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Glória Maria

No Brasil não existe jornalismo!

Existe jornalistas, repórteres e demais profissionais do meio!

Os patrões da mídia grande mídia brasileira são iguais aos patrões deles, não tem valores, tem preço. 

Que descanse em paz Glória Maria 

Xico Sá desabafa, declara voto para Dilma e pede "demissão" da Folha de São Paulo

do Jornalista e Escritor Xico Sá no Twitter:

"Phoda-se o PT, a merda é q ñ há a mínima manchete contra os outros. ai tá a putaria jornalística e eu,lá de dentro, sei cuma funciona", escreveu Xico Sá no Twitter. "Amo encher a boca e dizer IMPRENSA BURGUESA. é q só há um lado a fuder, nisso é desonesta, escrota, fdp. P q ñ investigar todos?", questionou em seguida.
"Nego acha q por trabalhar na imprensa burguesa desde os 18 anos ñ posso ser contra a orientação política dos chefes. oxi,ai q devo ser mesmo. um dia ainda vou contar tudo q a imprensa ñ deixa sair se for contra a orientação política dos grandes jornais. só podem os reinaldões etc", ameaçou, citando o colunista Reinaldo Azevedo, de Veja.
Sobre as eleições, publicou: "façam bonito, vcs são do jogo, mas o governo brasileiro foi muito importante para o meu povo e eu estou com meu povo. Dilma é foda!!!". E ainda: "se fosse votar por vcs burguês era Aécio até o talo; mas cuma prefiro votar pelo meu povo da porra e q necessita, é Dilma, carajo". Xico Sá criticou Aécio e perguntou: "na boa, do fundo del corazón, cuma alguém pode em Aécio? juro q não vou julga-lo por nenhuma das 50 escrotidões q poderia julgá-lo".



Assador de carneiros, churrasqueiro e a mulher do Noblat

POLÍTICA
Quem assava carneiros para Dilma, por Ricardo Noblat
Um dos réus na ação penal sobre a lavagem de dinheiro do mensalão junto com o doleiro Alberto Youssef, Meheidin Jenani, vangloriava-se de assar carneiros para Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil de Lula. É o que conta reportagem exclusiva da revista Época deste fim de semana.

Na campanha eleitoral de 2006, o petista Jorge Lorenzetti, um dos acusados do escândalo do dossiê dos aloprados, era mais conhecido como churrasqueiro das festas de Lula.

Marina Silva é vegetariana. Caso se eleja presidente da república, será prudente que escolha bem quem cozinhará seus aspargos.
A mulher do autor do texto acima responde processo no STF por um rombo de 33 milhões de reais.

Teria o sr. Ricardo Noblat sido imprudente quando escolheu a sra. Rebeca Scatrut para compartilhar da sua cama?



Profissões distintas

Conta o Mestre Dines que:

"Em Portugal, quando um jornalista passa a trabalhar como assessor de imprensa, comparece ao sindicato e entrega a carteira de Jornalista, porque a partir daquele momento ele deixa de trabalhar com a Verdade, e vai trabalhar com "uma verdade".



Uma coisa é ser Jornalista.

Outra coisa é ser Assessor de Imprensa.

São profissionais distintos. Importante que, cada um exerça sua profissão com respeito e dignidade.

Sobremesa - Neno Cavalcante

Vingança de Lewandowiski?

É possível que sim
É presumível que Lewandowski tenha vazado para a mídia o pedido de Joaquim Barbosa para afastar do STF a mulher de um jornalista do Estadão a quem chamou de “palhaço” porque ele ousou perguntar sobre a famosa reforma de 90 000 reais nos banheiros de seu aparamento funcional.
Se foi isso, Lewandowski respondeu com vendetta à vendetta de JB. Não apenas ao vazar a manobra maldosa subterrânea de JB mas, ainda mais, ao dizer não. Num momento de explosão truculenta nas últimas sessões do Mensalão, JB acusou Lewandowski de promover “chicana”.
A argumentação de Barbosa para pedir a cabeça da funcionária é um escárnio: por ela ser mulher de um jornalista, haveria um problema de ética em ela trabalhar no STF.
É claro que este problema não existiria se o marido dela fosse, por exemplo, Merval Pereira. Digamos assim: o marido tem o nome errado.
JB falando de ética? É ético ele arrumar um emprego para seu filho na Globo, a sonegadora bilionária – e impune, até aqui – de impostos? É ético ele inventar que é dono de uma empresa para evitar impostos na compra de um apartamento em Miami? É ético ele bancar viagens de jornalistas em viagens que faz ao exterior em aviões da FAB apenas para conseguir cobertura positiva?
Muitas barbaridades são cometidas em nome da ética: um olhar para a biografia de Joaquim Barbosa – a real, não a fabricada pela mídia corporativa chapa branca dedicada a usá-lo com finalidades inconfessáveis — mostra isso.
Paulo Nogueira

