colocar em cena uma mulher vingativa não deixa de ser uma novidade. A vingança aqui no país sempre foi para os homens. Doca Street, Lindomar Castilho… As mulheres, que são ultrajadas de diferentes maneiras, consciente ou inconscientemente, se sentem recompensadas. Pouco antes da novela ouvi no Jornal Nacional que o aborto consentido continua a ser crime e cabe ao médico decidir se a mulher tem ou não o direito de abortar. Como se o médico fosse arcar com a responsabilidade de ser mãe! Chega a ser revoltante.
Os homens da trama parecem facilmente manipuláveis, como se vê nas obras literárias mencionadas em Avenida Brasil, entre elas Madame Bovary e O Primo Basílio. Como entender esse predomínio do feminino?
Acho que não se pode comparar Carminha com Madame Bovary, que é um Quixote francês. Carminha é uma manipuladora altamente realista. A Bovary, como o Quixote, é vítima do seu imaginário. Paga muito caro pelo adultério e acaba se suicidando. Por outro lado, Carminha e Nina são dois machões. A Bovary é muito feminina. O tema dela é o amor, que não é o tema das mulheres de Avenida Brasil.
O horário eleitoral começa daqui a um mês, com figuras reais que mais parecem personagens de folhetim. Nesse sentido, dá para estabelecer um paralelo entre o gênero ‘propaganda eleitoral’ e o gênero ‘novela’?
Não sei. O que eu sei é que a novela brasileira se limita a retratar a sociedade em que vivemos.
E o horário eleitoral não?
Você está tomando o horário eleitoral como se fosse ficção?
A senhora acompanha o horário eleitoral brasileiro?
Graças a Deus, não. Mas os políticos, de fato, parecem personagens de novela.
Jorge Amado, cuja Gabriela está na telinha, já disse que o samba é denominador comum da nossa cultura. E a novela?
A novela também, mas novela não é arte. Tem um caráter absolutamente documental. Não chega a se constituir uma grande metáfora da sociedade brasileira.

A senhora mencionou que o que há de mais negativo na cultura brasileira é a paixão pelo ódio. O que haveria de mais positivo?

O fato de privilegiarmos a cultura do brincar, uma cultura da sátira, senão da zombaria. Ela zomba do que é sério, cultua o riso e se realiza através do gracejo. O impossível para ela não existe porque, dispondo de várias máscaras, ela o contorna. Assim sendo, não é de briga, é pacífica, não faz guerra nem mesmo contra a guerra, brinca, e essa é sua maneira de resistir a tudo o que a contraria. Sua coragem é a do humor, a de quem dribla a tristeza e só aposta na alegria. Inadvertidamente sacrílega, essa cultura não reverencia senão irreverentemente as outras culturas que ela, brincando, dessacraliza.

O Brasil é uma grande avenida de ficções?

Não. A grande avenida de ficções é o carnaval, que não é uma ficção, é uma realidade por meio da qual o Brasil se reinventa todo ano, propiciando ao mundo inteiro a alegria de que este precisa.

Alface ou mortadela?

Qual sua preferência?

Velha Infância

Animação

A reserva moral dos imorais sem-vergonha

Procuro aqui, procuro ali, procuro acolá e... nada! 

Nenhuma linha no Pig sobre a reportagem da CartaCapital que acusa o ministro Gilmar Dantas de ter recebido 185 mil reais do valerioduto tucano. Normal. Surpreendente seria se os penas-pagas da tucademopiganalhada repercutisse e investigasse uma denúncia contra seus pares. Leia mais>>> 

Trabalho prazeroso

Se recebes $$$$ para fazer o que gosta, então vive de férias.

Um paradoxo da democracia moderna

[...[ " sem dinheiro, não há o exercício do voto; com ele, e no volume exigido, a legitimidade do sufrágio é posta em dúvida. Esse é um dos argumentos de filosofia política contra o sistema capitalista, em que o poder do Estado é visto como um bem de mercado, que pode ser ocupado pelos que pagam mais. E não só os indivíduos os que adquirem esse poder: mais do que eles são os grupos de interesse comum, como os banqueiros, os grandes proprietários rurais, as confissões religiosas, as poderosas corporações econômicas, nacionais e multinacionais. Isso, quando não há a interferência direta de governos estrangeiros, como sempre ocorre e ocorreu despudoradamente com a ação do IBAD, nas eleições de 1960 e 1962.
Lei mais Mauro Santayana

Photoshop e o tempo

A direita nativa e o pig - seu dispositivo midiático - sabe que o cerne da questão refere-se à prática do caixa 2 de campanha, uma degeneração intrínseca à entrega de um bem público, a eleição, à lógica de mercado. O jogo do toma-lá-dá-cá instaurado a partir da indução à busca de recursos privados não poupa direita ou esquerda. Todos os partidos foram e são reféns desse moedor que abastarda projetos e rebaixa a soberania democrática.