Geovani de Moraes - O Sinistro Quinzinho medonho desistiu de ser o Batman

[...] Agora ataca de rainha de Copas de Alice no País das Maravilhas e pede a cabeça da esposa de um jornalista!!!




Lewandowiski não vai dar.
Leia a matéria Aqui

Joaquim Barbosa é um bosta

A penúltima do deslumbrado é querer desempregar uma servidora do STF porque ela é casada com um jornalista. Considera anti ético. Mas, um filho seu receber dinheiro de empresa que recebeu do Valérioduto e outro ser funcionário da Globo, é mais do que ético. Sabe esse sujeito não é uma bosta. É um bostinha.

Leia e entenda o porque da minha revolta com esse babaca
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, encaminhou ofício ao vice-presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, pedindo que este reconsiderasse a decisão de manter em seu gabinete uma servidora que atua no tribunal desde o ano 2000.
Adriana Leineker Costa é funcionária efetiva do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e está cedida ao STF. Ela é mulher do jornalista Felipe Recondo, repórter do Estado, que cobre poder Judiciário. Lewandowski disse que não vai reconsiderar a decisão de manter a servidora.

No ofício, o presidente do STF afirma que a manutenção de Adriana seria "antiética" pela relação dela com o jornalista. O ofício não cita o repórter do Estado, tratando-o como "jornalista-setorista de um grande veículo de comunicação". Sustenta que a permanência da funcionária poderia "gerar desequilíbrio" na relação entre jornalistas que cobrem a Corte.
"Reputo antiética sua permanência em cargo de comissão junto a gabinete de um dos ministros da Casa, além de constituir situação apta a gerar desequilíbrio na relação entre jornalistas encarregados de cobrir nossa rotina de trabalho", diz Barbosa. "Estando a servidora lotada no gabinete de Vossa Excelência, agradeceria o obséquio de suas considerações a respeito", complementa.
Felipe Recondo venceu o prêmio Esso de Jornalismo de 2012, na categoria Regional Sudeste, com uma série de reportagens em parceria com Fausto Macedo intitulada "Farra Salarial no Judiciário". Atua no Estado desde 2007, fazendo a cobertura do Judiciário. Trabalhou na cobertura do julgamento do processo do mensalão.
Em março deste ano, Barbosa o chamou de "palhaço" e o mandou "chafurdar no lixo". A agressão ocorreu após o Estado requerer, via Lei de Acesso à Informação, dados sobre despesas com recursos públicos de ministros da Corte com passagens aéreas, reformas de apartamentos funcionais, gastos com saúde, entre outras. Na ocasião, o presidente pediu desculpas pelo episódio e o atribuiu ao cansaço e a fortes dores na coluna após uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Formada em Direito pelo Centro Universitário de Brasília, Adriana atua no STF desde 2000, quando foi aprovada em concurso de nível médio. Em 2011 foi aprovada em concurso de nível superior do TJ-DF e cedida para continuar trabalhando no STF. A cessão vence neste ano e um ofício do vice-presidente ao TJ-DF pedindo a renovação motivou a reação de Barbosa. Adriana atuou no gabinete de Carlos Velloso até 2006, quando este se aposentou, passando, então, a trabalhar com Lewandowski.
Em resposta ao Estado, por meio de sua assessoria, Lewandowski afirmou não ter sido registrado ao longo dos anos de atuação da servidora nenhum episódio relativo a sua relação com o jornalista que tenha interferido no trabalho. Disse que vai manter a servidora em seu gabinete e que não vê motivo justificável para o ofício do presidente da Corte.

Na Inglaterra jornalistas são presos. No Brasil sequer são convocados para depor


Quatro jornalistas e ex-jornalistas do Mirror Group Newspaper foram presos nesta semana na Inglaterra por possível envolvimento em grampo ilegal de telefones celulares no Reino Unido. Três homens e uma mulher estão detidos. Segundo a Polícia Metropolitana de Londres, eles estão arrolados no inquérito que investiga a interceptação de mensagens eletrônicas entre 2003 e 2004, que teria atingido diversas personalidades inglesas, inclusive da família real.

Foi a primeira prisão de jornalistas e ex-jornalistas do grupo de comunicação por escutas ilegais, um escândalo que se concentrava no News of the World, de Rupert Murdoch, jornal que o magnata australiano das comunicações fechou em 2011, depois da série de denúncias sobre esta espionagem.

Nesta 5ª feira (ontem), o primeiro-ministro David Cameron anunciou o fim "sem chegar a um acordo" da série de reuniões para debater um novo sistema de regulação de imprensa no país. Cameron comemorou porque, segundo ele, legislar sobre isso seria "um equívoco", já que colocaria em perigo a liberdade de imprensa no país.


Essa posição de Cameron não é consensual e é inevitável que o caso Mirror aumente a pressão por uma regulação da mídia escrita na Inglaterra, já que a autorregulação existente lá (e defendida pelos nossos barões da mídia no Brasil) se mostrou inócua e farsesca.

No Brasil, processo dessa natureza anda a passo de tartaruga

Paulo Henrique Amorim


Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 1943, é filho do jornalista e estudioso do espiritismo Deolindo Amorim. Estudou em escolas da cidade onde nasceu e começou a trabalhar já adolescente em ligações com a imprensa.

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Carreira

O primeiro emprego como jornalista foi no jornal A Noite na mesma cidade onde nasceu e trabalhou em 1961, quando fez primeira cobertura para o jornal quando o presidente Jânio Quadros renunciou e o governador do Rio Grande do SulLeonel Brizola formou a Cadeia da Legalidade para garantir a posse do vice, João Goulart.
Passou a maior parte da sua vida trabalhando para exterior nos Estados Unidos, onde era repórter e correspondente internacional na maior parte da carreira, primeiro à revista Veja e depois àRede Globo, tendo aberto sucursais para esses veículos em Nova Iorque.
Cobriu eventos com repecussões internacinais: a eclosão do vírus ébola na África (1975 a 1976); a eleição (1992) e a posse do presidente norte-americano Bill Clinton (1993); os distúrbios raciais (1992) e o terremoto (1994) de Los Angeles; a guerra civil de Ruanda e a rebelião zapatista no México (1994).
Em 1996, foi demitido da Rede Globo, após desenteder com a direção e integrantes da emissora.[carece de fontes]
Em 1997, foi contratado pela Rede Bandeirantes, onde apresenta o telejornal Jornal da Band e o programa político Fogo Cruzado.
Em janeiro de 1999, deixou a emissora em protesto contra direção da emissora, por intervenção no telejornal Jornal da Band. Quando a emissora decidiu demitir por abandono de emprego, passou fazer diversos ataques contra emissora, o que rendeu cinco processos da emissora contra ex-empregado pelas declarações ofensivas.[1]
Em 1999, foi contratado pela TV Cultura, onde apresentou o talk-show Conversa Afiada, produzido pela PHA Produções, empresa dele mesmo, até final de 2002.[carece de fontes]
Em 2003, foi contratado pela Rede Record, onde apresenta o Jornal da Record 2ª Edição e o Edição de Notícias. De 2004 até final de janeiro de 2006, passou a apresentar a revista eletrônicaexibida às tardes Tudo a Ver, com Janine Borba e posteriormente com Patrícia Maldonado. Desde fevereiro de 2006, apresenta o programa Domingo Espetacular, com Fabiana ScaranziJanine Borba e Adriana Araújo.

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Escândalo em 2008: Caso iG

Durante quase dois anos, de 2006 a 2008, manteve o blog Conversa Afiada no portal iG, em cuja página principal tinha um quadro de destaque permanente. A política era o assunto mais corriqueiro, Amorim mantinha seção intitulada "Não coma gato por lebre", cujo objetivo, segundo ele, era deixar claro para o leitor as preferências e gostos do jornalista, de modo a não passar aos usuários uma falsa imagem de imparcialidade.
Em 18 de março de 2008, porém, o iG retirou abruptamente o blog do ar. Em nota, o iG alegou que a audiência esperada estava aquém das expectativas e que os custos de sua manutenção não se justificavam mais, o que motivara a finalização do contrato antes de dezembro de 2008, o prazo final previsto. Paulo Henrique Amorim afirmou que o contrato havia sido encerrado devido às críticas que fez ao suspeito processo de fusão da Brasil Telecom e a Oi, formando a Br Oi, segundo o qual o jornalista afirmava que várias personalidades políticas se beneficiaram ilicitamente no processo.
Paulo Henrique Amorim relançou o blog Conversa Afiada no mesmo dia, apenas no link provisório (www.paulohenriqueamorim.com.br), que posteriormente mudou por outro em definitivo (www.conversaafiada.com.br/) e contratou o advogado Marcos Bitelli para entrar na Justiça contra o site para obter mandado de segurança com objetivo de recuperar todos os arquivos e posts publicados.[2] 