O PSDB de Serra, por sinal, desfruta o cume do pódium como pioneiro e virtuose, com o comprovado engate do valerioduto mineiro ao caixa 2 da fracassada tentativa de reeleição do ex-presidente do partido, Eduardo Azeredo, em 1998. Romper esse dínamo implica, na verdade, alargar as fronteiras da democracia, libertando-a não apenas do dinheiro privado, mas também dos limites exauridos do sistema representativo, revitalizando-o com a ampliação de mecanismos de consultas e referendos mais regulares e adequados às demandas de participação da cidadania. Continua>>>

Caçando adversários - por Marcos Coimbra


Uma das sabedorias antigas dos mineiros ensina que, na política, não existem gestos gratuitos. Todos têm consequência. E não só para quem os pratica. Muitas vezes, os efeitos de um ato individual atingem correligionários e companheiros. Podem, por exemplo, afetar de maneira ampla a imagem do partido a que pertencem. Mudam a percepção da sociedade a respeito de seus integrantes.Quando é para o bem, ótimo. Mas pode ser para o mal. Nesses casos, o ônus é compartilhado. Todos pagam por ele. 
A decisão da Executiva Nacional do PSDB de recorrer à Justiça contra os "blogueiros sujos" que o criticam é um desses.
O verdadeiro inspirador da ação foi o candidato do partido a prefeito de São Paulo, mas suas consequências negativas não se circunscrevem a ele. O gesto de Serra alcança coletivamente os tucanos. Em si, é apenas uma reação tola. Que expectativa de sucesso tem o ex-governador? Será que acredita que conduzir o PSDB a uma cruzada contra os responsáveis por blogs que antipatizam com ele redundará em alguma vantagem para sua candidatura?Movido por sua insistência, o partido representou à Procuradoria-Geral Eleitoral para denunciar o "uso de recursos públicos" no financiamento de "blogs, sites e organizações (?)" que funcionariam como "verdadeiras centrais de coação e difamação de instituições democráticas".
 Na prática, o que o PSDB pretende é que empresas e bancos estatais sejam proibidos de comprar espaço publicitário em blogs contrários ao partido e às suas lideranças. 
A argumentação de que é movido pelo zelo de proteger as instituições é fantasiosa. Aliás, sequer cabe aos partidos políticos esse papel. 
O que Serra quer mesmo é impedir a manifestação de seus adversários. Talvez tenha se acostumado com a convivência que mantém com alguns veículos e comentaristas da nossa indústria de comunicação. De tanto vê-los defendendo seus pontos de vista e acolhendo suas opiniões, convenceu-se que os críticos não mereceriam lugar para se expressar. 
O fascinante na argumentação é que não o incomoda (ou a seu partido) que existam "blogs, sites e organizações (?)" - bem como revistas, jornais e emissoras de televisão e rádio - que recebam investimentos em propaganda do setor público e façam oposição até agressiva ao governo. Parece que acham isso natural e que tais aplicações se justificariam tecnicamente. Se determinado veículo tem leitores, não haveria porque excluí-lo do plano de mídia de uma campanha de interesse de um órgão ou empresa pública. Fazê-lo equivaleria a puni-lo por um crime de opinião. 
Se vale para os órgãos de comunicação hostis ao governo e ao "lulopetismo", por que não se aplicaria no caso inverso? Seria errado anunciar em blogs com visitação intensa, apenas porque seus responsáveis não simpatizam com os tucanos. Ou Serra e seu partido aplaudiriam se o governo proibisse que seus órgãos comprassem espaço publicitário na imprensa oposicionista? 
A decisão sobre a alocação dessas verbas pode ser questionada com base em critérios objetivos: 
  • tem determinada emissora suficiente audiência para cobrar seus preços? 
  • Aquele jornal tem a circulação que afirma?
  • O blog ou site em questão tem volume relevante de acessos? 
Fora disso, é apenas castigar - ou querer castigar - quem tem opinião diferente. 
Engraçado lembrar o destaque que o PSDB e suas figuras de proa, como Fernando Henrique, veem dando à internet na discussão do futuro do partido.Tomara que não pensem como Serra: que na internet só podem ficar os "limpos" - os que o aplaudem -, pois os "sujos" - os que o questionam - devem ser banidos.