Josias de Souza

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Josias de Souza (?, 1962) é um jornalista brasileiro. Exerce o jornalismo desde 1984.
Trabalha na Folha de São Paulo desde 1985. Nesse período, ocupou diferentes funções - de repórter a secretário de redação do jornal. Em 2005, era colunista da Folha. A partir de 9 de outubrodeste mesmo ano, passou a manter um blog sobre os bastidores da política no sítio do jornal, hospedado pelo UOL.
Publicou em 1994 o livro A História Real - Trama de uma sucessão (Editora Ática), em co-autoria com Gilberto Dimenstein. O trabalho versa sobre os bastidores da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à presidência da República.
Em 2001 foi o vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste) com a série de reportagens Os Papéis Secretos do Exército.
É casado com a jornalista Liliane Cardoso.

Jânio de Freitas


Jânio Sérgio de Freitas Cunha nasceu em Niterói (RJ), em 9 de junho de 1932, filho de Antônio de Araújo Cunha, agrônomo, e Jati Jussara de Freitas Cunha. Começou sua carreira como desenhista na Revista do Diário Carioca, em 1953.
Entrou no jornalismo por acaso, quando um acidente esportivo o obrigou a afastar-se temporariamente da carreira que tinha escolhido, a aviação civil. Como era bom desenhista, passou a diagramador. No entanto, seu gosto pela escrita fez com que, em pouco tempo, acumulasse a esta função a de repórter. Na reportagem geral trabalhou com Luís Paulistano. Pompeu de Sousa deu-lhe então a oportunidade de fazer a primeira página do jornal. Nessa ocasião passou também a trabalhar na revista Manchete como redator. Assim, em 1955 fez parte da equipe de jornalistas que renovou a Manchete, onde foi repórter, fotógrafo, diagramador e redator-chefe. Essa experiência o ajudou, anos mais tarde, em 1959, a participar da reforma do Jornal do Brasil.
Em 1957 saiu do Diário Carioca e da Manchete e foi para o Jornal do Brasil, atividade que conciliou com mais dois empregos: um na revista O Cruzeiro, para onde foi em 1958, e outro na Rádio Jornal do Brasil.
No fim de 1958, Odilo Costa Filho saiu do Jornal do Brasil e, logo depois, seu diretor, Nascimento Brito, entusiasmado com a página de esportes, sugeriu que Jânio comandasse a reforma do jornal. Não houve acordo salarial, no entanto, e Jânio foi afastado da editoria de esportes, ficando na chefia do copidesque. Alguns meses depois, Nascimento Brito tornou a fazer o convite com alteração salarial. No entanto, Jânio convenceu Brito de que a reforma gráfica exigiria também uma reforma industrial, pois a impressão do jornal não era de boa qualidade. Teve sua proposta aceita, mas assumiu o compromisso de dobrar a tiragem do jornal em um ano. Levou dois dias para elaborar o projeto e colocá-lo em prática. Em 3 de junho de 1959, o novo JB estava nas bancas.
Em 1963 foi para o Correio da Manhã. Em 1967, assumiu a direção-geral da Última Hora do Rio de Janeiro. No ano seguinte montou uma revista semanal, Direta, que não vingou. Passou para oJornal dos Sports equipando-o com offset em 1969.
Ingressou na Folha de S. Paulo em 1980, e em 1983 começou a publicar a coluna política que mantém até hoje, onde publicou algumas notícias exclusivas. Entretanto, seu maior "furo" de reportagem deu-se em maio de 1987, quando teve acesso a informações que comprovaram a existência de fraude na concorrência da ferrovia Norte-Sul, orçada em 2,4 bilhões de dólares, e que percorreria 1.600 quilômetros de Goiás ao Maranhão, constituindo-se num principais projetos do governo José Sarney. De posse do resultado da concorrência fraudada, que seria divulgado em poucos dias, Jânio e os editores da Folha decidiram publicá-lo em código sob a forma de anúncio no caderno de classificados. No dia seguinte ao da divulgação da concorrência a Folha republicou o anúncio denunciando a fraude. A denúncia provocou a anulação da concorrência e o adiamento das obras da ferrovia. Essa reportagem rendeu-lhe cinco prêmios de jornalismo, entre os quais o Esso e o Prêmio Internacional Rei de Espanha.
[Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001]

Ricardo Noblat


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ricardo Noblat, em entrevista à TV Cultura.
Ricardo José Delgado Noblat (Recife1949) é um jornalista brasileiro. Formado pela Universidade Católica de Pernambuco, Noblat foi editor-chefe doCorreio Braziliense e da sucursal do Jornal do Brasil em Brasília. Atualmente, Noblat mantém um dos mais notáveis blogs do Brasil,[1] o Blog do Noblat, no portal do jornal O Globo.

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Carreira

Trabalhou como repórter do jornais Diário de PernambucoJornal do Commercio e das sucursais do Jornal do Brasil e da revista Veja em Recife. Noblat também foi chefe de redação da sucursal da revista Manchete. Chefiou a sucursal da revista Veja durante dois anos, em Salvador. Depois foi editor-assistente da mesma revista em São Paulo.
Em Brasília desde 1982, foi editor regional da sucursal do Jornal do Brasil. Trabalhou novamente como repórter da sucursal de O Globo, em 1989, de onde foi chefiar a sucursal da revista IstoÉ. Entre 1991 e 1992 trabalhou em Angola na campanha de José Eduardo dos Santos, que já governava aquele país desde 1979 sem nunca ter sido eleito. Assumiu em 1994 a direção de redação do jornal Correio Braziliense, permanecendo no cargo até novembro de 2002.
Em março de 2004 criou o Blog do Noblat, hospedado no site do jornal O Globo. Hoje, ele escreve às segundas-feiras para o jornal O Globo[2].
Ricardo Noblat também é autor dos livros A Arte de Fazer um Jornal Diário[3]O Que É Ser Jornalista[4] e Céu dos Favoritos[5].
Entre os meses de Setembro de 2008 e Setembro de 2009, o jornalista manteve um contrato para pesquisa, produção e apresentação de um programa semanal para a Rádio Senado[6

Para ser estrela do *GAFE basta criticar o PT

* Globo, Abril, Folha, Estadão
Logo no começo de minha carreira de jornalista a questão da boa escolha das fontes se apresentou.
A primeira aula que tive sobre isso foi na Veja, no começo dos anos 1980. Eu tinha 20 e poucos anos, trabalhava na seção de economia, e Elio Gaspari, o “General”, como era conhecido na redação, era o diretor-adjunto.
Elio muitas vezes se encostava nas divisórias baixas que separavam as editorias e falava sobre jornalismo. Para quem começava na carreira, como eu, era uma oportunidade excepcional de aprendizado.
Uma noite ele falou sobre fontes.
“As fontes são aquelas pessoas que atendem todos os telefonemas dos jornalistas”, ele disse. “Não são as melhores, são as mais fáceis, e isso faz diferença para repórteres preguiçosos.”
Um caso específico Elio citou: o então presidente da Fiesp, Luís Eulávio Vidigal. Ele era onipresente nas reportagens de economia e negócios na mídia brasileira, porque não recusava uma única entrevista.
Mais tarde, quando virei eu mesmo editor, fonte foi um tema sobre o qual me detive longamente nas conversas com os repórteres.
Em meados dos anos 1990, na casa dos 30, eu era diretor de redação da Exame. Jamais esquecera as palavras de Elio, mas acrescentei uma reflexão pessoal: prestar completa atenção na obra, no mérito da fonte.
Foi sob essa lógica que refizemos o time das fontes da revista.
Uma das primeiras eliminações, se não a primeira, foi o ex-ministro Maílson da Nóbrega, obra de Sarney. Por uma razão potente: ele deixara o cargo com uma inflação de 80% ao mês. Depois de um desempenho tão catastrófico, que sentido havia em ouvi-lo mandar fazer as coisas que ele próprio não conseguira fazer?
Maílson pretendia atacar os problemas econômicos com o que ele chamou de “arroz com feijão”. Foi uma das raras vezes em que os brasileiros sofreram violentamente com o arroz com feijão.
A Exame, e não apenas nisso, foi contra a corrente.
Maílson continuou a ser ouvido por repórteres de todas as mídias para tratar de economia. Acabaria por se tornar, também, colunista da Veja.  Tudo isso – a presença constante no noticiário — ajudou a empurrar adiante a consultoria que ele montou pós-governo, a Tendências.
Foi como se a celebridade de alguma forma obscuresse sua obra desastrosa como ministro.
Tenho aqui uma pequena confissão. No início dos anos 2000, quando eu era integrante do Comitê Executivo da Abril, dormi em boa parte das duas vezes em que a Tendências fez seus prognósticos econômicos a nós.
Não sou capaz sequer de lembrar se foram acertados ou não, porque não resisti ao tom monocórdio das apresentações. Meu amigo Jairo Mendes Leal, hoje presidente da Abril Mídia, sentava-se em frente de mim, e ria ao me ver dormindo.
Ainda hoje Maílson é presença ubíqua na mídia brasileira. Aos antigos predicados, ele agregou um que é valioso: critica severamente as administrações petistas. Maílson sabe que isso lhe dará os holofotes de jornais e revistas.
Do alto do legado hiperinflacionário, Mailson dá lições aos brasileiros sobre tudo aquilo que ele foi incapaz de fazer. No papel, ele resolve os problemas em cujo trato fracassou miseravelmente.
Já foi dito aqui que maus editores são tão nocivos, para a mídia tradicional, quanto a internet.
Maílson é uma pequena prova disso.
Paulo Nogueira no Diario do Centro do Mundo