Ciro Gomes: Aécio cometeu um erro primário


Ciro Gomes (PSB) declara-se “decepcionado” com Aécio Neves (PSDB). Responsabiliza-o pelo desembarque do PT do prejeto reeleitoral de Márcio Lacerda (PSB), prefeito de Belo Horizonte.
Tido como aliado eventual de Aécio em 2014, Ciro declara-se desde logo um apoiador de Dilma Rousseff. Sem mencionar o nome de Eduardo Campos (PSB), refuge-lhe as pretensões presidenciais.
Para Ciro, o PSB teve sua chance de disputar o Planalto em 2010, quando ele frequentava o rol de candidatos com o segundo melhor desempenho nas pesquisas. Escanteado por Eduardo, presidente do PSB, Ciro como que dá o troco.
“Temos uma obrigação moral com a presidenta Dilma. Nossa vez de ter lançado candidato próprio era na vez passada”, disse Ciro, numa entrevista ao repórter Lauriberto Braga. Se quiser entrar no jogo agora, ele declarou, o PSB deve entregar imediatamente os cargos que ocupa no governo. Disponível aqui, a entrevista vai reproduzida abaixo:
 A Operação BH pode prejudicar a aliança do PSB com o PT em 2014? Nós compreendemos, guardando aí a história do Brasil, que eleição municipal é episódio que por regra se exaure por si mesmo. Claro que desgastes, mal-entendidos, tristezas e frustrações podem gerar consequências futuras. Mas, em Belo Horizonte, está acontecendo um caso muito específico que é consequência de um erro, na minha opinião primário, que o Aécio Neves cometeu.
 Que erro foi esse? Eu disse a ele, quando fomos conversar, que ele cometeu um erro primário. O Aécio resolveu sair de uma posição que o distinguia, que o elevava, que o punha em alto nível, sendo talvez a única exceção do Brasil a partir de Belo Horizonte, onde a conflagração estéril e miúda entre o PT e PSDB imposta por São Paulo ao Brasil mostrava que era possível fazer diferente. E isso produziu como consequência uma convergência com o PSB e uma administração de melhor avaliação do País. Portanto, não só a qualidade política distinguiu o Aécio nessa aliança, como a consequência desse gesto, vamos dizer generoso, político superior, de alto nível, produz a melhor administração em capitais do Brasil. Isso credenciava o Aécio a ser considerado de forma distinta pelo exemplo, menos pela retórica. E ele, inacreditavelmente, acho que por influência da alienação política que Brasília provoca nas pessoas, resolveu forçar a mão em cima do Marcio Lacerda para provocar o fim da aliança com o PT e precipitar em Belo Horizonte uma disputa completamente extemporânea, descabida, pela Presidência da República.
 A conversa que o senhor teve com Aécio Neves respinga em 2014? Minha afeição, meu apreço, meu respeito, meu carinho pelo Aécio não mudam. Mas eu preciso dizer em alto e bom som que fiquei muito decepcionado com este movimento dele.
 O senhor não apoiaria mais Aécio para presidente do Brasil em 2014? Nós nunca tivemos uma relação fora de Minas Gerais. Se o Aécio fosse candidato à Presidência da República numa certa circunstância, no passado, eu admitiria votar nele, porque acho que ele seria importante para o Brasil nessa circunstância de exemplo de político. Mas esta confrontação estéril, despolitizada, entre o PT e o PSDB de São Paulo tem provocado muita coisa ruim no Brasil. Quando Fernando Henrique Cardoso tomou posse, ele era claramente uma novidade importante para o país. O PT se recusa a apoiar o Fernando Henrique e ele se abraça com o PFL e o PMDB. Não propriamente com os partidos, mas com a escória desses partidos. Em seguida o Lula ganha a Presidência da República. O PSDB então, incrivelmente, se recusa a dialogar com Lula. E Lula se obriga a confraternizar, de novo, com a escória da política brasileira. De maneira que o que muda do PSDB para o PT é só a escória que não sai do poder no Brasil.
 Como será a disputa em 2014? Na minha opinião, nós temos uma obrigação moral com a presidenta Dilma. Nossa vez de ter lançado candidato próprio era na vez passada. Porque não havia uma candidatura natural. O Lula encerrava um ciclo. Eu tinha o segundo lugar nas pesquisas. Como percebemos o movimento contra a minha pessoa e fui da opinião de votar logo no primeiro turno na Dilma, agora participamos do governo da Dilma e eu cultivo a lealdade.
 Só 2018, então? É. Uma vocação natural do partido é disputar. E podemos até disputar em 2014, mas temos que sair publicamente agora do governo e dizer qual o projeto melhor que temos para oferecer ao povo brasileiro. Mas agora estamos apoiando é a Dilma.
 E a eleição em Fortaleza? Nós, liderados pelo governador Cid Gomes, nos esforçamos até a undécima hora para votar num candidato do PT, desde que tivesse autonomia em relação à atual administração e pudesse sinalizar respeitosamente para Fortaleza que o clamor por mudança seria atendido. Infelizmente não conseguimos, pois os companheiros do PT não convenceram a prefeita, que tem o controle da burocracia, e isso nos levou a romper com a obrigação de apoiar o candidato do PT.