Paramodificando Lêdo Ivo

O grande jornalista não precisa ser muito inteligente nem ser muito culto ou ter diploma. A inteligência, a cultura e o diploma contudo são indispensáveis aos jornalistas menores.

Leandro Fortes e o porcalismo da folhinha

A Folha de S.Paulo tascou essa manchete dando conta de que Rosemary Noronha comprou um imóvel de 250 mil reais com 211 mil reais em espécie. Bom, para quem já foi acusada de levar 25 milhões de dólares numa mala para fora do país, esse carregamento em reais deve ter sido mesmo uma moleza.
"Rose carregou o dinheiro para quitar o negócio em sacos de supermercado, de acordo com o relato de uma pessoa que participou da transação e que fez o relato à Folha sob a condição de que seu nome não fosse revelado."
Vou repetir o essencial: "DE ACORDO COM O RELATO DE UMA PESSOA QUE FEZ O RELATO À FOLHA".
(Aliás, que texto maravilhoso)
Aí, os repórteres foram ouvir, claro, o dono do imóvel, o sujeito que vendeu o apartamento para Rose (adoro essa intimidade na reportagem):
"O pecuarista Amilcar Rodrigues Gameiro, que vendeu o apartamento a Rose em 2010, disse à Folha não se lembrar se o imóvel foi pago em espécie porque a negociação foi feita por um procurador. 'Não sei se foi em cheque ou dinheiro. O certo é que não levei esse dinheiro em espécie para o Mato Grosso. Seria muito perigoso'", disse.
Ou seja, jornalismo feito na base da fofoca e do vale tudo.
Quer dizer, não bastou enterrar o diploma do jornalista.
É preciso enterrar o jornalismo.

É enternecedor o carinho do pig com FHC


[...] Sempre que o entrevistam, é uma conversa amena. Percebe-se a alegria dos jornalistas em estar na sua presença. 
O tom é cordial, as perguntas são tranquilas. Tudo flui na camaradaria.  
O que não chega a ser surpreendente. FHC é um boa prosa, que sabe agradar os interlocutores. Além de ser uma pessoa respeitável, seja pela trajetória de vida, seja por sua maturidade.
Natural que o tratem com consideração.  
Estranho é constatar que a amabilidade com que é recebido não se estende a seu sucessor.  A mesma imprensa que o compreende tão bem costuma ser intransigente com Lula. Para não dizer francamente hostil e deselegante.
Quem lê o que ela tem falado a respeito do petista nos últimos dias e o compara ao tratamento que recebe Fernando Henrique deve achar que um deixou a Presidência escorraçado e o outro sob aplauso. Que a população odeia Lula e adora o tucano.    
Esta semana, tivemos mais um desses bate-papos. Saiu na Folha de São Paulo.
FHC discorreu sobre o Brasil e o mundo. Falou do PSDB, de Aécio e Serra. Meditou sobre o julgamento do mensalão com a sabedoria de quem o vê a prudente distância. Opinou sobre Dilma e Lula. Contou de sua vida particular, a família e os amores.
Foi uma longa conversa, sóbria e comedida - embora com toques de emoção.
Mas foi frustrante. Acabou sendo mais uma oportunidade perdida para ouvir FHC sobre algumas questões que permanecem sem resposta a respeito de seu governo.
É pena. Não está na moda “passar o Brasil a limpo”? “Mudar o Brasil”? “Ser firmes e intransigentes com a verdade”?  
Ninguém deseja que Fernando Henrique seja destratado, hostilizado com perguntas aborrecidas e impertinentes. Que o agridam.
Um dia, no entanto, bem que alguém poderia pedir, com toda educação, que falasse.
Que contasse sua experiência como líder do governo Sarney no Congresso, quando viu (só viu?) mais de mil concessões de televisão e rádio fazer parte das negociações em troca de apoio parlamentar.  
Que descrevesse o projeto do PSDB permanecer no poder por 20 anos e como seria posto em prática, quais as alianças e como seria azeitado (sem esquecer a distribuição, sem licitação, de quase 400 concessões de TVs educativas a políticos de sua base).   
Que relembrasse os entendimentos de seu operador com o baixo clero da Câmara para aprovar a emenda da reeleição. Quanto usou de argumentos. E o que teve que fazer para que nenhuma CPI sobre o assunto fosse instalada.   
Que apontasse os critérios que adotou para indicar integrantes dos tribunais superiores e nomear o Procurador-Geral da República. Que explicasse como atravessou 8 anos de relações com o Judiciário em céu de brigadeiro.
Que refletisse sobre o significado de seus principais assessores econômicos tornarem-se milionários imediatamente após sair do governo - coisa que, se acontecesse com um petista, seria razão para um terremoto.
Enfim, FHC poderia em muito ajudar os amigos. Esses que fingem ter nascido ontem e se dizem empenhados em “limpar” a política.
Bastaria que resolvesse falar com clareza.
No mínimo, diminuiria a taxa de hipocrisia no debate atual e reduziria o papo furado. O que é sempre bom. 

Um manual para jornalistas que vão entrevistar José Serra.

(Especialmente dedicado a mulheres repórteres, a quem ele dedica fúria especial. Ele parece preferir as que calam.)

# 1: Não se atemorize.


# 2: Tenha certeza de que há outros jornalistas em volta dele, munidos de câmera, máquina fotográfica, gravador ou celular – você vai precisar de testemunhas.

# 3: Não faça pergunta numa situação em que você esteja sozinho com ele.

# 4: Faça uma pergunta curta, direto ao ponto: “o senhor vai vender a Petrobrás ?”, por exemplo.

# 5: Não responda à pergunta que ele fizer. Esse é um dos truques dele. Ele tenta desqualificar a sua pergunta com outra pergunta: é isso o que o seu patrão quer saber ?; quem te disse isso ?; você realmente acredita nisso ?; quem te mandou fazer essa pergunta ?

Jamais responda ao Serra. Você não é candidato a nada. O candidato é ele; ele é quem tem que dar satisfações à sociedade.

# 6: Insista com a sua pergunta. Além de tentar desqualificar a sua pergunta, ele vai tentar não responder à sua pergunta.

# 7: Faça a sua pergunta até que ele responda.

# 8: Não se deixe encurralar pelos outros repórteres do PiG (*).

O Serra vai tentar desviar a entrevista para os repórteres que ele conhece e sabe que são do PiG (*) . É o pessoal que faz as perguntas do tipo “púlpito”.

# 9: Tenha uma segunda reposta na agulha: “o senhor vai esconder o Fernando Henrique da sua campanha, como fez o Alckmin em 2006 ?”

Se ele der uma resposta que não quer dizer nada sobre a Petrobrás, você terá essa do FHC na ponta da língua. Mas, insisto: faça a pergunta direto, curta e tão alto que os outros repórteres ouçam (e possam gravar, fotografar, filmar etc). Um exemplo: quando o delegado Bruno se deixou “surpreender” pelos repórteres do PiG (*) e divulgou as notas dos aloprados, um deles gravou a conversa do delegado com os repórteres e vazou para o Conversa Afiada. Quando você (e o Serra) menos espera, tem um aliado, ao lado.

# 10: Não se esqueça: ele foge. Um dos traços da personalidade do Serra é que ele é feroz quando percebe que o interlocutor está com medo. E, sobretudo, ele é valente pelas costas. Se você o enfrentar – ou seja, se não renunciar à função de repórter e insistir na pergunta – se você o enfrentar, ele foge. Não tenha medo dele.
Paulo Henrique Amorim

Reinaldo Azevedo, Merval e Noblat num bar ontem

Reinaldo:
- Quando vejo uma ratoeira, eu a aciono imediatamente e, quando a barra vem descendo, eu a pego entre os dentes, faço 20 flexões para abrir o apetite e saio correndo com o queijo.

Merval:
Pois é, quando encontro veneno de rato pela frente, misturo no café para me deixar mais forte. 

Noblat:
 - Não posso demorar, tenho um encontro com uma gata.
Coisas dos penas-pagas

Singela homenagem a Ivan Lessa

Última publicação dele: 

Orlando Porto. Taí um nome como outro qualquer. Podia ser corretor de imóveis, deputado, ministro, farmacêutico. Mas não é. Trata-se de um anagrama de um escritor francês - e ator e ilustrador bom e autor e figurinha difícil francesa e aquilo que se poderia chamar de "frasista".
Feio como um demônio, no meio da década de 50 cansei de dar com ele dando comigo lá pelo Boulevard St. Germain, cheretando o Flore, o Lipp, fazia uma cara que quem ia dizer algo importante e logo sumia na companhia do Jean-Pierre Léaud, aquele maluquinho dos filmes autobiográficos do Truffaut. Dupla estranha.
Os desenhos do - esse seu nome, artístico ou de batismo, Roland Topor - eram bacaninhas. Mas sempre foi Orlando Porto para mim. Fez cinema também. O Inquilino do Polanski, o Reinfeld de Nosferatu, do Werner Herzog. Até que bateu o que ocultava seus pés: umas botas estranhas como ele.
De vez em quando, numa revista esotérica, dou com ele. Ei-lo numa em inglês com "100 boas frases para eu matar agorinha mesmo". Se chegou ao fim, e chegou, foi pelo cachê. Meros galicismos literários. E aí trago à cena, mais uma vez, porque cismei, mestre Millôr Fernandes. Esse era profissional. Nada a ver com "frasista". Trabalhava com a enxada dura da língua. Nunca para dar a cara no Flore, principalmente com Topor e Léaud.
Reli umas 100 frases do Orlando, ou Topor, e não resisti à tentação de, em algumas delas dar-lhes uma ginga por cima e outra por baixo, à maneira do frescobol querido do mestre, só para exercitar os músculos muito fora de forma. Cem razões: Faço por bem menos, mas mais Copacabana e Leblon.
Algumas raquetadas minhas em homenagem ao mestre cuja falta continuo sentindo:
- Melhor maneira de verificar, antes, se já não estou morto.
- Mas não se mata cavalos e malfeitores?
- Pelo menos eu driblaria o câncer.
- Milênio algum jamais me assustará.
- Apanhei-te horóscopo! Pura enganação!
- Levo comigo a reputação de meu terapeuta.
- Pronto, agora não voto mais mesmo! Chegou!
- Aí está: uma cura definitiva para a calvície.
- Enfim cavaleiro do reino de sei lá o quê.
- A vida está pelos olhos da cara. Pra morte eles fazem um precinho especial, combinado?
- Enfim, ano bissexto nunca mais. Esses ficam para o Jaguar. O resto pro Ziraldo.
- Ao menos é uma boca de menos a sustentar.
- Só quero ver quanta gente vai sincera no meu funeral.
- Pronto! Inaugurei estilo novo: Arte Morta.
- Sabe que minha vida não daria um filme. O livro eu já escrevi. Deixem o desgraçado em paz, peço-lhes.
- Custou, mas estou acima de qualquer lei que vocês bolarem aí.
- Levou tempo, mas cortei enfim meu cordão umbilical.
- Roncar, nunca mais. Nem eu nem ninguém ao meu lado.
- Que desperdício nunca ter fumado em minha vida!
- Consegui preservar o mistério sempre giarando em meu torno.
- Maioria silenciosa? Essa agora é comigo.
- Na verdade, nunca me senti à vontade nessa posição incômoda de cidadão do mundo.
- Ei, juventude, pode vir que pelo menos uma vaga esrá aberta.
- Emagrecer é isso aqui.
- Agora é conferir se, do outro lado, sobraram tantas virgens assim.
E assim, cada vez que um "frasista" passar por perto de mim, leve uma nossa: minha e de Millôr. Dois contra um a gente ganha mole.